As principais formas de investir em dólar incluem os Fundos Cambiais, Fundos que investem em ativos no exterior, BDRs, ações, mercado futuro, ETFs americanos e internacionais.
A moeda norte-americana tem um papel de ampla importância no mercado mundial. O dólar tem mais de 200 anos de operação e uma perspectiva de vida longa. Por conta disso, muitos investidores acabam optando por incluir a moeda no portfólio.
Para investir em dólar, você não precisa somente fazer câmbio entre as moedas. Existem outras alternativas rentáveis no mercado, que podem fazer parte da sua carteira diversificada de investimentos.
Então, se você tem interesse e quer saber como investir em dólar para aumentar sua rentabilidade, neste artigo você vai conferir as melhores alternativas disponíveis no mercado. Vamos lá?
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Por que investir em dólar morando no Brasil?
Mesmo morando no Brasil, você pode investir em dólar e garantir alguns benefícios. Veja no quadro abaixo quais são as vantagens de aplicar na moeda sem precisar morar no exterior:
✔️ Diversificação geográfica: a ideia é distribuir o risco da sua carteira de investimentos em mais de um país.
✔️ Acesso a empresas globais: você pode investir nas maiores marcas do mundo e empresas reconhecidas internacionalmente.
✔️ Moeda forte: com essas estratégia, você expõe parte do seu patrimônio a uma moeda mais forte que o real.
✔️ Receber dividendos: dos lucros que as empresas geram, você também recebe os proventos pagos proporcionalmente às suas ações.
✔️ Facilidade: o investidor pode fazer tudo sua corretora brasileira, sem precisar abrir novas contas no exterior.
✔️ Proteção contra o risco-Brasil: você ganha um mecanismo de defesa contra o cenário de incerteza brasileiro, seja ele gerado pela política ou pela economia.
No universo dos investimentos há, mesmo que de forma inconsciente, o objetivo de maximizar o retorno, enquanto os riscos são minimizados.
A maximização do resultado pode ser feita, por exemplo, através da seleção de bons ativos, com características sólidas, perenes, e perspectivas positivas de geração de fluxos de caixa crescentes para os investidores.
Por sua vez, a minimização do risco pode ocorrer de duas formas diferentes. A seleção de ativos que tenham menor risco contribui, inevitavelmente, para a redução da volatilidade da carteira.
Contudo, uma das ferramentas mais valiosas para a redução das oscilações de um portfólio é a diversificação.
Dessa forma, os investidores que constroem uma carteira com ativos pouco (ou negativamente) correlacionados têm a possibilidade de obter resultados positivos, mas incorrendo em riscos significativamente menores.
Resumindo, em um portfólio diversificado, os movimentos de alguns ativos contrabalanceiam as oscilações de outros. Quando isso é aliado a ativos que entregam bons resultados, a relação risco x retorno é otimizada.
Confira, na imagem a seguir a correlação do dólar com outros ativos:
Quanto menor (mais próximo de -1) ela for, mais o risco pode ser diluído por meio da diversificação. Por outro lado, quanto maior a correlação (mais próximo de 1), menos a diversificação entre as classes contribui para a redução do risco do portfólio.
Qual é a importância do dólar na carteira do investidor?
Na imagem anterior, concluímos que, comparando as demais classes de ativos, é possível perceber que a menor correlação é, justamente, com o dólar.
Em diversos momentos, o Ibovespa e o dólar apresentam movimentos em direções opostas. Dessa forma, quando o Ibovespa se desvaloriza, o dólar costuma se apreciar, amenizando parte das perdas. Em contrapartida, quando o Ibovespa sobe, o dólar, geralmente, se desvaloriza.
Isso sinaliza que o investidor de longo prazo que opta por construir um portfólio diversificado entre ações brasileiras e exposição à moeda americana consegue, de forma eficiente, melhorar a sua relação risco x retorno.
Além disso, quem adota as duas estratégias, isto é, a diversificação em dólar e também com ações da Bolsa consegue diminuir o nível de risco da carteira.
Na extremidade inferior à direita, tem-se uma carteira composta unicamente por alocações em Ibovespa. Já na extremidade superior à esquerda, tem-se uma carteira composta, unicamente, por dólar. Entre as duas extremidades, tem-se todas as carteiras possíveis, combinando estes ativos.
Portanto, a introdução de investimentos dolarizados na carteira de um investidor de longo prazo possibilita um aumento do retorno esperado.
Contudo, o ganho mais notório é a diminuição do risco da carteira como um todo, uma consequência da correlação negativa entre as duas classes.
Seja qual for o seu objetivo, desde se preparar financeiramente para viajar ao exterior, programar a compra de produtos importados, até mesmo expor a sua carteira de investimentos à variação do dólar, é importante saber que existem algumas alternativas que te permitem fazer isso.
Vale a pena comprar dólares em espécie para guardar?
Em primeiro lugar, é importante entender que a cotação do dólar divulgada diariamente é o dólar comercial.
Então, se você quer o dólar em espécie, terá que comprar o dólar turismo de uma casa de câmbio, que geralmente é mais caro por conter impostos, taxas e serviço de entrega das notas físicas.
Normalmente, o dólar turismo custa em torno de 20 a 30 centavos a mais por unidade que o dólar comercial.
Devem ser considerados ainda os custos com IOF, o spread do prestador do serviço e que a cotação a ser aplicada pelo operador de câmbio será o dólar turismo, que é mais caro do que o preço do dólar comercial.
Faça uma conversão fácil, rápida e com dados atualizados do dólar comercial usando o conversor de moedas da Mobills:
Lembrando que o resultado é apenas informativo e não representa recomendação de compra ou venda. Em dias não úteis, considera-se o valor do dia útil anterior. Além disso, a Toro não assume responsabilidade pela não simultaneidade ou ausência de dados via mercado, bem como pelos eventuais erros de paridade e falhas de comunicação.
Dólar em espécie funciona como investimento?
A compra de dólares ou euros em espécie como investimento de longo prazo não é uma estratégia recomendada pelos especialistas em finanças pessoais e investimentos.
A valorização de uma moeda em relação a outra é afetada por diversos fatores macroeconômicos, como taxas de juros, inflação, balança comercial, entre outros. Esses fatores são difíceis de prever e controlar, o que torna o investimento em moedas estrangeiras altamente especulativo e arriscado.
Além disso, você precisa considerar também o valor do dólar atualmente. Dependendo da variação da moeda, não compensa fazer esse tipo de transação. Portanto, o dólar em espécie é uma alternativa interessante para quem planeja uma viagem, mas não é o mais recomendado como forma de investimento lucrativo.
Ademais, o próprio dólar passa por processos inflacionários como qualquer outra moeda. Isso quer dizer que ela perde poder de compra. Então, quando você compra o dólar em espécie e o guarda por muitos anos, deve descontar a corrosão da inflação do dólar do ganho que teria além do ganho na taxa de câmbio.
Por fim, lembre-se que a posse de moeda estrangeira em espécie também pode ser arriscada do ponto de vista da segurança, pois ela pode ser roubada ou perdida facilmente e todo o seu esforço desaparece.
No mais, a posse de grandes quantias de dinheiro em espécie ainda pode atrair a atenção das autoridades fiscais, como a Receita Federal, caso não seja corretamente declarada no Imposto de Renda.
SAIBA MAIS:
➡️ IVVB11: vale a pena comprar esse ETF para diversificar a carteira?
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➡️ Investimentos no exterior: por que e como investir fora do Brasil?
Investir em dólar ou euro: o que é melhor?
Assim como o dólar, o euro é uma moeda que sofre variação cambial. É, portanto, um investimento de Renda Variável, cujo valor se altera diariamente por conta das mudanças no cenário econômico e político mundial.
Investir no dólar traz mais segurança, já que a moeda tem mais de 200 anos de operação, como mencionamos anteriormente. Entretanto, quando acontecem crises na Europa, há momentos em que o euro praticamente se iguala ao valor da moeda norte-americana.
Nesses casos, é interessante investir em euro, já que você consegue diversificar a carteira e aumentar suas possibilidades de ganhos.
Colocar uma parte do seu patrimônio em euros ou dólares é recomendado, mas sempre analisando o cenário econômico antes de começar a investir.
O ideal é estar preparado para diferentes possibilidades de ganhos, mas saber que existem riscos atrelados ao euro. Investindo nas duas moedas, você amplia suas oportunidades e reduz as chances de sofrer prejuízos.
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Como investir em dólar hoje?
Como você viu até aqui, investir em dólar aumenta suas possibilidades de ganhos. Mas afinal, como investir em dólar hoje? Quais são as possibilidades? Confira a seguir.
1. Fundos Cambiais
Nos Fundos Cambiais, os cotistas lucram com investimentos direcionados a aplicações que têm moedas estrangeiras como base.
Em outras palavras, aumentar os ganhos com as oscilações de divisas como o dólar e o euro, sobretudo em operações com derivativos dessas moedas.
Nesse caso, ao menos 80% do patrimônio do Fundo deve ser investido em moedas e, em alguns casos, os investidores os utilizam para proteger o seu poder de compra.
Inclusive, os Fundos Cambiais são considerados os jeitos mais “fáceis” de investir em dólar. A grande vantagem é contar com um profissional especializado — o gestor do Fundo — para criar as estratégias de investimentos. Por outro lado, se você busca mais autonomia, essa não é a alternativa mais recomendada.
1.1. Em qual Fundo Cambial investir?
Entre os melhores investimentos recomendados pela equipe de análise da Toro, há o Fundo BV Dólar Cambial FIC FI.
Como podemos observar no gráfico a seguir, historicamente, o desempenho das cotas do Fundo BV Dólar Cambial tem alta aderência ao movimento da PTAX (taxa referência para as operações de câmbio, real contra dólar, no mercado financeiro calculada durante o dia pelo Banco Central).
O BV Cambial consegue acompanhar de perto as variações do dólar, o que o torna um investimento bastante eficiente com o objetivo de proteção cambial na composição de um portfólio.
Vale destacar que, além de buscar replicar as movimentações do dólar, a gestão também tem o objetivo de superar no longo prazo a variação do dólar oficial em relação à moeda brasileira, o que pode trazer uma rentabilidade extra para os investidores que aplicam neste Fundo.
Algumas informações básicas para investir nesse Fundo:
- Aplicação mínima: R$ 100,00.
- Taxa de administração: de 0,85% até 1% ao ano.
- Risco: alto
- Taxa de Performance: não há.
- Prazo de resgate: D+1 (um dia útil).
- CNPJ: 03.319.016/0001-50.
Você consegue investir nesse Fundo e ainda receber Cashback em dinheiro na sua conta da Toro. Se você ainda não tem uma conta, faça o seu cadastro gratuito agora mesmo!
2. Fundos que investem no exterior
Outra possibilidade de investir em dólar são os Fundos que aplicam seus recursos no exterior. É possível alocar até 20% do seu patrimônio fora do país, cuja rentabilidade estará ligada ao dólar.
Nessa categoria, se enquadram os Fundos Multimercados, os Fundos de Renda Fixa, entre outros. Tudo dependerá de qual estratégia você adotará. Porém, é importante ressaltar que a queda do dólar pode impactar diretamente esses Fundos.
3. BDRs
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são recibos de empresas negociadas no exterior. Na prática, as ações dessas empresas são compradas e depositadas por um custodiante no exterior.
Como eles são atrelados ao dólar, as variações do câmbio impactam no preço dos BDRs, que são cotados em real.
Isso significa que movimentos de alta no dólar são positivos para quem tem BDRs.
Afinal, é possível ganhar tanto com a valorização das ações no exterior, quanto com a disparada da moeda americana. Contudo, assim como para o caso das ações brasileiras dolarizadas, recai-se no problema de que o investidor também estará exposto ao risco da empresa em questão.
O gráfico abaixo, por exemplo, mostra a evolução do Índice BDRX que, semelhante ao Ibovespa, monta um portfólio teórico com o objetivo de mensurar o desempenho médio das cotações de uma cesta de ativos.
O índice traça uma linha de tendência de alta desde 2013, o que representa a valorização desse tipo de ativo em termos de cotações, sem contar os dividendos pagos pelos BDRs que você também tem direito.
4. ETFs americanos e internacionais
ETF é a sigla para Exchange Traded Funds. São Fundos de Investimento que captam recursos para aplicar em carteiras que seguem algum índice como referência, como o Ibovespa, o S&P 500, o Nasdaq, o Small (índice das Small Caps), entre outros.
No caso dos ETFs americanos e internacionais, você investe pela B3, mas o seu dinheiro não sai necessariamente do Brasil.
O valor total das cotas dos ETFs representa o patrimônio total do Fundo que, então, vai adquirir os ativos no exterior, posições em dólar, no Mercado Futuro ou BDRs de ações estrangeiras para compor a carteira.
Essa é uma das formas mais comuns de investir indiretamente na moeda norte-americana, pois as empresas que o compõem operam em mercados dolarizados.
Contudo, esses índices são carteiras teóricas de ações. Dessa forma, ao se comprar um ETF com essas características, o investidor também fica sujeito às oscilações locais e da economia de um determinado país ou continente.
Assim, por vezes, os ETFs podem não se aproximar tão bem do movimento do dólar, a proteção que a exposição cambial traz pode ficar comprometida.
5. Ações
Algumas empresas listadas na Bolsa de Valores são significativamente “dolarizadas”. Isso significa que as receitas e os custos delas são atrelados ao dólar por vender muitos produtos no exterior ou negociar commodities.
Esse é o caso, de empresas do segmento de papel e celulose, a exemplo da Suzano (SUZB3), e companhias do segmento industrial com forte participação internacional, como a Weg (WEGE3).
Apesar de representar uma forma de exposição ao dólar, esta estratégia apresenta uma série de ineficiências.
A mais notória delas é que, ao comprar ações de uma empresa dolarizada, o investidor também fica exposto ao risco daquela companhia em específico, e não apenas à variação cambial. Por isso, deve sempre montar uma carteira diversificada e não apenas com ações ou empresas dolarizadas.
Por mais que este risco possa ser diluído por meio da diversificação, o investidor
continuará exposto ao risco de mercado, comprometendo a exposição ao dólar como uma proteção contra, justamente, movimentos de queda do mercado.
Dessa forma, alterações no câmbio podem trazer impactos aos resultados destas empresas e, consequentemente, nos preços em que elas são negociadas.
6. Mercado Futuro
O Mercado Futuro é um ambiente dentro da Bolsa de Valores onde são negociados contratos de compra ou venda de ativos para uma data futura.
Dessa forma, em vez de negociar ações de empresas, no Mercado Futuro você compra ou vende contratos futuros. Existe um lote mínimo de contratos para negociar, podendo ser arrobas de boi gordo, sacas de café e até mesmo pontos de índices.
O dólar é um dos principais contratos negociados no Mercado Futuro, já que atrai muitas pessoas interessadas em ganhar dinheiro investindo na moeda norte-americana.
Operar esse contrato permite aproveitar as variações cambiais para obter lucro e serve ainda como mecanismo de proteção, sobretudo para empresas que têm dívidas ou operações que dependem do dólar.
Há dois tipos de contratos futuros de dólar: o dólar cheio e o minidólar. O valor de cada contrato futuro de dólar cheio é de US$50 mil e o lote mínimo é de 5 contratos. Para o minidólar (WDO), a cotação é de US$10 mil e o lote padrão é de 1 contrato.
Vale ressaltar que essas negociações são feitas na Bolsa de Valores, por isso são consideradas operações de trading.
⚠️Lembrando que trading não é investimento, mas alguns investidores mais arrojados utilizam os contratos futuros como mecanismo de proteção de carteira em determinadas estratégias.
Por outro lado, a estratégia de utilizar os contratos futuros de dólar como proteção não é frequentemente utilizada por pessoas físicas com o intuito de fazer proteção cambial de suas carteiras de mais longo prazo.
É mais comum que esta modalidade seja utilizada por empresas e Fundos que contam com uma gestão profissional e dedicada ao mercado financeiro.
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