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O que é a taxa de carregamento na Previdência Privada? Aprenda!

A taxa de carregamento em planos ou Fundos de Previdência Privada é um valor cobrado para custear os gastos administrativos relacionados às movimentações realizadas nos planos de Previdência Privada. Ela pode ser cobrada na entrada (aporte), na saída (resgate) ou ambos. Por isso, apesar de estar caindo em desuso, é importante avaliá-la para não perder rentabilidade e benefícios fiscais que esse produto oferece. 


A Previdência Privada é uma alternativa de investimento popular para o planejamento financeiro de longo prazo. No entanto, entender os detalhes é crucial para tomar decisões informadas.

Neste guia, exploraremos um aspecto fundamental: a taxa de carregamento. O que é, como funciona e qual é o seu impacto nas suas economias previdenciárias?

Ao compreender a taxa de carregamento, você estará mais bem equipado para avaliar e otimizar seus investimentos em Previdência Privada.

Vamos descobrir nas nuances deste conceito, capacitando-o a tomar decisões financeiras sólidas e a alcançar seus objetivos de aposentadoria com confiança. É hora de aprender sobre a taxa de carregamento! Vamos lá?

O que é a taxa de carregamento na Previdência Privada?

A taxa de carregamento na Previdência Privada é uma tarifa cobrada pelas instituições financeiras que administram o seu plano de previdência. Essa taxa é deduzida periodicamente dos valores que você investe ou já investiu no plano. Essa taxa é aplicada tanto no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) quanto no Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

O intuito dessa tarifa é destinada a cobrir os custos de administração, corretagem, manutenção dos ativos e outros serviços relacionados ao gerenciamento do seu plano de previdência.

Essa taxa pode ser expressa de diferentes maneiras, como uma porcentagem anual ou um valor fixo. A única restrição é que o limite máximo para essa cobrança é de 10%. Qualquer valor abaixo disso pode ser aplicado para essa finalidade, e até mesmo a isenção é possível.

Assim sendo, é importante compreender o impacto da taxa de carregamento, pois ela reduz o valor total do seu investimento ao longo do tempo.

A boa notícia é que ela está caindo em desuso no mercado e está praticamente extinta, justamente por não ser obrigatória, mas pode ser praticada em alguns casos. 

Qual a diferença de taxa de carregamento e taxa de administração?

Bom, se ela cobre custos administrativos, por que ela não é chamada logo de taxa de administração? As taxas de carregamento e a de administração são duas despesas distintas em produtos de investimento, como planos de Previdência Privada. Aqui está a diferença entre elas:

Taxa de carregamento Taxa de administração
Cobrada diretamente sobre os valores que você investe ou já investiu em um plano de previdência. Porcentagem anual sobre o valor total de seus ativos no plano de previdência.
Ela geralmente é deduzida no momento do aporte (quando você coloca dinheiro no plano) ou no resgate (quando você retira o dinheiro). É deduzida periodicamente, geralmente mensal ou anualmente, afetando o rendimento ao longo do tempo.
Destina-se a cobrir custos de vendas, corretagem e outros serviços relacionados à gestão do plano. Cobre os custos de administração, gestão de investimentos, relatórios e serviços oferecidos pela instituição financeira.

Em suma, a taxa de carregamento incide sobre os valores investidos, enquanto a taxa de administração é aplicada sobre o valor total do investimento no plano de previdência.

Ambas as taxas reduzem o retorno líquido que você obtém com o investimento e, portanto, é importante considerá-las ao escolher um plano de previdência.

Quando é cobrada a taxa de carregamento?

A taxa de carregamento pode ter algumas diferenças no momento da cobrança, que pode ser na entrada do investimento (momento do aporte), na saída (resgate do dinheiro) ou híbrida (um pouco em cada situação). Vamos detalhar isso a partir de agora. 

Taxa de carregamento de entrada x saída

Em resumo, a principal diferença é o momento em que essas taxas são aplicadas. A taxa de carregamento de entrada reduz o valor inicialmente investido, enquanto a taxa de carregamento de saída afeta o valor que você recebe quando decide retirar seu dinheiro do investimento.

Na entrada, se você tiver R$ 1.000 disponíveis, por exemplo, com uma taxa de 5%, apenas R$ 950 serão aplicados. O banco ou instituição receberá R$ 50 para cobrir possíveis despesas.

Na saída, a taxa de carregamento é definida no regulamento dos planos. Geralmente, nos primeiros 12 meses, a taxa cobrada é de 10% ao ano. Entre 13 e 24 meses, cai para 8% ao ano. Já entre 25 e 36 meses, pode ser de 6%.

Assim, para esse investimento, não se recomenda mexer muito na sua aplicação para não perder rentabilidade e pagar mais taxas.

Taxa de carregamento híbrida

Nesse formato, a taxa de carregamento é aplicada tanto no momento em que você resgata o dinheiro quanto quando você faz o depósito. Algumas instituições financeiras oferecem essa alternativa, o que suaviza a cobrança. No entanto, é importante ressaltar que ela pode ser isenta ou ser cobrada apenas na entrada ou apenas na saída.

Taxa de carregamento: PGBL x VGBL

A cobrança da taxa de carregamento em planos de Previdência Privada varia entre o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Eis as principais diferenças:

PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)
Geralmente é aplicada na entrada, ou seja, quando você faz contribuições para o plano. É mais comumente aplicada na saída, quando você resgata seu dinheiro ou recebe renda de aposentadoria.
Isso significa que parte do dinheiro que você investe no PGBL é usado para pagar essa taxa, o que reduz o valor efetivo investido. Isso significa que as contribuições que você faz não são afetadas por uma taxa de carregamento na entrada, tornando-o potencialmente mais vantajoso para quem planeja resgates no futuro.
Contribuições para o PGBL podem ser deduzidas do Imposto de Renda, desde que você utilize o formulário completo e não ultrapasse os limites estabelecidos. Contribuições para o VGBL não são dedutíveis do Imposto de Renda, mas o imposto incide apenas sobre os rendimentos no momento do resgate.

Como analisar a taxa de carregamento?

Para analisar a taxa de carregamento em produtos financeiros, como Previdência Privada ou Fundos de Investimento, considere os seguintes fatores:

  • Objetivos financeiros: escolha um produto que se alinhe com seus objetivos financeiros, levando em conta as taxas e outros custos envolvidos.
  • Tipo de taxa: veja se é uma taxa de entrada ou de saída, pois isso afeta quando você será impactado.
  • Porcentagem: taxas mais altas reduzem mais o valor investido ou resgatado.
  • Permanência: considere seu horizonte de tempo. Taxas de carregamento de entrada podem ser mais relevantes para aplicações de longo prazo, enquanto as de saída para resgates antecipados.
  • Benefícios fiscais: avalie se benefícios fiscais, como deduções do Imposto de Renda, compensam as taxas.
  • Transparência: verifique se as informações sobre as tarifas são claras e detalhadas no prospecto do produto.
  • Comparação: compare as taxas entre diferentes produtos ou instituições financeiras para escolher a mais favorável.
  • Negocie: por ser uma taxa não obrigatória, você pode negociá-la, sobretudo em casos de portabilidade. 
  • Converse com um Assessor: considere buscar orientação de um consultor financeiro para avaliar se o produto atende às suas necessidades.

Ao analisar a taxa de carregamento com esses tópicos em mente, você estará em melhor posição para tomar decisões de investimento informadas e adequadas aos seus objetivos financeiros.

Portabilidade da Previdência Privada: o que acontece com a taxa de carregamento?

Na portabilidade da Previdência Privada, a taxa de carregamento pode ser afetada de diferentes maneiras, dependendo das regras da instituição e do plano. Aqui estão algumas possibilidades:

  1. Isenção da taxa de carregamento: em alguns casos, ao realizar a portabilidade para outro plano de Previdência Privada, a instituição receptora pode oferecer isenção da taxa de carregamento de entrada, tornando a transferência mais atraente. Especialmente pelo fato da taxa não ser obrigatória e estar praticamente extinta.
  2. Manutenção da taxa: em outros casos, a taxa pode ser mantida na portabilidade. Isso significa que a taxa de carregamento aplicada ao plano original continuará a ser aplicada ao novo plano.
  3. Taxa diferente: a instituição receptora pode aplicar uma taxa de carregamento diferente da do plano original. Isso pode ser mais alto, mais baixo ou até mesmo isento, dependendo das políticas da nova instituição.

É fundamental ler atentamente os termos e condições do novo plano de Previdência Privada para entender como a taxa de carregamento será tratada durante a portabilidade.

Além disso, é aconselhável comparar todas as taxas e custos antes de tomar a decisão de transferir seu investimento. A portabilidade pode ser uma estratégia útil para reduzir custos ou melhorar o desempenho de seu plano de Previdência Privada.

Portanto, ao escolher um plano de Previdência Privada, é aconselhável comparar as taxas de carregamento entre diferentes instituições para encontrar uma alternativa que seja mais favorável para seus objetivos de aposentadoria.

1 comentário nesse artigo

  • Ismalia 30 de agosto de 2024 às 09:18

    Extremamente esclarecedor!

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