Quando falamos de investimentos focados na aposentadoria, os títulos do Tesouro Direto de longo prazo e os planos de Previdência Privada estão entre os mais lembrados e procurados do mercado.
Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), os planos desse tipo continuam a crescer no Brasil e, em 2022, somavam R$ 1,2 trilhão em ativos, o equivalente a 12,5% do PIB.
Neste artigo, falaremos sobre as diferenças entre investir nos títulos públicos e nos planos de Previdência Privada, além de de quando recorrer a cada um deles, esmiuçando os riscos, rentabilidade, vantagens e custos. Vamos lá?
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O que é a Previdência Privada?
Os planos de Previdência Privada são popularmente conhecidos como uma “aposentadoria particular”, isto é, uma forma de economizar dinheiro para ter uma renda no futuro como complemento para a previdência social, aquela paga pelo governo.
Esses tipos de planos são oferecidos, geralmente, por seguradoras e ou bancos e há cada vez mais produtos disponíveis para que você possa escolher.
Existem 2 possibilidades de tributação: a tabela regressiva (quanto maior o tempo de aplicação, menos tributos você paga) e a progressiva (leva em conta o montante que você resgatou por ano). E elas são válidas independentemente do plano ser PGBL ou VGBL.
Em síntese, o investidor define o valor desejado para receber na aposentadoria e todos os meses aporta no seu plano.
Ao final, você escolhe como quer receber o que construiu no plano de Previdência Privada, ou seja, resgates periódicos, renda vitalícia ou todo o montante mais a rentabilidade.
Sobre os planos, as diferenças são:
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)
O PGBL é um acréscimo à renda que você já tem. Os pagamentos são feitos mensalmente e podem ser deduzidos no ajuste anual de Imposto de Renda (IR) até o limite de 12% de sua renda bruta anual, e o investidor deve fazer a declaração completa de IR.
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
O VGBL funciona como um seguro pessoal de quem investe e contribui. Ao contrário do PGBL, ele não pode ser deduzido no ajuste anual de IR em nenhuma hipótese.
Outra diferença marcante em relação à modalidade anterior, é que o IR incide sobre o rendimento das aplicações. Ou seja, o valor acumulado ao longo dos anos não é considerado.
Quais são as vantagens da Previdência Privada?
Além de não ser obrigatória como a previdência social, a privada possui algumas vantagens e poucos riscos para planejar o seu futuro e o da sua família, tais como:
Vantagem fiscal: alguns casos permitem o abatimento no Imposto de Renda.
Transferência de titularidade: no caso em que o titular do plano venha a falecer, os valores são repassados aos beneficiários, filhos ou pais.
Quando investir na Previdência Privada?
Mas, afinal, quando investir na Previdência Privada? Os especialistas recomendam o plano PGBL àqueles que fazem a declaração completa do Imposto de Renda e contribuem para o INSS.
Assim, o investidor pode deduzir até 12% da sua renda tributável daquele ano.
Lembrando que o tributo é calculado considerando o seu montante total e a cobrança será apenas no momento do resgate ou em caso da conversão do investimento em renda.
Assim sendo, para quem tem filhos ou maiores gastos com saúde e educação, o PGBL será uma ótima alternativa.
Por outro lado, para quem faz a declaração simplificada do IR, á melhor indicação é o VGBL, cuja principal diferença é que a tributação será incidente apenas sobre os rendimentos.
Portanto, estes são produtos financeiros focados no longo prazo, especialmente na aposentadoria. Em resumo, considere o seguinte checklist para escolher um plano ou Fundo de Previdência Privada:
- Gestor.
- PGBL ou VGBL.
- Adequação ao seu perfil de risco.
- Tipo de tabela (progressiva ou regressiva).
- Prazo.
- Beneficiários.
- Resgate total ou por renda mensal.
Para lhe ajudar com essas e outras dúvidas, conte sempre com um Assessor de Investimentos qualificado. Aqui na Toro, você consegue calcular quando pagaria a menos no Imposto de Renda e ter acesso aos nossos profissionais qualificados, basta clicar no link a seguir:
O que é o Tesouro Direto?
Outros produtos para quem investe focando no longo prazo são os títulos de longo prazo do Tesouro Direto, isto é, aqueles com prazo de vencimento de, ao menos, 15 anos no futuro.
Os títulos públicos são uma modalidade de investimento em Renda Fixa em que o investidor empresta seu dinheiro ao governo federal em troca de juros.
Basicamente, existem 3 tipos de títulos que definem o seu indexador e sua rentabilidade:
- Prefixados: você conhece quanto rende o produto no momento da aplicação.
- Tesouro Selic: rende seguindo a taxa Selic do período mais uma porcentagem fixa anual.
- Tesouro IPCA: a rentabilidade acompanha a variação da inflação mais uma taxa fixa anual.
- Tesouro RendA+: a rentabilidade também acompanha o IPCA mais um taxa prefixada. A diferença é que, ao final do prazo de vencimento, você não recebe o valor todo de uma vez, mas em parcelas mensais durante 20 anos.
- Tesouro Educa+: a regra de rentabilidade do Tesouro Educa+ (inflação + taxa real) é a mesma do Tesouro IPCA+ e do Tesouro RendA+, mas com uma pequena diferença no fluxo de renda. Enquanto no Tesouro IPCA+ se recebe todo o valor acumulado em uma única parcela, no Educa+ você garante uma renda mensal por 5 anos.
Lembrando que você pode usar o simulador de Tesouro Direto da Toro para descobrir quais são os investimentos mais adequados para você:
Quais são as vantagens do Tesouro Direto?
Entre as principais vantagens dos títulos do Tesouro, podemos destacar:
Segurança: são considerados as aplicações mais seguras do mercado.
Liquidez: alguns títulos têm liquidez diária, isto é, você pode resgatar no mesmo dia, se assim necessitar.
Quando investir no Tesouro Direto?
Agora, em comparação com a Previdência Privada, quando investir nos títulos do Tesouro Direto?
Focando na aposentadoria, os títulos mais procurados e indicados por especialistas são os atrelados à inflação, ou seja, o Tesouro IPCA sem pagamento de juros semestrais.
O intuito é proteger o valor dos seus aportes da corrosão pela inflação e ainda assegurar uma taxa de rendimento mensal, obtendo ganhos reais.
Independentemente da sua escolha, é essencial manter a regularidade nos seus aportes mensais. No longo prazo, isso faz enorme diferença.
Além disso, é preciso considerar os custos. Quanto maior o prazo do investimento, a Previdência Privada pode oferecer menor tributação. Já na ação dos juros compostos e proteção contra a inflação, os títulos atrelados ao IPCA são boas alternativas.
Se precisar resgatar o dinheiro no curto ou médio prazo, é preciso considerar o Tesouro Direto pela sua característica de alta liquidez.
Mas lembre-se que investir em um não elimina a necessidade de investir no outro. Assim sendo, o ideal é que o investidor construa uma carteira diversificada com os melhores produtos do mercado financeiro, incluindo o Tesouro Direto, CDBs, Previdência Privada, ações, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários (FIIs) e outros.
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