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Benchmark de investimento: o que é e como funciona no mercado financeiro?

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Você já se perguntou se a sua carteira de investimentos está realmente performando bem? Comparar o retorno com a Poupança pode parecer um bom começo, mas para uma análise precisa, você precisa de uma régua muito mais poderosa: o benchmark.

Entender o que é um benchmark e como utilizá-lo é um passo fundamental para tomar decisões mais inteligentes e alinhar suas expectativas. É essa ferramenta que mostra se um ativo está entregando o resultado esperado para a sua categoria e nível de risco.

Neste artigo, vamos trazer várias informações relevantes sobre o benchmark de investimentos. Você aprenderá:

  • O que é e como funciona um benchmark.
  • A importância de usar essa referência em suas análises.
  • Os principais benchmarks para Renda Fixa e Renda Variável.
  • Como analisar um investimento de acordo com seu benchmark.

Vamos lá?

O que é benchmark em investimentos?

O benchmark, ou índice de referência, é um indicador utilizado para avaliar o desempenho de um investimento ou de uma carteira de ativos. Ele funciona como um ponto de comparação, uma meta a ser alcançada ou superada.

Pense nele como o “tempo a ser batido” em uma corrida. Se um piloto de Fórmula 1 completa uma volta em 1 minuto e 30 segundos, esse tempo se torna o benchmark para os outros competidores. No mercado financeiro, a lógica é a mesma.

Um Fundo de Ações, por exemplo, terá seu desempenho comparado ao de um índice da Bolsa de Valores, como o Ibovespa. Se o Fundo rendeu 15% no ano e o Ibovespa subiu 10%, significa que a gestão do Fundo superou seu benchmark.

Como um benchmark funciona na prática?

O funcionamento é bem simples e se baseia na comparação de rentabilidades ao longo de um mesmo período. A análise pode revelar três cenários principais:

  1. Desempenho acima do benchmark: o seu investimento teve uma rentabilidade maior que o índice de referência. Isso indica uma performance positiva, especialmente em investimentos com gestão ativa.
  2. Desempenho alinhado ao benchmark: a rentabilidade do seu ativo foi muito próxima à do índice. Isso é comum em investimentos de gestão passiva, que buscam replicar o comportamento do seu benchmark.
  3. Desempenho abaixo do benchmark: o seu investimento rendeu menos que a referência. Este é um sinal de alerta que merece uma investigação mais aprofundada sobre a estratégia e os custos envolvidos.

SAIBA MAIS :
➡️ Análise Fundamentalista de ações: o que é e como usar os indicadores?
➡️ Saiba como montar uma carteira de investimentos de Renda Fixa
➡️ Como montar a melhor carteira de investimentos para o seu caso

Por que a análise de benchmark é tão importante?

Utilizar um benchmark vai muito além de apenas satisfazer uma curiosidade. É uma prática essencial para uma gestão de portfólio eficaz e estratégica.

Veja os principais motivos:

  • Avaliação de desempenho justa: permite que você faça comparações mais inteligentes. Não faz sentido comparar um Fundo de Renda Fixa conservador com o desempenho da Bolsa de Valores, por exemplo.
  • Alinhamento de expectativas: ao conhecer o benchmark de um produto, você sabe qual é o resultado esperado para aquela categoria de ativo, evitando frustrações.
  • Tomada de decisão informada: se um Fundo de Investimento performa abaixo do seu benchmark com frequência, pode ser a hora de reavaliar sua posição e buscar outras oportunidades.
  • Transparência na gestão: para Fundos de Investimento, o benchmark é uma forma de prestar contas aos cotistas, mostrando se a estratégia da gestão é realmente eficaz.

Principais benchmarks do mercado financeiro

O mercado financeiro utiliza diferentes benchmarks para cada classe de ativos. Veja alguns deles a seguir.

Benchmarks de Renda Fixa

Os investimentos para perfis mais conservadores também possuem seus próprios indicadores de referência.

BenchmarkO que é e para que serve?
CDITaxa de juros de empréstimos entre bancos. É a principal referência para CDBs, LCIs, LCAs e diversos Fundos de Renda Fixa.
Taxa SelicTaxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central. É o benchmark direto para o título público Tesouro Selic.
IPCAÍndice oficial da inflação no Brasil. Usado para medir o retorno real dos investimentos e como indexador do Tesouro IPCA+.
IMAFamília de índices da Anbima que reflete o desempenho de carteiras de títulos públicos, usado como benchmark por gestores de Fundos.

Benchmarks de Renda Variável

Já quando falamos em Renda Variável, os benchmarks refletem o comportamento de cestas de ativos, como ações ou Fundos Imobiliários.

BenchmarkO que é e para que serve?
Ibovespa (IBOV)Principal indicador da Bolsa brasileira, representa o desempenho médio das ações mais negociadas. É a referência para o Mercado de Ações.
IFIXPrincipal benchmark para os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), medindo o desempenho médio dos FIIs mais relevantes da B3.
SMLLAcompanha o desempenho das Small Caps, empresas de menor capitalização com alto potencial de crescimento.
Dólar (PTAX)A cotação da moeda americana serve como referência para investimentos atrelados ao dólar, como BDRs, Fundos cambiais e ativos no exterior.

Como analisar um investimento usando um benchmark?

Analisar seus ativos com base em um benchmark é uma tarefa que exige atenção, mas que pode ser simplificada seguindo alguns passos.

  1. Identifique o benchmark correto: o primeiro passo é saber qual é o índice de referência do seu investimento. Essa informação geralmente está disponível na lâmina do produto ou no site da gestora.
  2. Defina o período de análise: não olhe apenas o último mês. Analise o desempenho em diferentes janelas de tempo (últimos 12 meses, 24 meses, desde o início) para ter uma visão completa e evitar conclusões precipitadas.
  3. Colete os dados de rentabilidade: busque o histórico de rentabilidade tanto do seu ativo quanto do benchmark. Na plataforma da Toro Investimentos, por exemplo, você encontra gráficos comparativos que facilitam essa visualização.
  4. Compare os gráficos de desempenho: coloque os dois gráficos lado a lado. O ideal é que a linha de rentabilidade do seu ativo esteja acima da linha do benchmark.
  5. Considere os custos: lembre-se de que a rentabilidade divulgada por muitos Fundos já é líquida da taxa de administração, mas ainda incide Imposto de Renda. A rentabilidade de um benchmark é bruta, sem taxas ou impostos.

Exemplo prático

Imagine que você investiu em um Fundo de Ações cujo benchmark é o Ibovespa. No último ano, o Fundo rendeu 12%, enquanto o Ibovespa subiu 8%.

Aparentemente, o Fundo teve um ótimo desempenho. No entanto, ao analisar a taxa de administração de 2% e o Imposto de Renda sobre o lucro, o retorno líquido pode ser menor. A análise completa envolve todos esses fatores.

Ainda ficou com dúvidas sobre o tema? Então veja algumas perguntas mais frequentes sobre o benchmark no mercado financeiro:

É sempre ruim quando um investimento rende abaixo do benchmark?

Não necessariamente. Períodos curtos de baixa performance podem ocorrer devido a estratégias de longo prazo. O importante é analisar a consistência. Se o ativo está sempre atrás do seu índice de referência, é um sinal de alerta.

O que significa “gestão ativa” e “gestão passiva”?

Um Fundo de gestão ativa tem um gestor que tenta superar o benchmark, escolhendo os melhores ativos. Já um Fundo de gestão passiva busca apenas replicar o desempenho do seu benchmark, como um ETF que segue o Ibovespa.

Posso usar a Poupança como benchmark?

Embora seja uma comparação popular, a Poupança não é um benchmark técnico para a maioria dos investimentos. Ela serve mais como um “custo de oportunidade” mínimo: se seu investimento não rende mais que a Poupança, provavelmente não é uma boa escolha.

Conclusão: use o benchmark como sua bússola

O benchmark de investimentos é muito mais do que um simples número. Ele é uma bússola que orienta o investidor, oferecendo um panorama claro sobre onde ele está e para onde seu dinheiro está indo.

Dominar esse conceito permite que você avalie seus ativos com critério, cobre resultados dos gestores e construa uma carteira mais robusta e alinhada aos seus objetivos. A análise criteriosa é a base para o sucesso no longo prazo.

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