Euro ou dólar: qual é mais forte e protege melhor sua carteira?

O dólar é a moeda mais forte do mundo na atualidade e considerada um porto seguro em momentos de instabilidade econômica. Contudo, o euro, mesmo em poucas décadas, já desenvolveu forte estabilidade e reputação como uma das divisas mais seguras para quem visa acumular patrimônio. Nesse sentido, é importante estudar para saber escolher o euro ou dólar para comprar ativos atrelados a essas moedas.

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No mundo das finanças, a escolha entre investir em euro ou dólar, além de outras proteções cambiais, tem impacto direto na proteção da sua carteira, além da sua rentabilidade de longo prazo. 

Essas duas moedas influenciam os mercados globais de maneira significativa e representam forças econômicas distintas.

Mas qual delas oferece uma proteção mais sólida para seus investimentos? Neste conteúdo, vamos mostrar a força relativa do euro e do dólar, analisando fatores como economia, estabilidade política e impacto global.

Compreender as nuances dessas moedas é fundamental para tomar decisões sobre alocação de ativos e garantir a segurança da sua carteira financeira em um cenário internacional em constante mudança. Vamos lá?

É vantajoso comprar euro ou dólar em espécie?

Para viajar, você vai precisar trocar seus reais pela moeda do local que vai visitar. Contudo, tirando essa situação e alguma outra bem específica, não vale a pena comprar euro ou dólar em espécie (notas e moedas) como investimento, sobretudo no longo prazo.

Adquirir euro ou dólar em espécie como estratégia de investimento não é vantajoso por várias razões. Entre elas:

• Inflação: moedas físicas não geram retorno ou rendimento. Ao longo do tempo, a inflação pode corroer o poder de compra dessas moedas, reduzindo o valor do seu investimento.
• Perda ou roubo: manter grandes quantias em moeda física é arriscado devido à possibilidade de perda ou roubo.
• Risco de declaração: a compra de moedas estrangeiras em espécie deve ser declarada corretamente no Imposto de Renda. Não declarar ou fazer isso incorretamente pode resultar em penalidades e problemas fiscais.
• Oportunidade perdida: em vez de manter moedas físicas, investir em ativos que gerem rendimentos ou crescimento ao longo do tempo é mais eficaz para aumentar o valor da sua carteira.
• Custos com impostos: transações com moedas físicas também inclui o custo com IOF e o spread que garante o lucro das casas de câmbio.

Por isso, em vez de comprar notas e moedas de euro ou dólar, é válido considerar investir em Fundos Cambiais, ETFs ou outras possibilidades que permitam exposição a moedas estrangeiras de maneira mais eficiente, segura e rentável.

Além disso, consultar um Assessor de Investimentos pode ajudar a tomar decisões mais adequadas ao seu perfil de investidor.

Qual é a moeda mais forte e segura do mundo hoje?

Atualmente, tanto o euro quanto o dólar americano são considerados algumas das moedas mais fortes e seguras do mundo por diferentes motivos, como:

Dólar	Euro
Amplamente aceito como a principal moeda de reserva global, usado em transações comerciais internacionais e em investimentos.	O euro é a segunda maior moeda de reserva mundial e é adotado por 19 dos 27 países membros da União Europeia.
A economia dos EUA é uma das maiores e mais diversificadas do mundo, o que contribui para a estabilidade do dólar.	A força do euro está ligada à solidez econômica dos países que o utilizam e ao peso econômico da zona do euro como um todo.
A estabilidade política e a capacidade dos EUA de responder a crises econômicas fortalecem a confiança no dólar.	A União Europeia adota políticas econômicas e fiscais abrangentes para manter a estabilidade da moeda e dos países membros.

Ambas as moedas são consideradas “porto seguro” em tempos de instabilidade econômica global devido à sua liquidez, aceitação internacional e fortes economias subjacentes.

Além do euro e do dólar americano, algumas outras moedas são consideradas seguras e fortes devido à estabilidade econômica e política de seus países emissores, tais como:

• Libra Esterlina (GBP): embora não seja considerada tão segura quanto outras moedas mencionadas, a libra esterlina é usada como moeda de reserva e ainda é influente devido à história e à estabilidade do Reino Unido.
• Franco Suíço (CHF): a Suíça é conhecida por sua estabilidade política, economia sólida e sistema financeiro bem desenvolvido, o que confere ao franco suíço uma reputação de segurança.
• Iene Japonês (JPY): o Japão é uma das maiores economias do mundo, e o iene é frequentemente procurado como moeda de refúgio em tempos de turbulência financeira.
• Dólar Canadense (CAD): o Canadá é rico em recursos naturais, tem uma economia estável e é considerado um país político e economicamente seguro.
• Coroa Norueguesa (NOK): a Noruega é beneficiada por sua indústria de petróleo e gás, e a coroa norueguesa é apreciada por sua estabilidade.
• Dólar Australiano (AUD): a Austrália possui uma economia diversificada e recursos naturais abundantes, o que contribui para a força do dólar australiano.
• Dólar de Cingapura (SGD): é estável devido à forte economia, políticas fiscais prudentes e baixa inflação de Cingapura, além do status de hub financeiro global.
• Coroa Sueca (SEK): a Suécia tem uma economia robusta, baixo endividamento e políticas fiscais conservadoras, o que fortalece sua moeda.
• Coroa Dinamarquesa (DKK): ligada ao euro, a moeda é respaldada pela estabilidade econômica da Dinamarca, que tem uma economia desenvolvida e um sistema financeiro sólido.

Essas moedas são vistas como seguras devido à estabilidade política, economia saudável e reservas internacionais significativas dos países que as emitem.

No entanto, a classificação de “mais forte” e “mais segura” pode variar dependendo de fatores econômicos e geopolíticos em evolução.

É sempre importante acompanhar as tendências e considerar a diversificação de ativos para mitigar riscos em qualquer carteira de investimentos.

Euro ou dólar: qual vale mais?

Atualmente, tanto o euro quanto a libra esterlina têm um valor nominal superior a 1 dólar americano. Isso ocorre porque essas moedas são emitidas por economias fortes, como a zona do euro e o Reino Unido, que possuem altos níveis de desenvolvimento econômico, estabilidade política e confiança no mercado.

A diferença de valor também reflete a política monetária, as condições econômicas globais e a demanda por essas moedas nos mercados internacionais.

No entanto, as taxas de câmbio flutuam constantemente, influenciadas por fatores como inflação, taxa de juros e crescimento econômico.

Observe no gráfico abaixo a paridade entre essas moedas e a variação do índice DXY, indicador que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de divisas estrangeiras ponderadas:

Euro ou libra: qual vale mais?

Como vimos, a libra tem o valor ligeiramente acima do euro e se mantém assim por alguns motivos.

A libra esterlina pode valer ligeiramente mais que o euro devido a uma combinação de fatores econômicos e financeiros. Entre eles estão:

1. Taxas de Juros: se o Banco da Inglaterra tem taxas de juros mais altas que o Banco Central Europeu, isso pode atrair investidores para a libra, aumentando seu valor.
2. Política Monetária: a política monetária do Reino Unido pode ser mais restritiva, o que pode fortalecer a libra em relação ao euro.
3. Economia e mercado: diferenças nas perspectivas econômicas e nas expectativas de crescimento entre o Reino Unido e a zona do euro também afetam as taxas de câmbio.
4. Fluxos de capital: investimentos e fluxos de capital internacionais também podem influenciar a valorização da libra sobre o euro.

Por que o Reino Unido não usa o euro?

Esses fatores acima combinados podem levar a uma valorização relativa da libra em relação ao euro. O Reino Unido não adotou o euro por várias razões principais:

• Soberania monetária: muitos britânicos e políticos valorizam a capacidade de controlar sua própria política monetária através do Banco da Inglaterra.
• Economia e mercado: há preocupações sobre como a adoção do euro afetaria a economia britânica e suas relações comerciais. O Reino Unido tem uma economia e um mercado financeiro distintos, e adotar o euro poderia complicar esses aspectos.
• Referendo Público: em 2003, o governo britânico, liderado pelo Primeiro-Ministro Tony Blair, decidiu não adotar o euro após uma avaliação dos benefícios e riscos. A questão do euro não foi submetida a um referendo nacional, mas a resistência pública e política foi um fator importante.
• Conservadorismo econômico: alguns setores, especialmente nas finanças, têmiam que a adesão ao euro prejudicasse a posição do Reino Unido como um centro financeiro global.

Esses fatores contribuíram para a decisão do Reino Unido de manter a libra esterlina como sua moeda oficial.

Vale a pena investir em euro e dólar?

Como dissemos, ao invés de comprar as moedas físicas, vale muito mais a pena investir em ativos atrelados ao euro ou ao dólar.

Ao fazer isso, você expõe seu patrimônio a investimentos que podem se valorizar ao longo do tempo, gerar renda passiva e vencer a inflação. 

Investir no dólar oferece uma sensação de segurança, visto que a moeda possui mais de 200 anos de história, como mencionado anteriormente.

No entanto, em momentos de crise na Europa, é observado que o euro pode chegar a paridade com o dólar, como observamos no gráfico acima.

É importante estar preparado para diversas situações de ganho, mas reconhecendo que o euro carrega consigo seus riscos inerentes e os riscos do mercado de câmbio como um todo.

Ao investir em ambas as moedas, você aumenta suas oportunidades e mitigará as chances de enfrentar perdas.

Diversificar entre dólar e euro permitirá que você aproveite os pontos fortes de ambas as moedas e navegue melhor em um cenário financeiro em constante mudança.

Ainda que você viva no Brasil, desfrutará das seguintes vantagens:

Euro

Mais especificamente, as vantagens de investir em ativos atrelados ao euro são: 

• Diversificação geográfica: investir em ativos denominados em euro pode oferecer diversificação geográfica à sua carteira, reduzindo a dependência de uma única moeda ou economia.
• Zona do euro estável: a zona do euro é composta por economias desenvolvidas e estáveis, o que pode trazer maior segurança aos investimento.
• Taxas de juros: as taxas de juros mais baixas da zona do euro podem ser vantajosas para investidores que buscam financiar projetos ou empréstimos a taxas mais baixas.
• Ampla aceitação: o euro é amplamente aceito em transações internacionais, facilitando investimentos e negociações globais.
• Valorização potencial: a valorização do euro em relação a outras moedas pode resultar em ganhos cambiais para investidores.

Dólar

Por sua vez, as vantagens dos ativos dolarizados são:

• Reserva global: o dólar é a principal moeda de reserva global, o que significa que é aceito amplamente em todo o mundo e é usado como referência em transações comerciais e financeiras.
• Economia forte: a economia dos EUA é uma das maiores e mais influentes do mundo, o que contribui para a estabilidade do dólar.
• Liquidez: ativos denominados em dólar tendem a ser altamente líquidos, permitindo negociações rápidas e eficientes.
• Refúgio em crises: o dólar é frequentemente considerado um “porto seguro” em tempos de turbulência econômica global, o que pode aumentar sua demanda.
• Variedade: investir em ativos denominados em dólar oferece uma ampla gama de opções, desde títulos do governo até ações de empresas internacionais.

Lembre-se de que investir em ativos atrelados ao euro ou ao dólar envolve riscos, incluindo flutuações cambiais.

Diversificar sua carteira e considerar seus objetivos e tolerância ao risco são fundamentais ao tomar decisões de investimento.

SAIBA MAIS:
➡️ Como investir em dólar? Conheça as 6 melhores alternativas do mercado!
➡️ O que é e para o que serve o gráfico do Ibovespa em dólar?

Euro ou dólar: onde investir hoje?

Agora, entre o euro e o dólar, qual ativo devo escolher? Afinal, por que não os dois? Dessa forma, ao expor sua carteira a mais de uma moeda e região, você amplia a diversificação, reduz os riscos e aumenta a possibilidade de ganhos.

Como investir em euro?

Para investir em ativos atrelados ao euro, você dispõe das seguintes alternativas:

• Fundos de investimentos internacionais.
• Fundos de índice (ETFs), como o EURP11.
• BDRs de empresas europeias.
• BDRs de ETFs.

Como investir em dólar?

Por fim, para atrelar parte da sua carteira ao dólar você pode contar com:

• ETFs americanos, como o IVVB11, SPXI11, NASD11 e muitos outros.
• Fundos de investimentos internacionais.
• Fundos Cambiais.
• BDRs de companhias americanas.
• BDRs de ETFs.
• Renda Fixa dos EUA (treasuries).
• Ações brasileiras com receitas “dolarizadas”, isto é, que vendem muito para o exterior.

Lembrando que essas não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos nossos Analistas.

Além disso, também é possível usar estratégias no Mercado Futuro como proteção da carteira. Mas, para isso, é necessário ter maior conhecimento do mercado e contar com o apoio de um profissional, pois envolve mais riscos e demanda mais dedicação.

Por fim, é recomendado sempre buscar orientação de Assessores financeiros e Analistas de mercado para montar a melhor carteira e escolher os ativos. Eles podem ajudar a tomar decisões informadas, considerando uma visão ampla das condições econômicas e financeiras.

Investir envolve riscos, e ter profissionais experientes ao seu lado pode aumentar a probabilidade de tomadas de decisão bem-sucedidas.

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