Deflação é o processo inverso da inflação. Ou seja, a deflação ocorre quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir. As causas da deflação estão relacionadas com a relação oferta (maior) x demanda (menor), que estão intrinsecamente baseadas nas relações de consumo e de saúde da economia de forma geral.
A possibilidade deste cenário começou a ser mais falada em dezembro de 2018, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou uma deflação de 0,16% no mês.
A variação do IPCA nos últimos 5 anos, de 2019 a 2023, apresentou as seguintes taxas anuais de inflação: 4,31% em 2019; 4,52% em 2020; 10,06% em 2021; 5,79% em 2022 e 4,62% em 2023.
Mas, afinal, você sabe o que é deflação? Sabe como este movimento de queda de preços afeta a economia brasileira e a sua vida?
Ao longo deste conteúdo você vai ver algumas informações sobre:
- O que é deflação.
- O que causa a deflação.
- Qual a diferença entre deflação, desinflação e inflação.
- Quais os riscos e efeitos da deflação.
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O que é deflação?
A deflação é o processo inverso da inflação, isto é, a queda de preços constante e generalizada dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
Olhando só pela explicação, parece que é um processo muito bom e deve ser buscado por todos os responsáveis pela gestão financeira dos países, certo?
Entretanto, apesar de parecer algo positivo, a deflação por longos períodos pode representar um grande perigo para a economia de um país.
Você pode perceber um exemplo histórico deste fato, ao analisar os efeitos da queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929.
Com a crise que nos Estados Unidos, naquela época as empresas foram obrigadas a cortar os preços dos produtos e serviços, levando o mercado a um estado de recessão.
Esta queda dos preços, sem previsão de subida, refletiu diretamente em perda de empregos e queda da renda das pessoas, colocando todo o país em uma das maiores crises econômicas da história.
Dessa forma, podemos dizer que a análise do preço dos produtos funciona como um termômetro para a economia.
O esperado é que aconteça uma elevação controlada a cada espaço de tempo e com isso eleve também outros indicadores, como renda da população, oferta de empregos e consumo.
Quando acontece o movimento contrário por muito tempo, pode indicar que há algum problema com a economia do país e que é preciso combater as causas dessa deflação.
É importante você entender o que é deflação para conseguir perceber melhor o cenário econômico atual e criar o melhor planejamento financeiro para valorizar o que você tem no bolso e caminhar rumo aos seus sonhos.
O que causa a deflação?
Como citamos o que causou a deflação nos Estados Unidos no século passado, é importante falarmos também sobre o que pode causar a deflação atualmente.
A principal causa está relacionada ao aumento da oferta de produtos e a falta de demanda para a compra.
Isso acontece quando há mais produtos no mercado do que pessoas querendo comprar estes produtos.
Imagine que há uma alta na produção de tomates, porém a população não está procurando tomates nas feiras, nos mercados e nos supermercados que vendem derivados deste produto.
O resultado dessa alta oferta e falta de demanda é a redução de preços para que o consumo seja estimulado.
Essa redução no preço do tomate pode parecer positiva à primeira vista, porém quando é constante e dura muito tempo, pode trazer impactos negativos para a indústria e até mesmo para você.
Isso porque esse movimento de queda pode atrapalhar os negócios, causar desemprego e atrapalhar a economia do país.
Outro fato que também pode causar a deflação é a pouca quantidade de moeda em circulação, pois menos dinheiro circulando significa menos pessoas comprando, o que pode desestimular ainda mais o consumo e afetar a produção, gerando queda dos preços e problemas na economia.
Entendeu o que leva a deflação a ser um processo tão ruim quanto a inflação elevada? Compreender o mercado financeiro nem sempre é tão simples como parece.
Por isso, é preciso sempre contar com boas referências, principalmente de quem realmente como investir e se proteger nesses momentos.
Qual é a diferença entre deflação, desinflação e inflação?
Então, segundo o que apresentamos aqui, temos que torcer para sempre acontecer uma alta dos preços de produtos e serviços? A resposta é não. O ideal é que aconteça o que chamamos de desinflação.
Desinflação é o processo da diminuição da inflação, ou seja, quando acontece uma subida dos preços, mas menor do que é esperado.
Imagine que você mensalmente vai ao mercado e encontra os tomates com preços 20% mais altos em janeiro do que o valor do mês anterior. Entretanto, um mês depois, nota que o preço subiu 10% em fevereiro e que em março houve alta de 5%. Está caracterizada uma situação de desinflação.
Dessa forma, enquanto na deflação encontramos um movimento de queda de preços, na desinflação o movimento é de subida, porém em um percentual menor do que era apresentado ou esperado para determinado período.
Você pode perceber que a inflação é usada como referência para a definição dos outros termos, por isso precisamos ter certeza que você sabe o que ela significa.
Veja só: a inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços dos produtos e serviços oferecidos no mercado em um determinado período.
Confira um resumo sobre a diferença entre inflação, deflação e desinflação:
Movimento da economia | Conceito |
---|---|
Inflação | Aumento contínuo e generalizado dos preços |
Deflação | Queda dos preços de produtos e serviços do mercado |
Desinflação | Redução da inflação, quando os preços sobem, mas de forma reduzida |
Saber a distinção entre estes conceitos é importante e faz a diferença em todos os momentos em que você for pensar qual a melhor forma de usar seu dinheiro, tanto para encontrar o melhor momento para gastar, quanto para investir no seu futuro.
Ou seja, saber se o cenário econômico apresenta um movimento de inflação, deflação ou desinflação é importante para encontrar as melhores opções para valorizar seu dinheiro e garantir os melhores rendimentos.
Como proteger seus investimentos da inflação?
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Quais são os riscos e efeitos de uma deflação?
Como já falamos aqui, a queda constante e desregulada dos preços pode trazer alguns riscos e efeitos negativos para a economia de um país.
Podemos usar como exemplo um conceito que alguns economistas chamam de cadeia deflacionária.
Imagine que o dono da fazenda de tomates não consegue vender sua safra pelo preço que estava esperando e é obrigado a reduzir os preços, buscando aumentar as vendas para suavizar o prejuízo.
Porém, não consegue vender tudo e acaba tendo prejuízos, chegando ao extremo de ter que demitir funcionários para se enquadrar à realidade do mercado.
Os funcionários que foram demitidos, por sua vez, perdem o emprego e, consequentemente, toda ou parte da renda, sendo obrigados a reduzir alguns gastos. Com isso, eles deixam de consumir para economizar, parando de fazer compras grandes em supermercados, por exemplo.
Os donos de supermercados percebem a queda de venda e são obrigados a reduzir os pedidos que encomendam às indústrias de alimentos, afetando assim o faturamento deste mercado.
Já as indústrias, entendendo a situação do mercado, reduzem a compra de produtos usados para a fabricação de alimentos, diminuindo ainda mais a demanda por tomates que seriam usados para fazer molho de tomate, ketchup e outros produtos.
Percebeu como acontece um ciclo repetitivo que afeta várias pessoas e prejudica a economia como um todo? Esse é um exemplo de como a deflação tende a gerar um grande problema para trabalhadores, empresários e para todos inseridos nesse sistema.
É por isso que sempre lembramos sobre a importância de ter uma reserva financeira para evitar passar por grandes dificuldades caso ocorra deflação por aqui.
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Deflação e IPCA: qual é a relação?
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) é o indicador medido mês a mês pelo IBGE que representa a variação de preços no mercado. Por meio deste índice, é possível entender se o cenário é de inflação, deflação ou desinflação.
O IPCA também é importante para quem investe, pois alguns investimentos de Renda Fixa podem apresentar rentabilidade relacionada a este indicador.
Entre as opções destacam o Tesouro IPCA, modalidade do Tesouro Direto que é influenciado pelo índice.
Portanto, você deve saber o que é deflação para conseguir analisar e entender melhor o cenário da economia que está acontecendo. Este conhecimento é fundamental para você saber como cuidar bem do seu dinheiro, seja no momento de alta ou seja de queda dos preços.
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