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Green bonds: o que são os títulos verdes e como investir?

Green bonds são títulos de dívida emitidos por empresas, governos e organizações com o propósito de apoiar projetos sustentáveis. Esses títulos têm recebido crescente atenção, estando acessíveis em diversos mercados. Eles desempenham um papel significativo ao impulsionar novas iniciativas e tecnologias sustentáveis nas organizações.

Os green bonds, ou títulos verdes, são investimentos de Renda Fixa que estão em evidência no cenário global, alinhando-se com a crescente conscientização ambiental e a necessidade de investimentos sustentáveis.

Esses instrumentos representam uma abordagem inovadora no mercado financeiro, captando recursos para projetos e iniciativas que promovem a mitigação das mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável.

Neste artigo, vamos explicar o que são green bonds, as vantagens desse título, como ele vai funcionar no Brasil, entre outras informações. Acompanhe!

O que são green bonds?

Os green bonds, também chamados de títulos verdes, são instrumentos financeiros utilizados para levantar capital com o objetivo específico de financiar projetos e atividades que tenham benefícios ambientais.

Os recursos obtidos por meio desses títulos de Renda Fixa são direcionados para iniciativas sustentáveis, como projetos de energia renovável, eficiência energética, conservação da água e outras atividades ecologicamente conscientes.

Esses títulos são uma maneira de atrair investidores que buscam apoiar práticas e projetos ambientalmente responsáveis.

Mas afinal, como funciona a emissão desses títulos? Veja no próximo tópico.

Como funciona a emissão dos títulos verdes?

Os títulos verdes são similares a outros títulos de dívida, mas com um foco específico em projetos sustentáveis. Veja a seguir como eles funcionam:

  • Emissão: uma entidade, como um governo, empresa ou instituição financeira, emite os green bonds para levantar capital. A emissão é acompanhada por uma declaração detalhada dos projetos ou atividades ambientalmente sustentáveis que serão financiados.
  • Oferta e compra: os títulos verdes são oferecidos ao mercado, onde investidores, incluindo instituições financeiras, Fundos de Investimento e indivíduos, podem comprá-los.
  • Uso dos recursos: os recursos obtidos com a venda dos green bonds são usados exclusivamente para financiar os projetos ambientais identificados na emissão, como energia renovável, eficiência energética, transporte sustentável, entre outros.
  • Transparência e relatórios: os emissores são obrigados a fornecer relatórios periódicos sobre como os fundos estão sendo utilizados e qual é o impacto ambiental alcançado. Isso oferece transparência aos investidores.
  • Pagamento de juros: como em outros títulos, os green bonds geram pagamentos de juros regulares aos detentores do título. Ao final do prazo, o emissor reembolsa o valor principal do título.

Em resumo, os títulos verdes proporcionam uma maneira de canalizar investimentos para projetos sustentáveis, fornecendo aos investidores a oportunidade de apoiar iniciativas ambientais enquanto recebem retornos financeiros.

Qual é a diferença entre green bonds e outros títulos?

A principal diferença entre green bonds e outros títulos está no uso específico dos recursos arrecadados. Enquanto os green bonds são designados para financiar projetos ambientalmente sustentáveis, outros títulos podem ser usados para uma variedade de propósitos, como investimentos corporativos gerais, expansão de negócios ou pagamento de dívidas.

Os emissores de títulos verdes são obrigados a relatar como os recursos são aplicados, proporcionando transparência aos investidores sobre o impacto ambiental dos projetos financiados.

Essa ênfase na finalidade sustentável faz com que os green bonds se destaquem como um ativo financeiro voltado para a promoção da sustentabilidade e práticas responsáveis.

Quem são os emissores de títulos verdes?

Quem realiza a emissão dos títulos verdes são os bancos de investimentos responsáveis pela operação de títulos ESG (ambiental, social e governança).

Essas entidades financeiras interagem com empresas sobre as possibilidades de emitir títulos verdes, os quais são posteriormente oferecidos aos investidores.

Vale ressaltar que essa prática não está sujeita a regulações externas, sendo autorregulada. Dessa forma, os bancos de investimento atuam como emissores primários ao avaliar operações que atendam aos critérios ESG.

Quais são as vantagens de investir em títulos verdes?

Investir em green bonds oferece várias vantagens, incluindo:

  • Impacto ambiental positivo: os recursos dos green bonds são direcionados para projetos e atividades sustentáveis, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e a promoção da sustentabilidade ambiental.
  • Transparência: os emissores de títulos verdes são obrigados a relatar como os fundos são usados, proporcionando transparência aos investidores sobre o impacto ambiental real dos projetos financiados, como citamos anteriormente.
  • Atratividade para investidores: investidores socialmente responsáveis e aqueles com foco em sustentabilidade podem encontrar nos green bonds uma opção alinhada aos seus valores éticos.
  • Diversificação de portfólio: incluir green bonds em uma carteira de investimentos pode proporcionar diversificação, ajudando a reduzir riscos associados a setores mais tradicionais.
  • Acesso a novos mercados: o crescimento do mercado de títulos verdes oferece oportunidades para investidores participarem de setores emergentes, como energias renováveis e eficiência energética.

É importante observar que, como qualquer investimento, há riscos associados aos green bonds, sendo necessário fazer uma análise cuidadosa antes de tomar qualquer decisão que interfira nos seus rendimentos.

Como esse investimento vai funcionar no Brasil?

Em setembro de 2023, o Governo Federal anunciou que iria iniciar a emissão de títulos verdes para o mercado externo, cujo objetivo era captar até US$ 2 bilhões no mercado financeiro para financiar projetos sustentáveis.

No caso do Brasil, os green bonds serão como títulos da dívida externa emitidos pelo Tesouro Nacional, que rendem juros prefixados aos investidores em períodos predeterminados e são resgatados também em um período estabelecido em contrato.

A grande diferença é a necessidade de vincular o dinheiro proveniente dessa arrecadação a projetos ambientais.

Segundo reportagem do Nexo, é a primeira vez que o governo oferece no mercado financeiro internacional títulos da dívida externa com critérios sustentáveis.

A iniciativa faz parte do plano de transição ecológica lançado pelo Ministério da Fazenda e tem como objetivo transformar a economia brasileira no contexto do combate à mudança climática.

De acordo com o Tesouro Nacional, a primeira emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional destinará de 50% a 60% dos recursos a projetos de meio ambiente, enquanto projetos sociais devem ficar com os 40% a 50% restantes.

Em nota, a Secretaria do Tesouro Nacional também afirmou que o objetivo da operação é “reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes e com a expansão do mercado de títulos temáticos no mundo”. Em outras palavras, a emissão de dívida externa sustentável do Brasil pode ajudar o país a atrair mais dinheiro de investidores estrangeiros.

Agora você já sabe o que são os títulos verdes e como eles funcionam. Ainda há uma trajetória a ser percorrida no Brasil, mas, aos poucos, esses investimentos se tornarão mais acessíveis.

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