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Quais são os principais ETFs de criptomoedas na B3?

Os principais ETFs de criptomoedas da Bolsa de Valores (B3) são: BITH11, ETHE11 e HASH11 da gestora Hashdex; e QBTC11 e QETH11 administrados pela QR Asset.

Já pensou em investir em criptomoedas por meio dos ETFs? Dada a expansão desses ativos, muitos investidores os estão buscando como forma de aumentar a diversificação e ganhos da sua carteira.

Um levantamento recente mostrou que os ETFs de criptomoedas chegaram a quase 160 mil investidores em apenas 7 meses, tendo negociado mais de R$1,6 bilhão. 

Ou seja, tem atraído bastante a atenção do mercado. No artigo de hoje, você conhecerá o que são os ETFs de criptomoedas, como eles funcionam e os principais Fundos listados na Bolsa de Valores do Brasil para investir nessa classe de ativos. Vamos lá?

O que são ETFs de criptomoedas?

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são Fundos de Investimentos negociados na Bolsa de Valores (B3) que aplicam o patrimônio de seus cotistas em ativos que visam acompanhar o desempenho de algum índice de mercado como referência – ou benchmark, no jargão financeiro.

Os índices, por sua vez, são portfólios hipotéticos usados como medidores do desempenho geral de um determinado mercado, como o Ibovespa. Por refletir a performance de determinado índice, os ETFs são conhecidos por serem do tipo gestão passiva, uma vez que seu objetivo é somente seguir de perto tais índices.

Logo, os ETFs de criptomoedas são os Fundos que acompanham os índices relacionados aos principais criptoativos (Bitcoin, Ethereum, Litecoin, etc). 

Portanto, os ETFs representam uma maneira de investir nas principais criptomoedas de forma indireta, isto é, o investidor adquire cotas do Fundo de Investimento na Bolsa de Valores e este, por sua vez, investe nos ativos de acordo com uma política e regras pré-estabelecidas.

Quais são as vantagens de investir em ETFs de criptomoedas?

As principais vantagens de incluir ETFs na sua carteira de investimentos são:

  1. Diversificação: possibilidade de investir em mais de um ativo por meio de uma única cota de ETF.
  2. Liquidez: facilidade para comprar e vender cotas no mercado diariamente. 
  3. Praticidade: não precisa abrir conta em outra corretora somente para isso.
  4. Facilidade: não é necessário se preocupar com wallets ou chaves privadas.
  5. Baixo custo: os valores de cada cota são acessíveis a todos os tipos de investidores.
  6. Gestão passiva: acompanhar a valorização geral do mercado.
  7. Compensação no IR: o lucro originado nas compras/vendas de ETF de criptomoedas pode ser abatido de eventuais prejuízos contraídos na Renda Variável.

Portanto, os ETFs são veículos que permitem o acesso aos investimentos em criptomoedas de modo diversificado e prático, além de serem de fácil entendimento.

Nos EUA, o primeiro ETF de Bitcoin causou grande sucesso no mercado, aponta pesquisa da Stake. Isso dá uma amostra da aceitação do público com esse tipo de ativo. 

>Boa parte deles surgiu como resultado do interesse crescente dos investidores de Renda Variável em incluir criptoativos nas suas carteiras de investimentos, de modo a torná-la mais diversificada e com maior potencial de retorno.

Lembrando que criptoativos são mais voláteis do que as alocações tradicionais e aumentam substancialmente o perfil de risco da carteira.

Quais são os principais ETFs de criptomoedas do Brasil?

Uma vez que você já domina o conceito de ETFs, vamos discorrer sobre alternativas entre eles que investem no mercado de criptos. Os principais ETFs de criptomoedas da Bolsa de Valores brasileira (B3) são:

Código na BolsaÍndice de referênciaTaxa de administraçãoPatrimônio líquido*
BITH11Nasdaq Bitcoin Reference Price0,7% ao anoR$139,48 milhões
ETHE11Nasdaq Ethereum Reference Price0,7% ao anoR$84,82 milhões
HASH11Nasdaq Crypto Index1,3% ao anoR$942,99 milhões
QBTC11CME CF Bitcoin Reference Rate0,75% ao anoR$100,32 milhões
QETH11CME CF Ether Reference Rate0,75% ao anoR$61,43 milhões
NFTS11MVIS® CryptoCompare Media & Entertainment Leaders Brazil0,75% ao anoR$9,27 milhões

Fontes: B3, Hashdex,QR Asset e Investo
*Dados da gestora em janeiro de 2023.

Recentemente, a gestora Investo lançou um fundo que replica ações ligadas a criptomoedas do metaverso, chamada NFTS11, que também está disponível na B3.

Por serem ativos de Renda Variável, as cotações do ETFs de criptomoedas variam conforme o preço dos criptoativos e com oferta e demanda por eles. 

Com o mercado e interesse aquecido, os investidores também buscam mais informações para fazer aplicações nesse tipo de ativo com consciência e segurança.

Confira, a seguir, alguns conteúdos especiais que disponibilizamos no blog da Toro sobre o tema.

Ademais, em detalhes, podemos destacar algumas características a respeito desses ETFs:

1. BITH11

O BITH11 é um Fundo criado e administrado pela gestora Hashdex com o objetivo de ser uma alternativa de investimento em Bitcoin por meio de um ETF.

Em outras palavras, ao menos 95% todo o patrimônio é aplicado em cotas do ETF Hashdex Nasdaq Bitcoin, um Fundo listado no exterior e que replica – por meio do investimento em Bitcoin ou posições futuras da criptomoeda – o desempenho do índice Nasdaq Bitcoin Reference Price, um índice da Nasdaq que acompanha o valor do Bitcoin em dólar. 

Como ele realiza o investimento exclusivo em Bitcoin, o cotista deste ETF ganha com a valorização desta criptomoeda, mesmo que não tenha adquirido nenhum Bitcoin diretamente.

2. ETHE11

O ETHE11 também é gerido pela Hashdex e, semelhante ao anterior, é um ETF focado exclusivamente em seguir a valorização da criptomoeda Ethereum. 

A política de investimento do Fundo determina que 95% do patrimônio do Fundo ou mais sejam aplicados no ETF estrangeiro Hashdex Nasdaq Ethereum. Esse ETF “gringo” é quem compra o Ethereum ou posições futuras dessa criptomoeda.

O objetivo do ETHE11 é seguir de perto o Nasdaq Ethereum Reference Priceum índice também da Bolsa americana Nasdaq que mede o desempenho geral do Ethereum.

3. HASH11

O HASH11 é o maior ETF de criptomoedas em negociação e o Brasil em termos de patrimônio líquido e o primeiro a ser lançado por aqui. 

Seu objetivo é seguir o desempenho do índice Nasdaq Crypto Index. Assim como nos anteriores, o gestor do HASH11 investe o patrimônio do Fundo em cotas do ETF Hashdex Nasdaq Crypto Index, também negociado no exterior.

Esse ETF, por sua vez, monta uma posição em diversas criptomoedas, sendo que sua composição principal é: Bitcoin (63,3%), Ethereum (33%), Litecoin (1,00%), Chainlink (0,80%), Bitcoin Cash: (0,50%), Uniswap (0,50%) e Stellar Lumens (0,40%).

Portanto, é a oportunidade de investir em várias criptomoedas de modo simples e relativamente barato uma vez por meio de uma única cota de ETF.

Assista ao vídeo a seguir em que o nosso sócio-diretor, André Barbosa, chamou para a conversa a maior gestora de criptoativos da América Latina, a Hashdex. A profissional de Relações com Investidores da Hashdex, Precyla Eller, contou um pouco sobre a gestora e as formas de investir em criptomoedas com mais segurança através dos ETFs e Fundos de Investimentos.

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4. QBTC11

O QBTC11 é gerido pela QR Asset e tem como intuito ser um Fundo de gestão passiva a acompanhar o desempenho do Bitcoin.

A composição de sua cesta é marcada por cotas de Fundos de Investimentos que investem 99% em Bitcoin e uma pequena parcela em caixa em dólares e reais. 

Desse modo, o ETF objetiva refletir a variação do Bitcoin Reference Rate, um índice do Grupo CME (Chicago Mercantile Exchange). Então, o cotista também tem seu patrimônio valorizado quando o Bitcoin sobe.

5. QETH11

O QETH11 permite que seus cotistas tenham acesso ao investimento em Ethereum de forma simples por meio de um ETF.

O intuito do Fundo é usar o patrimônio para adquirir cotas de Fundos de Investimentos internacionais que aplicam na criptomoeda Ethereum.

Esses Fundos visam seguir o Ether Reference Rate, também da Chicago Mercantile Exchange. Portanto, esse ETF é procurado por aqueles que desejam um Fundo que invista exclusivamente na criptomoeda Ethereum.

6. NFTS11

O NFTS11 é o primeiro ETF de NFTs (tokens não fungíveis) do mundo e está disponível na B3 desde abril de 2022. 

O fundo é gerido pela Investo e reflete o índice MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders. O principal objetivo é investir nos tokens do setor de mídia e entretenimento.

Segundo a Investo, a composição desse ETF é de 95% do patrimônio em cotas do Índice MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders(negociado na Bolsa de Nova York. Ademais, ele pode atuar em posições compradas no Mercado Futuro e em ações de companhias que compõem a carteira teórica do índice espelhado.

Importante: os ETFs mostrados neste artigo como exemplos não são recomendações de compra e não necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro Investimentos, assim como a valorização passada não é garantia de retornos futuros.

Confira abaixo como o preço dos ETFs citados se valorizou desde o início das negociações das cotas na Bolsa de Valores:

Outros ETFs de finanças descentralizadas

Além dos ETFs que direcionam os recursos dos seus cotistas às principais criptomoedas, há também uma nova novidade no mercado: os ETFs de finanças descentralizadas. São eles:

DEFI11

O ETF Decentralized Finance (DeFi) da gestora Hashdex representado pelo código de negociação DEFI11 é composto de forma a refletir a performance de alguns tokens nativos de apps e protocolos descentralizados, desde que baseados em blockchain e façam parte do sistema do DeFi. A carteira inclui, por exemplo: Ethereum, Polygon, Chainlink, Uniswap, The Graph e outras.

QDFI11

Este ETF visa também investir diretamente em finanças descentralizadas. Constituído pela QR Asset, foi o 1º ETF de DEFI do mundo a ser autorizado pela CVM e listado pela B3. Ele segue, como referência, o índice Bloomberg Galaxy DeFi e é composto por criptoativos como: Uniswap, Aeve, Maker DAO, Curve, Yearn.finance, Compound e outros.

Como investir em ETFs de criptomoedas?

Agora que você já conhece quais são as principais alternativas entre os ETFs de criptomoedas, confira abaixo o procedimento detalhado para fazer um investimento.

  1. Definir seus objetivos: alinhar o investimento em ETF aos seus objetivos de curto e longo prazos.
  2. Definir seu perfil de investidor: aplicar em ETFs de criptomoedas deve estar em coerência com seu perfil de investidor e tolerância ao risco. 
  3. Abrir conta em uma corretora: para investir em cotas de ETFs, você precisa de uma conta ativa em uma corretora.
  4. Selecionar e buscar o ETF: na plataforma da corretora, busque o ETF escolhido pelo código de negociação.
  5. Configurar e confirmar: configure a quantidade de cotas, confira o valor total da ordem e confirme o investimento.

Caso tenha alguma dúvida, assista ao conteúdo em vídeo a seguir e descubra o que são os ETFs e como investir neles por meio da plataforma da Toro, a mais moderna do mercado, além de contar com a ajuda de experts:

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