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O que é o Índice Financeiro (IFNC) e qual a sua importância?

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As empresas do setor financeiro são muito representativas na Bolsa de Valores. O Índice Financeiro (IFNC) é um indicador que acompanha o desempenho de algumas dessas empresas, que precisam passar por alguns requisitos para serem elegíveis a compor o índice.

Esse índice é importante para aqueles investidores que querem adicionar o segmento financeiro da Bolsa de Valores em sua estratégia de investimentos.

Neste artigo você verá o que é o índice, quais empresas fazem parte de sua composição e quais as vantagens e pontos de atenção para o investidor que quer se expor ao setor financeiro.

Quer conhecer o IFNC? Continue a leitura.

O que é o Índice Financeiro (IFNC)?

O IFNC (Índice Financeiro) é um indicador que acompanha o desempenho das principais empresas do setor financeiro listadas na Bolsa de Valores do Brasil, a B3.

Sua finalidade é refletir o comportamento das companhias que atuam como intermediários financeiros, prestadoras de serviços financeiros diversos, previdência e seguradoras.

O desempenho do índice é influenciado pelos mesmos fatores que afetam o setor, como a taxa Selic e a inadimplência dos brasileiros.

O setor financeiro é um dos mais consistentes no pagamento de dividendos. Por ser um índice de retorno total, o IFNC considera o reinvestimento desses proventos em seu cálculo.

Histórico do Índice IFNC

O IFNC começou a ser divulgado pela B3 em 2010, com data-base retroativa a 2004. Ao observar o gráfico do índice, é possível perceber que, em 2025, ele atingiu um patamar histórico de alta.

Confira o histórico do IFNC em comparação com o Ibovespa desde 2010 no gráfico abaixo:

Empresas que compõem o IFNC

A composição do IFNC não é definitiva. Ela é reavaliada periodicamente e pode mudar com o passar dos meses.

O que não se altera são os critérios de elegibilidade para uma empresa fazer parte do Índice. O principal requisito é pertencer ao setor financeiro brasileiro, como bancos, fintechs e seguradoras. Os demais são:

  • Ser uma empresa listada na B3.
  • Ter ações cotadas acima de R$ 1,00.
  • Os papéis não podem ser BDRs.
  • As companhias não podem estar em recuperação judicial ou extrajudicial, em regime especial de administração temporária, em intervenção ou em outra situação especial.

Cumprindo os requisitos, a empresa poderá ser escolhida para compor o índice. Atualmente, o Índice Financeiro é composto por:

CódigoAçãoPart. (%)
ABCB4ABC BRASIL0,403
B3SA3B316,571
BPAN4BANCO PAN0,512
BRSR6BANRISUL0,562
BBSE3BBSEGURIDADE4,712
BRBI11BR PARTNERS0,197
BBDC3BRADESCO3,957
BBDC4BRADESCO16,024
BBAS3BRASIL14,754
BPAC11BTGP BANCO15,3
CXSE3CAIXA SEGURI1,999
IRBR3IRBBRASIL RE0,912
ITUB3ITAUUNIBANCO1,349
ITUB4ITAUUNIBANCO18,122
PSSA3PORTO SEGURO2,165
SANB11SANTANDER BR2,461

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Como investir no IFNC

Para quem tem interesse em investir neste Índice e acompanhar o desempenho das principais empresas do setor financeiro na Bolsa, existem dois caminhos.

O primeiro deles é investir no ETF FIND11, um Fundo de Índice que busca replicar o desempenho do IFNC.

Essa é a forma mais prática, pois, por meio de um único ativo, o investidor consegue diversificar sua carteira no setor financeiro.

O segundo caminho é replicar a carteira do índice, investindo diretamente nas ações que o compõem e respeitando o percentual de participação de cada uma.

Em qualquer uma das opções, será necessário ter uma conta em uma corretora de valores. Confira o passo a passo:

  1. Abra sua conta na Toro: o primeiro passo é ter uma conta ativa em uma corretora autorizada a operar na B3. Na Toro Investimentos, você conta com Corretagem Zero e a segurança do grupo Santander.
  2. Transfira o valor para a corretora: com a conta aberta, transfira o montante que deseja investir. Esse será o valor usado para a compra dos papéis.
  3. Busque o ativo: na plataforma da corretora, procure os ativos que serão comprados. No caso do ETF, o código é FIND11. Se preferir investir nas ações individualmente, será necessário buscar o código de cada uma delas.
  4. Execute a compra: na plataforma de sua corretora, envie uma ordem de compra para realizar seu investimento.

Vale a pena investir no setor financeiro?

Agora que você já sabe como o IFNC funciona, é hora de descobrir se vale a pena investir no setor financeiro da Bolsa de Valores. Ele tem características próprias que podem torná-lo muito atrativo para a sua estratégia e seus objetivos.

Vantagens de investir no IFNC

  • Exposição a um setor essencial: o setor financeiro é a espinha dorsal da economia. Investir no IFNC significa apostar na saúde e na expansão do sistema financeiro nacional.
  • Praticidade e diversificação: por meio de um único ativo que replique o índice (como os ETFs), é possível ter acesso a uma carteira diversificada. Isso reduz o trabalho de seleção de ativos individuais.
  • Potencial de dividendos: o IFNC é um índice de retorno total, o que significa que ele reflete não apenas a variação de preço dos ativos, mas também o impacto da distribuição e do reinvestimento de proventos.
  • Liquidez: os ativos que compõem o IFNC estão entre os mais negociados da Bolsa brasileira, o que geralmente garante alta liquidez.

Apesar das vantagens, o setor também apresenta algumas características que podem não ser indicadas para todos os perfis de investidor.

Pontos de atenção

  • Risco de concentração: apesar da diversificação entre diferentes empresas, o investimento continua concentrado em um único setor da economia.
  • Sensibilidade à taxa de juros (Selic): o desempenho das instituições financeiras é fortemente influenciado pela política monetária.
  • Risco regulatório e político: o setor financeiro é um dos mais regulados e está constantemente sob o escrutínio do governo e de órgãos como o Banco Central.
  • Inadimplência: em períodos de recessão econômica ou aumento do desemprego, a inadimplência tende a crescer, o que pode afetar os resultados dos bancos e, consequentemente, o índice.
  • Concorrência e inovação: o surgimento de fintechs e novas tecnologias tem aumentado a competição no setor, o que pode pressionar as margens de lucro das instituições financeiras tradicionais, que compõem a maior parte do índice.

Portanto, antes de decidir se irá ou não investir no setor financeiro, é importante avaliar se ele está de acordo com o seu perfil de investidor e se faz sentido em sua estratégia de investimentos.

Observação: os investimentos e ativos citados neste conteúdo não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro. Consulte sempre um assessor ou analista de investimentos qualificado para receber orientações sobre a melhor diversificação e quais ativos são mais indicados para o seu perfil e objetivos.

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