O volume investido pelos brasileiros pessoas físicas somou R$ 7,3 trilhões ao final de 2024. Todos os títulos e valores mobiliários registraram alta, com destaque para os CDBs, que ampliaram em 20,7% a participação no portfólio das pessoas físicas, chegando a R$ 1,04 trilhão, segundo pesquisa da Anbima.
O CDB híbrido é uma dessas modalidades, que tem ganhado cada vez mais atenção por oferecer uma rentabilidade que protege o capital da inflação e, ao mesmo tempo, traz um ganho real.
Dessa forma, esse tipo de CDB pode ser uma opção estratégica para quem busca segurança e previsibilidade em um cenário econômico em constante mudança.
Neste artigo, vamos mostrar o que é e como funciona um CDB híbrido, para você tirar todas as suas dúvidas sobre o tema. Vamos lá?
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O que é um CDB híbrido?
Um CDB híbrido é um tipo de investimento em Renda Fixa que oferece uma forma de rentabilidade que mescla características de dois outros tipos de CDBs: o prefixado e o pós-fixado.
Ou seja, ao investir em um CDB híbrido, você não terá uma rentabilidade totalmente fixa nem totalmente variável.
Na prática, o rendimento de um CDB híbrido é composto por duas partes: uma taxa de juros fixa e um componente que varia de acordo com um índice econômico.
O índice mais comum para esse tipo de CDB é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação.
Por exemplo, um CDB híbrido pode render “IPCA + 5%”. Isso quer dizer que, além de receber os 5% de juros fixos, o seu dinheiro também será corrigido pela variação da inflação (IPCA) durante o período do investimento.
Dessa forma, ele oferece uma proteção contra a perda do poder de compra causada pela inflação, garantindo um ganho real, ao mesmo tempo em que proporciona uma parte do rendimento já conhecida desde o início.
Esse tipo de CDB é geralmente mais indicado para pessoas que buscam um equilíbrio entre a previsibilidade de um rendimento fixo e a proteção contra a inflação, especialmente em investimentos de médio a longo prazo, onde o impacto da inflação pode ser mais maior.
Podemos dizer, portanto, que o CDB híbrido combina o baixo risco da Renda Fixa com uma certa flexibilidade para acompanhar as condições econômicas.
Qual é a diferença entre prefixado, pós-fixado e híbrido?
Esses três tipos de CDBs apresentam algumas diferenças entre si. Por isso, na tabela abaixo, mostramos as principais características do CDB prefixado, do CDB híbrido e do pós-fixado, para você entender melhor como funcionam:
Característica principal | CDB prefixado | CDB pós-fixado | CDB híbrido |
---|---|---|---|
Rentabilidade | Fixa e definida no momento da aplicação. Você sabe exatamente quanto vai receber no vencimento. | Varia de acordo com um índice de mercado, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a Selic. A rentabilidade final só é conhecida no resgate. | Combina uma taxa de juros fixa com um percentual que varia de acordo com um índice de mercado, geralmente o IPCA (inflação). Ex: IPCA + 5%. |
Previsibilidade | Alta. Você tem total controle sobre o rendimento. | Baixa. O rendimento flutua com o índice de referência, podendo ser maior ou menor. | Média. Há uma parte fixa e uma variável, oferecendo alguma previsibilidade e proteção. |
Cenário econômico ideal | Queda ou estabilidade da taxa de juros (Selic). Se a Selic cair, sua taxa prefixada se torna mais vantajosa. | Alta da taxa de juros (Selic). Se a Selic subir, o CDI acompanha e seu rendimento aumenta. | Cenários de inflação elevada ou incerta. Protege seu poder de compra. |
Exemplo de rentabilidade | 12% ao ano. | 100% do CDI. | IPCA + 4% ao ano. |
Logo, a escolha entre um CDB prefixado, pós-fixado ou híbrido depende do seu perfil de investidor e dos seus objetivos.
Se você busca segurança e previsibilidade total, o prefixado pode ser o ideal. Se acredita na alta dos juros e busca acompanhar o mercado, o pós-fixado pode ser mais interessante.
Já se a preocupação principal é proteger seu dinheiro da inflação e ainda garantir um ganho real, o híbrido oferece uma solução equilibrada.
Lembrando que os ativos mencionados neste artigo não são recomendações de compra, nem necessariamente representam a opinião dos Analistas da Toro.
O que é rendimento híbrido?
O rendimento híbrido é uma forma de rentabilidade em investimentos que combina características de dois modelos principais: o prefixado e o pós-fixado. Em outras palavras, ele não é totalmente fixo, nem totalmente variável, ele tem um pouco de cada um.
Geralmente, o rendimento híbrido é composto por uma taxa de juros fixa, que você já sabe no momento da aplicação, e um componente que acompanha a variação de um índice de mercado.
Por exemplo, se você investir em um título com rendimento híbrido de “IPCA + 5% ao ano”, significa que seu investimento renderá 5% de juros fixos ao ano, mais a variação da inflação medida pelo IPCA no mesmo período.
Esse tipo de rendimento é bastante utilizado em investimentos de longo prazo, como alguns títulos do Tesouro Direto (Tesouro IPCA+), CDBs híbridos e até mesmo em alguns Fundos de Investimento.
Dessa forma, é ideal para quem busca um equilíbrio entre a segurança de uma parte do rendimento já definida e a proteção contra as oscilações da inflação, o que é fundamental para preservar o valor do seu capital ao longo do tempo.
➡️ CDB progressivo: o que é e como funciona?
➡️ Como escolher o melhor CDB? Compare o rendimento e invista melhor!
➡️ CDB ou Tesouro Direto: qual é o melhor investimento hoje?
Qual tipo de CDB é melhor?
Não há uma resposta definitiva para essa pergunta. Na verdade, o melhor tipo de CDB para você depende dos seus objetivos financeiros, do seu perfil de risco e das suas expectativas para o cenário econômico. Cada um tem suas próprias características, vantagens e desvantagens.
Vamos mostrar cada uma delas na sequência. Acompanhe!
CDB prefixado
Um CDB prefixado é aquele em que a taxa de juros que você vai receber é definida no momento da aplicação e não muda até o vencimento. Você sabe exatamente quanto o seu dinheiro renderá.
Prós
- Previsibilidade: você sabe de antemão qual será o seu retorno, o que facilita o planejamento financeiro.
- Ideal em queda de juros: se a taxa Selic cair após você investir, sua taxa prefixada, que é mais alta, se torna muito vantajosa.
Contras
- Risco de oportunidade perdida: se a taxa Selic subir após sua aplicação, o seu CDB prefixado pode acabar rendendo menos do que outras opções de mercado que acompanham a alta dos juros.
- Baixa flexibilidade: geralmente, a liquidez é apenas no vencimento. Resgatar antes pode significar perda de parte do rendimento ou até mesmo do valor principal.
CDB pós-fixado
No CDB pós-fixado, a rentabilidade está atrelada a um índice de referência, sendo o CDI o mais comum.
O CDI acompanha de perto a taxa Selic. Assim, o rendimento do seu investimento varia junto com esse índice.
Prós
- Acompanha o mercado: seu rendimento aumenta se a taxa Selic (e o CDI) subir, o que pode ser excelente em momentos de juros altos.
- Ideal para reserva de emergência: muitos CDBs pós-fixados oferecem liquidez diária, ou seja, você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento sem perder o rendimento acumulado, o que os torna ótimos para a sua reserva de emergência.
- Simplicidade: é fácil de entender que ele seguirá a oscilação do CDI.
Contras
- Rendimento incerto: você não sabe exatamente quanto seu dinheiro renderá até o resgate, já que o CDI pode variar.
- Risco em queda de juros: se a taxa Selic e o CDI caírem, seu rendimento também diminuirá, podendo se tornar menos atrativo.
CDB híbrido
O CDB híbrido, por sua vez, é uma combinação dos dois anteriores.
Sua rentabilidade é composta por uma taxa fixa mais a variação de um índice, normalmente o IPCA, que mede a inflação.
Prós
- Proteção contra a inflação: como parte do rendimento está ligada ao IPCA, seu dinheiro é corrigido pela inflação, garantindo um ganho real e protegendo seu poder de compra.
- Equilíbrio: oferece a segurança de uma parte do rendimento fixa com a proteção da inflação, ideal para objetivos de médio e longo prazo.
- Ideal em cenários incertos: em momentos de inflação elevada ou imprevisível, ele oferece uma boa proteção.
Contras
- Complexidade no cálculo: o cálculo do rendimento total é um pouco mais complexo, pois depende da variação do IPCA.
- Pode render menos com inflação baixa: se a inflação estiver muito baixa, a parte atrelada ao IPCA pode não ser tão expressiva, e o rendimento total pode ser menor do que um pós-fixado em um cenário de juros altos.
- Sem liquidez diária: a maioria dos CDBs híbridos é de longo prazo e não oferece resgate antecipado sem prejuízo.
Mas afinal, como escolher a melhor opção?
É sempre uma boa ideia diversificar seus investimentos, combinando diferentes tipos de CDBs e até outras modalidades de investimento para atingir seus objetivos.
Uma forma de fazer isso é usando o nosso simulador de investimentos gratuito. Responda as perguntas abaixo e descubra qual carteira é recomendada para você:
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Como investir em CDB?
Agora que você já sabe o que é CDB híbrido, suas principais características e vantagens, chegou o momento de entender como, de fato, investir nele.
É necessário seguir alguns passos simples antes de investir, como:
1. Defina seus objetivos financeiros e perfil de investidor
Já comentamos sobre isso anteriormente, mas não custa reforçar.
Antes de tudo, pense no porquê você está investindo. É para uma reserva de emergência (dinheiro que precisa estar disponível a qualquer momento)? Para a compra de um carro em curto prazo? Para uma viagem em médio prazo? Ou para a aposentadoria (longo prazo)?
Descobrir seu perfil de investidor também é essencial:
- Conservador: prioriza a segurança e não quer correr riscos.
- Moderado: aceita um pouco mais de risco em troca de um potencial retorno maior.
- Arrojado (ou agressivo): está disposto a correr riscos maiores para buscar retornos mais elevados.
O CDB é normalmente mais utilizado em perfis conservadores e moderados, mas também pode fazer parte da carteira de um arrojado para diversificação.
2. Escolha a instituição financeira
Você pode investir em CDBs por meio de bancos tradicionais, bancos digitais ou corretoras de valores.
Uma dica é pesquisar e comparar as taxas e condições oferecidas por diferentes instituições.
Aqui na Toro, por exemplo, você tem Corretagem Zero, ajuda de uma Assessoria Especializada e uma plataforma rápida e intuitiva para investir.
3. Abra uma conta
Se você ainda não tiver, abra uma conta na instituição financeira escolhida. O processo geralmente é digital e rápido, exigindo seus documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de residência).
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4. Transfira o dinheiro
Com a conta aberta, transfira o valor que deseja investir da sua conta corrente para a conta da corretora ou do banco onde você irá aplicar no CDB. Essa transação é feita, normalmente, via Pix ou TED.
5. Escolha o CDB ideal
Agora vem a parte de selecionar o CDB que se encaixa nos seus objetivos. Na plataforma de investimentos, procure a seção de “Renda Fixa” ou “CDB”. Você encontrará diversas opções, porém é preciso se atentar a alguns pontos:
- Compare as porcentagens oferecidas (por exemplo, 100% do CDI, IPCA + 5%, 12% ao ano).
- Escolha um prazo que se alinhe com seus objetivos. Não invista em um CDB de 5 anos se você precisar do dinheiro em 1 ano, a menos que ele tenha liquidez diária.
- Alguns CDBs podem ser investidos a partir de R$ 1,00, R$ 100,00, R$ 1.000,00 ou mais.
6. Faça a aplicação
Após escolher o CDB, siga as instruções na plataforma para confirmar o investimento. Você precisará informar o valor a ser aplicado e, possivelmente, concordar com os termos e condições.
7. Acompanhe e monitore
Depois de investir, acompanhe o desempenho do seu CDB através da plataforma da sua corretora. Atenção aos extratos e, se for um CDB pós-fixado ou híbrido, acompanhe o índice de referência (CDI, IPCA).
Considerações importantes antes de investir
➡️ Vale lembrar que o CDB é um dos investimentos protegidos pelo FGC. Isso significa que, caso o banco emissor do CDB quebre, o FGC garante a devolução do seu dinheiro em até R$ 250 mil por CPF/CNPJ por instituição financeira, com um limite de R$ 1 milhão por CPF/CNPJ no total.
➡️ A rentabilidade dos CDBs é tributada pelo Imposto de Renda de forma regressiva, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor a alíquota do IR. A tabela é a seguinte:
- Até 180 dias: 22,5%
- De 181 a 360 dias: 20%
- De 361 a 720 dias: 17,5%
- Acima de 720 dias: 15%
➡️ O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre o rendimento apenas se o resgate for feito em menos de 30 dias. Após esse período, não há cobrança.
Por fim, seguindo esses passos, você estará pronto para potencializar seus rendimentos e diversificar sua carteira.
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