Investir em Fundos Imobiliários (FIIs) com cotas abaixo de R$ 10 pode ser uma estratégia atrativa para diversificar a carteira com baixo custo inicial.
Esses Fundos permitem acesso ao mercado imobiliário por meio de investimentos em imóveis ou títulos do setor, sem a necessidade de grandes aportes iniciais.
No entanto, é essencial avaliar cada um deles com atenção, considerando aspectos como o tipo, a gestão, a qualidade dos ativos e o potencial de pagamento de dividendos.
Neste conteúdo, você vai conhecer alguns dos mais populares e como eles funcionam. Vamos lá?
Navegação Rápida
Quais são os FIIs abaixo de R$ 10 na Bolsa de Valores?
Investir em Fundos Imobiliários (FIIs) com cotas abaixo de R$10 é uma estratégia interessante para quem busca diversificar a carteira de investimentos com baixo custo de entrada.
Entre as alternativas disponíveis no mercado, alguns FIIs se destacam não apenas pelo preço acessível, mas também pela estrutura de seus portfólios, potencial de valorização e pagamento de dividendos.
Abaixo, destacamos alguns dos FIIs mais populares e promissores que se encaixam nesse perfil. Mas lembre-se que são apenas exemplos e não constituem recomendação de compra nem a opinião dos nossos Analistas.
1. Maxi Renda (MXRF11)
O Maxi Renda (MXRF11) é um dos FIIs mais populares e acessíveis do mercado, com centenas de milhares cotistas.
As cotas são negociadas ligeiramente acima de R$10, mantendo-se na faixa de preços atrativa para investidores com menor capital disponível.
Este Fundo híbrido investe em uma combinação de ativos de crédito, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e em cotas de outros FIIs, o que proporciona diversificação interna e exposição equilibrada a diferentes segmentos do mercado imobiliário.
O MXRF11 é conhecido pela consistência na distribuição de dividendos, tornando-se um dos preferidos entre os investidores que buscam renda passiva.
Ademais, a gestão ativa e diversificada do portfólio permite ao Fundo ajustar suas posições conforme as condições de mercado, potencializando os retornos para os cotistas.
2. BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11)
O BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11) é um Fundo de papel focado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), com uma carteira diversificada que inclui títulos indexados tanto ao IPCA quanto ao CDI.
As cotas do BTCI11 giram em torno dos R$ 10, tornando-o uma alternativa interessante para investidores que buscam proteção contra a inflação e rendimentos consistentes.
As cotas podem sofrer variações diárias, então o valor exato deve ser verificado no momento da análise.
Com uma taxa de retorno projetada em torno de 1,1% ao mês (contudo, não é um valor garantido e pode mudar), o BTCI11 se apresenta como uma alternativa atrativa para investidores que buscam rentabilidade superior à média dos investimentos de Renda Fixa, especialmente em um cenário de juros altos.
3. Valora CRI (VGIR11)
O Valora CRI (VGIR11) é um Fundo de papel que se destaca entre os FIIs mais baratos, sendo negociado na faixa de R$9 a R$10. O intervalo de negociação deve ser monitorado, pois pode variar.
Além disso, possui uma carteira majoritariamente composta por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) indexados ao CDI, proporcionando uma boa correlação com a taxa Selic e potencial de rendimentos atrativos em um cenário de juros elevados.
O VGIR11 é particularmente interessante para investidores que buscam diversificação entre os FIIs de papel, pois oferece exposição a títulos de alta qualidade de crédito e uma estrutura de custos competitiva.
4. Outros
Além desses, você pode encontrar outras alternativas disponíveis na Bolsa de Valores. Aqui estão alguns FIIs que geralmente negociam cotas na faixa de R$10:
- Polo Crédito Imobiliário (PORD11)
- Guardian Real State (GARE11)
- Kinea Creditas (KCRE11)
- Spx Syn Multiestratégia (SPSX11)
- Capitania Securities II (CPTS11)
- Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11)
- Kinea Securities (KNSC11)
- Atrio Reit Recebíveis Imobiliários (ARRI11)
- Suno Energias Limpas (SNEL11)
- Valora Hedge Fund (VGHF11)
- Kilima (KISU11)
- Manati Capital (MANA11)
É importante verificar as cotações atualizadas, pois os valores podem variar diariamente por inúmeros motivos.
Além disso, os investimentos em Bolsa implicam em maior risco, sendo recomendados apenas aos investidores arrojados.
Quais são as vantagens de se investir em FIIs abaixo de 10 reais?
Investir em Fundos Imobiliários (FIIs) com cotas abaixo de 10 reais apresenta uma série de oportunidades interessantes, especialmente para investidores que buscam entrar no mercado com baixo custo inicial.
Baixo custo de entrada
Os FIIs com cotas abaixo de 10 reais são acessíveis para investidores com orçamento limitado, permitindo a diversificação da carteira sem a necessidade de grandes aportes.
Esse fator é especialmente atraente para iniciantes ou para quem busca complementar uma estratégia de renda passiva com dividendos isentos de Imposto de Renda, o que é uma característica dos FIIs.
Potencial de valorização
Muitos desses FIIs apresentam um desconto no valor da cota em relação ao valor patrimonial, o que pode indicar uma oportunidade de valorização futura.
Esse deságio pode ocorrer por motivos como ajustes no mercado, baixa liquidez temporária ou mudanças na percepção dos investidores sobre os ativos.
Com uma análise cuidadosa, é possível identificar FIIs que têm o potencial de se valorizar quando o mercado ajusta às expectativas ou quando houver recuperação econômica.
Renda passiva atraente
Diversos FIIs abaixo de R$10 ainda conseguem oferecer uma taxa de retorno com dividendos (dividend yield) que supera o rendimento de aplicações tradicionais de Renda Fixa, como o Tesouro Direto.
Por exemplo, Fundos como o BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11) e o Valora CRI (VGIR11) proporcionam um retorno que pode ser superior à taxa Selic atual, tornando-os possibilidades de investimentos atrativas para quem busca renda passiva regular.
Contudo, o retorno com dividendos depende do desempenho do Fundo e não é uma garantia de ganhos, assim como o valor dos proventos podem mudar.
Diversificação setorial
Os FIIs baratos abrangem uma variedade de setores, como lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos, e Fundos de papel (que investem em títulos de crédito imobiliário).
Essa diversidade permite ao investidor alocar recursos em diferentes setores do mercado imobiliário, diminuindo riscos específicos de cada segmento e aproveitando oportunidades de crescimento em setores com boas perspectivas, como o de logística impulsionado pelo e-commerce.
SAIBA MAIS:
➡️ Conheça os maiores Fundos Imobiliários (FIIs) da Bolsa de Valores
➡️ Afinal, quantos Fundos Imobiliários (FIIs) devo ter na minha carteira?
Quais são os riscos de se investir nesses ativos?
No entanto, como qualquer investimento em renda variável, há também riscos significativos que precisam ser considerados. Entre eles podemos destacar:
Volatilidade do mercado
Os FIIs, por natureza, estão sujeitos à volatilidade do mercado. As flutuações nas taxas de juros, mudanças na economia, e crises específicas do setor imobiliário podem impactar significativamente o valor das cotas e os rendimentos pagos aos cotistas.
Os Fundos de papel, por exemplo, tendem a ser mais impactados pela inflação e pelos ajustes na taxa Selic.
Enquanto Fundos de tijolo sofrem com vacância e renegociação de alugueis em períodos econômicos adversos.
Risco de liquidez
Muitos FIIs com cotas abaixo de R$10 possuem baixa liquidez no mercado, o que pode dificultar a venda das cotas a preços favoráveis quando necessário.
Isso é particularmente relevante em momentos de estresse no mercado, onde a diferença entre o preço de compra e venda pode aumentar, tornando a negociação menos vantajosa para o investidor.
Qualidade dos ativos e gestão
O fato de um FII ser barato não necessariamente indica uma boa oportunidade. A qualidade dos ativos subjacentes e a competência da gestão são fatores cruciais para o sucesso do investimento.
Fundos com imóveis mal localizados, baixa ocupação ou contratos de locação com risco elevado podem enfrentar dificuldades em manter os rendimentos e a valorização das cotas.
Além disso, FIIs geridos por administradoras menos experientes ou com histórico ruim de desempenho podem adicionar um risco adicional ao portfólio do investidor.
Riscos operacionais e de crédito
No caso dos FIIs de papel, que investem em títulos de crédito imobiliário como CRIs, há um risco adicional relacionado à inadimplência dos emissores dos títulos.
A qualidade do crédito é um fator essencial e deve ser cuidadosamente analisada, especialmente em cenários de alta inflação ou recessão econômica, onde a probabilidade de “calote” aumenta.
Vale a pena investir nesses Fundos Imobiliários?
Investir em Fundos Imobiliários (FIIs) com cotas abaixo de R$ 10 pode ser uma excelente estratégia para investidores que buscam diversificar a carteira com baixo custo de entrada, sem abrir mão do potencial de retornos atrativos.
Esses FIIs oferecem uma forma acessível de exposição ao mercado imobiliário, permitindo que investidores com diferentes perfis aproveitem os benefícios de renda passiva.
Contudo, para aumentar os ganhos e mitigar os riscos, é fundamental adotar uma abordagem criteriosa na seleção dos FIIs.
Além disso, avaliar a qualidade dos ativos, a competência da gestão, o histórico de distribuição de dividendos, a liquidez das cotas e o deságio sobre o valor patrimonial são passos essenciais para identificar as melhores oportunidades de investimento.
Os investidores devem estar atentos às nuances de cada Fundo, especialmente considerando que nem todas as cotas baratas representam um bom negócio.
Algumas podem refletir problemas estruturais, como gestão ineficiente ou ativos de baixa qualidade, que podem comprometer o desempenho do investimento no longo prazo.
Se preferir, invista com a ajuda de um Assessor de Investimentos ou por meio da carteira recomendada da Toro:
