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Satoshi Nakamoto: conheça a história do criador do Bitcoin

No mundo dos criptoativos, poucas figuras são tão misteriosas e intrigantes quanto Satoshi Nakamoto. 

O nome considerado o criador do Bitcoin, a primeira e mais famosa criptomoeda do mundo, Nakamoto permanece sendo um enigma, conhecido apenas por seu pseudônimo.

Desde a publicação do revolucionário whitepaper “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” em 2008, a identidade real de Nakamoto tem sido objeto de intensa especulação e investigação, mas até hoje, permanece desconhecida.

Mas será que é possível descobrir quem é Satoshi Nakamoto? É o que você vai ver ao longo deste artigo. Assim como também falaremos um pouco sobre a história do Bitcoin e o impacto sem precedentes que esta invenção trouxe para o mundo financeiro.

Quem é Satoshi Nakamoto?

Caso não saiba, Satoshi Nakamoto é o nome adotado pela pessoa ou grupo de pessoas que criou o Bitcoin.

Nakamoto implementou o software do Bitcoin como código aberto em janeiro de 2009 e colaborou com outros desenvolvedores no projeto até meados de 2010.

Após isso, ele desapareceu das discussões online sem deixar rastros e, desde então, sua identidade segue sendo um mistério.

Desde seu sumiço, várias pessoas já foram apontadas como possíveis Satoshis. Embora nenhuma evidência concreta tenha sido apresentada para confirmar definitivamente quem ele realmente é. 

Este mistério é amplificado pelo fato de Nakamoto ter sido extremamente cauteloso em não revelar quaisquer detalhes pessoais durante as comunicações online além das expressas em seu whitepaper e nas comunicações subsequentes.

Por isso, suas motivações para criar o Bitcoin seguem sendo apenas especulações do mercado e de curiosos.

Início do Bitcoin

Entre algumas motivações para a criação do Bitcoin, especula-se que Nakamoto foi motivado por uma desconfiança dos sistemas financeiros centralizados e das consequências da crise financeira de 2008.

Por conta disso, o objetivo era oferecer uma alternativa à população que proporciona mais liberdade e menos supervisão governamental.

O próprio Nakamoto destacou a necessidade de um sistema de pagamento eletrônico baseado na prova criptográfica em vez de confiança.

O que permitiria que duas partes dispostas a transacionar diretamente entre si o fizessem sem a necessidade de um intermediário confiável.

Através de sua correspondência, Nakamoto mostrou ser profundo conhecedor de teoria criptográfica, redes peer-to-peer e sistemas econômicos, mesclando essas competências para criar e implementar a rede Bitcoin.

No entanto, apesar de sua genialidade técnica e impacto no mundo, Nakamoto nunca buscou publicidade ou reconhecimento pessoal, escolhendo, ao invés disso, desaparecer do cenário público e deixar sua criação nas mãos da comunidade global.

Devido à criptografia envolvida na mineração e transação de Bitcoin, ele ficou popularmente conhecido como criptomoeda. No entanto, é um termo que não é o mais correto para referenciar ativos desta natureza, sendo melhor referenciá-los como ativos virtuais, já que muitos têm funções diversas e não necessariamente são usados como meio de troca. Assim sendo, ativos virtuais é mais preciso e abrangente, refletindo essa diversidade de usos.

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Como foi feito o desenvolvimento do Bitcoin?

O desenvolvimento do Bitcoin começou com a publicação de um whitepaper por Satoshi Nakamoto em outubro de 2008. 

Neste documento, Nakamoto delineou um sistema inovador de dinheiro eletrônico descentralizado, chamado Bitcoin, que não dependia de qualquer autoridade central para sua regulação ou emissão.  O sistema foi projetado para ser um livro contábil público e imutável, conhecido como blockchain.

Nele, todas as transações são registradas e verificadas por uma rede de computadores participantes, denominados nós. Mas foi somente em janeiro de 2009 que Nakamoto lançou a primeira versão da criptomoeda Bitcoin e minerou o primeiro bloco da cadeia, conhecido como o bloco gênese

Este bloco continha uma mensagem oculta que dizia: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks“, uma aparente crítica ao sistema financeiro existente que estava sob intensa pressão devido à crise financeira global. 

Este ato não apenas marcou o nascimento oficial do Bitcoin, mas também simbolizava a motivação ideológica por trás de sua criação.

Quais foram as primeiras transações do Bitcoin?

O Bitcoin começou a ganhar adeptos gradualmente, à medida que mais desenvolvedores se interessavam pelo projeto e contribuíam para o código.

Uma das primeiras e mais notórias transações foi a compra de duas pizzas por 10.000 Bitcoins, um evento que hoje é celebrado anualmente como o “Bitcoin Pizza Day“. 

Essas primeiras transações foram fundamentais para demonstrar a viabilidade prática do Bitcoin como meio de troca.

Mas ao longo dos primeiros anos, a rede Bitcoin enfrentou vários desafios técnicos, incluindo questões de escalabilidade, segurança e volatilidade de preço. Para lidar com esses problemas, uma série de atualizações e melhorias foram implementadas.

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Melhorias e desenvolvimento do Bitcoin

Por exemplo, a integração do Segregated Witness (SegWit) em 2017 ajudou a aumentar a capacidade de transação do bloco, enquanto mantinha a rede segura contra certos tipos de fraudes.

E a popularidade do Bitcoin cresceu exponencialmente, especialmente após a valorização marcante de sua cotação em mercados globais.

As instituições financeiras tradicionais, que inicialmente hesitaram em aceitar o Bitcoin, começaram a explorar suas tecnologias subjacentes. 

O Bitcoin também passou a ser visto como um ativo de investimento, semelhante ao ouro, atraindo tanto investidores individuais quanto institucionais.

E é claro que o sucesso do Bitcoin abriu caminho para o surgimento de outros ativos virtuais, conhecidas coletivamente como altcoins, cada uma oferecendo diferentes melhorias ou funcionalidades alternativas. 

O conceito de finanças descentralizadas (DeFi) também surgiu, explorando a ideia de construir serviços financeiros sobre a infraestrutura descentralizada proporcionada por criptoativos e tecnologia blockchain.

Teorias sobre a identidade de Satoshi Nakamoto

Desde que o Bitcoin foi criado, a verdadeira identidade de seu fundador, que usa o pseudônimo Satoshi Nakamoto, tem sido objeto de intensa curiosidade e especulação. 

Diversas pessoas e teorias foram criadas ao longo dos anos, cada uma apresentando argumentos variados, mas até hoje a identidade de Nakamoto permanece um mistério. 

Algumas das teorias mais discutidas são:

Nick Szabo

Nick Szabo, um criptógrafo e especialista em ciência da computação conhecido por sua pesquisa em contratos digitais e moedas, é frequentemente citado como um possível Satoshi Nakamoto. 

Szabo propôs um sistema de ativo virtual chamado “bit gold” anos antes do lançamento do Bitcoin, que compartilhava várias semelhanças técnicas com o Bitcoin.

Além disso, análises estilísticas do white paper do Bitcoin mostraram semelhanças significativas com os escritos de Szabo, embora ele tenha negado repetidamente ser Nakamoto.

Hal Finney

Hal Finney, um dos primeiros pioneiros da tecnologia de criptografia e o destinatário da primeira transação de Bitcoin enviada por Nakamoto, também é um candidato forte. 

Ele desenvolveu o primeiro software de recebimento e transmissão de Bitcoin e foi conhecido por sua contribuição significativa ao projeto nas suas fases iniciais. 

Apesar das suas conexões próximas com o Bitcoin desde o início, Finney, que faleceu em 2014, sempre negou ser Nakamoto, embora tenha jogado com a ideia em várias ocasiões.

Dorian Nakamoto

Em 2014, uma reportagem de uma revista afirmou que Dorian Nakamoto, um físico nipo-americano cujo nome de nascimento é Satoshi Nakamoto, era o criador do Bitcoin. 

A mídia rapidamente cercou sua casa, mas ele negou veementemente ter algo a ver com o projeto, explicando que não tinha entendido bem as perguntas dos repórteres.

O físico alegou pensar que os repórteres estavam perguntando sobre seu trabalho anterior como engenheiro militar. 

Mais tarde, o próprio Satoshi Nakamoto (ou alguém com acesso à sua conta no fórum de discussões P2P Foundation) negou ser Dorian.

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Craig Wright

Uma das figuras mais controversas associadas ao nome de Satoshi Nakamoto é Craig Wright, um empresário australiano, que em 2016 declarou publicamente ser o criador do Bitcoin. 

Wright apresentou provas técnicas para apoiar sua afirmação e foi endossado por algumas personalidades conhecidas no mundo dos criptoativos.  No entanto, muitos especialistas consideram suas provas insuficientes e questionam sua afirmação.

Apesar das numerosas teorias e especulações, a identidade de Satoshi Nakamoto ainda não foi definitivamente comprovada. Alguns acreditam que Nakamoto pode ser um grupo de pessoas ao invés de uma única pessoa. 

O mistério permanece não apenas como uma curiosidade, mas também como uma parte essencial do ethos descentralizado do Bitcoin, enfatizando que o projeto é maior do que qualquer indivíduo.

Saiba quais são as características do Bitcoin

O Bitcoin foi concebido por Satoshi Nakamoto como um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer que permitiria transações online diretamente entre as partes sem a necessidade de uma instituição financeira. 

Uma das características distintivas do Bitcoin é seu nível de privacidade e anonimato, embora esteja longe de ser completamente anônimo. 

Abaixo vamos listar melhor algumas das características do primeiro criptoativo do mercado financeiro.

Privacidade no Bitcoin

O sistema do Bitcoin usa endereços públicos, sequências alfanuméricas derivadas de chaves criptográficas, para receber e enviar fundos. 

Como esses endereços não estão diretamente ligados à identidade dos usuários em um nível superficial, eles oferecem um certo grau de privacidade. 

No entanto, uma vez que as transações são armazenadas publicamente no blockchain, é possível, com ferramentas avançadas de análise, rastrear as pessoas.

Com isso, é potencialmente possível identificar as partes envolvidas em transações específicas se esses endereços puderem ser associados a identidades reais.

Anonimato e pseudônimo

Enquanto o Bitcoin proporciona pseudônimo, o que significa que os usuários operam sob um pseudônimo representado pelos seus endereços, ele não oferece anonimato total. 

A blockchain é um livro público, o que significa que todas as transações são visíveis e auditáveis por qualquer pessoa. 

Isso permite um nível de transparência que é inédito em muitos sistemas financeiros tradicionais, mas também cria desafios para aqueles que buscam manter suas atividades financeiras completamente privadas.

Desafios e soluções para a privacidade

A natureza transparente da blockchain do Bitcoin levanta preocupações significativas sobre a privacidade, especialmente em situações onde a anonimidade é importante.

Por exemplo, em países com regimes opressivos ou para indivíduos que buscam proteger suas informações financeiras de criminosos.

Em resposta a essas preocupações, foram desenvolvidas várias tecnologias e metodologias para aumentar a privacidade dos usuários no ecossistema do Bitcoin. 

Qual o legado deixado por Satoshi Nakamoto?

Satoshi Nakamoto, o enigmático criador do Bitcoin, deixou um legado que transcende o próprio ativo virtual. 

Embora sua identidade permaneça um mistério, o impacto de sua inovação é indiscutível e se manifesta de várias maneiras significativas no mundo moderno.

A introdução do Bitcoin trouxe consigo a tecnologia blockchain, uma inovação que se provou disruptiva não apenas para o sistema financeiro, mas também para muitos outros setores, incluindo:

  • Logística.
  • Saúde.
  • Direitos autorais.
  • Governança eletrônica. 

A blockchain oferece uma maneira de registrar transações ou qualquer tipo de dado de forma transparente, imutável e segura, sem a necessidade de intermediários. 

Este conceito fundamental desafiou o modelo de negócios tradicional de muitas indústrias, incentivando um movimento global em direção a sistemas mais descentralizados e transparentes.

E o sucesso do Bitcoin inspirou a criação de milhares de outros criptoativos, cada uma buscando melhorar ou adaptar a ideia original de Nakamoto de maneiras únicas. 

Alguns deles focam em maior privacidade, velocidades de transação mais rápidas e menor consumo de energia.

Ou até mesmo em funções completamente novas, como contratos inteligentes, que permitem a execução automática de acordos sem intervenção humana. 

Essa explosão de inovação criptoativa é considerada por muitos um testamento direto ao trabalho pioneiro de Nakamoto.

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