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Taxa de custódia: o que é a taxa semestral do Tesouro Direto?

A taxa de custódia do Tesouro Direto é um valor cobrado semestralmente pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil, para cobrir custos de guarda e administração dos títulos públicos.

Ela se aplica a todos os investidores que compram títulos diretamente pelo Tesouro Direto e é calculada sobre o valor total dos papéis.

Entender como essa taxa funciona é fundamental, pois ela impacta a rentabilidade final dos investimentos.

Neste texto, você vai descobrir o que é a taxa de custódia, como ela é aplicada, e quais são os valores praticados atualmente. Além disso, vamos discutir como essa taxa afeta o rendimento de diferentes tipos de títulos e quando ela é cobrada ao longo do ano.

O que é a taxa de custódia do Tesouro Direto na B3?

A taxa de custódia da B3, também conhecida como taxa semestral do Tesouro Direto, é uma cobrança aplicada pela B3 (Bolsa de Valores do Brasil) pelos serviços de guarda e administração dos títulos públicos adquiridos por investidores por meio do Tesouro Direto

Essa taxa é essencial para a manutenção da infraestrutura de custódia e segurança dos títulos, além de fornecer informações detalhadas sobre movimentações e saldos aos investidores.

Vale destacar que essa taxa é diretamente debitada da conta do investidor na instituição financeira que atua como seu agente de custódia.

Qual é o valor da taxa semestral do Tesouro Direto?

A taxa de custódia é de 0,20% ao ano sobre o valor dos títulos e é provisionada diariamente desde a liquidação da compra dos títulos

Ela é aplicada de forma proporcional ao tempo em que o investidor mantém os títulos em sua carteira, e a cobrança é feita semestralmente, nos meses de janeiro e julho.

Além disso, a cobrança também pode ser realizada em eventos específicos, como resgates antecipados, pagamentos de juros, ou vencimento dos títulos. 

Como funciona a taxa de custódia ao longo do prazo do investimento?

Em termos práticos, o investidor paga a taxa referente ao período em que manteve o investimento, independentemente de quando os eventos de custódia ocorram.

Se o valor for inferior a R$ 10,00, ele será acumulado para o semestre seguinte ou até a data de encerramento, o que acontecer primeiro.

Em eventos de custódia ou venda antecipada, o valor será cobrado, independentemente do mínimo.

Segundo o Tesouro Nacional, ao longo do investimento:

  • Taxa do primeiro ano: é cobrada no momento da compra dos títulos e se aplica ao valor total da transação. Ela é válida até um ano após a compra. Se você vender o título antes de completar um ano, não há devolução da taxa. Para títulos com prazo de vencimento inferior a um ano, a taxa é proporcional ao tempo de investimento.
  • Taxa para anos seguintes: após o primeiro ano, as taxas são acumuladas diariamente e proporcionais ao período em que você mantém os títulos.

Quando é cobrada a taxa semestral do Tesouro Direto?

A taxa semestral de custódia do Tesouro Direto é cobrada pela B3 em duas ocasiões ao ano, em janeiro e julho.

Ela incide sobre o valor total dos títulos que o investidor possui e é debitada automaticamente da conta onde os títulos estão registrados.

Existe isenção do pagamento da taxa de custódia da B3 no Tesouro Direto?

Sim, há isenção da taxa de custódia da B3 para investimentos no Tesouro Direto. Desde 2020, os investidores estão isentos dessa taxa em algumas situações específicas:

  1. Investimentos até R$ 10.000: aqueles que investem até R$ 10 mil em títulos do Tesouro Selic não pagam a taxa de custódia.
  2. Investimentos em títulos do Tesouro Verde: a isenção se aplica aos títulos verdes, voltados para financiar projetos sustentáveis.

Essas isenções podem tornar o investimento em títulos públicos ainda mais atrativo, especialmente para pequenos investidores.

É importante sempre verificar as condições e políticas mais recentes diretamente no site do Tesouro Direto ou com a instituição financeira que você utiliza.

SAIBA MAIS:
➡️ Títulos públicos x privados: qual é a melhor opção para investir?
➡️ Títulos do Tesouro Direto: confira os preços, taxas e rentabilidade

Como é o Imposto de Renda no Tesouro Direto?

Além da taxa semestral do Tesouro Direto, é preciso considerar também o custo com o Imposto de Renda e com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Os impostos sobre as operações no Tesouro Direto são semelhantes aos cobrados em Renda Fixa, como Fundos de Investimento e CDBs.

O IOF aplica-se a resgates realizados em menos de 30 dias. Já o Imposto de Renda (IR): Tem alíquotas que diminuem conforme o tempo do investimento:

  • 22,5% para investimentos de até 180 dias.
  • 20% para investimentos de 181 a 360 dias.
  • 17,5% para investimentos de 361 a 720 dias.
  • 15% para investimentos acima de 721 dias.

Como reduzir o impacto da taxa no seu investimento?

Para reduzir o impacto da taxa semestral do Tesouro Direto no rendimento dos investimentos, os investidores podem adotar algumas estratégias, como:

  • Optar por títulos com isenção de taxa: investir no Tesouro Selic até o limite de R$10.000 por CPF isento da taxa de custódia pode eliminar esse custo, tornando o investimento mais eficiente.
  • Investir a longo prazo: manter os títulos por períodos mais longos ajuda a diluir o impacto da taxa de custódia ao longo do tempo.
  • Escolher corretoras com menores taxas: utilize corretoras que oferecem corretagem reduzida ou isenta para investimentos no Tesouro Direto, como a Toro, para aumentar o retorno líquido;
  • Reinvestir juros e ganhos: reinvestir os juros recebidos pode aumentar o valor do investimento ao longo do tempo, ajudando a compensar o custo da taxa de custódia com o crescimento do capital.

Com isso, é possível manter o lucro do investimento sem ele sofrer tanto com a taxa cobrada pela Bolsa de Valores brasileira.