Fundos de Renda Fixa são modalidades de investimento que captam recursos por meio da venda de cotas e aplicam em uma carteira de ativos financeiros de Renda Fixa atrelados, na sua maioria, à taxa de juros ou à inflação, tais como: Tesouro Direto, CDBs, Letras de Crédito, entre outros.
Para quem pensava que, com a redução da Selic ao menor valor da história, a Renda Fixa iria morrer, o mercado está dando sinais de que não será bem assim, sobretudo pela captação da indústria de Fundos de Investimentos.
O patrimônio líquido de todos os Fundos em junho 2021 era de R$6,6 trilhões, 19,5% superior ao mesmo mês do ano anterior, diz Anbima.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) constatou no seu levantamento que existem mais de 24 mil Fundos no mercado (aumento de +17,4%) e mais de 28 milhões de contas (+23,3% acima do mesmo período). A Renda Fixa tem se mostrado a grande impulsionadora dessa indústria.
A Anbima destacou ainda que dos R$206 bilhões que os Fundos captaram no primeiro semestre de 2021, quase metade (R$98 bilhões) foram destinados aos Fundos de Renda Fixa.
Os Fundos Multimercados, que também investem em parte na Renda Fixa, captaram R$81,3 bilhões. Ou seja, mercado mais do que aquecido, atrativo e movimentado.
Ao longo deste artigo, você vai aprender tudo de mais importante sobre os Fundos de Renda Fixa:
- O que são Fundos de Investimentos de Renda Fixa.
- Como funcionam os Fundos de Renda Fixa.
- Vantagens e desvantagens dos Fundos de Renda Fixa.
- Quais são os tipos de Fundos de Renda Fixa.
- Quais são os melhores Fundos de Renda Fixa.
- Como investir em Fundos de Renda Fixa.
Navegação Rápida
O que são Fundos de Investimentos de Renda Fixa?
Os Fundos de Investimento de Renda Fixa são aqueles constituídos para captar recursos de cotistas e realizar aplicações em produtos de Renda Fixa, como o próprio nome diz. Logo, são mais conservadores e de risco mais baixo.
Um Fundo de Renda Fixa deve aplicar no mínimo 80% do seu patrimônio em investimentos financeiros atrelados à variação da Selic, índices de preços (como o IPCA ou o IGP-M) ou as duas coisas.
Então, o investidor, ao aplicar em um Fundo de Renda Fixa, verá seu dinheiro ser investido em uma cesta de ativos como CDBs, títulos do Tesouro Direto, Letras de Crédito e similares. Eles ainda podem incluir no portfólio alguns títulos com risco de crédito mais elevado e usar derivativos com a finalidade de proteger as posições do Fundo.
Como funcionam os Fundos de Renda Fixa?
Assim como as outras modalidades de Fundos de Investimento, os de Renda Fixa funcionam como um “condomínio aberto” para, através da venda de cotas − a menor fração do patrimônio do Fundo −, captar recursos dos investidores e investir no mercado.
Em outras palavras, são como os mais simples investimentos do mercado: empréstimo de dinheiro em troca do pagamento de juros ao final de um período.
Todo Fundo de Investimento deve ter um regulamento e uma política de investimentos definidos e de fácil acesso ao público. O gestor do Fundo é quem vai realizar as aplicações conforme as diretrizes desses documentos. Se as decisões e a estratégia dele forem bem sucedidas, as cotas vão se valorizar.
Portanto, os ganhos do Fundo vêm dos juros das aplicações que ele realiza e, consequentemente, com a valorização das cotas.
A diferença de comprar títulos do Tesouro Direto ou um CDB, por exemplo, e investir em um Fundo de Renda Fixa é que o Fundo vai escolher e aplicar em mais de um produto para você, compondo uma carteira diversificada de ativos de Renda Fixa.
Então, o investidor que se torna cotista do Fundo não deseja ter trabalho em escolher qual a melhor aplicação de Renda Fixa e deixa isso nas mãos de gestores profissionais dedicados a estudar o mercado.
Taxa Selic: como ela interfere nos Fundos de Renda Fixa?
Como vimos, a carteira do Fundo de Renda Fixa será majoritariamente composta por ativos de Renda Fixa, aqueles que você sabe de antemão quanto vai render no futuro, atrelados à Selic ou à inflação (IPCA). Por isso, normalmente eles adotam o CDI como referência.
Dessa maneira, as decisões da autoridade monetária do governo sobre aumentar ou reduzir a taxa básica de juros faz tanta diferença na atratividade das aplicações de Renda Fixa. Se a Selic aumenta, esses investimentos nominalmente rendem mais.
Fundos de Renda Fixa e Fundos DI são a mesma coisa?
Fundos de Renda Fixa e Fundos DI (Fundos de Depósitos Interfinanceiros) não são exatamente a mesma coisa, embora ambos invistam predominantemente em ativos de renda fixa. Aqui estão as diferenças principais:
Fundos de Renda Fixa
- Diversidade de ativos: podem investir em uma variedade de ativos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, debêntures, entre outros.
- Objetivos: podem ter diferentes objetivos de investimento, como buscar retornos prefixados, atrelados à inflação, ou a uma taxa de juros específica.
Fundos DI
- Foco em Depósitos Interfinanceiros: são um tipo específico de fundo de renda fixa que investe principalmente em títulos pós-fixados atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
- Baixa volatilidade: geralmente apresentam menor volatilidade, sendo considerados mais conservadores e previsíveis.
- Objetivo: buscam acompanhar de perto a variação da taxa CDI, que é uma referência para a taxa de juros de curto prazo no Brasil.
Portanto, enquanto todos os Fundos DI são fundos de renda fixa, nem todos os fundos de renda fixa são Fundos DI. Fundos DI são uma subcategoria dentro dos fundos de renda fixa, com um foco específico em acompanhar o CDI.
O que são Fundos referenciados?
Os Fundos referenciados são fundos de investimento que buscam replicar o desempenho de um índice de referência específico, chamado de benchmark no jargão financeiro.
Assim sendo, eles investem principalmente em ativos que acompanham de perto esse índice, como títulos públicos, títulos privados e derivativos.
Exemplos incluem Fundos DI, que seguem a taxa do CDI, e Fundos IPCA, que acompanham a inflação.
A principal vantagem é a transparência e a possibilidade de gestão passiva, resultando em menores custos. No entanto, o desempenho do fundo depende do índice de referência e pode haver risco de descolamento do benchmark de referência.
Quais são os riscos e rendimentos de um Fundo de Renda Fixa?
Como dissemos, por direcionar o patrimônio do Fundo para aplicações mais conservadoras, eles tendem a ser menos arriscados e mais previsíveis quanto à rentabilidade. Pela lógica do risco x retorno, também entregam rentabilidade menor em relação aos outros tipos de Fundos do mercado.
Se o patrimônio do Fundo está em sua maioria, digamos, em aplicações atreladas à inflação, então, é de se esperar que o rendimento final será a variação do IPCA mais uma taxa pré-fixada. Assim sendo, é bastante diferente de comprar ações na Bolsa de Valores, em que é impossível saber qual será o rendimento.
Os Fundos de Renda Fixa são mais procurados por investidores conservadores, com pouca experiência, por aqueles que querem estar menos expostos à renda variável ou proteger o seu dinheiro da inflação.
Quais são os custos dos Fundos de Renda Fixa?
Por contar com uma administradora, os Fundos têm taxas que são cobradas dos cotistas pelas despesas da gestão da carteira e do funcionamento como um todo. As principais delas são as taxas de administração e performance, valores percentuais anuais que variam de Fundo para Fundo.
Logo, ao considerar a rentabilidade final do investimento é preciso considerar o desconto dessas taxas no retorno efetivo da aplicação.
A boa notícia é que, na Toro Investimentos, você tem Cashback de parte da taxa de administração ao aplicar em Fundos de Investimentos.
Já quanto aos impostos, o IOF é cobrado apenas se você resgatar o dinheiro antes de 30 dias. O Imposto de Renda, por sua vez, varia conforme o tempo que você deixa os recursos aplicados no Fundo. Quanto mais tempo investido, menos imposto vai pagar.
Quais são as vantagens e desvantagens dos Fundos de Renda Fixa?
Entre as vantagens de investir nos Fundos de Renda Fixa, podemos destacar:
- Facilidade de acesso.
- Gestão profissional.
- Diversificação em mais de um ativo com um único investimento.
- Menor risco.
Por outro lado, as principais desvantagens são:
- Menor rentabilidade.
- Custos similares a outros Fundos mais arriscados.
- Tributação similar aos demais Fundos.
Quais são os tipos de Fundos de Renda Fixa?
De gestão ativa ou passiva, os Fundos de Renda Fixa podem ser classificados, segundo a Anbima, nos tipos Simples, Indexados ou Ativos. Quanto ao tempo, eles são agrupados entre os de baixa duração, longa duração ou duração livre. No mais, em um nível de subcategorias, a instituição estabelece os seguintes tipos:
- Soberano: são os que os gestores investem todo o patrimônio em títulos públicos federais do Brasil.
- Grau de investimento: aqueles em que 80% da carteira está alocada em títulos públicos brasileiros, ativos com baixo risco de crédito nos mercados interno e externo, ou sintetizados por meio de derivativos.
- Crédito livre: Fundos desse tipo podem manter mais de 20% do patrimônio em títulos de médio e alto risco de crédito tanto dentro quanto fora do Brasil.
- Investimento no exterior: nesses Fundos os gestores mantêm mais de 40% da alocação em ativos financeiros fora do Brasil.
- Dívida externa: são aqueles que aplicam ao menos 80% do patrimônio em títulos da dívida externa brasileira.
Por fim, tenha em mente que os do tipo Simples são os de mais fácil acesso e destinam 95% da alocação em títulos públicos. Os indexados ou referenciados atrelam seu rendimento a um índice de referência, como a Selic, o IPCA ou o CDI.
Conheça mais sobre os demais Fundos de Investimentos no infográfico especial a seguir:
Como escolher um Fundo de Renda Fixa?
Para quem, após estudos, análises e cálculos de rentabilidades, está disposto a investir em Fundos de Renda Fixa, há alguns fatores que podem auxiliar a escolha do melhor para a sua carteira. Os principais são:
- Índice de referência (benchmark): observe se o Fundo segue algum índice como a Selic, o IPCA ou o CDI.
- Alocação da carteira: aqui, estudar a carteira e a estratégia de investimentos do Fundo, inclusive alinhando ao prazo de deixará o dinheiro investido.
- Aplicação mínima: verifique qual é o valor mínimo para adquirir uma cota do Fundo e o peso que isso vai representar na sua carteira de investimentos como um todo.
- Taxas e custos: observe se as taxas cobradas pelo Fundo não comprometem muito a sua rentabilidade.
- Risco: estude o nível de risco do Fundo, mesmo eles sendo mais conservadores, sobretudo se a carteira contiver títulos de prazo muito longo que podem sofrer variações com o tempo.
- Liquidez e Resgate: cheque no regulamento do Fundo quais são os prazos de resgate caso você precise retirar seu investimento.
- Ranking e ratings: de tempos em tempos, saem ranking e estudos de rating sobre os melhores Fundos de Renda Fixa. Verifique se o Fundo escolhido já foi bem avaliado.
- Rentabilidade: estude a rentabilidade que o Fundo entregou no passado e a reputação da gestão. Lembrando que rentabilidade passada não assegura o retorno futuro.
Como investir nos melhores Fundos de Renda Fixa?
Para realizar seus investimentos nos melhores Fundos de Renda Fixa, entenda inicialmente se eles estão adequados ao seu perfil de investidor e objetivos de curto e longo prazos. Para isso, conte com ajuda profissional para lhe ajudar a determinar esses fatores.
Em seguida, você vai precisar ter uma conta ativa em uma corretora de valores. Daí, deve transferir os recursos para comprar as primeiras cotas.
Na plataforma da Toro, você consegue filtrar os melhores Fundos de Renda Fixa de acordo com a rentabilidade, risco, prazo de resgate e aplicação mínima.
Então, após fazer a busca, selecione o Fundo que deseja aplicar. Se necessário, clique em Saiba Mais para acessar documentos importantes como a lâmina e o regulamento do Fundo.
Ao final, basta configurar o investimento, ou seja, quantas cotas serão compradas, conferir os dados e confirmar a aplicação.
Lembrando que os exemplos apresentados aqui não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos analistas da Toro Investimentos.
Quais são os melhores Fundos de Renda Fixa para investir este ano?
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