A inflação nos EUA é um dos indicadores mais acompanhados pelos investidores, pois influencia diretamente os mercados globais, os juros e até o câmbio.
Saber o valor atual dos índices de preços americanos pode ajudar tanto quem investe em ações e Renda Fixa quanto quem busca oportunidades no exterior.
Neste conteúdo, vamos mostrar os números mais recentes da inflação nos EUA, explicar o que eles significam para sua estratégia de investimentos e como podem impactar o futuro da economia.
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Quais são os principais índices de inflação nos EUA?
Nos Estados Unidos, os dois principais índices de inflação são o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal).
Acompanhar esses índices é essencial para entender os rumos da economia, prever decisões do Fed e proteger seus investimentos.
Ambos medem a variação dos preços, porém, de maneiras diferentes. Observe:
CPI (Consumer Price Index)
O CPI mede o custo de uma cesta de bens e serviços essenciais, como alimentos, moradia, transporte e saúde, refletindo o que as famílias americanas realmente gastam no dia a dia.
É calculado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), que coleta mensalmente os preços de milhares de produtos e serviços consumidos pelas famílias americanas.
Os dados são divulgados geralmente na segunda semana de cada mês e têm grande impacto no mercado, influenciando decisões de investimento e política monetária.
Esse índice é um termômetro da inflação e impacta diretamente os mercados financeiros, pois influencia as taxas de juros e a política econômica do Fed.
Desse modo, quando o CPI sobe além do esperado, o mercado reage: ações podem cair, juros podem subir e o dólar pode se valorizar.
Observe, no gráfico a seguir, a variação do CPI nos últimos meses e anos:
Qual é a inflação dos EUA hoje?
Em abril de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,%, abaixo da alta de 0,2% em 3fevereiro.
No acumulado de 12 meses, a inflação geral foi de 2,3%, enquanto o núcleo (que exclui alimentos e energia) ficou em 2,8%.
As leituras mensais foram um pouco maiores do que em março, embora os aumentos de preços permaneçam bem abaixo das máximas de três anos atrás.
Embora os números do CPI de abril tenham sido relativamente moderados, as tarifas de Trump continuam sendo um curinga no cenário da inflação, dependendo do rumo das negociações entre agora e o verão.
Já o PCE básico subiu 0,3% no mês e 2,5% na taxa de 12 meses, em comparação com estimativas de 0,4% e 2,5%. O PCE excluindo alimentos e energia aumentou 2,8% em uma base de 12 meses.
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PCE (Personal Consumption Expenditures Index)
O PCE é o indicador preferido do Fed porque vai além da simples variação de preços: ele captura como os consumidores ajustam seus hábitos de consumo diante da inflação.
Se os preços sobem, mas as pessoas trocam produtos caros por alternativas mais baratas, o PCE reflete essa mudança, tornando-se um termômetro mais preciso da inflação real na economia.
É medido pelo Bureau of Economic Analysis (BEA), que analisa dados mais amplos, incluindo gastos empresariais e governamentais. Esse índice é divulgado no final do mês e é o principal indicador de inflação usado pelo Fed para definir a taxa de juros.
Como o Fed usa esse índice para definir a taxa de juros, qualquer variação pode impactar os mercados, os rendimentos da Renda Fixa e até o dólar.
Para investidores, acompanhar o PCE é essencial para antecipar movimentos do BC e tomar decisões mais informadas.
Observe, no gráfico a seguir, a variação do PCE nos últimos meses e anos:
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Qual é a meta de inflação nos EUA?
A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano, medida pelo PCE (Personal Consumption Expenditures Index).
Esse objetivo foi definido pelo Federal Reserve (Fed) para manter a economia equilibrada: inflação muito alta reduz o poder de compra e desvaloriza investimentos, enquanto inflação muito baixa pode desacelerar o crescimento econômico.
Os investidores acompanham essa meta de perto porque qualquer desvio pode levar o Fed a ajustar a taxa de juros.
Se a inflação estiver acima de 2%, o BC pode aumentar os juros, tornando os investimentos em renda fixa mais atraentes e pressionando ações. Se estiver abaixo, o Fed pode cortar os juros, incentivando o crédito e favorecendo ativos de maior risco.
Qual a expectativa de inflação nos EUA para 2025?
Segundo a Trading Economics, com base nos dados do Federal Reserve Bank de Nova Iorque, as expectativas de inflação do consumidor nos EUA subiram para 3,1%, o maior nível em 10 meses, com aumentos esperados nos preços da gasolina, alimentos, cuidados médicos, mensalidades universitárias e aluguel.
As expectativas de inflação para 3 e 5 anos permaneceram em 3%.
As expectativas de desemprego aumentaram para 39,4%, enquanto as expectativas de crescimento da renda familiar aumentaram ligeiramente para 3,1%.
Confira as últimas leituras das expectativas de inflação nos EUA:
- Fevereiro de 2025: 3,1%
- Janeiro de 2025: 3%
- Dezembro de 2024: 3%
- Novembro de 2024: 3%
- Outubro de 2024: 2,9%
- Setembro de 2024: 3%
- Agosto de 2024: 3%
- Julho de 2024: 3%
- Junho de 2024: 3%
- Maio de 2024: 3,2%
- Abril de 2024: 3,3%
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Por que os investidores devem acompanhar a inflação nos EUA?
Para investidores, acompanhar as datas de divulgação desses índices é fundamental, pois qualquer variação inesperada pode movimentar Bolsas, juros e moedas.
Assim sendo, estar por dentro da inflação nos EUA é essencial para investidores de longo prazo, independentemente de terem ou não investimentos internacionais.
Isso porque a economia americana influencia os mercados globais, afetando desde a Renda Fixa até as Bolsas de Valores.
- Se você investe no exterior: a inflação nos EUA impacta diretamente seus ativos, pois afeta a taxa de juros do Fed, o dólar e o desempenho de ações e Fundos globais. Um aumento inesperado na inflação pode levar o BC a subir juros, tornando investimentos mais conservadores, como títulos do Tesouro americano, mais atraentes e pressionando ações e Fundos Imobiliários.
- Já para quem investe apenas no Brasil: a inflação americana ainda importa. Isso porque ela influencia o fluxo de capital estrangeiro, o câmbio e até os juros do Banco Central brasileiro. Se os EUA aumentam os juros para conter a inflação, investidores globais podem tirar dinheiro do Brasil, desvalorizando o real e pressionando os preços internos. Isso afeta desde a rentabilidade de investimentos até o custo de vida.
Por isso, acompanhar a inflação nos EUA é uma forma de antecipar tendências, proteger seu patrimônio e tomar decisões mais seguras, seja em ações, Renda Fixa ou até na diversificação da sua carteira.
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