ETF é a sigla para Exchange Traded Funds, isto é, Fundos de Investimento que captam recursos para aplicar em carteiras que seguem algum índice como referência, como o Ibovespa, o S&P 500, o Small (índice das Small Caps), entre outros. É uma forma de ter acesso a uma carteira diversificada realizando o aporte em um único código de negociação.
Se você está começando a analisar as possibilidades de investimento na Bolsa de Valores agora, é bom saber que existem formas diferentes de investir neste ambiente.
As alternativas vão desde as ações de empresas, como Petrobras e Vale, passando pelos contratos futuros, de dólar ou Ibovespa por exemplo, Opções e também o ETF.
Agora, quando o assunto é ETF, muita gente ainda não sabe o que significa e como investir nessa modalidade. Por isso, neste conteúdo, vamos explicar todos os detalhes deste investimento.
Aqui você vai entender:
- O que é ETF.
- Como investir em ETF no Brasil.
- ETFs listados na B3.
- Rentabilidade e dividendos dos ETFs B3.
- ETFs no exterior.
- Custos para investir em ETFs.
- Características de um ETF.
Navegação Rápida
O que é um ETF?
Um ETF (Exchange Traded Fund) é um tipo de fundo de investimento que funciona como uma “cesta” de ativos, como ações ou títulos, e é negociado na bolsa de valores, assim como uma ação comum.
Ao investir em um ETF, você está comprando uma pequena parte de vários ativos de uma vez, o que ajuda a diversificar seus investimentos de maneira simples e acessível.
Para você entender melhor, é bom deixar claro o significado de Fundos de Investimento: é um tipo de investimento que integra vários investidores e que soma o dinheiro de todos para aplicar em ativos diferentes.
Ou seja, se você escolher aplicar seu dinheiro em um Fundo de Investimento, estará investindo em um grupo de ativos sem que seja necessário comprar cada ativo individualmente.
No vídeo abaixo, veja uma breve explicação sobre os Fundos de Investimentos e como eles funcionam:
O ETF, nesse caso, é um Fundo de Investimento que aplica seus recursos em várias ações negociadas na Bolsa de Valores.
Ao investir em ETF, você consegue acompanhar o desempenho dos investimentos, por meio de um índice de referência, que pode ser o Ibovespa, por exemplo, mas quem administra o investimento e decide o que comprar ou vender é o gestor do Fundo.
Apesar de serem muito procurados por investidores, é preciso ter atenção a esse detalhe. Como falamos, ao investir em um ETF, você não tem direito sobre a escolha dos investimentos deste Fundo, já que a administração dos recursos fica por conta do gestor.
Quais são as vantagens dos ETFs?
Para você investir em um ETF, é preciso saber todas as características deste Fundo. Esses detalhes podem te ajudar a entender se investir nessa modalidade realmente se encaixa nas suas expectativas.
Confira as principais características do ETF:
- Baixo custo: como o ETF é um fundo composto por vários ativos, você pode pagar menos taxas do que se fosse investir em cada ação que está presente do Fundo separadamente.
- Praticidade: você não precisa investir em cada ação separada, basta escolher o ETF da sua preferência e você estará investindo em um grupo de ativos de uma vez só.
- Diversificação: o ETF é uma boa opção para diversificar sua carteira de investimentos. Como não é uma aplicação tão tradicional, você pode adicioná-lo à sua carteira junto a outros tipos de aplicações.
- Transparência: o ideal é que você não adquira um ETF sem saber os ativos que fazem parte dele, isso permite que você acompanhe e analise o rendimento do seu investimento.
- Tributação: uma característica importante do ETF diz respeito à tributação. Ao vender um ETF B3, você precisa pagar Imposto de Renda de 15% sobre o lucro.
- Liquidez: como falamos, este tipo de investimento ainda não é tão tradicional. Por isso, existe uma parcela de ETFs que apresentam pouca liquidez no mercado. Isso deve ser levado em consideração, pois pode trazer dificuldades na hora de encontrar alguém interessado em comprar suas cotas.
Como investir em ETFs no Brasil?
É preciso deixar claro que funciona da mesma forma do que comprar ações de uma empresa por meio de uma corretora. Lembrando que ativos negociados em Bolsa são recomendados apenas a investidores arrojados.
Para investir em ETF no Brasil, o primeiro passo é ter conta em uma corretora de valores. Com o acesso à sua conta, basta acessar a plataforma, buscar pelo ETF do seu interesse pelo código de negociação e definir quanto dinheiro deseja investir.
Em quais ETFs devo investir este ano?
Quer saber em quais ETFs investir neste ano? Então confira um conteúdo especial que nosso time de Analistas preparou para você com as recomendações de BDRs, ações, Fundos de Investimentos, Renda Fixa e outros ativos para investir nos próximos 365 dias.
Desse modo, com a ajuda dos nossos experts, você pode investir nos melhores ativos do mercado, contar com análises aprofundadas e fazer tudo com Corretagem Zero. Se você ainda não tem conta na Toro, aproveite e faça o seu cadastro agora mesmo.
Quais são os melhores ETFs listados na Bolsa de Valores (B3)?
Os ETFs (Fundos de Índice) negociados na B3 permitem que os investidores tenham exposição a diversos ativos com praticidade e baixo custo.
Eles replicam índices de mercado, como o Ibovespa ou S&P 500, facilitando a diversificação da carteira de investimentos.
Abaixo, estão 20 exemplos de ETFs listados na B3, entre os mais procurados. Mas, antes, tenha atenção que essas não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro.
- BOVA11: iShares Ibovespa – Índice: Ibovespa.
- IVVB11: iShares S&P 500 – Índice: S&P 500.
- SMAL11: iShares Small Cap – Índice: Índice Small Cap.
- DIVO11: iShares Dividendos – Índice: IDIV.
- ECOO11: iShares Carbono Eficiente – Índice: ICO2.
- XINA11: XP China – Índice: MSCI China.
- HASH11: Hashdex Nasdaq Crypto – Índice: Nasdaq Crypto Index.
- BBSD11: BB ETF Dividendos – Índice: S&P Dividendos Brasil.
- XFIX11: XP Índice de FIIs – Índice: IFIX.
- SPXI11: SPX S&P 500 – Índice: S&P 500.
- BOVV11: BB ETF Ibovespa – Índice: Ibovespa.
- XMAL11: Trend Small – Índice: SMLL B3 Small Cap.
- ETHE11: QR CME CF Ether – Índice: Ether Reference Rate.
- BITH11: QR CME CF Bitcoin – Índice: Bitcoin Reference Rate.
- GOVE11 iShares Governo – Índice: IMA-B.
- TECK11: iShares MSCI Tech – Índice: MSCI Technology.
- GOLD11: iShares Ouro – Índice: Preço do Ouro.
- FIND11: It Now Financial – Índice: Índice Financeiro.
- NASD11: Trend ETF Nasdaq 100- Índice: Nasdaq 100.
- IRFM11: It Now IRF-M P2 – Índice: IRF-M P2.
Hoje, a Bolsa de Valores do Brasil possui mais de 80 ETFs listados para o investidor escolher onde aplicar.
⚠️Como essas informações costumam mudar com frequência, o indicado é que você consulte o site da B3 para saber quais são os melhores ETFs listados no momento.
SAIBA MAIS:
➡️ ETFs de Fundos Imobiliários (FIIs): o que são e como investir?
➡️ ETFs americanos na B3: conheça os 21 melhores da Bolsa
➡️ ETFs de Small Caps: o que preciso saber antes de investir no SMAL11?
Quais são os melhores ETFs do mercado?
No tópico anterior, apresentamos alguns dos principais ETFs que estão listados na B3, mas como o mercado está favorecendo esse investimento, novos Fundos estão em constante lançamento.
Como os apresentamos pela razão social e pelo código, pode ser que você ainda não tenha esclarecido totalmente sobre onde cada ETF investe. Por isso, agora, vamos entrar em detalhes sobre quais índices esses ETFs tem como referência.
Tenha consciência de que isso não são recomendações de compras e nem que a rentabilidade passada é uma garantia absoluta do mesmo retorno no futuro.
1. ETFs que seguem o Ibovespa
Na Bolsa de Valores, há algumas alternativas de ETFs que visam replicar o desempenho do Ibovespa, o principal índice da B3.
Isso confere ao investidor a possibilidade de diversificar sua carteira ao mesmo tempo que se expõe de forma ampla e indireta às principais ações do mercado. São eles (pelo código de negociação):
- BOVA11: taxa de administração de 0,10% ao ano.
- BOVB11: taxa de administração de 0,20% ao ano.
- BOVV11: taxa de administração de 0,10% ao ano.
- XBOV11: taxa de administração de 0,50% ao ano.
- BOVX11: taxa de administração de 0,00% ao ano..
Essas taxas podem variar com o tempo, então é importante verificar com as corretoras ou o site da B3 para confirmar os valores atuais.
Como esses ETFs têm o mesmo objetivo, ou seja, seguir de perto o desempenho do Ibovespa, fica a critério do investidor escolher em qual deles aplicar, seguindo fundamentos como: qualidade e transparência da gestão, retornos históricos, liquidez, entre outros.
Veja o desempenho do índice nos últimos anos:
2. ETFs que seguem outros índices nacionais
Além dos ETFs que visam igualar o desempenho do Ibovespa, há também outros Fundos que tomam como base outros índices relevantes na Bolsa de Valores. Você já deve ter visto alguns deles, quando publicamos um artigo sobre ESG.
Os ETFs que valem a pena o estudo são (pelo código de negociação):
- SMAL11: ETF que tem como base o índice da carteira de Small Caps da B3.
- BRAX11: Fundo que visa acompanhar o desempenho do índice IBr-X 100, as cem empresas mais negociadas da Bolsa.
- PIBB11: semelhante ao anterior, este ETF segue o desempenho do índice IBr-X 50, as cinquenta empresas com mais negociabilidade e representatividade da Bolsa.
3. ETFs americanos e internacionais
Outra possibilidade para aumentar a diversificação é o investimento nos melhores ETFs que visam a exposição ao mercado internacional. Da mesma forma, esses Fundos visam acompanhar algum índice das bolsas no exterior, possibilitando não somente uma carteira mais diversa, mas também menos arriscada. São eles:
- IVVB11: tem como referência o índice S&P 500 da Bolsa de Valores dos EUA. .
- NASD11: tem como referência o índice das 100 maiores empresas não-financeiras listadas na Bolsa Nasdaq, dos EUA.
- EURP11: segue como base o índice MSCI Europe e visa acompanhar cerca de 85% do mercado europeu investindo em empresas de diferentes tamanhos.
- XINA11: tem como base o índice MSCI China e visa investir em ativos do mercado de Renda Variável chinês.
- EMEG11: tem como referência o índice MSCI Emerging Markets. Em outras palavras, o índice tem mais de 800 empresas de mercados emergentes, países como: Brasil, Argentina, Chile, África do Sul, Rússia, México, Qatar, entre outros.
- ASIA11: tem como espelho as principais empresas do mercado asiático, excluindo o Japão.
Veja o desempenho do IVVB11 quando comparado com a oscilação do Ibovespa:
4. ETFs que valorizam o ESG
Neste tópico, apresentaremos alguns dos ETFs que seguem índices relacionados às questões de ESG, que o mercado tanto valoriza atualmente. Os principais são:
- ECOO11: este ETF segue o Índice Carbono Eficiente (ICO2).
- GOVE11: toma como referência as empresas do Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT).
- ISUS11: este Fundo investe em empresas do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
5. ETFs de criptomoedas
Novidade do ano de 2021, a Bolsa de Valores começou a implementar os primeiros ETFs de criptomoedas, ou seja, Fundos que captam recursos para investir nesse tipo de ativo de Renda Variável.
Até o momento, estão disponível 5 opções de ETFs para os investidores que desejam, por decisão própria, se expor a essa aplicação via Fundos. São eles (pelos códigos de negociação):
Código na Bolsa | Criptoativo de referência |
---|---|
BITH11 | Bitcoin |
ETHE11 | Ethereum |
HASH11 | Várias (maior parte em Bitcoin) |
QBTC11 | Bitcoin |
QETH11 | Ethereum |
Veja sua variação comparativa nos últimos meses e anos, lembrando que em nenhum gráfico deste conteúdo o desempenho do passado reflete garantia de ganhos no futuro:
Os ETFs pagam dividendos?
Os ETFs (Fundos de Índice) no Brasil geralmente não pagam dividendos diretamente aos cotistas. Quando as empresas que compõem a carteira do ETF pagam dividendos, esses valores são reinvestidos no próprio Fundo.
Isso significa que, em vez de o cotista receber o dinheiro dos dividendos na sua conta, o valor dos proventos aumenta o patrimônio do fundo, o que pode valorizar as cotas.
Aprenda mais sobre isso em um conteúdo especial: Os ETFs pagam dividendos? Entenda tudo sobre o assunto!
ETFs que pagam dividendos chegaram à B3 em 2023
A partir de 30 de janeiro de 2023, a B3 passou a permitir a listagem de ETFs que pagam dividendos na Bolsa. Contudo, o pagamento dos proventos só valerá para os Fundos listados a partir dessa data e não muda para os anteriores.
Esses ETFs poderão montar suas carteiras de ações locais e internacionais e o pagamento deve ser, no mínimo, mensalmente, desde que obedecendo o regulamento do Fundo.
Sobre a tributação, esses proventos terão a incidência do Imposto de Renda de 15% sobre os ganhos.
Quais são os custos para investir em ETF?
Como falamos sobre a necessidade de você entender sobre o mercado de investimentos, precisamos falar sobre algo que será fundamental para você decidir como investir seu dinheiro: os custos das aplicações.
Quando você decide investir em um ETF, deve estar ciente que poderá ter que pagar 4 taxas:
1. Taxa de corretagem
Cobrada pelas corretoras de valores quando você realiza uma transação que envolve um Fundo, seja de compra ou de venda. A taxa de corretagem pode ser definida por um preço fixo, uma porcentagem sobre o valor da transação ou ainda pode ser híbrida, ou seja, conter uma parte fixa e uma parte como porcentagem.
Na Toro Investimentos, você tem Corretagem Zero para fazer suas aplicações na Bolsa de Valores e ter custo mínimo para potencializar os ganhos dos seus investimentos.
2. Taxa de custódia
Pode ser cobrada pelas corretoras de valores e também pela Bolsa com a finalidade de cobrir custos operacionais pela segurança dos ativos.
3. Taxa de emolumentos
Os emolumentos também são cobrados por operação realizada, porém a cobrança é feita pela B3 e pela CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).
4. Taxa de administração
Cobrada anualmente, depende da administradora do Fundo e do próprio ETF. Normalmente, o valor cobrado pode ser de 0,20% a 0,80% do valor do investimento. Vale ter atenção sobre este valor já que uma taxa de administração alta pode atrapalhar seus rendimentos.
As taxas podem parecer complicadas, mas é sempre bom lembrar que algumas podem variar de acordo com a corretora que você utiliza. E, como falamos, taxas muito altas podem prejudicar o resultado esperado. Por isso, é importante pesquisar bastante entre as corretoras antes de começar a investir.