Os títulos do Tesouro Direto estão entre os mais simples e rentáveis do mercado. Muitos brasileiros, entretanto, ainda têm receio de investir nessa modalidade por não saberem bem como funciona.
Se você faz parte desse grupo, este artigo pode te ajudar. Você vai ver logo mais que investir no Tesouro Direto é bem mais fácil do que se imagina. Para começar, tudo é feito virtualmente. Ou seja, você não precisa sair de casa para começar a investir.
E esse é apenas um dos vários pontos positivos desse investimento. Que tal dar um passo além da Poupança? Hoje, você vai aprender tudo sobre como aplicar no Tesouro Direto, como abrir sua conta, quais os riscos e muito mais.
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Como investir no Tesouro Direto?
Não sabe como aplicar dinheiro no Tesouro Direto? É simples, rápido e você já pode começar a investir com valores a partir de 1% do título. Ou seja, se um título vale R$200,00, o valor mínimo para investir nele é de R$20,00.
Veja um passo a passo de como fazer a aplicação em Tesouro Direto:
1. Escolha uma corretora de investimentos
O primeiro passo é escolher uma instituição financeira como agente de custódia, ou seja, quem vai intermediar suas operações, como uma corretora de valores.
Então, é só abrir uma conta e solicitar o seu cadastro. Provavelmente, você terá que informar alguns documentos básicos e, em pouco tempo, já terá uma conta aberta.
2. Crie sua senha de acesso
A próxima etapa é receber uma senha provisória criada pelo Tesouro Direto, que será enviada para o seu e-mail cadastrado.
Ela terá que ser trocada logo no primeiro acesso, então você vai ter que criar uma nova senha que deverá conter entre 8 e 16 dígitos contendo letras, números e símbolos.
3. Acesse a área restrita do Tesouro Direto
Com o login feito, você conseguirá visualizar a área restrita do Tesouro Direto, onde acontece a compra e venda de títulos, além de consultar saldos e extratos.
Ali, você também pode conferir a lista dos títulos públicos disponíveis e seus respectivos rendimentos.
4. Escolha qual título comprar
Quem ainda tem dúvidas sobre qual título comprar, pode utilizar uma calculadora de investimentos, que permite testar diferentes valores e prazos de investimento.
Ela pode ser de grande ajuda na hora de decidir como aplicar dinheiro no Tesouro Direto. Aproveite para analisar os tipos de títulos, para quais situações cada um é mais indicado e os prazos de aplicação em Tesouro Direto.
5. Defina o valor que deseja investir
Com o título escolhido, você só precisa colocar o valor que deseja aplicar e confirmar o investimento.
Após confirmar a compra, o valor será debitado da sua conta na corretora em até dois dias úteis. Os títulos que você adquiriu vão ficar registrados no seu CPF e custodiados na corretora pela qual você investiu.
6. Acompanhe seus investimentos
Agora é só acompanhar seu investimento e, se for do seu interesse, fazer outra aplicação em Tesouro Direto.
Quais são os principais títulos públicos?
Agora que você já sabe como aplicar no Tesouro Direto, que tal conhecer um pouco mais sobre cada um dos títulos públicos federais e quando vale a pena investir?
Tesouro Prefixado
Com esse título, você consegue saber exatamente quanto vai receber ao final do investimento. Pode ser uma boa opção para momentos de baixa inflação e baixa taxa de juros, já que o Tesouro Prefixado pode gerar ganhos no curto prazo se a taxa Selic permanecer em queda.
Nessa categoria, há o Tesouro Prefixado (LTN) e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F), que paga juros a cada 6 meses.
Tesouro Selic (LFT)
O Tesouro Selic é um título interessante para o curto prazo. É pós-fixado e o próprio nome já indica: seu rendimento está ligado à variação da Selic.
Ou seja, se essa taxa está em alta, o rendimento aumenta. Mas o contrário também acontece. Se a Selic cai, esse título passa a render menos. Por isso, ele é mais indicado para momentos de alta dos juros.
Confira a variação da Selic nos últimos anos e seu respectivo impacto na rentabilidade deste título:
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA traz títulos com rendimento híbrido, ou seja, uma parte é prefixada e a outra varia de acordo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a inflação.
Essa característica protege os investimentos caso ocorra uma alta inflacionária. Justamente por isso, é muito buscado por quem deseja investir no longo prazo.
Nessa categoria, há o Tesouro IPCA (NTN-B principal), que paga os juros acumulados no dia do vencimento, e o NTN-B, que remunera parte dos juros todo semestre.
Tesouro RendA+
Semelhante ao anterior, lançado em 2023, no Tesouro RendA+, a rentabilidade também acompanha o IPCA mais um taxa prefixada.
A diferença é que, ao final do prazo de vencimento, você não recebe o valor todo (principal + juros) de uma vez, mas em parcelas mensais durante 20 anos que também serão corrigidas pela inflação.
Tesouro Educa+
O Tesouro Educa+ tem como base os mesmos conceitos do Tesouro RendA+, lançado em janeiro de 2023. Entretanto, em vez de ser focado na aposentadoria, o Tesouro Educa+ foi criado para propósitos educacionais.
Assim, você investe na acumulação de títulos durante um período e, quando o seu filho chega na idade para iniciar a universidade, ele passa a receber os frutos desse investimento, mensalmente, pelo período de 5 anos, que é o prazo médio dos cursos de graduação.
Então, enquanto no Tesouro IPCA+ se recebe todo o valor acumulado em uma única parcela, no Educa+ você garante uma renda mensal por 5 anos.
Observe, no gráfico a seguir, a variação da inflação no Brasil e como é importante se proteger da perda do poder de compra do dinheiro:
Com tanta opção, é muito importante conhecer os títulos públicos federais disponíveis antes de investir e considerar como cada um pode te ajudar a alcançar seus objetivos.
E é essencial lembrar que existem também outros investimentos no mercado. O melhor investimento é aquele que melhor se encaixa em seu perfil e objetivos.
Quais são os riscos do Tesouro Direto?
Além de entender como aplicar no Tesouro Direto, é preciso compreender que os riscos estão presentes em todas as aplicações financeiras, inclusive na Poupança.
Risco é uma palavra que pode deixar muitas pessoas com medo, mas o problema maior não é sua existência, e sim ignorá-la.
Ou seja, antes de investir em Tesouro Direto ou em qualquer outra modalidade, é fundamental saber os riscos daquele investimento.
Poucos sabem, mas até a Poupança tem riscos. Um exemplo disso são os milhares de brasileiros que tiveram seus recursos confiscados nos anos 1990.
No caso do Tesouro, os riscos são os menores do mercado e por uma razão simples: o risco de crédito, popularmente conhecido como calote, é praticamente nulo.
Isso porque, ainda que o Estado não estivesse no seu melhor momento, o pagamento da dívida pública interna dificilmente deixaria de ser honrado.
Mas o calote não é o único risco do Tesouro Direto há também o risco de mercado, isto é, o título não render o esperado.
Por isso, destacamos mais uma vez a importância de escolher o título ideal para os seus objetivos e também de acordo com o momento econômico do País.
Por exemplo, se você monta uma estratégia de longo prazo, mas resgata o valor investido antes do vencimento, além de não receber a rentabilidade esperada, também tem chances de pagar mais Imposto de Renda.
Aplicar no Tesouro Direto vale a pena?
Já deu para ver que investir no Tesouro Direto é uma boa ideia. No quesito segurança, como falamos, o Tesouro Direto é o único 100% garantido pelo Tesouro Nacional. Ou seja, se você tem perfil mais conservador, essa modalidade pode ser uma opção interessante.
No quesito rentabilidade, é possível criar estratégias para sua carteira de Renda Fixa de acordo com a variação da taxa Selic e da inflação, aumentando as suas chances de ganhos.
Então, se você quer rentabilidade, o Tesouro é uma excelente aplicação.
A liquidez, por fim, também se destaca e ajuda a aumentar a popularidade do investimento. Como o próprio Tesouro Nacional recompra os títulos, seu dinheiro não fica preso e você pode resgatá-lo antes do vencimento caso aconteça algum imprevisto.
O melhor de tudo é que você não precisa colocar todos os ovos na mesma cesta. Investidores de sucesso sabem que a diversificação ajuda a diminuir os riscos e a aumentar as chances de ter bons resultados.
Por isso, agora que você já sabe como aplicar no Tesouro Direto, pode usar esse conhecimento para tornar seu portfólio mais amplo.
Além de fugir do marasmo da Poupança, você pode construir uma carteira de investimentos com alto potencial, combinando os títulos públicos federais com outros ativos que combinem com o seu perfil, como:
- CDBs.
- LCI e LCA.
- Fundos de Investimentos.
- BDRs e ETFs.
- Ações.
Depois de tudo que falamos aqui, fica claro como aplicar no Tesouro Direto vale a pena. Entretanto, é sempre importante avaliar os investimentos em relação ao seu perfil, já que, com um objetivo bem definido, fica mais fácil traçar uma boa estratégia.
E você, agora que já sabe como aplicar no Tesouro Direto, está pronto para mudar sua história? Então, confira nossa calculadora gratuito e compare diferentes rentabilidades!
Importante: A decisão final de onde investir é sempre do investidor. Por isso, é fundamental saber se o investimento escolhido está de acordo com seus objetivos e perfil de investidor. Além disso, se tratando de renda fixa, os resgates antecipados podem prejudicar a rentabilidade.