A B3, conhecida anteriormente como Bovespa, é atualmente a única Bolsa de Valores em operação no Brasil. O número de empresas listadas na B3 em 2019 é de mais de 300 companhias brasileiras, além de negociar, indiretamente, ações de mais de 100 empresas estrangeiras.
Essas empresas são divididas em diversas categorias. Por exemplo:
- Há aquelas que são negociadas no mercado de balcão, ou seja, que estão em processo de abrir seu capital e que ainda não negociam abertamente no mercado.
- E há aquelas negociadas em bolsa, onde todas as transações são públicas e registradas digitalmente, sem a necessidade do contato direto entre o comprador e vendedor da ação.
Elas também são classificadas de acordo com a forma que a companhia é gerida. Para operar na Bolsa, por exemplo, são exigidas algumas estruturas específicas de governança corporativa, como a divulgação periódica dos balanços contábeis. Dependendo das regras de governança corporativa que a empresa segue, ela recebe uma das seguintes classificações:
- Novo Mercado
- Nível 1
- Nível 2
- Bovespa Mais
Mas a separação mais comum é em índices. Há índices de empresas de um mesmo setor, como o INDX (indústria) e o UTIL (energia elétrica, saneamento e gás), e o índice mais famoso de todos: o Ibovespa. Este é o índice que abrange as ações mais negociadas da Bolsa, como Petrobras, Vale e Itaú.
O Ibovespa hoje é composto por 66 ações, mas esse número muda ligeiramente todo trimestre quando o índice é reavaliado.
Nesse grande oceano de empresas tão diversas, antes de investir em uma delas, é importante conhecer suas características. Afinal, mesmo que muitas apresentem oportunidades incríveis de crescimento para seus acionistas, há também as que se encontram em situação difícil ou mesmo caminhando para a falência. E é importante também contar com a orientação de recomendações profissionais para escolher as melhores ações para investir.
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Empresas listadas na B3 em 2019
Até o mês de agosto deste ano, apenas duas novas empresas abriram seu capital na Bolsa:
- A loja de materiais esportivos Centauro (CNTO3).
- A elétrica Neoenergia (NEOE3).
A locadora de caminhões Vamos também havia planejado abrir seu capital no início deste ano, porém voltou atrás no mês de maio. Além dela, cerca de 20 outras empresas estudam fazer seu IPO (oferta pública inicial de ações, em inglês) em 2019. Dentre os destaques, o mercado aguarda a abertura da Caixa Seguridade e do Agibank.
Em comparação com o número de empresas listadas na B3 em 2018, o volume deste ano deve ser 5 vezes maior.
No ano passado, Banco Inter (BIDI4), Hapvida (HAPV3), Log (LOGG3) e Notre Dame Intermédica (GNDI3) passaram a negociar suas ações na Bolsa. A Log, inclusive, chegou a figurar, por um trimestre, entre as mais negociadas (e, por consequência, no Ibovespa), enquanto o Banco Inter é cotado para entrar nesse rol nos próximos meses.
Empresas que entram na lista de ações negociadas na B3 costumam chamar a atenção por uma expectativa de grande potencial de valorização. Outro grupo de ações que chama a atenção de investidores pelo mesmo motivo são as ações de baixa capitalização, as chamadas Small Caps.
Em qualquer um dos casos, é preciso cautela para investir nessas estratégias. Acompanhar análises e recomendações profissionais, ter claras as perspectivas futuras da ação, assim como o momento de comprar e vender as ações é essencial.
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Empresas listadas na B3 em 2018
Conhecer um pouco das empresas listadas na B3 em 2018 mostra a diversidade de oportunidades de investimentos que encontramos no mercado de ações. Veja abaixo as quatro empresas que abriram capital na Bolsa de Valores nesse ano:
- Banco Inter: a instituição iniciou suas atividades em 1994 como Intermedium Financeira. Obteve a concessão de licença como banco múltiplo no ano de 2008 e realizou seu IPO em 2018. A instituição financeira foi o primeiro banco 100% digital do país e o primeiro a oferecer uma conta totalmente isenta de tarifas. As ações do banco Inter estão listadas na B3 como BIDI4.
- Grupo NotreDame Intermédica: fundado em 1968, é uma das maiores operadoras de saúde do Brasil. O grupo opera planos de saúde, odontológicos e de saúde ocupacional, e conta com 18 hospitais, 67 centros clínicos, 10 unidades de medicina preventiva e 23 unidades de pronto-socorro em sua estrutura. Atualmente, a atuação da Companhia está voltada para a região Sudeste, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A empresa está listada na B3 como GNDI3.
- Hapvida: no mesmo segmento do Grupo NotreDame, a Hapvida foi fundada em 1979 como uma clínica médica, e, posteriormente, tornando-se um hospital. O crescimento ao longo dos anos levou a companhia a entrar para o mercado de assistência médica, hoje o carro chefe da empresa. Focada nas regiões Norte e Nordeste, tem cobertura em todos os estados do país. A empresa está listada na B3 como HAPV3.
- Log Commercial Properties: empresa do grupo MRV Engenharia, atua principalmente na incorporação, construção e locação de galpões logísticos. A companhia conta com operações em 26 cidades, distribuídas em 9 estados. Antes, a Log fazia parte da MRV (MRVE3), até que no ano passado a diretoria decidiu separar os braços de construção e de galpões logísticos, gerando uma nova companhia. A empresa está listada na B3 como LOGG3.
Apesar de muito distintas, é interessante notar que todas elas apresentaram desempenho muito positivo desde sua abertura de capital:
Empresa | Valorização desde o IPO* |
Banco Inter | 350% |
NotreDame Intermédica | 135% |
Hapvida | 57% |
Log | 45% |
*Valores aproximados em final de julho de 2019.
O crescimento dessas empresas mostra as oportunidades que podemos encontrar em empresas em desenvolvimento e que abrem seu capital na Bolsa, contudo, é sempre bom lembrar que mesmo os crescimentos mais impressionantes como os de Banco Inter e Intermédica não significam que as ações continuarão crescendo nesse ritmo daqui pra frente.
É importante sempre lembrar que IPO’s também não são garantias de bons negócios.
Vejamos o exemplo da Centauro: após abrir suas negociações em R$12,20, a Companhia chegou a negociar a R$11,00 um mês depois, uma queda de aproximadamente 10%. Os preços se recuperaram depois disso, mas o exemplo ilustra o fato de que investimentos em IPO’s não são lucro certo.
Por isso, é sempre importante basear suas decisões de investimento em análises e recomendações de profissionais do mercado, que podem te guiar para os ativos mais interessantes para o momento e o prazo do seu investimento.
Empresas e ações no Ibovespa 2019
Como comentamos, uma boa forma de acompanhar as principais empresas da B3 é seguindo o Ibovespa. Ele é o índice mais importante da bolsa brasileira, e é a sua variação que é apontada em jornais e canais de televisão quando se fala de altas e baixas na Bolsa. Ele representa a variação média das ações que o compõe, dando peso maior para as empresas mais negociadas.
O Ibovespa hoje é composto por:
Empresa | Código da ação | Setor | Peso no Ibovespa |
AMBEV S/A | ABEV3 | Consumo não-cíclico | 4,60% |
AZUL | AZUL4 | Bens Industriais | 0,92% |
B2W DIGITAL | BTOW3 | Comércio | 0,35% |
B3 | B3SA3 | Financeiro | 4,83% |
BB SEGURIDADE | BBSE3 | Seguros | 1,29% |
BR MALLS PAR | VRML3 | Exploração de imóveis | 0,71% |
BRADESCO | BBDC4 | Financeiro | 8,52% |
BRADESCO | BBDC3 | Financeiro | 1,80% |
BRADESPAR | BRAP4 | Mineração | 0,43% |
BANCO DO BRASIL | BBAS3 | Financeiro | 4,05% |
BRASKEM | BRKM5 | Químicos | 0,56% |
BRF S/A | BRFS3 | Alimentos processados | 1,59% |
CCR S/A | CCRO3 | Bens industriais | 0,96% |
CEMIG | CMIG4 | Energia elétrica | 0,82% |
CIELO | CIEL3 | Financeiro | 0,44% |
COSAN | CSAN3 | Petróleo, Gás e Biocombustíveis | 0,45% |
CVC BRASIL | CVCB3 | Viagens e lazer | 0,42% |
CYRELA REALT | CYRE3 | Construção civil | 0,34% |
ECORODOVIAS | ECOR3 | Bens industriais | 0,13% |
ELETROBRAS | ELET3 | Energia elétrica | 0,62% |
ELETROBRAS | ELET6 | Energia Elétrica | 0,53% |
EMBRAER | EMBR3 | Bens industriais | 0,83% |
ENERGIAS BR | ENBR3 | Energia elétrica | 0,33% |
ENGIE BRASIL | ENGIE3 | Energia elétrica | 0,70% |
EQUATORIAL | EQTL3 | Energia elétrica | 1,09% |
ESTACIO PART | YDUQ3 | Educacionais | 0,58% |
FLEURY | FLRY3 | Saúde | 0,42% |
GERDAU | GGBR4 | Siderurgia e Metalurgia | 0,83% |
GERDAU MET | GOAU4 | Siderurgia e Metalurgia | 0,23% |
GOL | GOLL4 | Bens industriais | 0,30% |
HYPERA | HYPE3 | Saúde | 0,67% |
IGUATEMI | IGTA3 | Exploração de imóveis | 0,24% |
IRB BRASIL RE | IRBR3 | Seguros | 0,70% |
ITAUSA | ITSA4 | Financeiro | 3,43% |
ITAU UNIBANCO | ITUB4 | Financeiro | 10,05% |
JBS | JBSS3 | Alimentos processados | 2,24% |
KLABIN S/A | KLBN11 | Madeira e papel | 0,57% |
KROTON | KROT3 | Educacionais | 1,08% |
LOCALIZA | RENT3 | Locação de veículos | 1,41% |
LOJAS AMERICANAS | LAME4 | Comércio | 0,69% |
LOJAS RENNER | LREN3 | Comércio | 2,15% |
MAGAZINE LUIZA | MGLU3 | Comércio | 0,94% |
MARFRIG | MRFG3 | Alimentos processados | 0,15% |
MRV | MRVE3 | Construção civil | 0,33% |
MULTIPLAN | MULT3 | Exploração de imóveis | 0,44% |
NATURA | NATU3 | Consumo não-cíclico | 0,57% |
PÃO DE AÇÚCAR - CBD | PCAR4 | Consumo não-cíclico | 0,83% |
PETROBRAS | PETR4 | Petróleo, Gás e Biocombustíveis | 6,95% |
PETROBRAS | PETR3 | Petróleo, Gás e Biocombustíveis | 4,76% |
PETROBRAS BR | BRDT3 | Petróleo, Gás e Biocombustíveis | 0,51% |
QUALICORP | QUAL3 | Saúde | 0,32% |
RAIADROGASIL | RADL3 | Saúde | 0,96% |
RUMO S/A | RAIL3 | Bens industriais | 1,46% |
SABESP | SBSP3 | Saneamento | 0,95% |
SANTANDER BR | SANB11 | Financeiro | 1,02% |
SID NACIONAL | CSNA3 | Siderurgia e Metalurgia | 0,65% |
SMILES | SMLS3 | Diversos | 0,13% |
SUZANO S/A | SUZB5 | Madeira e papel | 1,46% |
TAESA | TAEE11 | Energia elétrica | 0,36% |
TELEF BRASIL | VIVT4 | Telecomunicações | 1,31% |
TIM PART S/A | TIMP3 | Telecomunicações | 0,58% |
ULTRAPAR | UGPA3 | Petróleo, Gás e Biocombustíveis | 1,28% |
USIMINAS | USIM5 | Siderurgia e Metalurgia | 0,28% |
VALE | VALE3 | Mineração | 9,71% |
VIA VAREJO | VVAR3 | Comércio | 0,21% |
WEG | WEGE3 | Bens Industriais | 0,99% |
Fonte: B3 - julho/2019
Quase sempre, essas são as maiores empresas listadas na Bolsa e, portanto, as mais importantes. Por outro lado, isso não significa necessariamente que são os melhores investimentos. Empresas de grande porte também podem sofrer problemas ou mesmo fecharem suas portas. Casos clássicos como o da antiga companhia aérea Varig mostram que mesmo empresas do Ibovespa não estão blindadas contra a falência.
Mesmo em casos menos extremos, nem todas as ações do Ibovespa podem trazer bons retornos. Empresas já consolidadas tendem a ter menos espaço para crescimento do que outras ainda em desenvolvimento. Por outro lado, as empresas maduras normalmente apresentam melhores estruturas de governança e maior experiência para lidar com as turbulências do mercado.
É importante diversificar seus investimentos, equilibrando risco e retorno e mesclando empresas maiores e menores.
Uma mescla entre empresas menores e maiores te protege da alta volatilidade das primeiras e te permite valorizações maiores que apenas aplicando nas últimas. Por isso, na Toro você encontra diversos filtros que te ajudam nesta diversificação: Dividendos, Curto Prazo, Fundos Imobiliários, Small Caps e outros.
Empresas listadas na B3 com maior participação do governo
Outra distinção importante dentre as empresas listadas são aquelas que sofrem interferência do governo. Os casos mais óbvios são de estatais, empresas cujo controle é majoritariamente do Governo Federal ou de governos estaduais. São exemplos de companhias controladas pelo Estado:
- Petrobras (federal)
- Banco do Brasil (federal)
- Eletrobras (federal)
- Sabesp (estadual)
- Cemig (estadual)
- Sanepar (estadual)
O controle do Governo implica na possibilidade de que essas empresas sejam utilizadas para outros fins que não o benefício exclusivo de seus acionistas. Historicamente, esses impactos variam muito de governo para governo, e mesmo de empresa para empresa, mas a mera possibilidade de que isso ocorra no futuro já é precificada negativamente pelo mercado de antemão.
Por conta desse olhar mais negativo por parte dos investidores, muitas dessas empresas são comumente apontadas como oportunidades de privatização, isto é, de venda da participação pública para que o controle seja puramente privado.
Casos como o de Eletrobras, Cemig, Sabesp e Sanepar estão no radar de possíveis privatizações para os próximos anos, mas vão depender do andamento da agenda dos respectivos governos Federal, de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Além destas, outras empresas também sofrem esse tipo de impacto: aquelas que trabalham com concessões públicas. Mesmo que seu controle seja totalmente privado, as concessões são reguladas e fiscalizadas pelo Estado, de forma que mudanças de contratos ou de legislação podem ter impactos severos (bons ou ruins) sobre seus resultados. Exemplos de empresas que dependem de concessão pública são:
- Rumo (RAIL3)
- CCR (CCRO3)
- EcoRodovias (ECOR3)
- Transmissão Paulista (TRPL4)
- Taesa (TAEE11)
A relação de empresas controladas pelo Governo ou sujeitas à concessão pública são pontos de atenção na escolha de ações para investir, mas existe também uma relação de empresas que se beneficiam com o crescimento econômico do país. Por isso, na Toro você encontra uma categoria com as ações mais indicadas para este cenário.
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Empresas listadas na B3 com maior reputação no mercado
De uma forma geral, há empresas que apresentam boas reputações por diferentes motivos. Há aquelas de boa gestão, que entregam consistentemente bons resultados, como Itaú (ITUB4) e Ambev (ABEV3). Há outras que estão em setores importantes, como é o caso de Petrobras (PETR4), que, mesmo com as interferências do governo, é uma empresa quase monopolista em um setor muito estratégico: o de petróleo. O mesmo vale para Suzano (SUZB3), no segmento de papel e celulose, e Vale (VALE3), no segmento de mineração.
A boa reputação tende a atrair mais investidores para a ação, mesmo nos momentos difíceis, o que auxilia na sua valorização ao longo do tempo.
É claro, contudo, que uma boa reputação pode ser destruída rapidamente caso as companhias tomem decisões estratégicas erradas ou se envolvam em processos dolorosos de corrupção ou de desastres socioambientais.
Além disso, muitas ações podem chamar a atenção com altas expressivas em um determinado momento por conta de movimentos de especulação ou por mudanças agudas em sua operação. Em um caso ou no outro, é muito importante saber separar os movimentos que são consistentes daqueles que são apenas “bolhas”, e, portanto, fadados a “estourarem”.
A forma mais segura de investir é conhecendo as empresas, o cenário em que estão inseridas, e seus fatores externos e internos.
Isso tudo pode parecer muito complexo. A boa notícia é que hoje você encontra empresas que fazem todo este trabalho de análise para você. A Toro Investimentos, por exemplo, tem uma equipe de analistas que estuda o mercado diariamente em busca de oportunidades de investimentos. E elas estão disponíveis gratuitamente para você.
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