Os dividendos extraordinários são uma forma adicional de remuneração aos acionistas, pagos pelas empresas em situações excepcionais.
Ao contrários dos dividendos regulares, que seguem uma política de distribuição periódica, os extraordinários ocorrem quando há lucros acumulados, venda de ativos ou um caixa excedente que permite uma distribuição maior.
Se você busca renda passiva e ampliar seu patrimônio, entender como esses pagamentos funcionam pode ser uma excelente estratégia para maximizar ganhos e aproveitar oportunidades no mercado financeiro.
Neste artigo, vamos mostrar mais detalhes sobre esse tipo de remuneração de grandes empresas na Bolsa. Vamos lá?
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O que são dividendos extraordinários?
Dividendos extraordinários são pagamentos adicionais feitos por uma empresa aos seus acionistas, além dos dividendos regulares.
Eles geralmente ocorrem quando a empresa acumula um lucro elevado ou recebe um ganho não recorrente, como a venda de um ativo importante, reestruturação, ou uma decisão estratégica de distribuir reservas de capital.
Diferentemente dos dividendos regulares, que fazem parte da política de distribuição de lucros da empresa, os extraordinários não seguem um cronograma fixo e são concedidos em situações específicas.
Para quem investe, isso pode representar uma oportunidade de receber um retorno adicional sobre o investimento.
Quais são as diferenças entre dividendos regulares e dividendos extraordinários?
As principais diferenças entre dividendos regulares e dividendos extraordinários podem ser classificadas da seguinte maneira:
Natureza do pagamento
- Dividendos regulares: são a parte do lucro líquido que a empresa é obrigada a distribuir aos acionistas, conforme determinado pelo estatuto social e pela Lei das S.A. No Brasil, por exemplo, a legislação exige que as empresas paguem no mínimo 25% do lucro líquido ajustado, salvo disposição diferente no estatuto.
- Dividendos extraordinários: são pagamentos adicionais que a empresa pode decidir distribuir quando há um caixa excedente, lucros acumulados ou ganhos não recorrentes. Eles não são obrigatórios e dependem da decisão da administração e do conselho de administração.
Periodicidade
Geralmente, os dividendos regulares seguem um calendário predefinido, podendo ser pagos trimestralmente, semestralmente ou anualmente.
No entanto, os dividendos extraordinários não têm uma periodicidade fixa e ocorrem apenas em situações específicas.
Origem dos recursos
Os dividendos regulares vêm do lucro líquido do exercício, respeitando a política de distribuição de dividendos da empresa.
Já os dividendos extraordinários podem vir de diversas fontes, como lucros acumulados, venda de ativos, reestruturação de dívida ou eventos excepcionais.
Impacto em quem investe
Os dividendos regulares são previsíveis e fazem parte do retorno esperado pelos acionistas ao investir na empresa.
Por outro lado, os dividendos extraordinários representam um bônus inesperado, podendo aumentar o retorno do investidor em determinados momentos.
Dessa forma, podemos dizer que, enquanto os dividendos regulares fazem parte da política de distribuição da empresa e são previstos, os extraordinários são esporádicos e ocorrem quando há caixa excedente ou eventos específicos que justificam o pagamento adicional.
SAIBA MAIS:
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Quando os dividendos extraordinários são distribuídos?
Os dividendos extraordinários são pagos da mesma maneira que os dividendos regulares, com a principal diferença de que são anunciados e pagos como um evento único, geralmente após uma decisão do conselho administrativo.
O pagamento pode ser feito em dinheiro, ações ou uma combinação de ambos, dependendo da política da empresa.
Assim como nos dividendos regulares, a empresa divulga as datas de pagamento para determinar quem receberá os dividendos extraordinários.
Como funciona o pagamento?
O pagamento dos dividendos extraordinários funciona de maneira semelhante ao dos dividendos regulares, mas ocorre em situações excepcionais.
Primeiro, o conselho de administração da empresa avalia a situação financeira e decide se há condições para distribuir dividendos extraordinários.
Normalmente, isso acontece quando a empresa tem lucros acumulados, vende um ativo importante ou gera um caixa excedente que não será utilizado no curto prazo.
Após essa decisão, a empresa divulga um comunicado oficial ao mercado, informando o valor a ser distribuído, a data de corte e a data de pagamento.
A data de corte é fundamental para o investidor, pois determina quem terá direito ao recebimento dos dividendos.
Quem possuir ações da empresa até essa data será beneficiado, enquanto quem comprar ações depois disso não terá direito ao pagamento, pois elas passarão a ser negociadas como “ex-dividendos”.
O pagamento é feito de forma automática na conta do investidor na corretora, normalmente em dinheiro, embora em alguns casos possa ocorrer por meio da bonificação com novas ações.
No Brasil, tanto os dividendos ordinários quanto os extraordinários são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, mas é sempre importante acompanhar eventuais mudanças na legislação.
Por exemplo, se uma empresa como a Petrobras anunciar um dividendo extraordinário de R$ 2,00 por ação e um investidor possuir 1.000 ações, ele receberá R$ 2.000 na data estipulada para o pagamento.
Esse tipo de provento pode representar uma excelente oportunidade para investidores que buscam renda passiva e valorização do patrimônio no longo prazo.
Quais empresas pagam dividendos extraordinários?
Em primeiro lugar, veja no gráfico a seguir quais foram as maiores pagadoras de dividendos em 2024:
Quando falamos em dividendos extraordinários, tudo dependerá do tamanho da empresa e se ela terá condições de realizar esse pagamento extra.
Empresas como Petrobras, Vale, Itaú e Bradesco já realizaram esse tipo de pagamento, mas não há uma data específica ou uma certeza de que os dividendos extraordinários serão pagos.
Por isso, é importante se atentar às notícias do mercado e acompanhar as movimentações das grandes empresas brasileiras para saber como será feita a remuneração aos acionistas.
Como ter renda passiva com dividendos?
Para ter renda passiva com dividendos, você precisa investir em ativos que distribuem parte de seus lucros aos acionistas de forma recorrente.
Escolha empresas boas pagadoras de dividendos
Procure ações de empresas sólidas e lucrativas que tenham um histórico consistente de distribuição de dividendos.
Setores como energia, bancos e consumo essencial costumam ter empresas que pagam dividendos regularmente.
Exemplos: Petrobras (PETR4), Engie (EGIE3), Taesa (TAEE11), entre outras.
Considere também os Fundos Imobiliários (FIIs), que distribuem rendimentos mensais e são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Lembrando que os ativos citados neste artigo não são recomendações de compra e nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro.
Reinvista os dividendos
No início, reinvestir os dividendos pode acelerar o crescimento do seu patrimônio. Isso cria um efeito de juros compostos, onde os novos investimentos geram mais dividendos no futuro.
Monte uma carteira diversificada
Diversifique entre setores e tipos de ativos para reduzir riscos. Combine ações, FIIs, ETFs e até Renda Fixa para equilibrar rentabilidade e segurança.
Calcule quanto você precisa investir
Se o seu objetivo é receber R$ 5.000 por mês em dividendos, e a média de dividend yield da sua carteira for 6% ao ano, você precisaria de aproximadamente R$ 1 milhão investido.
Mantenha o foco no longo prazo
Dividendos são mais eficazes quando acumulados por anos ou décadas. Empresas podem aumentar os pagamentos ao longo do tempo, aumentando sua renda passiva.
Portanto, se o seu objetivo for viver de dividendos, o segredo é disciplina, reinvestimento e foco no longo prazo.