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Crise de 1973 – O dia em que o petróleo derrubou a economia

Quedas abruptas da Bolsa de Valores podem acontecer por diversos motivos. Normalmente pensamos em crises econômicos ou problemas financeiros dos mais diversos, contudo, choques alheios ao mercado também têm sua importância. Talvez pareça redundante afirmar isso em meio à pandemia do coronavírus, mas durante a década de 1970 esse era um fenômeno relativamente novo.

Os Estados Unidos passavam por problemas internos após anos de contínua prosperidade que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. O S&P 500, principal índice da Bolsa de Nova York havia multiplicado por 7 seu valor desde o início dos anos 1950. Porém, a estagnação econômica começava a segurar o mercado acionário.

É nesse contexto de fragilidade que estoura o primeiro choque do petróleo em 1973. Síria, Egito e Israel entraram em conflito no Oriente Médio, o que levou os Estados Unidos a intervir em favor de seus aliados israelenses. O movimento desagradou os demais países árabes, aliados de Egito e Síria.

O S&P 500, principal índice da Bolsa de Nova York havia multiplicado por 7 seu valor desde o início dos anos 1950. Porém, a estagnação econômica começava a segurar o mercado acionário.

Boa parte desses países era também parte da OPEP, cartel de exportadores de petróleo que agia (e ainda age) para coordenar suas respectivas produções e beneficiar os Estados membros. A resposta foi um embargo aos americanos e a outros países ocidentais que levou os preços internacionais da commodity a quadruplicarem em cerca de 6 meses.

Se hoje o petróleo é uma fonte importantíssima de energia, nada se compara com o que era nos anos 1970. A situação era ainda mais aguda nos Estados Unidos, que vinham aumentando exponencialmente seu consumo e se tornando cada vez mais dependentes da importação de outros países.

Entre setembro de 1973 e 1974, o S&P 500 caiu mais de 40%. Mesmo assim, passado o pânico inicial, em menos de um ano o índice já havia avançado 50%. Em 2 anos, já estava muito próximo do patamar pré-crise. 

A recuperação rápida é comum em turbulências dessa magnitude: conforme o período de incerteza radical do começo da crise vai se dissipando, o horizonte de investimentos se torna mais claro, os players do mercado ficam mais confiantes e o mercado volta a operar normalmente.

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