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IPCA acumulado: o que é e qual o índice de inflação mensal e 12 meses?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é um indicador fundamental para quem deseja entender a dinâmica da economia e se manter atualizado sobre a inflação no país.

Acompanhar o IPCA pode oferecer insights valiosos sobre os preços dos produtos e serviços, auxiliando na tomada de decisões financeiras mais conscientes e estratégicas.

Além disso, o IPCA é utilizado como referência para diversos contratos e investimentos, tornando-se essencial para quem busca se manter informado e proteger seu patrimônio.

Portanto, estar atento ao IPCA é uma prática inteligente e indispensável para qualquer pessoa que queira ter sucesso no mundo das finanças. Leia até o final e saiba mais!

O que é o IPCA?

O IPCA é um dos índices mais conhecidos do mercado, especialmente se você quiser saber como investir no Tesouro Direto. Ele afeta a vida de todas as pessoas que investem e da população em geral. Por isso, é essencial compreendê-lo e saber como usá-lo para proteger o seu dinheiro.

IPCA é uma abreviação de Índice de Preços ao Consumidor Amplo. É o índice oficial da inflação e mede, mensalmente, o custo de vida de famílias brasileiras com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, de acordo com cálculo do IBGE.

Sendo assim, saber como anda a inflação e suas variações é muito útil para cuidar melhor do seu dinheiro. Continue a leitura e você irá entender melhor o que é IPCA, como ele é calculado e como ele interfere no seu bolso e nos seus investimentos.

IPCA acumulado em 2024: qual é a taxa mês a mês?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma taxa de 0,56% em outubro, superior à taxa de setembro, que foi de 0,44%.

No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 3,88%, enquanto nos últimos 12 meses a variação foi de 4,76%.

O índice foi impulsionado por aumentos na energia elétrica (4,74%) e carnes (5,81%). Com isso, a inflação acumula 4,76% em 12 meses, superando a meta de até 4,5% para 2024.

A inflação foi também puxada pelos grupos Habitação (+1,49%) e Alimentação (+1,06%). O INPC, que mede a inflação para famílias de baixa renda, subiu 0,61%, acumulando 4,60% em 12 meses.

Veja no gráfico a seguir a variação anual do IPCA nos últimos anos:

Mensalmente, a tabela IPCA é divulgada no site do IBGE. Confira abaixo a tabela mensal com o IPCA acumulado no ano:

Tabela IPCA mês a mês – 2024
MêsValor mensal (%)Índice acumulado no ano (%)
Janeiro0,420,42
Fevereiro0,831,25
Março0,161,42
Abril0,381,80
Maio0,462,27
Junho0,212,48
Julho0,382,87
Agosto-0,022,85
Setembro0,443,31
Outubro0,563,88
Novembro
Dezembro
Fonte: IBGE

Inflação acumulada: qual é o seu valor e relação com o IPCA?

Outra importante função do IPCA é ajudar a delimitar a inflação. Anualmente, o governo federal estabelece metas a serem cumpridas.

Se a taxa acumulada termina o ano abaixo dessa meta, isso significa que os valores subiram menos que o esperado. Se a inflação ficar acima da meta, podemos entender que os preços se elevaram além das expectativas.

Esse acompanhamento é essencial para entender o crescimento ou a baixa dos preços ao longo dos anos. Mas como isso funciona?

Conforme os meses vão passando, as variações do IPCA se acumulam com o mecanismo de juros compostos. Esse acúmulo dá origem ao que chamamos de IPCA acumulado, que permite ver a inflação total dentro do período analisado, por exemplo 1 mês, 3 meses ou até 1 ano.

Ou seja, a inflação acumulada é o mesmo que o IPCA acumulado no período em questão, que é quanto os produtos e serviços básicos subiram de preço.

Mas o que isso significa, no final das contas? Imagine que o valor do índice foi de 0,30% em janeiro e de 0,70% em fevereiro. Partindo desse exemplo, também é possível apontar que houve uma alta de aproximadamente +0,40% na inflação de um mês para o outro. Nesse caso, o valor acumulado de janeiro e fevereiro é de aproximadamente 1,00%.

Por convenção, geralmente se mede o valor da inflação acumulada não só no ano, mas também nos últimos 12 meses.

Veja abaixo a tabela da inflação acumulada em comparação à meta da inflação ao longo dos anos:

AnoInflação acumulada (%)Meta da inflação (%)
20234,623,25
20225,793,5
202110,063,75
20204,524,00
20194,314,25
20183,754,5
20172,954,5
20166,294,5
201510,674,5
20146,414,5
20135,914,5
20125,844,5
20116,504,5
20105,914,5
20094,314,5
20085,904,5
20074,464,5
20063,144,5
20055,694,5
20047,605,5
20039,308,5
200212,533,5
20017,674,0
20005,976,0
*Inflação acumulada dos últimos 12 meses, atualizada em Jan/2024. Fonte: IBGE.

Como você pode ver, a inflação pode variar muito ao longo dos anos e isso influencia fortemente no valor do seu dinheiro e no rendimento dos seus investimentos.

Por isso, é essencial escolher os melhores investimentos de acordo com o cenário dos juros no país e com o seu perfil de investidor.

Tabela IPCA mês a mês – 2023
MêsValor mensal (%)Índice acumulado no ano (%)
Janeiro0,530,53
Fevereiro0,841,37
Março0,712,09
Abril0,612,72
Maio0,232,95
Junho-0,082,87
Julho0,122,99
Agosto0,233,23
Setembro0,263,50
Outubro0,243,75
Novembro0,284,04
Dezembro0,564,62
Fonte: IBGE

Veja a seguir a tabela do IPCA acumulado nos últimos anos:

Tabela IPCA mês a mês – 2022
MêsValor mensal (%)Índice acumulado no ano (%)
Janeiro0,540,54
Fevereiro1,011,56
Março1,623,20
Abril1,064,29
Maio0,474,78
Junho0,675,49
Julho-0,684,77
Agosto-0,364,39
Setembro-0,294,09
Outubro0,594,70
Novembro0,415,13
Dezembro0,625,79
Fonte: IBGE

Tabela IPCA mês a mês – 2021
MêsValor mensal (%)Índice acumulado no ano (%)
Janeiro0,250,25
Fevereiro0,861,11
Março0,932,05
Abril0,312,37
Maio0,833,22
Junho0,533,77
Julho0,964,76
Agosto0,875,67
Setembro1,166,9
Outubro1,258,24
Novembro0,959,26
Dezembro0,7310,06
Fonte: IBGE

Tabela IPCA mês a mês – 2020
MêsValor mensal (%)Índice acumulado no ano (%)
Janeiro0,210,21
Fevereiro0,250,46
Março0,070,53
Abril-0,310,22
Maio-0,38-0,16
Junho0,260,10
Julho0,360,46
Agosto0,240,70
Setembro0,641,34
Outubro0,862,22
Novembro0,893,13
Dezembro1,354,52
Fonte: IBGE

A tabela IPCA pode ser utilizada para entendermos o momento do mercado — seja para comprar itens básicos do dia a dia, ou para aplicar no Tesouro Direto, por exemplo. Aos poucos, você será capaz de perceber se vale a pena investir em um título ou em outro, analisando os índices do mercado.

Acompanhar o IPCA acumulado também possibilita entender se existem chances de conseguir uma boa rentabilidade com alguma aplicação associada a ele.

Saber qual é o cenário atual do Brasil ainda é útil para decidir entre comprar ou não determinado produto, ou seja, se o valor dele é realmente justo ou está mais caro que o normal. Enfim, já deu para entender que seguir esse índice de perto é uma prática vantajosa por uma série de motivos, não é?

A seguir, você entenderá melhor a ligação do IPCA acumulado com a inflação e como seus investimentos se relacionam com o índice IPCA.

Como o IPCA afeta os investimentos?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) afeta os investimentos de várias maneiras:

  1. Taxas de Juros: o IPCA é um indicador da inflação no Brasil. Quando o IPCA está alto, o Banco Central pode aumentar as taxas de juros para controlar a inflação. Juros mais altos tornam investimentos de renda fixa, como CDBs e títulos públicos, mais atrativos, enquanto investimentos em renda variável, como ações, podem se tornar menos desejáveis.
  2. Expectativas do mercado: a variação do IPCA influencia as expectativas do mercado em relação ao crescimento econômico. Uma inflação controlada geralmente é vista como positiva para o ambiente de negócios, o que pode impulsionar os preços das ações.
  3. Poder de Compra: a inflação impacta o poder de compra do consumidor. Se o IPCA estiver elevado, os consumidores podem reduzir gastos, afetando negativamente as receitas das empresas e, consequentemente, seus preços das ações.
  4. Ajuste de Preços: empresas que não conseguem repassar custos aumentados devido à inflação podem ver suas margens de lucro reduzidas. Isso pode impactar suas avaliações e o retorno sobre investimentos em ações.
  5. Atração de investidores estrangeiros: altas taxas de juros, geralmente associadas a um IPCA elevado, podem atrair investidores estrangeiros, aumentando a demanda por ativos brasileiros e influenciando o câmbio.
  6. Setores sensíveis: alguns setores da economia, como bens de consumo e serviços, são mais sensíveis à inflação. A performance desses setores pode afetar a composição do portfólio de investimentos.

Os títulos atrelados a esse indicador costumam ser vantajosos para quem deseja investir com segurança, pensando especialmente em prazos mais longos. Afinal, em condições normais, eles têm rentabilidades que ficam acima da inflação ou, no mínimo, conseguem acompanhá-la.

Confira, a seguir, os principais investimentos atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo:

Um ponto interessante de um investimento ligado ao IPCA é que ele pode funcionar como uma compensação financeira nos momentos de alta da inflação.

Isto é, quando o IPCA subir, seus títulos em Renda Fixa podem ser a saída ideal para que você tenha uma boa rentabilidade e não perca dinheiro.

Muitas dessas aplicações costumam ser híbridas, isto é, seguem a variação do IPCA junto a um outro percentual fixo. Em termos resumidos, essa mistura é positiva porque o seu poder de compra é mantido, mesmo em momentos de forte alta da inflação.

Conforme seu capital consegue acompanhar a inflação a partir de escolhas inteligentes na hora de investir, a tendência é que ele se mantenha valorizado.

O rendimento da Poupança, por exemplo, não está tão associado à inflação e, geralmente, não oferece essa possibilidade. Com isso, acaba ficando abaixo do valor real — aquele que você sente diretamente nas contas do mês. Por consequência, a caderneta normalmente não é a melhor opção de investimento.

Ou seja, é válido tomar conhecimento do IPCA até mesmo para analisar os aportes que não estão diretamente ligados a ele. Se um investimento não consegue acompanhar a inflação, especialmente quando ela tende a subir, ele pode não ser uma boa escolha.

Você sabia que investir na Renda fixa ficou bem mais fácil? Você só precisa dizer o quanto quer investir e por quanto tempo, e poderá visualizar opções adequadas aos seus planos e ao seu perfil. Confira:

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Como é o cálculo do IPCA?

O índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também é o representante oficial da famosa inflação. Como seu nome já indica, ele foi criado para medir a variação de preços do mercado para o consumidor final, como você, sua família e todo mundo que reside no Brasil.

Na prática, funciona como um indicador do custo de vida de grande parte dos habitantes do país. Para calculá-lo, são consideradas despesas ligadas aos seguintes setores:

  • Despesas pessoais: utiliza informações sobre atividades de lazer, fotografia, fumo e outras despesas pessoais.
  • Alimentação e bebidas: coleta dados sobre preço de panificados, leites e derivados, condimentos, bebidas, carnes, frutas, cereais, açúcares, etc.
  • Saúde: considera gastos com serviços médicos, dentários, óticos, laboratoriais, farmacêuticos e afins.
  • Artigos para casa: a coleta observa valores de móveis, eletrodomésticos, cama, mesa, banho, consertos, etc.
  • Habitação: agrega preços de aluguéis, taxas, manutenção, energia elétrica, reparos, entre outros.
  • Vestuário: abrange valores de roupas femininas, masculinas, infantis, calçados, tecidos e acessórios.
  • Educação: são coletados preços cobrados por cursos, livros e materiais de papelaria.
  • Transporte: leva em consideração custos com combustível, transporte público e transporte particular.

Como você deve ter notado, são gastos presentes na rotina de praticamente todos brasileiros. Assim, quando o IPCA sobe, é provável que alguns desses serviços e/ou produtos tenham ficado mais caros. Ou seja, eles inflacionaram. Assim, quando você escuta que a inflação está em alta, isso quer dizer que esse indicador subiu.

Porém, vale explicar um detalhe importante: quando o índice apresenta uma queda, isso não significa que os preços realmente caíram. Apenas indica que subiram menos que no mês anterior.

Agora, se o IPCA ficar negativo, aí sim podemos dizer que as coisas ficaram mais baratas. Esse efeito é chamado de deflação, que é o oposto da inflação.

O cálculo do IPCA é o reflexo de quanto gastam as famílias brasileiras, com renda entre 1 e 40 salários mínimos, nas áreas mais básicas do dia a dia.

Para calcular o IPCA, o IBGE usa como base várias regiões metropolitanas de diferentes partes do país. Cada região tem um peso ponderado, segundo os números populacionais, para a realização do cálculo. São elas:

  • São Paulo
  • Belo Horizonte
  • Porto Alegre
  • Rio de Janeiro
  • Recife
  • Belém
  • Fortaleza
  • Salvador
  • Curitiba
  • Vitória
  • Campo Grande (município)
  • Goiânia (município)
  • Distrito Federal

A coleta dos dados vai do primeiro ao último dia do mês. Para fazer essa conta, são considerados custos básicos, como comércio, prestação de serviços, aluguel e concessionárias de serviços públicos em geral. Os preços obtidos são categorizados nos setores que listamos anteriormente: saúde, comunicação, vestuário, educação, etc.

Assim como as localizações, cada uma das categorias tem um peso aplicado na hora de calcular — a alimentação, por exemplo, é uma das mais importantes.

Por isso, o IPCA é um reflexo direto do custo de vida do brasileiro e acompanhá-lo ajuda a entender melhor como cuidar do seu dinheiro. E além disso, é preciso destacar também o quanto este índice influencia o mercado financeiro. Para quem investe, é extremamente importante entender o que é IPCA e seus impactos em cada tipo de investimento.

Nossa principal recomendação, é que você busque ajuda profissional e aprenda o caminho certo para investir do jeito mais fácil e seguro. Aqui na Toro, temos um catálogo completo de cursos gratuitos para você alcançar o sucesso financeiro que sempre sonhou.

Outros índices da inflação: conheça o IPCA-E e o IPCA-15

Você já ouviu falar em IPCA-E e IPCA-15? É bem possível que tenha se deparado com essas siglas vez ou outra.

Eles são variações do IPCA e também são calculados pelo IBGE. Vale lembrar que esses dois índices, diferentemente do IPCA, não coletam dados da região de Campo Grande.

  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E): É gerado a partir do mesmo cálculo do IPCA, mas é divulgado somente a cada 3 meses. Um detalhe curioso: o IPCA-E costuma ser muito utilizado para calcular o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano, mais conhecido como IPTU. Esse balanço trimestral também é muito útil para quem deseja acompanhar o universo dos investimentos.
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15): É utilizado para levantar uma estimativa mensal da inflação. Isso acontece porque sua coleta de informações vai do dia 16 de um mês até o dia 15 do mês seguinte. Ou seja, ele ajuda a ter uma noção prévia de quanto será o indicador principal do próximo mês.

Enfim, como você aprendeu aqui, saber o que é IPCA pode fazer uma grande diferença para as suas finanças pessoais. Além de alterar seu poder de compra e mexer no seu bolso, esse indicador também é importante na hora de fazer bons investimentos. Portanto, compreendê-lo pode ser um diferencial e tanto na hora de aplicar seu dinheiro.

Dúvidas frequentes sobre IPCA

Ainda tem dúvidas sobre o IPCA? Confira a seguir as principais perguntas sobre esse tema:

O que é o IPCA-E e IPCA-15?

Eles são variações do IPCA. O IPC-E é o demonstrativo trimestral do IPCA. E o IPCA-15 reúne as informações do dia 16 de um mês até o dia 15 do mês seguinte.

Qual é a relação do IPCA com a taxa Selic?

O COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) utiliza o IPCA, entre outros indicadores, para verificar se o governo atingiu ou não as metas de inflação estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

A partir disso, o comitê pode decidir baixar, elevar ou manter a taxa Selic, que é a taxa de juros básica do Brasil.

Quem calcula o IPCA?

O responsável por calcular este índice é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Qual é a relação do IPCA com a inflação?

As variações do IPCA são usadas para medir a inflação em um certo período. E essas mudanças interferem diretamente nos preços que pagamos em itens do dia a dia. Se o IPCA sobe, é bem provável que o consumo de alimentos, educação, transporte e afins tenham ficado mais caros.

Se ele cai, é uma indicação de que os preços estão mais baixos em relação ao mês anterior. Quando o IPCA tem um valor negativo, ocorre a deflação. Ou seja, produtos e serviços ficam efetivamente mais baratos.

Quando é feito o cálculo do IPCA?

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo é calculado mensalmente pelo
IBGE. A partir dos dados divulgados, também é possível saber qual foi o
IPCA acumulado do ano e o acumulado dos últimos 12 meses.

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