Na hora de guardar dinheiro e fazê-lo render, muitas pessoas ficam em dúvida entre o CDB ou Poupança.
Enquanto a Poupança é conhecida por sua simplicidade e liquidez, o CDB pode oferecer rendimentos mais atrativos, dependendo da instituição e das condições do investimento.
Mas qual dessas opções realmente vale mais a pena? Neste artigo, vamos comparar os dois investimentos, destacando suas vantagens, riscos e o que considerar antes de tomar uma decisão. Vamos lá?
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CDB ou Poupança: o que é melhor?
CDB e Poupança são dois investimentos de Renda Fixa, em que é possível saber ou prever a rentabilidade deles antes mesmo de fazer a aplicação.
Por conta disso, são frequentemente indicados para quem tem um perfil conservador na hora de investir. Veja, a seguir, as principais diferenças entre eles.
O que é a Poupança?
Na prática, a Poupança é uma conta que você pode abrir em diferentes bancos. Acontece que, diferentemente de uma conta corrente, por exemplo, ela paga um rendimento mensal em cima dos valores que você deposita.
O rendimento da Poupança está ligado a duas taxas: a Taxa Selic, taxa básica de juros da nossa economia, e a Taxa Referencial.
Se a meta da Taxa Selic anual for superior a 8,5%, a remuneração desse investimento será de 0,5% ao mês acrescido da Taxa Referencial (TR).
Caso essa meta seja igual ou menor que 8,5%, o retorno corresponderá a apenas 70% da Taxa Selic adicionados à TR.
Veja abaixo:

Embora seja uma opção prática, a rentabilidade da Poupança é considerada baixa quando comparada a outros títulos de Renda Fixa, que são tão seguros quanto ela. Até mesmo aqueles que também rendem de acordo com a Selic apresentam números melhores.
O valor aplicado na Poupança precisa fazer uma espécie de aniversário para render.
Isso significa que os rendimentos sobre valores aplicados somente são recebidos a cada vez que completem um período de um mês de permanência na caderneta.
Por exemplo, se você fizer uma aplicação no dia 12 de maio e outra no dia 22 de maio, a primeira aplicação terá rendimento no dia 12 de junho, enquanto a segunda renderá no próximo dia 22.
Porém, se no mês seguinte, o dia 12 ou 22 cair em um fim de semana ou feriado, o rendimento será creditado apenas no próximo dia útil.
Além disso, se o depósito ocorrer nos dias 29, 30 e 31, o aniversário será no dia 1º do mês seguinte.
Logo, podemos concluir que o único dia favorável para resgatar um valor da caderneta sem perder dinheiro é exatamente no dia do aniversário da Poupança. Resgatando antes ou depois dessa data, você deixa de receber os rendimentos.
O que é e como funciona o CDB?
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um título emitido pelos próprios bancos. Ele funciona da seguinte forma: você compra um título e, depois de um determinado tempo, recebe o valor investido acrescido de juros.
Em poucas palavras, o CDB funciona como se você emprestasse seu dinheiro para o banco.
Na data de resgate, ele retorna a quantia aplicada mais os rendimentos obtidos daquele período. Sendo que existe um período mínimo de investimento, que é chamado de prazo de carência, que pode ser de um dia ou até de anos, pois varia bastante de banco para banco e de título para título.
Além disso, a rentabilidade muda de acordo com a categoria de rendimento da aplicação.
Funciona como na imagem a seguir:

Os CDBs podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos e escolher o melhor CDB irá depender do seu objetivo e planejamento. Explicaremos melhor essas variações no próximo tópico. Existem ainda os CDBs progressivos, em que o retorno aumenta com o tempo.
Quais tipos de rendimento em CDB existem?
A seguir, falaremos sobre as principais formas de rentabilidades dos CDBs.
1. CDB prefixado
Se você quer saber qual será o rendimento do título logo no momento da compra, o CDB prefixado é uma boa opção.
A rentabilidade é fixa e determinada previamente. Portanto, ela não depende de indicadores como Selic ou inflação para te entregar seus resultados. Veja um exemplo para facilitar:
Imagine que você comprou um título de R$10.000 com uma taxa de juros de 12% ao ano e ele vencerá em três anos.
No fim desse período, você receberá um valor bruto de R$14.049,28. A fórmula utilizada para esse cálculo é bem simples. Você só precisa multiplicar o valor investido pelos juros somados a 1, ou seja, 1 +0,12, elevados ao prazo de vencimento:
10.000 x (1 + 0,12)³ = R$14.049,28
2. CDB pós-fixado
Essa é a modalidade mais comum entre os CDBs oferecidos no mercado. Nela, os títulos rendem, normalmente, de acordo com a taxa do “Certificado de Depósito Interbancário”, popularmente chamado de CDI. Ele é um indicador padrão usado para taxar diversos serviços do mercado financeiro.
Mas o que significa ser pós-fixado? Isso quer dizer que a rentabilidade do seu investimento segue uma taxa que varia dia a dia, assim, você não sabe exatamente quanto ele entregará de rentabilidade no fim do período, a certeza é que o seu CDB seguirá o movimento da taxa que ele estiver atrelado.
Quando for investir no CDB pós-fixado, você encontrará ofertas como: “CDB 110% DI a.a.”.
Isso significa que esse título renderá 110% da taxa média anual do CDI durante o tempo de duração do título. Que tal um exemplo?
Se você investir R$10.000, por 1 ano, a 110% do CDI, e o DI no período ficou em 11%, a fórmula que te mostra como seu dinheiro rendeu é a seguinte:
11% x 110/100 = 12,1%
Depois, multiplique o montante aplicado pelo fator para encontrar a quantia final:
R$10.000 x (1 + 0,121) = R$11.210
3. CDB híbrido
Os CDBs híbridos são aqueles que acompanham, normalmente, as variações do IPCA — índice que mede a inflação geral do Brasil. Além disso, eles também pagam uma taxa prefixada.
Dessa forma, seu investimento terá parte prefixada, que é o “bônus” de rentabilidade, e pós-fixada, que seguirá o IPCA.
Quais são os riscos em investir na Poupança ou no CDB?
A Poupança e o CDB são investimentos de baixo risco, mas isso não significa que sejam isentos de perigos.
A Poupança, apesar de sua segurança e isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, pode representar um risco de perda do poder de compra, já que seu rendimento é atrelado à Selic e, em cenários de inflação alta, pode não ser suficiente para preservar o valor do dinheiro ao longo do tempo.
Já o CDB, apesar de geralmente oferecer rendimentos superiores à Poupança, apresenta alguns riscos, como liquidez e risco de crédito.
Dependendo do tipo de CDB escolhido, o investidor pode ter dificuldade para resgatar o dinheiro antes do prazo, caso precise dos recursos com urgência.
Além disso, existe o risco de a instituição financeira emissora do CDB enfrentar dificuldades financeiras, embora esse risco seja mitigado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege investimentos de até R$ 250 mil por CPF e instituição.
Portanto, ao escolher entre Poupança e CDB, é essencial considerar não apenas a rentabilidade, mas também a segurança, liquidez e o impacto da inflação no longo prazo.
Vantagens e desvantagens do CDB e da Poupança
Agora que você já sabe como funciona a Poupança e o que é CDB, veja os pontos fortes e fracos de cada um deles:
Vantagens e desvantagens dos CDBs
As principais vantagens dos CDBs são:
Vantagens | Desvantagens |
---|---|
É seguro, pois é garantido pelo FGC. | Não é isento de Imposto de Renda. |
Pode ser resgatado rapidamente, dependendo do prazo de carência combinado. | Pode haver perda se resgatado antes do vencimento. |
Rende mais que a Poupança. | Pode implicar em mais risco, a depender da nota de classificação de rating. |
Vantagens e desvantagens da Poupança
Agora veja quais são os prós e contras da caderneta de Poupança:
Vantagens | Desvantagens |
---|---|
É prática e acessível. | Não apresenta bons rendimentos. |
Isenta de Imposto de Renda | Resgates feitos antes ou depois do aniversário, implicam na perda do rendimento proporcional ao período em que o valor ficou aplicado. |
É um investimento seguro, de baixo risco. | Tem rendimento pouco atrativo e que por muitas vezes perde valor de compra devido à inflação. |
Enfim, antes de escolher entre um CDB ou Poupança, não se esqueça de considerar qual é o rendimento real de cada investimento.
Muitas vezes, o que a Poupança entrega chega a ser menor do que a inflação, diminuindo o poder de compra de seu dinheiro. Isto é, essa modalidade de investimento além de não render muito, pode te fazer “perder” dinheiro.
Mesmo com o desconto do IR, o CDB pode render bem mais do que a Poupança, também apresentando riscos baixos.
Agora, lembre-se de analisar seus objetivos, sua situação financeira e suas necessidades atuais: assim, você fará a melhor escolha.
Caso fique com dúvidas, não deixe de conversar com profissionais que entendem do assunto.
Como encontrar a melhor oportunidade de investir?
A princípio, fazer a escolha entre Poupança ou CDB parece muito simples. Mas sabemos que muitas pessoas permanecem com dinheiro aplicado na Poupança porque não sabem como escolher o melhor CDB para investir.
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