O stock picking é uma estratégia de investimento que consiste em selecionar individualmente ações com bom potencial de valorização, em vez de investir em um índice de mercado ou em um Fundo de Investimento. É uma abordagem que requer pesquisa e análise cuidadosas das empresas e de suas perspectivas financeiras.
Entre as centenas de empresas listadas na Bolsa de Valores, escolher as melhores pode parecer uma tarefa hercúlea e desafiadora, especialmente para quem não domina muitos aspectos e conceitos do mercado financeiro.
Neste momento, conhecer métodos como o stock picking, o value e o factor investing são essenciais para tomar boas decisões.
Neste artigo, você vai conhecer uma das estratégias de seleção de ativos na Bolsa de Valores mais populares atualmente, o stock picking. Falaremos em que consiste esse método, suas vantagens e sua aplicação prática. Leia até o final e se torne um expert em escolher as melhores ações para investir.
Navegação Rápida
O que é stock picking?
Primeiro, logo de cara, vamos entender o que significa esse termo e como ele guia uma estratégia específica para buscar as melhores empresas da Bolsa.
A ideia geral é realmente fazer uma seleção das melhores empresas do momento para obter uma rentabilidade superior do que a média do mercado. Além disso, o stock picking pode ser usado também com o intuito de garantir uma proteção maior em cenários instáveis, como na construção de carteiras defensivas.
É claro que a montagem dessa carteira de ações também pode contar com o apoio de especialistas, como os Analistas e Assessores de Investimentos, os profissionais dedicados a entender em profundidade o momento e os possíveis rumos do mercado e das empresas.Portanto, trata-se de uma gestão ativa do seu portfólio, isto é, em que o investidor estuda e define cada uma de suas posições.
Quando e para quem é indicado o stock picking?
Considerando essas características, o stock picking não é recomendado para investidores iniciantes ou ainda com pouco conhecimento sobre a Bolsa e a análise de empresas.
Além de conhecimento, é recomendado que o investidor tenha certa quantidade de tempo disponível, além de disciplina para estudar e analisar as ações.
Esse acompanhamento inclui avaliar os balanços trimestrais da companhia, Fatos Relevantes divulgados, notícias envolvendo a marca e, por vezes, algumas assembleias realizadas pelos administradores.
Mas quando fazer o stock picking? Os investidores recorrem a essa estratégia quando têm um perfil mais arrojado, mais conhecimento sobre o mercado e desejam rentabilidade superior a um benchmark (como o Ibovespa) em suas ações ou parte de sua carteira de ações, minimizando os riscos.
Vantagens e desvantagens
Como você pode ter imaginado, no stock picking, você tem total autonomia e liberdade para escolher cada uma das ações do seu portfólio, visando a maior valorização, sobretudo em prazos mais ampliados.
Por outro lado, envolve nível de risco maior e, quando não bem realizado, pode levar a frustrações e prejuízos que poderiam ser evitados. Além disso, com a compra e venda, sua carteira de ações terá um giro (troca de posições) mais elevado do que o normal e, a depender dos valores negociados, poderão existir custos com impostos sobre o lucro.
Como funciona e como fazer o stock picking?
Agora, na prática, como funciona o stock picking? Tenha em mente que a ideia fundamental dessa estratégia é o tradicional “comprar barato e vender caro”, obtendo o lucro com o maior potencial de valorização e menor risco.
Mas o ponto está justamente aí: o que pode ser considerado barato? Por que comprar esta ação e não aquela?
Em resumo, os princípios e fundamentos que entram na análise para realizar uma seleção de ações perfeita são:
Melhores empresas: a partir dessa análise, você deve se lembrar que o stock picking procura por boas empresas, isto é, as lucrativas constantemente, que mais geram retorno considerando seu patrimônio líquido (ROE), tem controle das suas dívidas e possuem boas margens de lucro comparadas aos concorrentes.
Potencial de crescimento: nessa etapa, avaliam-se os fatores e estratégias da empresa que podem “destravar os preços” de suas ações. Geralmente são fatores que impactam a companhia positivamente, como aquisições de outras marcas, valorização de commodities (quando aplicável), entrada em novos mercados, etc.
Múltiplos interessantes e preços atrativos: dentro da Análise Fundamentalista, também observam-se os múltiplos da empresa e os comparamos com os concorrentes. Entre eles, os principais são: Preço/Lucro, EV/Ebitda, P/VPA, ROE, ROIC, Lucro por Ação, entre outros. Para saber mais, confira o checklist no primeiro item.
Análise de mercado: é preciso estudar o que se passa no mercado de forma geral e no setor que a empresa está inserida, a fim de entender quais são suas possibilidades de valorização. Se há mais oportunidades do que riscos, a companhia pode se valorizar.
Minimizar riscos: além disso, também entra na análise os fatores que podem minimizar o risco do investimento, tais como: boa governança, composição acionária, denúncias contra a empresa, avaliações ruins dos seus produtos ou serviços, entre outras.
Perceba que muitos itens desse estudo consideram fatores fundamentalistas, ou seja, o investidor não observa apenas o valor das cotações na tela.
Além disso, é essencial não esquecer da diversificação da carteira de ações como uma das estratégias de proteção e minimização do risco que se toma no mercado de ações, lembrando sempre que há fatores que não podem ser previstos, como as crises e choques econômicos.
Por fim, alguns investidores também costumam aliar o stock picking a outras estratégias de seleção de ações como o factor investing, o value investing e o buy and hold. Saiba mais sobre acada uma delas nos links a seguir:
Stock picking vs ETFs e Fundos: o que é melhor?
Uma dúvida muito comum que surge em quem está estudando o stock picking é a diferença de investir por essa estratégia e montar uma carteira de Renda Variável por meio de ETFs e Fundos de Ações, por exemplo.
Primeiro, é preciso entender que são abordagens diferentes na construção de patrimônio e, não necessariamente, elas se excluem.
Gestão ativa de portfólio
A gestão ativa de uma carteira de ações é aquela que o investidor escolhe ação por ação, seja por conta própria ou com a ajuda dos Analistas da Toro. Ele também deve estar atento sobre os momentos corretos de encerrar uma posição ou fazer uma nova inserção no portfólio. A ideia aqui é superar um índice de mercado, como o Ibovespa, o Small Caps ou o BDRX, por exemplo.
Gestão passiva de portfólio
Na gestão passiva, o intuito é apenas acompanhar esses índices e não superá-los. Geralmente, essa tática utiliza as aplicações em ETFs ou Fundos de Ações recomendados para tal. O interesse do investidor é estar exposto de modo genérico mercado e ganhar com a sua valorização geral, sobretudo no longo prazo.
Perceba que uma estratégia não elimina a outra. Logo, uma parte da sua carteira pode ter gestão ativa e a outra seguir a gestão passiva.
Agora que você já sabe o que é o stock picking, lembre-se sempre de contar com os nossos Analistas e Assessores de Investimentos para lhe auxiliar na montagem da sua carteira.
Para fazer escolhas mais certeiras, siga também as recomendações do nosso time de Análise. Os experts da Toro montaram diversas carteiras de ações, ETFs, Fundos Imobiliários, BDRs, Fundos de Investimentos e muito mais para facilitar as suas escolhas.
Confira quais são os melhores investimentos selecionados por especialistas 100% dedicados ao mercado no link a seguir:
