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Quer renda passiva? Veja quais ações pagam dividendos mensais!

Hoje, na Bolsa de Valores do Brasil (B3) as ações que pagam dividendos mensais são: Banestes (BEES3), Bradesco (BBDC3 e BBDC4) e Itaú (ITUB3 e ITUB4). Outras companhias adotam uma política de pagamento frequente de proventos, ainda que não mensal, como: Itaúsa, Banco do Brasil, Telefônica, Cemig, Petrobras, entre outras. 


Se você está em busca de uma maneira de fazer seu dinheiro trabalhar para você e gerar fluxo de caixa constante, este artigo é para você! Hoje, vamos explorar uma estratégia de investimento que pode proporcionar uma renda passiva estável: investir em ações que pagam dividendos mensais.

Enquanto muitos investidores focam apenas no crescimento das cotações, os dividendos oferecem uma oportunidade adicional de obter retornos regulares e renda passiva.

Neste conteúdo, vamos mostrar como identificar ações que pagam dividendos mensais, discutir os benefícios desse tipo de investimento e fornecer algumas recomendações de ações com histórico consistente de distribuição de dividendos mensais. Vamos lá? 

Quais empresas pagam dividendos mensais?

Investir na Bolsa de Valores não oferece garantias de retorno, no entanto, as ações que pagam dividendos mensais podem ser uma escolha atrativa para investidores que desejam obter renda passiva e adicionar estabilidade ao seu portfólio.

Embora o mercado de ações possa ser volátil, empresas que distribuem proventos regulares geralmente possuem um histórico sólido de lucratividade e remuneração dos acionistas.

Esses dividendos podem oferecer uma fonte de renda constante, independentemente das flutuações do mercado. Contudo, é importante realizar pesquisas adequadas e diversificar sua carteira para obter melhores resultados.

Com isso, os investidores podem aproveitar os benefícios de receber pagamentos regulares enquanto potencialmente alcançam seus objetivos financeiros a longo prazo mais rapidamente ao reinvestir os proventos

Hoje, as empresas que pagam dividendos mensais na Bolsa de Valores do Brasil (B3) são:  

1. Banestes (BEES3)

Primeiramente, temos um banco menos conhecido com ações na Bolsa tem uma política de pagamento de juros sobre o capital próprio mensal para suas ações ON e PN: o Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo).

O banco remunera cerca de R$ 0,02216 por ação ordinária e preferencial no primeiro dia útil de cada mês. 

Hoje, o Banestes detém a maior rede bancária do Espírito Santo e está presente em todos os municípios do estado. Sua base tem aproximadamente 1,4 milhão de clientes (dados do terceiro trimestre de 2023).

2. Bradesco (BBDC3/BBDC4)

O Banco Bradesco é uma das companhias que mensalmente remuneram os seus sócios. O pagamento sempre ocorre no primeiro dia útil de cada mês proporcionalmente à quantidade de ações que cada um detém.

Segundo departamento de Relações com Investidores (RI) do banco, o valor é de cerca de R$ 0,01725 por ação ON e R$ 0,01897 por ação PN.

A política de dividendos do Bradesco estipula que ao menos 30% do lucro líquido deve ser partilhado entre os acionistas sob forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. 

Lembrando que os valores podem mudar e o banco também distribui dividendos intermediários, isto é, além dos proventos pagos mensalmente. 

3. Itaú (ITUB3/ITUB4)

Ainda no setor bancário, o Itaú adota uma política semelhante. De acordo com o RI da companhia, desde 1980, o banco remunera o acionista com proventos mensais e complementares (duas vezes por ano). 

O valor dos dividendos mensais do Itaú é de R$ 0,015 por ação (ON ou PN). Já os dividendos complementares são definidos semestralmente em assembleia. 

O estatuto do Itaú define que, em cada exercício, pelo menos 25% do lucro líquido é direcionado aos sócios como proventos

4. Itaúsa (ITSA3/ITSA4)

A Itaúsa, holding controladora do Itaú e outras companhias da Bolsa, determina em sua Política de Remuneração, que os acionistas receberão ao menos 25% do resultado líquido da empresa como proventos. 

A Itaúsa distribui R$ 0,02 por ação (ON e PN) com base nas posições do último dia útil de fevereiro, maio, agosto e novembro, ou seja, trimestralmente. 

Apesar de não ser uma distribuição mensal, há uma frequência conhecida na chegada dos proventos à sua conta, sempre no primeiro dia útil de janeiro, abril, julho e outubro. Além disso, ocorrem remunerações complementares durante o ano, seguindo as deliberações da assembleia. 

Outras empresas generosas com seus acionistas nos proventos

Além das companhias citadas no tópico, temos outras ações reconhecidas por sua política generosa de remuneração dos acionistas, ainda que não tenham uma frequência predeterminada. 

Ou seja, com a construção de uma boa carteira de dividendos, você pode garantir um fluxo contínuo de renda passiva durante o ano, especialmente em épocas que as empresas realizam suas assembleias gerais e definem quanto vão distribuir em proventos.

Assim, mesmo que a distribuição não seja mensal, enquanto sócio, você sabe de antemão quando e quanto vai receber de dividendos, basta acompanhar a divulgação do departamento de RI das companhias.

Algumas empresas notadamente citadas como boas pagadoras de dividendos são:

5. Banco do Brasil (BBAS3)

A política de remuneração de acionistas do Banco do Brasil determina que ao menos 25% do lucro líquido ajustado seja repartido entre os acionistas. 

Nos últimos anos, pelo menos desde 2013, o BB tem adotado uma postura de quatro distribuições anuais de dividendos ou JCP, em março, maio, agosto e novembro.

Além disso, a remuneração tem sido bem generosa. Segundo dados do Status Invest, o payout (parcela do lucro distribuído) foi de 37% em 2018, 41% em 2019, 32% em 2020, 38% 2m 2021 e 34%m 2022. Como o banco lucra bilhões, os sócios são bem recompensados. 

6. Bradespar (BRAP4)

A Bradespar, empresa que investe majoritariamente na Vale, estipula em sua política de remuneração que pelo menos 30% do resultado líquido será distribuído entre os detentores das suas ações.

Como a empresa depende do resultado da mineradora, quando a Vale vai bem, os sócio das Bradespar são remunerados. Embora não haja uma frequência definida de pagamentos, eles têm ocorrido ao menos 2 vezes por ano

7. Cemig (CMIG4)

As empresas do setor elétrico estão entre as preferidas por quem busca receber generosos proventos e com a Cemig não é diferente.

A empresa de energia do estado de Minas Gerais define em sua política que 50% do lucro líquido será distribuído como dividendo obrigatório. 

Além disso, outros pagamentos complementares podem ser aprovados pela assembleia. Em média, a Cemig tem adotado uma política de distribuição de JSCP ou dividendos trimestrais.

Em 2023, por exemplo, elas ocorreram em março, junho, setembro e dezembro.

8. CPFL Energia (CPFE3)

Também no ramo de eletricidade, a CPFL Energia distribui generosos proventos aos acionistas. Essas empresas têm maior previsibilidade de receita e contratos longos, o que favorece essa política. 

Segundo o RI da companhia, ao menos 50% do lucro líquido ajustado será distribuído anualmente como dividendos ou JCP.

As datas de pagamento são variáveis e, portanto, vale sempre checar os comunicados ao mercado para se informar quando e quanto você vai receber. 

9. Engie (EGIE3)

Outra renomada empresa do setor elétrico, a Engie estipula em sua política de dividendos que ao menos 30% do lucro deve ser distribuído aos acionistas.

O RI da companhia destaca ainda que tem ido além e garantido, no mínimo 55% do lucro ajustado pagos como proventos.

A empresa também delibera em assembleia sobre a redução da frequência das distribuições, isso quando o valor total dos dividendos semestrais não seja maior que o montante das reservas de capital.

10. Gerdau (GGBR4) 

A Gerdau é outra companhia que garante em sua política a distribuição em dividendos ou JCP o equivalente a pelo menos 30% do resultado líquido ajustado do exercício. 

Como a Gerdau, nos últimos anos, se beneficiou do ciclo de alta do minério de ferro, os acionistas foram bem recompensados. 

O payout dos últimos anos, de 2018 a 2023, foram, respectivamente: 33%, 30%, 30%, 34%, 61% e 21%. Em 2022 e 2023, o dividend yield foi de cerca de 13%, valor semelhante aos de bons Fundos Imobiliários

11. Petrobras (PETR4)

Quando falamos em dividendos, a Petrobras tem se destacado. Favorecida pela alta do petróleo, a Petrobras foi a 2ª maior pagadora de dividendos do mundo em 2022 (R$ 188,33 bilhões). Em 2021, foram mais de R$ 100 bilhões distribuídos aos sócios. Em 2023, contudo, perdeu o posto para a Metal Leve (LEVE3) e a Auren (AURE3), conquistando a 3ª posição.

Nos últimos anos, a petrolífera tem feito ao menos 4 distribuições de proventos durante o ano (trimestralmente).

A Política de Remuneração dos Acionistas atual define que a remuneração mínima anual será de US$ 4 bilhões quando o preço do barril tipo Brent for maior que US$ 40.

Outro critério estipula que, caso a dívida bruta igual ou inferior a US$ 65 bilhões em cada trimestre, a Petrobras “deverá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos”.

12. Taesa (TAEE11)

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA) está entre os principais grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil, em termos de Receita Anual Permitida (RAP), o que lhe garante boa previsibilidade de recursos financeiros.

Similar a outras elétricas citadas a cima, os acionistas também tem garantida a distribuição de 50% ou mais do lucro ajustado do ano.

O RI da Taesa, por outro lado, ressalta que tem feito pagamentos bem acima da remuneração mínima, com payout que passa dos 80%. Como o estatuto não permite acumular de um ano para o outro, a distribuição é garantida frequentemente.

13. Telefônica (VIVT3)

Além dos dividendos complementares, a Telefônica garante que não menos de 25% do lucro será distribuído como proventos aos sócios. 

Ademais, 5% do resultado do exercício vai para reserva legal, 20% é integralizado no capital social e o restante tem destinação definia após assembleia geral, podendo virar dividendos adicionais.

Desde de 2015, o lucro anual da Telefônica tem sido de ao menos R$ 4 bilhões e o payout tem sido de ao menos 80%, ou seja, os acionistas podem esperar um bom fluxo de proventos, ainda que sem uma frequência definida. 

14. Tim (TIMS3) 

Também no ramo de telefonia e comunicações, a Tim tem feito ao menos 3 distribuições de proventos durante o ano, por volta dos meses de janeiro, abril, julho, outubro e novembro.  

Dados do Status Invest mostram que o dividend yield dos últimos anos gira entre 3% e 5%. Já o payout vem aumentando consideravelmente, sendo de 2019 a 2022: 28%; 58%, 42% e 86%.

15. Vale (VALE3)

Uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale determina em sua política que o valor mínimo para distribuir aos acionistas será 30% da diferença entre o Ebitda ajustado e investimento corrente. Além disso, dividendos complementares podem ser aprovados em assembleia. 

Os proventos obrigatórios da política serão compostos por duas parcelas semestrais, uma em março e outra em setembro. O lucro da Vale em 2022 foi o 3º maior da história da Bolsa, o que naturalmente levou muitos investidores às suas ações para receber dividendos. 

⚠️ Antes de terminar, é importante dizer que as ações apresentadas não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos especialistas da Toro.

Para conferir quais ativos os experts da Toro recomendam para receber dividendos, preencha o formulário abaixo e baixe a carteira exclusiva:

Vale a pena receber dividendos mensais?

Quem procura empresas que pagam dividendos mensais ou frequentes deve estar atento a alguns cuidados e pontos de atenção ao montar sua carteira. 

Lembre-se que os dividendos são fruto da qualidade e da lucratividade da empresa, seus produtos, serviços e competência da administração.  

Desse modo, os proventos não são um bônus e sim uma medida da capacidade de geração de lucros. Além disso, outras companhias podem optar por reter parte dos resultado líquido para reinvestir no seu crescimento ou recomprar ações, o que também são formas de valorizar o acionista.

Nesse sentido, fique atento aos seguintes itens:

  • Pesquisa adequada: analise seus fundamentos financeiros, histórico de pagamento de dividendos, saúde financeira e perspectivas de crescimento. Avalie se a empresa possui uma política consistente de distribuição de dividendos ao longo do tempo.
  • Estabilidade: considere a estabilidade do setor em que a empresa atua. Setores voláteis ou em declínio podem afetar a capacidade da empresa de manter seus pagamentos de dividendos a longo prazo.
  • Dividendos sustentáveis: verifique se a taxa de pagamento de dividendos é sustentável. Analise o histórico de fluxo de caixa, lucros, relação dívida/valor patrimonial, lucratividade e liquidez da empresa para garantir que ela tenha capacidade financeira para continuar pagando dividendos no futuro.
  • Diversificação: não coloque todos os seus investimentos em apenas uma ou duas empresas que pagam dividendos mensais. Diversifique sua carteira investindo em diferentes setores e empresas para reduzir os riscos específicos de uma única empresa.

Lembre-se de que investir em ações sempre envolve riscos, e a busca por empresas que pagam dividendos mensais não garante lucros consistentes.

É importante ter uma abordagem de longo prazo, diversificar sua carteira e buscar aconselhamento financeiro profissional, se necessário, para tomar decisões de investimento informadas.

Confira, no infográfico a seguir, as dicas de nossos especialistas para ganhar mais com dividendos:

Ações que pagam dividendos mensais ou FIIs: o que é melhor?

Como vimos, são poucas as alternativas de empresas que pagam dividendos certos todos os meses. Além disso, seu resultado é imprevisível, o que, para quem busca um portfólio de renda passiva, não deve descartar o investimento em Fundos Imobiliários (FIIs).

 A decisão entre investir em ações que pagam dividendos mensais ou FIIs depende dos objetivos e preferências de cada investidor. Ambos os ativos têm suas vantagens e é benéfico ter uma carteira que inclua ambos. Aqui está a importância de ter uma carteira diversificada com ações que pagam dividendos e FIIs:

  1. Diversificação de renda: enquanto as ações proporcionam ganhos através dos dividendos distribuídos pelas empresas, os FIIs geram renda por meio dos aluguéis dos imóveis em sua carteira. Ter ambos os ativos em uma carteira diversificada ajuda a garantir um fluxo de renda mais estável e equilibrado.
  2. Exposição a diferentes setores: ações  e FIIs estão em setores diferentes. As ações abrangem uma ampla gama de setores, como tecnologia, saúde, energia, finanças, entre outros, enquanto os FIIs estão relacionados ao mercado imobiliário. 
  3. Diferentes estratégias de investimento: as ações podem oferecer potencial de valorização do preço e dividendos crescentes ao longo do tempo. Por outro lado, os FIIs proporcionam renda estável por meio dos aluguéis. Ter ambos os ativos permite que você adote diferentes estratégias de investimento, equilibrando o crescimento do capital e a geração de renda.

Portanto, a combinação desses ativos pode ajudar a construir uma carteira equilibrada, reduzindo riscos e potencializando os retornos no longo prazo.

Por fim, vale ressaltar que é sempre recomendado buscar orientação de um profissional financeiro para auxiliar na construção da alocação mais adequada ao seu perfil e objetivos.

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