Na hora de investir em Renda Fixa, uma das decisões mais importantes é escolher entre títulos prefixados ou pós-fixados.
Essa escolha faz diferença no retorno final e depende muito do cenário econômico e, sobretudo, das expectativas para a inflação e para a taxa de juros.
Logo, entender como cada alternativa funciona é essencial para montar uma estratégia inteligente, equilibrar riscos e aproveitar as melhores oportunidades do momento.
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Prefixado ou pós-fixado: quais são as diferenças?
Na Renda Fixa, existem dois jeitos principais de definir quanto seu dinheiro vai render: o prefixado e o pós-fixado.
- Prefixado: você já sabe, no momento da aplicação, qual será a taxa de juros que vai receber até o vencimento. Exemplo: investir em um título que paga 11% ao ano. Não importa o que aconteça com a economia, essa será a sua rentabilidade.
- Pós-fixado: a taxa de rendimento acompanha um indicador da economia, como a inflação, Selic ou o CDI. Ou seja, o ganho varia de acordo com a movimentação desses índices. Se a Selic subir, você ganha mais; se cair, recebe menos.
Portanto, a diferença está na previsibilidade: o prefixado traz certeza desde o início, enquanto o pós-fixado se ajusta conforme os juros e o cenário mudam.
Quando escolher um investimento prefixado?
O prefixado faz sentido quando você acredita que os juros já estão altos e devem cair no futuro. Nesse sentido, trava uma taxa elevada hoje e garante retorno acima do que os novos títulos vão oferecer depois.
Além disso, é útil quando:
- Quando busca previsibilidade e menor risco, sabendo exatamente o quanto vai receber.
- Em cenários de inflação controlada, onde o risco de perda do poder de compra é menor.
- Para planejamentos de médio e longo prazo, onde a estabilidade da taxa facilita a estratégia.
Riscos dos investimentos prefixados
Por outro lado, esteja atento aos seguintes riscos dos prefixados:
- Marcação a mercado: se precisar resgatar antes do vencimento, pode ter prejuízo caso os juros subam no período.
- Inflação acima do esperado: os rendimentos travados podem perder poder de compra.
- Cenário de queda menor que o previsto: se os juros não caírem como esperado, pode acabar preso a uma taxa não tão vantajosa.
Quando escolher uma aplicação pós-fixada?
O pós-fixado é a escolha certa quando você quer acompanhar os movimentos da economia e proteger seu dinheiro em cenários de incerteza.
Ele oferece flexibilidade, ajustando os rendimentos conforme os juros mudam.
Veja quando faz sentido optar por ele:
- Quando há expectativa de alta na Selic ou CDI, aproveitando ganhos maiores.
- Em períodos de volatilidade econômica, onde a previsibilidade do prefixado pode ser arriscada.
- Se deseja proteger o poder de compra em relação aos juros do mercado.
- Para reservas de liquidez ou prazos mais curtos, mantendo ganhos atrelados ao cenário atual.
- Quando prefere acompanhar o ritmo da economia em vez de travar uma taxa fixa.
Confira a oscilação da taxa Selic e do rendimento mensal do CDI nos últimos anos:
Riscos dos investimentos pós-fixados
Da mesma maneira, há os seguintes riscos e pontos de atenção:
- Queda na Selic/CDI: se os juros recuarem rápido, os rendimentos caem junto.
- Menor previsibilidade: você não sabe de antemão quanto terá no vencimento, o que dificulta planejamento exato.
- Inflação muito alta (em títulos atrelados só a CDI ou Selic): o ganho real pode ser baixo ou até negativo, mesmo recebendo juros.
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Prefixado ou pós-fixado: qual é o melhor hoje?
Com a Selic ainda em dois dígitos e a inflação mostrando sinais de arrefecimento, mas ainda acima da meta, o investidor deve ser estratégico.
- O pós-fixado segue atraente no curto prazo, garantindo ganhos robustos enquanto os juros permanecem elevados.
- Já o prefixado começa a ganhar espaço para quem acredita em queda consistente da Selic nos próximos trimestres, ou seja, travar taxas agora pode render bem no médio e longo prazo.
Lembrando ainda que, manter os papéis até o vencimento garante a rentabilidade, enquanto resgates antecipados podem variar devido à marcação a mercado.
Assim sendo, a melhor estratégia hoje pode ser combinar e diversificar: pós-fixado para proteção imediata e prefixado para capturar a virada dos juros.
Classes de produtos prefixados ou pós-fixados
Logo, entre as classes de produtos, alguns pontos são interessantes:
- CDI: atrelados ao CDI equilibram risco em incertezas e são chave para reserva de emergência, oferecendo proteção e liquidez. Com provável corte de juros, pode-se analisar a exposição, aumentando o risco da carteira em classes que se beneficiarão da flexibilização monetária.
- Crédito Privado: os spreads estão apertados devido à alta demanda e à Selic elevada. Juros altos criam oportunidades em papéis atrelados à inflação ou prefixados. Títulos de alta qualidade (High Grade), com isenção de IR para pessoa física, pode oferecer carrego atrativo.
- Inflação: com a recente queda das expectativas de inflação e a resiliência das taxas de juros mais longas, as taxas de juros reais se tornaram mais atrativas, levando a um aumento na alocação da classe de ativos atrelados ao IPCA. Apesar da volatilidade, esses investimentos oferecem proteção contra a inflação e rentabilidade real no longo prazo, especialmente se mantidos até o vencimento.
Isso não é uma recomendação de compra, apenas uma leitura educacional de como o cenário econômico tem se comportado com base nas taxas atuais.
Por isso, sempre consulte um profissional antes de investir.
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Quais investimentos são prefixados ou pós-fixados?
Na prática, os dois tipos aparecem em diferentes aplicações de Renda Fixa. Vale um lembrete:
- Prefixados: você já sabe exatamente a taxa que vai receber até o vencimento.
- Pós-fixados: rentabilidade acompanha a Selic, CDI ou outro índice econômico.
Então, veja os principais:
Exemplos de investimentos prefixados | Exemplos de investimentos pós-fixados |
---|---|
Tesouro Prefixado (LTN e NTN-F) | Tesouro Selic (LFT) |
CDBs prefixados (com taxa fixa definida na contratação) | CDBs pós-fixados (atrelados ao CDI ou ao IPCA) ou Fundos DI (que seguem o CDI) |
Debêntures prefixadas | LCI e LCA pós-fixadas |
Letras Financeiras (LF) prefixadas | Debêntures pós-fixadas (atreladas ao CDI ou à inflação) |
⚠️ Importante: os investimentos e ativos citados nesse conteúdo são educacionais e não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro. Consulte sempre um Assessor de Investimentos qualificado para receber orientações sobre a melhor diversificação e quais ativos mais indicados para o seu perfil e objetivos.
Investimentos (títulos) híbridos: como funcionam?
Os títulos híbridos unem as duas lógicas: uma parte da rentabilidade é prefixada (fixa, definida no momento da aplicação) e a outra é pós-fixada (atrelada a um índice da economia, geralmente a inflação).
Exemplo clássico: Tesouro IPCA+. Ele paga uma taxa fixa de juros + a variação da inflação (IPCA). Assim, o investidor tem a garantia de ganho real (acima da inflação), além de previsibilidade sobre a parcela prefixada.
Portanto, são indicados para quem pensa em médio e longo prazo, busca proteger o patrimônio da inflação e ainda quer retorno previsível.
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