Como calcular risco e retorno nos investimentos?

Risco e retorno é o conceito que trata do risco associado a um determinado investimento e aos seus retornos. Normalmente, os investimentos de alto risco geram melhores retornos financeiros e os investimentos de baixo risco geram retornos mais baixos. Ou seja, o risco de um determinado investimento está diretamente relacionado aos retornos obtidos com ele.

Você sabe qual é a importância de equilibrar risco e retorno na hora de investir?

Neste artigo, vamos abordar o conceito de risco e retorno nos investimentos, explorar o significado desses termos, a importância de entendê-los e os diferentes tipos de risco e retorno que os investidores devem considerar.

Ter uma compreensão clara da relação entre risco e retorno é fundamental para tomar decisões financeiras inteligentes e construir uma estratégia de investimento sólida.

Continue lendo e descubra como otimizar sua carteira e buscar retornos que estejam alinhados com seus objetivos financeiros.

O que é risco e retorno nos investimentos?

Risco e retorno são conceitos fundamentais em investimentos financeiros. 

O risco refere-se à possibilidade de perder dinheiro em um investimento devido a oscilações no mercado, volatilidade econômica ou outros eventos imprevistos.

Investimentos com maior potencial de retorno geralmente envolvem maior risco. Existem diferentes tipos de risco, como risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez, que os investidores precisam considerar ao tomar decisões. Falaremos sobre cada um deles posteriormente.

O retorno, por outro lado, é o ganho ou perda financeira obtido a partir de um investimento. É a recompensa que os investidores esperam receber em troca do risco assumido.

Os investimentos com maior potencial de retorno geralmente envolvem maior risco, mas também oferecem a oportunidade de ganhos mais significativos.

Em resumo, os investidores precisam equilibrar o risco que estão dispostos a aceitar com o retorno que desejam obter. Isso é conhecido como a relação risco-retorno e é uma consideração fundamental ao tomar decisões de investimento.

Por que é importante conhecer risco e retorno?

É importante conhecer esses conceitos para tomar decisões financeiras mais inteligentes e garantir que os investimentos sejam adequados aos seus objetivos e perfil de investidor.

Ademais, existem outras razões, como:

• Gerenciamento de riscos: ao entender o nível de risco associado a um investimento, os investidores podem adotar estratégias para gerenciar esse risco. Isso pode incluir diversificação da carteira, investir em ativos de diferentes classes, entre outras abordagens.
• Estabelecimento de expectativas realistas: compreender a relação risco-retorno ajuda a estabelecer expectativas realistas sobre o que você pode esperar ganhar de seus investimentos. Isso evita surpresas desagradáveis e ajuda na construção de uma estratégia sustentável a longo prazo.
• Avaliação de investimentos: ao analisar diferentes possibilidades de investimento, é possível comparar o potencial de retorno com o nível de risco associado. Isso permite que você escolha opções que ofereçam um equilíbrio adequado entre risco e recompensa.
• Adaptação às mudanças: as condições do mercado e da economia estão sempre mudando. Compreender a relação risco-retorno permite ajustar sua estratégia de investimento conforme necessário para se adaptar a essas mudanças.

Enfim, conhecer a relação risco-retorno permite que os investidores otimizem suas carteiras, minimizem riscos desnecessários e busquem retornos que estejam de acordo com seus objetivos financeiros, criando uma base sólida para o sucesso a longo prazo.

Quais são os tipos de riscos existentes?

Como mencionamos anteriormente, existem três principais tipos de riscos para se atentar: risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.

1. Risco de mercado

O risco de mercado refere-se à possibilidade de que o valor de um investimento seja afetado por mudanças nos preços de mercado. Isso inclui oscilações nos preços de ações, títulos, moedas e commodities devido a eventos econômicos, políticos ou sociais.

Alguns fatores como mudanças nas taxas de juros (como a Selic), instabilidade política, eventos econômicos globais, desastres naturais e choques de oferta e demanda podem influenciar os preços de mercado.

Além disso, investimentos sujeitos a risco de mercado podem perder valor em um curto período, especialmente durante momentos de volatilidade do mercado.

2. Risco de crédito

O risco de crédito é a probabilidade de que um emissor de títulos ou um devedor não cumpra suas obrigações de pagamento.

Em outras palavras, é o risco de que o emissor de um investimento não pague juros ao investidor.

Vamos supor que você tenha investido em um título de Renda Fixa para ajudar uma empresa de capital aberto a expandir seus negócios. No entanto, infelizmente, essa empresa enfrentou dificuldades e não conseguiu honrar seus compromissos com os investidores.

Assim, esse risco pode ser resultado da deterioração da condição financeira do emissor, levando a uma incapacidade de cumprir pagamentos, ou mesmo de eventos específicos que afetam a capacidade de pagamento do devedor.

Investidores que possuem títulos de emissores com alto risco de crédito estão mais suscetíveis a perdas se o emissor não conseguir cumprir suas obrigações de pagamento.

Por isso,  na hora de investir seu dinheiro, vale a pena checar se o ativo está protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

3. Risco de liquidez

A liquidez de um investimento é a medida de quão facilmente ele pode ser convertido em dinheiro. Então, o risco de liquidez refere-se à dificuldade de comprar ou vender um ativo no mercado sem causar uma mudança significativa em seu preço.

É a falta de compradores ou vendedores em um mercado para um determinado ativo.

Pode ser causado pela falta de interesse dos investidores, pelo tamanho do mercado ou por condições econômicas adversas que reduzem a disposição das pessoas para negociar um ativo específico.

Mas afinal, quais são os tipos de retorno? É o que veremos a seguir.

Quais são os tipos de retorno para quem investe?

Vale ressaltar que também existem diferentes tipos de retorno para quem investe. Entre os principais, podemos citar:

1. Ganhos de capital

Qualquer investimento bem-sucedido resultará em um aumento de valor ao longo do tempo. Isso significa que os ativos serão avaliados a um preço mais alto quando vendidos no futuro, gerando ganhos de capital.

Os ganhos de capital podem ser obtidos de várias maneiras, como a valorização dos preços das ações, imóveis ou outros ativos.

Por exemplo, se você investir em ações de uma empresa promissora e o valor desses papéis aumentar ao longo do tempo, você poderá vender as ações por um preço mais alto do que o valor que pagou inicialmente, obtendo assim ganhos de capital.

Esses ganhos podem ser reinvestidos em novos investimentos ou utilizados para atingir outros objetivos financeiros.

2. Dividendos

Os dividendos são uma fonte de renda passiva para investidores que adquirem ações de empresas que distribuem dividendos regulares. Esses dividendos podem ser uma ótima maneira de aumentar o retorno dos investimentos, principalmente para aqueles que buscam uma renda estável.

Quando uma empresa distribui dividendos, ela está compartilhando uma parte dos lucros obtidos com seus acionistas. Isso significa que, além do potencial de valorização das ações no mercado, os investidores também têm a oportunidade de receber pagamentos regulares.

3. Juros

Empréstimos são uma forma comum de obter financiamento para cobrir despesas ou necessidades de capital.

Mutuários, sejam indivíduos ou empresas, solicitam dinheiro emprestado de credores para atender às suas necessidades financeiras. Os credores, por sua vez, fornecem os fundos necessários e recebem juros sobre o montante principal emprestado, o que representa um retorno sobre o investimento para eles.

Essa relação entre mutuários e credores é benéfica para ambos os lados. Para os mutuários, o acesso a empréstimos permite que eles atendam às suas necessidades imediatas sem ter que gastar todo o seu capital próprio.

Isso pode ser útil para empresas que precisam de financiamento para expandir seus negócios ou para pessoas que desejam fazer uma compra importante, como um imóvel.

4. Renda de aluguel

A renda de aluguel pode ser uma boa fonte de retorno. Propriedades alugadas geram um fluxo constante de aluguel, que pode ser considerado um retorno no mercado imobiliário.

Ao investir em imóveis para aluguel, os investidores têm a oportunidade de obter um rendimento regular através dos pagamentos dos inquilinos.

Essa renda passiva pode ser uma ótima maneira de diversificar uma carteira de investimentos e garantir um fluxo constante de dinheiro.

Como calcular o risco e retorno?

Para calcular o risco e retorno, é necessário analisar diversos fatores, como a volatilidade do mercado, a performance passada do investimento e a diversificação da carteira. 

A princípio, não há fórmulas específicas para calcular o risco e retorno, pois é uma abordagem subjetiva, que depende do entendimento e aplicação de cada perfil. Afinal, cada pessoa considera um tipo de risco, seja ele financeiro ou não.

Contudo, existem diferentes métricas e modelos que podem ser utilizados para fazer esses cálculos, como o índice de Sharpe, por exemplo.

Veja o que considerar ao fazer o cálculo do risco:

Cálculo do risco

• Desvio padrão: o desvio padrão é uma medida estatística que quantifica a dispersão dos retornos de um investimento em relação à média. Um desvio padrão maior indica maior volatilidade e, portanto, maior risco.
• Beta (para ações): o beta é uma medida de sensibilidade de um investimento em relação ao movimento geral do mercado. Um beta maior que 1 indica que o investimento é mais volátil do que o mercado, enquanto um beta menor que 1 indica menos volatilidade.
• Índice de Sharpe: o Índice de Sharpe compara o retorno adicional de um investimento (acima do retorno livre de risco) ao seu risco (medido pelo desvio padrão). Um índice de Sharpe mais alto indica um melhor retorno ajustado ao risco.
• Value at Risk (VaR): VaR é uma medida estatística que quantifica o risco de perda em valor monetário para um dado nível de confiança em um determinado período de tempo. Um VaR maior indica maior risco de perda.

Cálculo do retorno

O cálculo do retorno, por sua vez, pode ser feito utilizando uma fórmula mais concreta, onde se calcula o percentual adquirido em determinado produto.

A fórmula é: 

Retorno = ((Preço final – preço inicial + dividendos) / preço inicial) – 1

Essa fórmula simples apresenta o valor total do retorno obtido, que pode ser convertido em uma porcentagem multiplicando-o por 100.

Vamos considerar um exemplo prático para ilustrar como calcular o retorno de um investimento. Suponha que um investidor comprou um imóvel por R$500.000 e, após um certo tempo, vendeu o imóvel por R$600.000. Durante esse período, ele também recebeu aluguéis no valor total de R$50.000.

Utilizando a fórmula mencionada anteriormente, o retorno desse investidor seria calculado da seguinte forma: (600.000 – 500.000 + 50.000) / 500.000 = 150.000 / 500.000 = 0,3. Ou seja, ele obteve um retorno de 30% nesse investimento imobiliário.

É importante ressaltar que o cálculo do retorno é uma forma de mensurar o desempenho de um investimento, mas não garante resultados futuros.

Além disso, é fundamental considerar outros fatores, como custos de transação, impostos e inflação, para obter uma análise mais completa e precisa do retorno obtido.

Conclusão

Como vimos, entender como funciona o risco-retorno nos investimentos é fundamental para que você consiga tomar boas decisões, além de garantir uma carteira diversificada e rentável.

Em geral, podemos resumir esse conceito em alguns pontos-chave:

• O entendimento do conceito de risco e retorno no mundo das finanças envolve analisar as possíveis dificuldades que um investimento pode apresentar, ao mesmo tempo em que se mede os retornos esperados.
• O princípio fundamental é que investimentos de maior risco têm potencial para proporcionar maiores retornos aos investidores, e o preço desse risco é refletido nos retornos obtidos.
• No entanto, investimentos de alto risco nem sempre trazem retornos mais altos. Essa é exatamente a natureza do “alto risco” envolvido no investimento. Portanto, o investidor precisa estar preparado para ambos os resultados, ganhos e perdas.

Portanto, investir dinheiro sempre envolverá um equilíbrio entre risco e retorno. É importante entender os diferentes tipos de risco, como o risco de crédito e o risco de liquidez, para tomar decisões informadas sobre como diversificar sua carteira de investimentos.

Da mesma forma, é fundamental conhecer os diferentes tipos de retorno, como ganhos de capital, dividendos, juros e renda de aluguel, para aproveitar ao máximo seus rendimentos.

Ao entender o conceito de risco e retorno, você estará melhor preparado para tomar decisões de investimento e construir uma carteira de investimentos adequada aos seus objetivos.

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