Investimentos alternativos, como criptomoedas, private equity, arte, pedras preciosas e Fundos especializados, oferecem diversificação, potencial de retorno e proteção contra certos riscos de mercado. Embora possam ser interessantes para compor uma parte menor da carteira, exigem conhecimento, análise cuidadosa e perfil compatível, mantendo as aplicações tradicionais como base principal do portfólio.
Nos últimos anos, os investimentos alternativos deixaram de ser exclusividade de grandes investidores para se tornarem uma opção cada vez mais acessível a diferentes perfis.
Eles vão além da Renda Fixa e da Bolsa tradicional, abrindo espaço para oportunidades em ativos que podem oferecer diversificação, proteção contra oscilações e, em alguns casos, potencial de retornos mais atrativos.
Neste conteúdo, vamos mostrar quais são os principais investimentos alternativos da atualidade, como funcionam e onde podem se encaixar na sua estratégia financeira.
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O que são investimentos alternativos?
Investimentos alternativos são formas de aplicar seu dinheiro fora dos caminhos mais tradicionais, como Poupança, Renda Fixa e ações em Bolsa.
Eles incluem ativos como energias renováveis, Fundos especializados, criptomoedas, colecionáveis e até investimentos em startups.
A principal ideia é diversificar: colocar parte do patrimônio em algo que se comporte de maneira diferente do mercado tradicional, ajudando a reduzir riscos e, em alguns casos, aumentar o potencial de ganhos.
Investimentos alternativos x tradicionais
A principal diferença entre investimentos alternativos e tradicionais está no tipo de mercado em que atuam e na forma como se comportam. Observe
Característica | Tradicionais | Alternativos |
---|---|---|
Mercado | Como ações e títulos públicos, estão em mercados amplos e regulados, com negociação diária. | Podem estar em mercados mais restritos ou menos padronizados, como imóveis, arte, criptomoedas e Private Equity. |
Volatilidade | Podem ou não oscilar bastante no curto prazo, a depender de suas características e riscos. | Alternativos como imóveis têm variações mais lentas. Porém, outros alternativos, como criptomoedas, podem ter volatilidade muito alta. |
Retorno estimado | Oferecem retorno mais previsível (especialmente na renda fixa) ou histórico bem documentado. | Podem ter potencial de retorno maior, mas com menos previsibilidade e mais risco. |
Conhecimento e experiência | São mais acessíveis e conhecidos pelo público geral. | Exigem mais estudo, compreensão de riscos específicos e, muitas vezes, acompanhamento próximo para evitar perdas. |
Precificação (cotação) | O preço é definido constantemente pela oferta e demanda no mercado. | A precificação pode ser menos frequente e depender de avaliações ou negociações diretas. |
Liquidez | Geralmente têm liquidez alta: é possível vender rápido e ter o dinheiro em poucos dias. | Costumam ter liquidez menor, exigindo mais tempo para encontrar compradores ou resgatar o investimento. |
Quais são os melhores investimentos alternativos hoje?
Entre os principais investimentos alternativos da atualidade, os que mais se destacam são:
1. Criptomoedas e ativos digitais
São ativos virtuais, como BITCOIN-btc-hoje-tempo-real/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">BITCOIN, Ethereum e outras, além de tokens que representam direitos ou ativos no ambiente digital.
Funcionam com base na tecnologia blockchain, que registra transações de forma descentralizada.
São consideradas alternativas porque não fazem parte do sistema financeiro tradicional, têm regulamentação ainda em evolução e apresentam alta volatilidade.
Podem atrair investidores que buscam inovação, diversificação e potencial de ganhos expressivos, mas que também estejam preparados para enfrentar grandes oscilações e riscos de mercado e tecnologia.
Confira sua oscilação recente no gráfico a seguir:
⚠️ Importante: tenha atenção que a terminologia “criptomoeda” é apenas uma generalização informal e pode ser inadequada, pois sugere que todos os ativos virtuais funcionam como dinheiro, enquanto muitos têm funções diversas e não necessariamente são usados como meio de troca. O termo “ativos virtuais” é mais preciso e abrangente, refletindo essa diversidade de usos.
2. Urânio e novas fontes de energia
O urânio é usado principalmente como combustível em usinas nucleares, e outras commodities como lítio, cobalto e terras raras estão ligadas à produção de baterias e tecnologias de energia renovável.
São investimentos alternativos porque seu mercado é mais restrito, sensível a questões políticas, ambientais e tecnológicas.
Podem chamar atenção de investidores que acreditam no crescimento da demanda global por energia limpa e segura, e que desejam se expor a setores estratégicos na transição energética mundial.
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3. Private equity e venture capital
Private equity investe em empresas mais maduras, mas que ainda não estão listadas na Bolsa, buscando expansão ou reestruturação.
Já o venture capital foca em empresas iniciantes e inovadoras, geralmente de base tecnológica.
Ambos se enquadram como alternativos porque exigem aporte de capital significativo, prazos de retorno mais longos e envolvem riscos elevados, já que dependem do desempenho do negócio.
Podem atrair investidores com perfil de longo prazo, dispostos a assumir riscos maiores em troca de ganhos potencialmente altos caso a empresa se valorize ou seja vendida.
4. Fundos de hedge
Hedge Funds são os que utilizam estratégias variadas e sofisticadas, como alavancagem, derivativos e apostas na alta ou queda de ativos, para buscar retornos em qualquer cenário econômico.
São alternativos porque oferecem flexibilidade muito maior que Fundos tradicionais e exigem gestão altamente qualificada, além de taxas mais elevadas.
Podem interessar a investidores que desejam diversificação com menor correlação ao mercado tradicional, ou que buscam proteção em momentos de instabilidade, desde que compreendam a complexidade e o risco dessas estratégias.
5. Arte e itens colecionáveis
Incluem obras de arte, vinhos raros, relógios de luxo, carros de colecionador, moedas históricas e outros objetos com valor ligado à exclusividade e ao apelo cultural.
São investimentos alternativos porque não têm cotação diária como ações ou títulos, e seu valor depende de raridade, estado de conservação, autenticidade e demanda no mercado de colecionadores.
Podem atrair investidores que apreciam o aspecto estético e cultural do bem, desejam diversificação patrimonial e veem potencial de valorização de longo prazo, embora o mercado seja menos líquido e mais subjetivo.
6. Ouro e pedras preciosas
Ouro, diamantes, rubis, esmeraldas e outras gemas de alto valor são ativos físicos que concentram muito valor em pequeno volume.
Seu preço depende de fatores como qualidade, pureza, raridade e demanda global.
Igualmente são considerados alternativos porque sua negociação se dá em mercados especializados, com menos transparência e liquidez que ativos tradicionais.
Por sua vez, podem atrair investidores que buscam proteção contra inflação, diversificação e portabilidade de patrimônio, além de quem valoriza bens tangíveis que mantêm relevância histórica e comercial ao longo do tempo.
Confira a oscilação dos contratos futuros de ouro nas últimas décadas, tendo em mente que os preços do passado não garantem o mesmo no futuro:
7. Outros exemplos
Além dos citados acima, alguns vários outros exemplos podem ser enquadrados como alternativos, isto é, fora da tradicional Renda Fixa e Bolsa de Valores. Outros que se destacam são:
- Fundos de Special Situations: investem em empresas ou ativos em situações especiais, como reestruturações ou recuperação financeira, buscando ganhos com a virada do negócio.
- Fundos de infraestrutura: aplicam em projetos de obras e serviços essenciais, como rodovias, energia e saneamento, gerando retorno com receitas futuras desses empreendimentos.
- Investimentos coletivos: aplicações em que vários investidores se unem para financiar projetos ou ativos, como imóveis ou startups, dividindo riscos e lucros proporcionalmente.
- Incorporação imobiliária: investimento no desenvolvimento e construção de imóveis para venda, lucrando com a valorização e a comercialização das unidades.
- Investimentos em startups: injeção de capital em empresas nascentes com alto potencial de escalabilidade e disrupção em seus respectivos mercados
⚠️ Importante: os investimentos e ativos citados nesse conteúdo não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos analistas da Toro. Consulte sempre um Assessor ou Analista de investimentos qualificado para receber orientações da melhor diversificação e quais ativos mais indicados para o seu perfil e objetivos.
Quais são as vantagens e riscos dos investimentos alternativos?
Investimentos alternativos oferecem grandes oportunidades, mas também apresentam desafios importantes. Entender as vantagens e os riscos é crucial para quem busca diversificar a carteira e proteger o patrimônio.
Vantagens
- Diversificação: não seguem o mesmo comportamento da Bolsa ou da Renda Fixa tradicional. Isso ajuda a reduzir o impacto de crises específicas em um único mercado.
- Potencial de retorno acima da média: especialmente no longo prazo.
- Proteção contra inflação: envolvem ativos físicos ou setores estratégicos, o que pode proteger seu dinheiro da desvalorização da moeda.
Riscos
- Alta volatilidade: dependem de fatores externos, como política, economia global e tecnologia.
- Liquidez menor: pode levar mais tempo para transformar o investimento em dinheiro.
- Precificação menos transparente: é difícil saber o valor exato do investimento em determinados momentos.
- Exigem conhecimento especializado: avaliar oportunidades e riscos requer um conhecimento aprofundado.
- Maior possibilidade de perdas: se o cenário econômico não se confirmar, há um risco maior de perdas.
Os investimentos alternativos são regulados?
Sim, muitos investimentos alternativos são regulados no Brasil, principalmente pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central, quando envolvem captação de recursos do público ou Fundos de Investimento.
No entanto, nem todos seguem as mesmas regras: alguns, como obras de arte, pedras preciosas e parte das criptomoedas, têm pouca ou nenhuma regulamentação específica, o que aumenta a necessidade de cautela e análise por parte do investidor.
SAIBA MAIS:
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Vale a pena investir em aplicações alternativas?
Vale a pena investir em aplicações alternativas quando elas fazem sentido para o seu perfil e objetivos. Elas podem trazer diversificação, proteção e até ganhos acima da média, mas também carregam riscos maiores e, muitas vezes, menos liquidez.
Por isso, o ideal é que ocupem apenas uma pequena parte da carteira, funcionando como complemento.
As aplicações tradicionais, como Renda Fixa, Fundos Imobiliários, BDRs e ações, devem continuar sendo a base e a maior fatia do portfólio, garantindo estabilidade e segurança ao longo do tempo.
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