Para investir na economia europeia via B3, as alternativas são: BDRs (recibos de ações de empresas como Deutsche Bank, Anheuser-Busch InBev, AstraZeneca), ETFs (Fundos que replicam índices globais, como EURP11 e WRLD11, investindo em Nestlé, Roche, Shell, Louis Vuitton) e BDRs de ETFs (combinam as duas opções anteriores para acessar mercados como o alemão, britânico, francês e suíço).
Investir fora do Brasil é uma forma de diversificar a carteira, reduzir riscos e aproveitar oportunidades em economias sólidas.
A Europa, com seus mercados desenvolvidos e empresas de destaque global, é uma região que chama a atenção de muitos investidores. Mas como ter acesso a esses ativos sem sair da B3?
É aqui que entra o ETF EURP11, um fundo de índice que permite investir em grandes companhias europeias de forma prática e acessível.
Neste conteúdo, vamos explicar como ele funciona, quais vantagens oferece e apresentar outras alternativas para quem deseja expor seus investimentos ao mercado europeu.
⚠️ Importante: os investimentos e ativos citados nesse conteúdo não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos analistas da Toro. Consulte sempre um Assessor ou Analista de investimentos qualificado para receber orientações da melhor diversificação e quais ativos mais indicados para o seu perfil e objetivos.
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Por que investir na Europa?
Muitos investidores olham primeiro para os Estados Unidos, já que é o maior mercado do mundo. Mas limitar-se apenas a ele pode deixar boas oportunidades de lado.
As principais vantagens são:
- Diversificação: a Europa tem dinâmica econômica diferente dos EUA, ajudando a equilibrar a carteira.
- Empresas globais: grandes nomes da indústria, energia, tecnologia e luxo estão na região.
- Redução de riscos: investir em diferentes mercados evita concentração em um único país.
- Novas oportunidades: setores fortes e consolidados que muitas vezes não estão disponíveis no mercado americano.
Isso significa reduzir riscos e ampliar as chances de retorno ao longo do tempo.
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Como investir na Europa sem mandar dinheiro para fora?
Interessado em diversificar seus investimentos e expor seu capital ao mercado europeu sem precisar enviar dinheiro para o exterior ou abrir contas internacionais?
A B3, a Bolsa brasileira, oferece soluções simplificadas e acessíveis.
Veja as principais formas de investir na economia europeia pela B3:
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts): permitem investir indiretamente em ações de grandes empresas europeias, como Deutsche Bank, Anheuser-Busch InBev e AstraZeneca, negociadas em bolsas estrangeiras.
- ETFs (Exchange Traded Funds): são Fundos negociados na B3, como EURP11 e WRLD11, que replicam índices de ações globais. Eles proporcionam diversificação em várias companhias europeias de peso, como Nestlé, Roche, Shell e Louis Vuitton.
- BDRs de ETFs: combinam as características dos dois anteriores, oferecendo uma maneira de acessar a performance de mercados fortes como o alemão, britânico, francês e suíço por meio de um único ativo na B3.
Vamos explorar cada um deles a seguir.
1. EURP11: como funciona esse ETF da Europa?
Este é um ETF específico que replica o índice MSCI Europe, proporcionando acesso a mais de 1.000 empresas europeias, por meio do mercado brasileiro.
Entre algumas características deste ETF, temos:
- Índice de referência: MSCI Europe IMI, composto por mais de 1.000 empresas, incluindo nomes como Nestlé, Roche, Siemens e LVMH.
- Taxa de administração: o EURP11 possui uma taxa de administração de 0,30% ao ano, além de uma taxa adicional de 0,09% referente ao ETF original na Bolsa de Nova York.
- Gestão: passiva, com o objetivo de replicar o desempenho do índice MSCI Europe IMI.
- Público-alvo: o ETF é destinado a investidores em geral, permitindo acesso fácil e eficiente ao mercado acionário europeu.
- Lote mínimo: a compra mínima é de apenas uma cota, tornando-o acessível para pequenos investidores que desejam diversificar internacionalmente.
- Composição: o EURP11 replica a carteira do índice MSCI Europe, que inclui empresas de diversos setores, como tecnologia, saúde, finanças e consumo, proporcionando ampla diversificação.
- Exposição cambial: investir no EURP11 implica em exposição às variações das moedas europeias (euro, libra, franco suíço), impactando o desempenho do Fundo em reais.
- Tributação: ganhos com a venda de cotas estão sujeitos à alíquota de 15% de Imposto de Renda sobre o lucro obtido, devendo o investidor recolher o imposto via DARF até o último dia útil do mês seguinte à operação.
Essas características fazem do EURP11 uma alternativa atrativa para investidores que buscam diversificação geográfica e exposição ao mercado europeu, com a conveniência de investir por uma corretora brasileira.
Lembrando que os investimentos em Bolsa de Valores e ativos de Renda Variável são recomendados apenas àqueles com perfil arrojado e perdas financeiras podem ocorrer pela oscilação dos preços.
2. ETF WRLD11
Este ETF também oferece exposição ao mercado europeu, mas de forma indireta. Basicamente, busca replicar o índice MSCI ACWI (All Country World Index), que reúne ações de empresas de países desenvolvidos e emergentes no mundo todo.
Dentro dele, a Europa aparece como uma das regiões relevantes, mas não é o foco principal, ou seja, é apenas uma fatia dentro da diversificação global.
Algumas características para ter em mente:
- O MSCI ACWI inclui mais de 2.000 empresas de 23 países desenvolvidos e 27 emergentes.
- A maior parte está nos EUA (cerca de 60%), mas a Europa representa uma participação importante, com países como Reino Unido, França, Alemanha, Suíça e outros.
- Isso significa que, ao investir no WRLD11, você tem exposição também às grandes companhias europeias (como Nestlé, LVMH, Siemens, SAP), porém diluída em uma carteira global.
Ele também é cotado e negociado em reais na B3, sem necessidade de conta no exterior.
Portanto, o WRLD11 é mais amplo que o EURP11. Enquanto o EURP11 foca só na Europa, o WRLD11 traz uma visão global, incluindo Europa, mas com peso menor frente aos EUA.
3. BDRs
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são recibos negociados na B3 que representam ações emitidas por empresas estrangeiras em suas Bolsas de origem.
Eles não são a ação em si, mas funcionam como um “espelho” que permite ao investidor brasileiro ter exposição indireta a essas companhias, sem precisar abrir conta no exterior ou lidar diretamente com câmbio e tributação internacional.
No caso das empresas europeias, os BDRs oferecem acesso prático a gigantes de diversos setores.
Alguns exemplos listados na B3 são:
- Deutsche Bank (DBAG34): maior banco da Alemanha.
- Anheuser-Busch InBev (ABUD34): gigante belga de bebidas, dona da Ambev.
- AstraZeneca (A1ZN34): farmacêutica anglo-sueca, destaque em vacinas e medicamentos.
- Novartis (N1VS34): farmacêutica suíça, forte em tratamentos inovadores.
- Unilever (ULEV34): empresa britânica de bens de consumo, dona de marcas como Dove e Omo.
- BP (B1PP34): gigante britânica de energia e petróleo.
Assim sendo, ao comprar um BDR europeu, você se expõe ao desempenho das ações dessas empresas nas Bolsas originais, mas negocia tudo em reais na B3, com liquidação e custódia locais.
4. BDRs de ETFs
Os BDRs de ETFs funcionam de forma semelhante aos BDRs de ações, mas em vez de representarem uma empresa específica, eles representam cotas de ETFs internacionais listados em Bolsas no exterior.
Isso significa que, com esses BDRs, o investidor brasileiro consegue acessar cestas de ações estrangeiras sem precisar investir diretamente fora do Brasil.
Assim, também é possível ter exposição indireta à Europa, já que muitos ETFs globais e regionais listados no exterior incluem empresas europeias.
Se o ETF original investe em empresas europeias (de forma total ou parcial), o BDR também leva essa exposição para o investidor local.
Exemplos de BDRs de ETFs listados na B3 que dão exposição à Europa (direta ou indireta):
- iShares MSCI Germany ETF (BEWG39): focado no mercado alemão.
- iShares MSCI United Kingdom ETF (BEWU39): focado no mercado britânico.
- iShares MSCI France ETF (BEWQ39): focado no mercado francês.
- iShares MSCI Switzerland ETF (BEWL39): focado no mercado suíço.
Dessa maneria, enquanto os BDRs de ações permitem investir em empresas europeias individuais, os BDRs de ETFs dão acesso a carteiras diversificadas de ações europeias ou globais, ampliando o alcance e a diversificação do investimento.
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