Para montar uma carteira de BDRs é preciso definir objetivos, perfil de risco, escolher boas empresas em bons setores e balancear os investimentos em relação ao patrimônio total. É essencial realizar uma Análise Fundamentalista das empresas, considerando a lucratividade, gestão, governança, liquidez e valor de mercado. Além disso, preste atenção às tendências e perspectivas do mercado para identificar oportunidades lucrativas.
Nos momentos em que a Bolsa de Valores do Brasil (B3) está em queda, as atenções se voltam para os investimentos no exterior. Com a popularização e mudanças das regras para o investimento em BDRs (Brazilian Depositary Receipts), mais e mais investidores estão recorrendo a esses ativos.
De acordo com levantamento recente da B3, o número de investidores em BDRs na Bolsa subiu 380% em 2022, chegando a quase 1,5 milhão.
A facilidade de acesso aos BDRs abriu novas portas ao investidor local. Neste conteúdo, você aprenderá por que ter uma carteira de BDRs como montar uma carteira de BDRs e dicas fundamentais para que seu portfólio esteja diversificado e balanceado de maneira correta e inteligente para poder ganhar mais. Vamos lá?
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O que é uma carteira de BDRs?
Uma carteira de BDRs é uma coleção de Brazilian Depositary Receipts, que são ativos financeiros que representam ações de empresas estrangeiras negociadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3).
Essa carteira é composta por diferentes BDRs de diversas empresas e setores, com o objetivo de diversificar os investimentos e aumentar as chances de ganhos.
Investir em BDRs é um processo simples, assim como investir em ações, Fundos Imobiliários (FIIs) e ETFs. Basta definir os objetivos de investimento, conhecer o perfil de investidor e seguir os passos para adquirir os BDRs desejados.
Com uma carteira bem montada e uma estratégia adequada, os BDRs podem ser uma excelente opção para diversificar e potencializar os ganhos do investidor brasileiro.
Por que ter uma carteira de BDRs?
Ter uma carteira de BDRs é uma forma de investir no exterior sem precisar abrir contas em corretoras internacionais ou fazer remessas de dinheiro para fora do país. Com os BDRs, é possível acessar grandes empresas estrangeiras e se beneficiar da valorização de suas ações.
Investir em BDRs é uma ótima oportunidade para aumentar a diversificação e potencial de ganhos da sua carteira.
Além dos ETFs americanos, entre as principais vantagens de investir no exterior por meio de BDRs, os investidores locais citam, principalmente:
- Diversificação: com mais ativos, a relação entre risco e retorno da sua carteira fica melhor distribuída.
- Acesso a novos mercados: os BDRs permitem acesso a grandes empresas do exterior, dividindo melhor os riscos regionais do portfólio.
- Dolarização: expor seu capital a empresas que geram receitas em dólar e/ou atuam em vários mercados ao redor do mundo.
- Receber dividendos: os BDRs também dão direto ao recebimento de proventos pagos pelas companhias.
- Praticidade: você pode fazer tudo pela sua corretora do Brasil, sem necessidade de fazer remessas de dinheiro ou abrir contas ao exterior.
Além disso, os BDRs têm se mostrado uma excelente alternativa de valorização do seu patrimônio no longo prazo.
Para evidenciar isso, basta observar a oscilação histórica do índice BDRX, que mede o desempenho médio de uma cesta com os melhores BDRs do mercado:
Como montar uma carteira de BDRs?
Montar uma carteira de BDRs envolve um planejamento cuidadoso, considerando os objetivos de investimento, o nível de risco tolerado e a diversificação entre setores e empresas.
É importante escolher boas empresas, com fundamentos sólidos e boas perspectivas de crescimento, e também diversificar entre diferentes setores para reduzir os riscos.
O primeiro passo para montar uma carteira de BDRs, antes de comprar os ativos em si, é realizar o planejamento do portfólio. Isto é, para garantir que a carteira seja bem montada, de modo diversificado e balanceado, pense inicialmente nas macroalocações e microalocações.
Nas macroalocações, o investidor estuda e planeja a carteira na totalidade, ou seja, define quais setores quer investir, o percentual de peso que ocupará cada setor em relação ao total, se vai investir mais em empresas em crescimento ou mais em pagadoras de dividendos e questões similares.
Já nas microalocações, é hora de escolher, dentre os setores definidos na primeira etapa, quais BDRs comprar. Por exemplo, se você definiu nas macroalocações que terá 3 empresas do setor financeiro, nas microalocações é que determina quais companhias serão essas.
Confira 8 dicas que te ajudarão a realizar esse planejamento da sua carteira:
1. Defina objetivos e nível de risco
Os BDRs da sua carteira devem estar em coerência com seus objetivos de investimento (curto e longo prazos) e com o nível de risco que tolera. Mesmo na Bolsa de Valores, há empresas mais e menos arriscadas, ou seja, é possível fazer uma carteira mais “defensiva” se você optar por companhias com a relação de risco x retorno menor.
2. Escolha boas empresas
Outra dica essencial é escolher boas empresas para ser sócio, isto é, escolher aquelas lucrativas, com boa gestão e governança e que tenham marcas reconhecidas e produtos valorizados no mercado.
Neste ponto, o ideal é analisar os fundamentos que justificam aquela escolha. Confira aqui um artigo especial de como fazer uma Análise Fundamentalista completa.
3. Diversifique entre setores
Para saber quantas ações ter na carteira, é primordial também realizar a diversificação entre setores. Além disso, recomenda-se que invista em mais ativos, evitando que o portfólio fique muito concentrado em poucas empresas, eliminando, assim, os riscos não-sistêmicos (aqueles que não afetam todas as empresas, mas apenas um grupo delas).
4. Entenda o nível de correlação
Além de diversificar entre setores e empresas, é preciso também entender a correlação entre eles. A correlação é o quanto setores semelhantes são afetados pelas mesmas variáveis. Por exemplo, o setor de seguros é altamente correlacionado com o setor bancário. Com esse entendimento, você consegue fazer a diversificação de modo mais efetivo, evitando concentrar boa parte do seu capital em segmentos de mercado muito parecidos.
5. Invista em empresas de tamanhos diferentes
Para aumentar o potencial de ganhos e a segurança da sua carteira, invista em empresas de tamanho e momento de mercados diferentes, como as Small Caps e as Blue Chips. Dessa maneira, você garante bom nível de tranquilidade com aquelas companhias já consolidadas no mercado (que também são pagadoras de dividendos) e com empresas com perspectivas de crescimento alto.
6. Defina o peso em relação ao total
Uma carteira de BDRs também deve estar balanceada, ou seja, cada ativo com um respectivo peso em relação ao total. No início, você pode dar o mesmo peso para cada BDR da sua carteira. No decorrer da sua trajetória com investidor, você ficará mais experiente e compreenderá melhor quais empresas são mais arriscadas e devem ocupar um espaço menor no seu patrimônio.
7. Não escolha empresas só por que “estão na moda”
Como dissemos anteriormente, baseie as suas escolhas pelos fundamentos e não porque uma empresa está na moda ou porque seus amigos também estão comprando. É preciso entender se essa ação em alta é compatível com seus objetivos e perfil de investidor.
8. Faça o balanceamento com sua carteira no Brasil
Por fim, ao realizar o estudo das macroalocações, determine qual porcentagem do seu patrimônio será direcionada às empresas estrangeiras. Uma boa maneira de fazer isso é comparar com suas ações no Brasil e fazer uma distribuição semelhante, distribuindo o risco e diversificando geograficamente.
9. Considere a volatilidade e liquidez das BDRs escolhidas
Verifique a liquidez das BDRs que você está interessado em investir, pois isso afeta sua capacidade de comprar e vender no mercado sem impactar significativamente os preços. Além disso, para quem investe no longo prazo, é essencial ignorar as oscilações de curto prazo e não tomar decisões com base nas emoções ou nos movimentos de maior intensidade das cotações.
10. Mantenha-se atualizado sobre regulamentações e mudanças no mercado de BDRs
Esteja ciente das regulamentações locais e internacionais que podem impactar os BDRs, bem como quaisquer mudanças nas políticas de emissão ou negociação que possam afetar seus investimentos.
A legislação pode sofrer mudanças o tempo todo e afetar as características da negociação e atratividade dos ativos, tais como: tributação de proventos, restrição de negócios, endurecimento das regras para emitir novos papéis, entre outras.
Carteira recomendada de BDRs: vale a pena?
Uma alternativa para quem não quer escolher e analisar individualmente as empresas é seguir as sugestões da carteira recomendada de BDRs da Toro Investimentos.
Essa carteira é elaborada por especialistas que selecionam as melhores oportunidades entre as empresas com BDRs na Bolsa, garantindo uma diversificação correta e o apoio de experts de mercado.
Então, para quem não quer o trabalho de analisar e escolher empresa por empresa para investir, uma boa alternativa é seguir as sugestões da carteira recomendada de BDRs da Toro Investimentos.
A carteira foi elaborada por especialistas que estudam e selecionam as melhores oportunidades entre as companhias com BDRs na Bolsa.
Entre as principais vantagens de investir em carteiras recomendadas, podemos destacar:
- Não ter trabalho de conhecer todas as empresas e escolher todos os BDRs.
- Fazer a diversificação de forma correta, balanceada e inteligente.
- Ter o apoio de experts de mercado para identificar oportunidades e ativos baratos.
Na plataforma da Toro, na área de Bolsa, você encontra as sugestões que nosso time de Análise selecionou entre os melhores BDRs para investir. Abra a sua conta grátis para conhecer todos os ativos sugeridos!
Como investir em BDRs?
Agora que você já sabe como montar sua carteira de BDRs e onde encontrar recomendações de quais ativos comprar, já pode partir para a prática.
Assim como as ações, Fundos Imobiliários (FIIs) e ETFs, adquirir seus BDRs é um processo extremamente simples. Para fazer isso, basta seguir os passos abaixo: