A Taxa Selic é um dos indicadores mais importantes da economia brasileira, influenciando diretamente diversas áreas, desde investimentos até o controle da inflação.
Este texto explora o significado da Taxa Selic, sua relevância para o mercado financeiro e para a política monetária do país. Além disso, analisa a atual situação da taxa, destacando sua trajetória recente e os impactos das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre ela.
Ao compreender o que é a Taxa Selic e sua taxa acumulada atual, os investidores e cidadãos em geral podem tomar decisões mais informadas sobre suas finanças e compreender melhor o cenário econômico nacional.
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Qual é o valor da taxa Selic hoje?
A Taxa Selic definida pelo Copom na reunião de 07/11/2024 é de 11,25% ao ano. Segundo o comunicado do Banco Central, o cenário global segue incerto, especialmente devido à economia dos EUA, o que gera cautela para emergentes.
No Brasil, a atividade econômica e o mercado de trabalho mostram força, com inflação e expectativas acima da meta.
O Copom destacou riscos inflacionários, como a desancoragem de expectativas e pressões no mercado de trabalho. Em resposta, elevou a taxa básica para 11,25% a.a., visando alinhar a inflação à meta, preservando a estabilidade e favorecendo o pleno emprego.
O Banco Central manteve a Selic em 13,75% por algumas reuniões, sugerindo que não haveria novas altas, mas deixando aberta a possibilidade de subir os juros se a inflação persistisse.
Em 20/09/23, a taxa foi reduzida para 12,75%. Em novembro de 2023, caiu para 12,25%, e em março de 2024, para 10,75%. Em maio, a Selic foi cortada novamente (10,50%) até ser novamente elevada em 0,25 ponto percentual. Por fim, em novembro, novo aumento de 0,50 p.p., levando-a para 11,25%.
Faça cálculos e compare a rentabilidade dos investimentos de Renda Fixa que acompanham ou superam a taxa Selic:
Gráfico histórico da taxa Selic
A taxa Selic, também chamada de taxa básica de juros, é um dos termos de economia que quase todo brasileiro já ouviu falar. Os jornais, por exemplo, estão sempre informando sobre essa taxa — principalmente quando o governo anuncia uma mudança.
Mesmo com tanto destaque, muita gente ainda não sabe ao certo o que é Taxa Selic, como ela funciona e qual é a sua influência na vida de todos.
Além de impactar os juros praticados na economia, ela também é um dos principais indicadores dos investimentos em Renda Fixa. Logo, entender os efeitos da taxa Selic e saber interpretar o seu valor é essencial para quem deseja poupar e investir dinheiro de forma inteligente.
Confira a sua variação desde 2011:
Taxa Selic acumulada mensal
Você viu logo ali em cima o valor da taxa Selic hoje. Mas vale lembrar que este é o valor anual, ok? No site do Banco Central, você pode ficar de olho nas mudanças da taxa Selic atual, além de consultar várias outras informações importantes ligadas à nossa economia.
Mês/Ano | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Janeiro | 0,73% | 1,12% | 0,97% |
Fevereiro | 0,76% | 0,92% | 0,80% |
Março | 0,93% | 1,17% | 0,83% |
Abril | 0,83% | 0,92% | 0,89% |
Maio | 1,03% | 1,12% | 0,83% |
Junho | 1,02% | 1,07% | 0,79% |
Julho | 1,03% | 1,07% | 0,91% |
Agosto | 1,17% | 1,14% | 0,87% |
Setembro | 1,07% | 0,97% | 0,84% |
Outubro | 1,02% | 1,00% | 0,93% |
Novembro | 1,02% | 0,92% | |
Dezembro | 1,12% | 0,89% |
Fonte: Bacen
Seguir a tabela Selic hoje é importante para entender a evolução dessa taxa e como ela sobe ou cai para adaptar-se às circunstâncias da nossa economia.
Ela é um indicador importante para que você possa compreender o histórico econômico do país e aproveitar a taxa Selic atual para escolher investimentos mais interessantes, de olho em um futuro promissor.
O que é a taxa Selic?
Antes de entender o que é taxa Selic, precisamos explicar de onde vem essa sigla. SELIC é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia — uma espécie de mercado em que os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente.
Funcionando de forma totalmente eletrônica, esse sistema é um ambiente restrito apenas para instituições financeiras. Ou seja, além do próprio Banco Central, apenas os bancos e demais instituições do tipo podem negociar títulos nesse sistema.
A taxa Selic está ligada aos juros dos títulos públicos que o governo oferece no sistema SELIC.
Quem decide o valor dessa taxa é o próprio Banco Central, a partir da reunião do Copom — Comitê de Política Monetária da instituição. Como são emitidos pelo governo, os títulos públicos são bastante seguros.
Dessa forma, eles acabam sendo utilizados como uma espécie de “título de garantia” quando os bancos precisam pegar dinheiro emprestado. Esses empréstimos são realizados entre os próprios bancos, no chamado mercado interbancário e, normalmente, possuem o prazo de vencimento de apenas 1 dia.
Logo, a taxa acaba refletindo, na prática, quanto um banco paga para captar recursos com outro banco nesse mercado — sempre com base na remuneração dos títulos públicos.
A Selic como taxa de juros básica da economia
As instituições financeiras emprestam e captam dinheiro diariamente dentro do sistema SELIC — e como um título público é considerado uma aplicação muito segura, a taxa acabou virando uma referência com o tempo. É com base nela que os bancos decidem os juros que serão cobrados de seus clientes.
A lógica é simples: se um banco pode “emprestar” dinheiro ao governo, com o menor risco possível, comprando um título público que vai render a taxa Selic, só faz sentido emprestar dinheiro para pessoas e empresas por uma taxa maior.
Com isso, a Selic passou a ser vista por todos como a taxa básica de juros da economia, ou seja, a menor taxa de juros de todo o mercado em um dado momento.
A Selic é chamada de taxa de juros básica da economia também porque ela serve como referência para todas as demais taxas de juros no país.
Ela influencia diretamente o custo de empréstimos e financiamentos, o rendimento de aplicações financeiras e o controle da inflação.
O Banco Central ajusta a Selic para manter a estabilidade econômica, tornando-a o principal instrumento de política monetária no Brasil.
Como a taxa Selic funciona: Selic over x Selic meta
Essa taxa se divide em dois tipos: a Selic meta e a Selic over. Apesar de serem relacionadas, as duas são estabelecidas de forma diferente.
A Selic Meta é a taxa de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que serve como objetivo para guiar a política monetária, influenciando o controle da inflação e a atividade econômica.
Já a Selic Over é a taxa efetivamente praticada nas operações diárias de empréstimos entre bancos, lastreadas por títulos públicos federais, e reflete as condições reais do mercado. Enquanto a Selic Meta é um alvo, a Selic Over é a taxa diária que resulta das negociações financeiras.
Esmiuçando um pouco mais:
Selic meta
A Selic Meta é a famosa taxa determinada pelo Comitê de Política Monetária, o Copom. Formado pela diretoria do Banco Central, o comitê se reúne 8 vezes por ano, ou seja, a cada 45 dias, para definir se a taxa básica de juros da nossa economia deve subir, cair ou permanecer no valor atual.
Confira a variação da meta da taxa Selic definida em cada reunião do Copom desde 1996:
A definição da taxa é complexa e, muitas vezes, pode ser influenciada por fatores políticos. Por ser um encontro fechado, não dá pra saber ao certo qual será o resultado até que a decisão seja anunciada.
A reunião do Copom ocorre em 2 etapas:
No primeiro dia, os técnicos do Banco Central fazem um estudo sobre a conjuntura econômica atual, analisando aspectos como:
- Nível de inflação.
- Taxa de câmbio.
- Taxa de juros externa.
- Importações e exportações.
- Nível de atividade econômica — produção industrial, vendas, consumo, endividamento.
- Perspectiva de crescimento econômico, entre outros.
Esses dados são apresentados aos diretores do Banco Central, para servir como base para a decisão sobre a taxa.
No segundo dia, ocorre no dia seguinte e conta apenas com os integrantes do comitê. Em um ambiente isolado, os diretores e presidente do Banco Central se reúnem e debatem sobre o que pode ser feito. Ao final, é feita uma votação para definir a taxa que valerá pelos próximos 45 dias.
Porém, como o próprio nome sugere, a Selic meta não é a taxa real praticada no mercado, mas apenas uma meta fixada pelo COPOM. O objetivo é que os títulos públicos sejam negociados com taxas próximas à Selic meta.
Selic Over
Também chamada de taxa realizada, a Selic over, por sua vez, representa a taxa que realmente vemos no mercado. Ela é definida diariamente, por meio de um cálculo que considera a média ponderada de todas as transações com títulos públicos feitas no sistema SELIC.
O nome over vem de overnight, por ser um empréstimo feito em curtíssimo prazo, de um dia para o outro, entre os próprios bancos.
A Selic over existe porque não é possível determinar a taxa efetivamente praticada no mercado, já que bancos podem negociar as taxas livremente entre si. A Selic meta, nesse caso, seria apenas uma referência para nortear as transações interbancárias.
Porém, as duas taxas são muito próximas. Ao interferir no mercado SELIC, comprando e vendendo títulos, o Banco Central consegue influenciar os demais participantes, que passam a praticar uma taxa próxima da meta.
Por isso, a taxa over é sempre ligeiramente inferior à taxa meta. Historicamente, a diferença entre as duas fica em torno de 0,10 ponto percentual.
CDI x Selic: entenda essa relação
Mesmo sendo confundidas a todo momento, é importante destacar que a taxa básica de juros brasileira e o CDI não são a mesma coisa. As duas taxas possuem uma forte ligação, mas são diferentes entre si. Que tal entender isso melhor?
O que é CDI?
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título usado no empréstimo de dinheiro entre instituições financeiras, ou seja, de banco para banco.
A taxa do CDI, ou taxa DI (taxa de Depósito Interbancário), é calculada pela média de todas as taxas praticadas nesse mercado diariamente. Ela é divulgada pela Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP).
Qual a relação entre Selic e CDI?
Como os bancos são os principais compradores de títulos públicos, a Selic possui uma forte influência no CDI. As duas taxas caminham juntas, tendo valores bem próximos, com a taxa Selic ficando normalmente acima da taxa DI.
Confira abaixo um gráfico ilustrativo com a variação da taxa mensal do CDI nos últimos anos, lembrando que essa taxa acompanha bem de perto a Selic.
Por isso, o CDI é mais usado para avaliar investimentos, enquanto a Selic serve mais como um indicador econômico geral do momento, indicando a taxa de juros básica da economia.
O CDI é muito usado, por exemplo, como referência para a remuneração de títulos de renda fixa, como Certificados de Depósito Bancário e Letras de Crédito.
Você possivelmente já ouviu falar em um CDB que paga 100% do CDI ou uma LCI que renda 90% do CDI, certo? Isso significa que o título que está sendo ofertado terá seu rendimento diretamente ligado à taxa DI. Por isso, ela é tão importante quanto a Selic para quem investe.
Como a Selic é usada para controlar a inflação?
Por influenciar diretamente as taxas de juros no Brasil, a meta anual da Selic é o principal meio do governo para controlar a inflação ou estimular a economia em momentos de recessão. Normalmente, a decisão do Copom segue a seguinte lógica:
- Se a inflação está alta, o Copom pode aumentar a taxa Selic: aumentar a taxa básica de juros incentiva os juros no mercado a subirem também. O crédito para as pessoas e as empresas fica mais caro — e elas passam a consumir menos e a poupar mais. Com o consumo menor, a tendência é que os preços caiam, fazendo a inflação cair junto.
- Se a inflação está baixa, o Copom pode reduzir a taxa Selic: a queda dessa taxa deixa espaço para os juros no mercado caírem também. O crédito fica mais barato, estimulando as pessoas e as empresas a fazerem financiamentos e comprarem a prazo, impulsionando o consumo e a produção. Isso aumenta a atividade econômica e a demanda por produtos, que consequentemente gera uma alta de preços, fazendo a inflação subir.
Observe no gráfico a seguir como foi a movimentação da taxa Selic e do IPCA no momento de fechamento de cada ano:
Em resumo, se a taxa Selic aumenta:
- Maiores são os juros cobrados no mercado.
- Maior é o incentivo para poupar e investir.
- Menos crédito e dinheiro passam a circular na economia.
- Menos consumo e demanda por produtos.
- Menor é a atividade econômica.
- Menor é o nível de preços no mercado, derrubando a inflação.
Se a taxa Selic diminui:
- Menores são os juros cobrados no mercado.
- Menor é o incentivo para poupar e investir.
- Mais crédito e dinheiro passam a circular na economia.
- Mais consumo e demanda por produtos.
- Maior é a atividade econômica.
- Maior é nível de preços no mercado, aumentando a inflação.
É por isso que é tão importante observar o que acontece no Brasil, e também lá fora, na hora de tomar uma decisão de investimento. Diante de tantas notícias e informações, muitas pessoas se sentem perdidas. Isso é bastante comum de acontecer.
Como a taxa Selic influencia seus investimentos?
Por representar o rendimento de um título público, a Selic passou a ser usada como uma taxa de referência não só para os bancos, mas também para todo o mercado de investimentos.
A maioria das aplicações disponíveis no mercado
são atreladas de alguma forma à Selic — seja direta
ou indiretamente.
Quais são os investimentos atrelados à Selic?
Afinal, quais são os investimentos atrelados à taxa Selic? Os principais são:
- Tesouro Selic: título público que rende o valor da Selic acrescido de uma taxa pré-fixada.
- CDBs a 100% do CDI ou mais: títulos bancários de Renda Fixa.
- Contas digitais remuneradas: carteiras e contas digitais que fazem seu dinheiro render a 100% do CDI.
Basicamente, qualquer investimento que rende os 100% do CDI entregará um valor muito próximo da taxa Selic em vigência.
Observe:
Valor do CDI | Fórmula de cálculo | Resultado (ao ano) |
---|---|---|
80% do CDI | 0,8 × 11,15 | 8,92% |
90% do CDI | 0,9 × 11,15 | 10,035% |
100% do CDI | 1,0 × 11,15 | 11,15% |
105% do CDI | 1,05 × 11,15 | 11,7075% |
110% do CDI | 1,1 × 11,15 | 12,265% |
115% do CDI | 1,15 × 11,15 | 12,8225% |
120% do CDI | 1,2 × 11,15 | 13,38% |
130% do CDI | 1,3 × 11,15 | 14,495% |
150% do CDI | 1,5 × 11,15 | 16,725% |
200% do CDI | 2,0 × 11,15 | 22,30% |
Qualquer alteração nessa taxa faz com que os investimentos fiquem mais ou menos atraentes. No caso do Tesouro Direto, essa influência é direta — já que o rendimento de alguns dos seus títulos são determinados por ela.
O impacto mais imediato é visto no Tesouro Selic, também conhecido como LFT, já que o título é pós-fixado e vinculado à taxa básica de juros da nossa economia.
Em outras aplicações, a influência é indireta. Uma mudança na Selic impacta a taxa CDI (que ocorre entre bancos), que é atrelada a vários outros investimentos, como por exemplo:
- Certificados de Depósito Bancário (CDB)
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
- Letra de Câmbio (LC)
- Fundos de investimento DI (Fundos DI)
Como investir com a Selic em alta ou baixa?
Uma mudança na taxa básica de juros brasileira influencia todo o mercado de investimentos — impactando não só a Renda Fixa, mas também produzindo efeitos sobre a renda variável, como a compra de ações. A lógica é a seguinte:
- Taxa Selic em alta: quanto maior a taxa, melhor será o rendimento de alguns títulos públicos. As aplicações de Renda Fixa tendem a acompanhar o movimento e também começam a render mais. Com isso, a renda variável, que oferece mais riscos, pode ficar menos atrativa para quem investe.
Investimentos mais procurados com a Selic em alta
- Tesouro Selic
- Fundos de Renda Fixa
- CDBs que rendem 100% do CDI ou mais
- Renda Fixa Corporativa (CRIs, CRAs, debêntures, etc).
- FIIs de papel com carteiras expostas à taxa DI
- Contas remuneradas a 100% do CDI ou mais
- Taxa Selic em queda: quanto menor a taxa, pior será o rendimento de alguns títulos públicos. As outras aplicações de renda fixa também tendem a render menos. Assim sendo, a renda variável, onde é possível ter rentabilidades maiores, pode ficar mais atrativa para quem investe.
Investimentos mais procurados com a Selic em baixa
- Ações
- Fundos Imobiliários (FIIs)
- ETFs
- BDRs
- Fundos de ações e Fundos Multimercados
Lembrando que esses são apenas exemplos e não representam recomendação de investimento, assim como não sinaliza a opinião dos nossos especialistas
Dessa forma, prevalece a famosa relação risco e retorno. Por serem garantidos pelo governo, investimentos ligados à Selic são seguros e, por isso, são procurados por quem tem perfil conservador e com pouca tolerância ao risco.
Mas, ao mesmo tempo, é importante lembrar que o rendimento também pode ser baixo e, por isso, dependendo da situação, pode ser mais interessante procurar outras alternativas.
Taxa Selic e Poupança
A Poupança é uma das aplicações mais populares no Brasil e está diretamente ligada à taxa básica de juros. Essa relação começou a valer a partir de maio de 2012, quando o rendimento da Poupança passou a ser calculado da seguinte forma:
Ou seja, se a taxa está em queda, a lógica é que o rendimento da Poupança também caia, especialmente se a taxa de juros básica da economia estiver igual ou menor que 8,5%. E esse é um detalhe que nem todos os brasileiros se dão conta.
Apesar da comodidade e baixo custo que a Poupança oferece, ela pode não ser a melhor opção na hora de fazer o dinheiro render.
Existem diversas opções mais rentáveis e bastante seguras disponíveis no mercado. Por que se contentar com ganhos pequenos, se você tem a possibilidade de escolher alternativas mais interessantes?
Dúvidas Frequentes sobre a taxa Selic
Entender sobre essa taxa pode parecer complicado em um primeiro momento, então veja a seguir as principais perguntas sobre o tema: Qual o valor da taxa Selic hoje?
Qual o valor da taxa Selic hoje?
A taxa Selic hoje está em 11,25% ao ano, conforme decisão mais recente do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).
Quem decide o valor dessa taxa é o governo federal — e como os juros influenciam diretamente a economia, ela é usada para controlar a inflação e a atividade econômica no país.
Para que serve a taxa Selic?
A taxa Selic é a taxa de juros básica da economia. Ela é referência para todos os juros dos empréstimos, financiamentos, cheque especial, cartão de crédito e demais taxas do mercado. Se ela sobe, os juros costumam subir junto. E se ela cai, os juros também tendem a cair.
Como o aumento da taxa Selic afeta sua vida?
O aumento dessa taxa encarece os juros praticados no mercado. Com isso, fica mais caro parcelar no cartão de crédito, financiar compras, pegar empréstimo no banco, entre outras coisas. A alta da taxa também reduz a atividade da economia, podendo causar desemprego e queda na renda da população.
Posso investir na taxa Selic?
Não é possível investir na Selic diretamente, mas sim em algumas aplicações vinculadas a ela, como a Poupança e títulos do Tesouro Direto.
Taxa Selic e CDI são a mesma coisa? Qual a relação entre eles?
O CDI é pago de uma instituição financeira para outra, enquanto a taxa de juros básica da economia é paga ao governo. Porém, a relação dos dois é próxima: a Selic influencia diretamente o valor do CDI.
Por que a taxa Selic ajuda a conter a inflação?
Uma alta da taxa tende a aumentar os juros cobrados no mercado. Com o crédito mais caro, as pessoas compram menos, reduzindo a demanda por produtos e serviços. Com isso, os preços tendem a cair, forçando a inflação para baixo.