Os Fundos de Investimento em ouro são aqueles que aplicam em ativos ligados à commodity, como os contratos futuros, buscando rentabilidade com a variação do preço do metal precioso. Trata-se de um investimento de longo prazo e focado na proteção e redução da volatilidade de um portfólio.
Os Fundos de Investimentos em ouro têm se tornado cada vez mais populares entre os investidores que buscam proteção contra a volatilidade do mercado financeiro, especialmente em momentos de incerteza e risco de recessão econômica.
Em 2023, o ouro voltou a ser negociado acima de US$ 2 mil por onça-troy, o que não ocorria há mais de um ano, atraindo a atenção de diversos investidores.
Porém, muitos ainda têm dúvidas sobre como funciona esse tipo de investimento e quais são os seus benefícios. Neste artigo, iremos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto, desde o que são até como funcionam, quais são os seus riscos e vantagens, e por que podem ser uma alternativa interessante para diversificar a sua carteira de investimentos. Vamos lá?
Navegação Rápida
Qual é a cotação do ouro hoje?
Antes de investir em ouro, é importante conhecer sua cotação atual é histórica. O preço do metal amarelo é determinado pelos contratos futuros de onça-troy.
A análise desses dados pode ajudar a identificar tendências de mercado e prever flutuações de preços, o que pode ser útil para tomar melhores decisões informadas.
Além disso, é importante ter em mente que o metal precioso pode ser uma estratégia de investimento e proteção a longo prazo, mas também pode apresentar riscos e volatilidade no curto prazo.
Veja, no gráfico a seguir, a cotação histórica dos contratos futuros de ouro desde 1980:
A cotação do ouro já subiu em diversos momentos ao longo da história, em resposta a diferentes eventos econômicos e geopolíticos.
Um exemplo recente foi a pandemia da Covid-19, que gerou incerteza e volatilidade nos mercados financeiros, levando muitos investidores a buscar refúgio em ativos considerados seguros, como o ouro e o dólar.
Outro exemplo foi a crise financeira de 2008, quando o colapso do mercado imobiliário dos EUA desencadeou uma crise econômica global, bem como no pós-crise das empresas de tecnologia (ponto.com) no começo do século.
É lucrativo investir em ouro?
O ouro é um ativo considerado seguro em tempos de incerteza e instabilidade econômica, pois é uma reserva de valor física e durável que tem sido valorizada ao longo da história.
Em períodos de crise econômica, geopolítica ou inflação, os investidores tendem a buscá-lo como forma de proteção contra a perda de poder de compra e a incerteza à frente.
Além disso, a oferta limitada de ouro e a dificuldade em minerá-lo também contribuem para sua valorização em tempos obscuros.
Por essas razões, ele é considerado um ativo defensivo em momentos de turbulência econômica, e muitos investidores incluem o ouro em suas carteiras de investimentos para mitigar riscos.
Em resumo, as principais razões que levam os investidores a alocar parte do seu capital em ouro são:
- Reserva de valor durável: em períodos de crise financeira, o ouro pode preservar o valor do patrimônio, tornando-se uma alternativa interessante para proteção.
- Liquidez: produtos ligados ao ouro são altamente líquidos e possui grande aceitação internacional, o que facilita a sua negociação no mercado.
- Diversificação e proteção: investir em ouro possibilita diversificar a carteira e incluir um elemento de proteção contra riscos.
- Descorrelação: o ouro possui pouca correlação com outros ativos de Renda Variável, como ações e FIIs, o que pode contribuir para a redução da oscilação da carteira.
- Facilidade: atualmente, é possível investir em ouro sem a necessidade de possuir o metal fisicamente, o que traz comodidade e praticidade para o investidor.
Vale a pena comprar ouro físico?
Para investir em ouro físico (barras, joias, etc), inicialmente, é importante considerar o custo de manutenção do metal. No caso do ativo físico, é preciso incluir na conta os gastos de armazenamento em um local seguro, já que o roubo pode resultar em perdas consideráveis.
Além disso, a negociação do ouro físico pode ser mais complexa e demorada, o que pode afetar a liquidez do investimento. No mais, reter quantidades de ouro pode atrair a atenção da Receita Federal, quando não declarado corretamente do Imposto de Renda.
Então, evite o ouro físico e busque outras alternativas, como os Fundos de Investimentos.
Quais são os riscos do investimentro atrelado ao ouro?
Investimentos atrelados ao ouro envolvem alguns riscos importantes. Primeiramente, o preço do ouro é influenciado por fatores como taxas de juros, inflação, mudanças cambiais e incertezas econômicas globais, o que pode gerar alta volatilidade.
Além disso, a falta de rendimentos regulares, como juros ou dividendos, pode torná-lo menos atraente em certos períodos.
Por fim, há também o risco de liquidez em mercados menos acessíveis e custos associados, como taxas de custódia e spread de compra e venda.
O que são Fundos de Investimentos em ouro?
Para usufruir dessas vantagens que citamos acima, muitos investidores optam pelos Fundos de ouro ao invés de comprar e montar posições com o metal físico.
Os Fundos de Investimento em ouro são aqueles que aplicam em ativos atrelados ao metal precioso, buscando rentabilidade com a variação dos seus preços.
Esses Fundos, geralmente do tipo Multimercados, podem alocar o patrimônio dos cotistas em contratos futuros ou outros ativos financeiros relacionados ao ouro, com ou sem proteção cambial, a depender das características e objetivos definidos no regulamento e política.
Como funcionam os Fundos de ouro?
Investir por meio de Fundos, como dissemos, é uma alternativa para quem deseja se expor ao metal de forma mais prática e acessível, já que é possível aplicar em pequenos valores e não há necessidade de armazenar o ouro fisicamente.
Os Fundos de Investimento em ouro funcionam através da aplicação em ativos relacionados ao metal, como ouro físico, contratos futuros, cotas de outros Fundos, etc.
O objetivo é obter rentabilidade com a valorização do preço do ouro, sendo gerenciado por profissionais que buscam maximizar a rentabilidade e controlar os riscos.
Então, para participar de um Fundo, o investidor compra uma cota e, com o trabalho da gestão, seu patrimônio vai acompanhar de perto a cotação do ouro, com ou sem a mudança do câmbio, como falaremos a seguir.
O desempenho pode mudar de Fundo para Fundo, a depender da estratégia que os gestores adotarem para aumentar a rentabilidade, o que pode ser maior ou menor que a commodity.
Lembrando que todo investimento em Fundos deve ser feito por uma corretora confiável e moderna, como a Toro.
Quais são os tipos de Fundos de Investimento em ouro?
Via de regra, existem 3 tipos de Fundos que traçam estratégias para acompanhar o ouro no mercado. São eles:
1. Fundo de ouro em reais
No caso dos Fundos de ouro em Real, o investimento não fica exposto à volatilidade do dólar, o que torna a exposição do investidor limitada à variação do preço do ouro e do contrato futuro em reais, o que pode ser uma vantagem em tempos de incerteza no mercado cambial.
Além disso, essa modalidade de investimento pode ser interessante para aqueles que buscam diversificação e proteção em suas carteiras, reduzindo a oscilação do preço da moeda americana.
2. Fundo de ouro em reais + CDI
Esse tipo almeja maximizar a rentabilidade do investimento através da valorização do ouro e da adição da rentabilidade do CDI. Essa combinação pode ser interessante para investidores que buscam diversificação e potencialização dos ganhos em suas carteiras.
No mais, o CDI pode ajudar a minimizar possíveis perdas caso o preço do ouro apresente oscilações negativas.
3. Fundo de ouro + dólares
Por último, essa alternativa busca rentabilidade através da variação do preço do ouro e do dólar, investindo em ativos que acompanham a variação de ambos.
É importante destacar que a exposição ao dólar pode gerar volatilidade na rentabilidade do Fundo, indicado para investidores que possuem uma estratégia mais agressiva e que buscam potencializar os ganhos em suas carteiras.
Quais são as vantagens e desvantagens dos Fundos de Investimentos em ouro?
Antes de passar ao próximo tópico, vamos resumir algumas vantagens e desvantagens que você deve ter em mente ao alocar parte da sua carteira nessa estratégia:
✅ Vantagens | ⛔ Desvantagens |
---|---|
Hedge e safe haven: usado como proteção contra a volatilidade e momentos de estresse no mercado. | Volatilidade: o preço do ouro pode ser bastante volátil, o levando a mudanças bruscas no valor de curto prazo. |
Reserva de valor: possui caráter resiliente e protetivo em cenários econômicos incertos e períodos de recessão. | Não gera renda: o ouro em si não gera nenhum tipo de fluxo de caixa ou renda passiva, como juros ou dividendos. |
Proteção contra a inflação: pode ajudar a preservar o valor do portfólio em tempos de alta inflação. | Não há remuneração de juros: os ganhos ocorrem somente com a valorização do metal amarelo e, portanto, não há pagamento de juros ao investidor. |
Diversificação: tem baixa correlação com outros tipos de ativos. A cotação do ouro e o índice dólar costumam andar em direções opostas, por exemplo. | Dificuldade em avaliar o preço justo: o valor do ouro é influenciado por uma série de fatores, dificultando a precificação “100% justa”. |
Liquidez: é fácil entrar e sair do investimento quando desejar. | Taxas e custos: impostos e taxas de administração/performance podem diminuir o retorno da aplicação. |
Lembrando que a Toro devolve parte da taxa de administração quando você investe em Fundos.
Quando investir, veja as informações na nossa plataforma sobre esse benefício e se o Fundo escolhido conta com essa vantagem.
Como investir em Fundos de ouro?
Como dissemos anteriormente, se for do seu interesse realizar esse investimento, você vai precisar de uma conta aberta e ativa em uma corretora de valores. Portanto, se você ainda não tem uma, aproveite e faça o seu cadastro gratuito agora mesmo.
Os passos para investir em Fundos de Investimento em ouro são:
- Abra sua conta: escolha uma instituição financeira que ofereça a modalidade de investimento em Fundos de ouro. Abra uma conta e faça a transferência de recursos para a sua conta de investimentos.
- Escolha o Fundo: analise os diferentes tipos de Fundos disponíveis (observe qual é o valor mínimo, a taxa de administração, a governança, o desempenho histórico do gestor) e escolha aquele que mais se adequa ao seu perfil de investidor. Conte com um Assessor ou Analista de Investimentos para isso.
- Veja os documentos do Fundo: leia a lâmina e o regulamento do Fundo escolhido e entenda sua política de investimento, riscos e taxas envolvidas. Você os encontra com facilidade na nossa plataforma.
- Faça a aplicação e acompanhe: na plataforma, configure o investimento pelo valor desejado, respeitando o mínimo. Confira as informações e confirme a aplicação. Acompanhe periodicamente a rentabilidade do seu investimento e faça ajustes na sua carteira de investimentos.
Quais são as outras formas de investir em ouro e prata?
Além dos Fundos de ouro que conhecemos no conteúdo de hoje, outras alternativas podem ser utilizadas para a estratégia em ouro ou até mesmo na prata, tais como:
- ETF GOLD11: Fundo de índice que replica a performance do preço do ouro em dólar ao alocar o patrimônio em cotas do IAU (o ETF americano que acompanha a cotação do ouro), listado em Nova Iorque. É gerenciado pela BlackRock, com taxa de administração de 0,3% a.a.
- BDR de ETF de ouro (BIAU39): BDR que, indiretamente, permite adquirir cotas do ETF iShares Gold Trust (IAU). A compra deste BDR internacionaliza o portfólio e está sujeito à oscilação do dólar.
- BDR da Aura Minerals (AURA33): alternativa para investir indiretamente na empresa mineradora de ouro e cobre nas Américas.
- Contratos futuros de ouro: estipula ganhos com a expectativa de queda ou subida no valor do ouro, ressaltando que trading não é investimento.
- BDR de ETF de prata (BSLV39): BDR gerido pela BlackRock que permite investir no ETF iShares Silver Trust (SLV), que segue a cotação da prata pelo índice LBMA Silver Price.
Lembrando que os Fundos e ativos apresentados nesse conteúdo não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro.
Caso os investimentos apresentados não sejam compatíveis com o seu perfil, recomendamos que você consulte um Assessor de Investimentos para elaborar uma carteira alinhada às suas metas. Para isso, deixe o seu Perfil de Investidor (API) sempre atualizado e leia todas as condições de cada produto antes de investir.
Por fim, a Toro Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nas informações divulgadas neste material. Além disso, isenta-se de qualquer responsabilidade por prejuízos, diretos ou indiretos, que possam surgir do uso indevido deste conteúdo.