Cadastre-se grátis

ETFs que pagam dividendos mensais: saiba quais são!

Receber renda passiva todos os meses é o objetivo de muitos investidores. Uma das formas de alcançar essa meta é por meio de Fundos de Índice, mais conhecidos como ETFs, que distribuem proventos.

Essa modalidade de investimento tem ganhado cada vez mais espaço na Bolsa de Valores, oferecendo diversificação e a possibilidade de um fluxo de renda constante.

Neste artigo, vamos mostrar quais ETFs pagam dividendos mensais, se o popular BOVA11 entra nessa lista e como se expor a ETFs que pagam em dólar. Vamos lá?

Como é o mercado de ETFs no Brasil?

O mercado de Exchange Traded Funds (ETFs) tem demonstrado um crescimento consistente no Brasil, atraindo um número cada vez maior de investidores, majoritariamente pessoas físicas.

Dados recentes da B3 apontam para uma expansão robusta tanto em volume financeiro quanto em número de participantes, consolidando os ETFs como uma porta de entrada popular para o mercado de capitais.

De acordo com informações divulgadas pela CNN, o patrimônio dos ETFs no Brasil atingiu a marca de R$55,97 bilhões em abril de 2025. Este valor representa um avanço significativo, refletindo o aumento do interesse por essa modalidade de investimento.

O número de investidores também teve uma ascensão, alcançando 763 mil em abril de 2025. Um dado que chama a atenção é a dominância do investidor de varejo: cerca de 99,05% dos CPFs e CNPJs cadastrados nesse mercado são de pessoas físicas, segundo a B3. Este perfil demonstra a capilaridade e a acessibilidade que os ETFs oferecem.

Inclusive, esse comportamento dos investidores revela uma clara preferência por determinados tipos de ETFs. A maior parte do patrimônio está alocada em:

  • ETFs de Renda Variável local: com R$ 23,02 bilhões alocados, segundo dados da B3 de abril de 2025, esta categoria é a preferida dos investidores. A popularidade se concentra em ETFs que replicam o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa. Entre os mais negociados, destacam-se o BOVA11 e o BOVV11.
  • ETFs de Renda Variável internacional: em seguida, com R$ 22,68 bilhões, estão os Fundos que permitem a exposição a mercados estrangeiros, como o S&P 500.
  • ETFs de Renda Fixa local: esta categoria vem ganhando tração, com R$ 10,17 bilhões sob gestão, oferecendo uma alternativa para diversificação com menor volatilidade.

Em termos de estratégia, diversos investidores utilizam os ETFs tanto para posicionamentos de longo prazo, aproveitando a diversificação e os custos mais baixos, quanto para estratégias táticas de curto e médio prazo.

O que são e como funcionam os ETFs de dividendos?

Agora que já mostramos um pouco do panorama dos ETFs no Brasil, é hora de entender como funcionam os Fundos de Índice que pagam dividendos.

Os ETFs são Fundos de Investimento negociados em Bolsa como se fossem uma única ação. Eles replicam o desempenho de um índice de referência, como o Ibovespa ou índices específicos de dividendos.

Tradicionalmente, a maioria dos ETFs no Brasil, como o famoso BOVA11, reinveste automaticamente os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) recebidos das empresas que compõem sua carteira.

Isso significa que o valor do provento é incorporado à cota do Fundo, contribuindo para a sua valorização no longo prazo, mas sem gerar um pagamento direto na conta do investidor.

No entanto, uma nova categoria de ETFs vem mudando esse cenário: os que distribuem os proventos aos cotistas.

Regulamentados mais recentemente pela B3, esses Fundos permitem que o investidor receba periodicamente os lucros gerados pelas empresas da carteira do ETF, criando uma fonte de renda passiva.

Quais ETFs pagam dividendos mensais na B3?

Para quem busca um fluxo de renda mensal, a Bolsa de Valores brasileira já conta com alternativas interessantes.

Esses ETFs selecionam empresas conhecidas por seu histórico de boas pagadoras de proventos e distribuem os valores recebidos aos seus cotistas.

Conheça os principais ETFs listados na B3 que realizam pagamentos mensais de dividendos:

  • NDIV11: este ETF replica o índice IBOV Smart Dividendos. O índice seleciona empresas do Ibovespa com base em critérios como a recorrência e a baixa oscilação dos proventos pagos nos últimos anos. Embora a distribuição seja mensal, o valor pode variar, pois depende dos dividendos pagos pelas empresas em cada período.
  • DIVD11: o DIVD11 acompanha o desempenho do IDIV (Índice de Dividendos da B3) e distribui os proventos mensalmente aos seus cotistas. O pagamento costuma ocorrer no décimo dia útil do mês seguinte ao recebimento dos proventos das empresas.
  • SPYI11: este ETF permite o recebimento de dividendos mensais em dólar, mas negociando em reais, diretamente na B3. Ele investe em ações do S&P 500 e utiliza uma estratégia de venda de opções para gerar uma renda adicional, visando um dividend yield (retorno com dividendos) elevado.
  • QQQI11: semelhante ao SPYI11, o QQQI11 também paga proventos mensais em dólar, com a negociação em reais na B3. Seu foco está nas empresas de tecnologia da Nasdaq-100, também utilizando uma estratégia com opções para maximizar a distribuição de renda.

O BOVA11 paga dividendos mensais?

Uma dúvida muito comum é se o BOVA11, o ETF que replica o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, distribui proventos.

A resposta é direta: não, o BOVA11 não paga dividendos diretamente na conta dos cotistas.

Quando as empresas que fazem parte do Ibovespa, e consequentemente do BOVA11, anunciam o pagamento de dividendos ou JCP, a gestora do Fundo (no caso, a BlackRock) recebe esses valores e os reinveste na própria carteira.

Esse processo aumenta o patrimônio do Fundo e, por consequência, o valor da cota, gerando ganho de capital para o investidor a longo prazo, mas sem o fluxo de renda periódica.

Outros ETFs conhecidos que seguem a mesma lógica de reinvestimento, sem distribuição de proventos, são:

  • DIVO11: apesar de seguir o Índice Dividendos, ele reinveste os proventos em vez de distribuí-los, diferentemente do seu “irmão” DIVD11.
  • BBSD11: este ETF também foca em empresas pagadoras de dividendos, mas sua estratégia consiste em reinvestir todos os proventos recebidos para valorizar a cota.

SAIBA MAIS:
➡️ Dividendos sintéticos: o que são e como eles funcionam?
➡️ Como funciona o ETF EWZ? Veja se vale a pena investir hoje!
➡️ ETF da Selic: saiba o que é e como funciona

É possível investir em ETFs que pagam dividendos em dólar?

Sim, e essa é uma excelente forma de diversificar a carteira e dolarizar parte dos seus rendimentos. Existem basicamente 3 maneiras de fazer isso:

  1. ETFs Internacionais listados na B3: como mencionamos anteriormente, a forma mais prática é por meio de ETFs como o SPYI11 e o QQQI11. Você compra e vende as cotas em reais, na sua corretora no Brasil, mas os dividendos distribuídos são atrelados ao dólar. É uma exposição indireta ao mercado americano com a facilidade de operar localmente.
  2. BDRs de ETFs: outra possibilidade são os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) de ETFs. Eles são certificados negociados na B3 que representam cotas de ETFs listados em Bolsas no exterior. Ao investir em um BDR de ETF de dividendos, você também recebe os proventos, que são pagos em dólar e convertidos para real antes de serem creditados na sua conta, já com os devidos impostos retidos na fonte.
  3. Abrir uma conta em uma corretora internacional: para quem deseja ter acesso direto ao mercado americano, é possível abrir uma conta no exterior. Contudo, o processo é mais burocrático, sendo mais indicado para pessoas com mais experiência.

⚠️Lembrando que as informações aqui apresentadas não são recomendações de compra e nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas da Toro.

Vale a pena investir em ETFs de dividendos?

Os ETFs que pagam dividendos mensais representam uma evolução importante para o mercado de capitais brasileiro, alinhando-o a práticas já consolidadas no exterior. Eles oferecem uma combinação poderosa de:

  • Diversificação: com uma única cota, você investe em uma carteira de diversas empresas.
  • Renda passiva: a possibilidade de receber proventos mensais ajuda a compor o orçamento e a reinvestir de forma consistente.
  • Acessibilidade: é uma forma simples e de baixo custo para acessar estratégias focadas em dividendos.

Se o seu objetivo é construir uma fonte de renda passiva com a praticidade da Bolsa de Valores, os ETFs de dividendos são, sem dúvida, uma alternativa que merece a sua atenção.

Quer começar a investir e montar sua carteira de dividendos? Abra sua conta na Toro e tenha acesso aos melhores ativos com Corretagem Zero e a ajuda da nossa Assessoria Especializada.

Ainda tem dúvidas sobre os ETFs que pagam dividendos mensais? Veja o nosso FAQ a seguir:

Como funciona o pagamento dos dividendos dos ETFs?

O processo é simples. A gestora do ETF recebe os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) pagos pelas empresas que compõem a carteira do Fundo. Em seguida, ela agrupa esses valores e os distribui aos cotistas, geralmente em uma data fixa mensal, diretamente na conta da sua corretora de valores. O valor creditado já é líquido dos impostos aplicáveis.

Qual a diferença entre um ETF que distribui dividendos e um que reinveste?

A principal diferença está no que acontece com os proventos recebidos:

– ETF com distribuição: o Fundo repassa os dividendos recebidos para a conta do investidor, gerando um fluxo de renda passiva. Exemplos: NDIV11, DIVD11.

– ETF com reinvestimento: o Fundo utiliza os dividendos para comprar mais ações das empresas que já fazem parte de sua carteira. Isso não gera um pagamento direto para o investidor, mas aumenta o valor patrimonial do ETF, o que se reflete na valorização da cota a longo prazo. Exemplos: BOVA11, DIVO11.

Preciso declarar os dividendos recebidos de ETFs no Imposto de Renda?

Sim. Os dividendos distribuídos por ETFs são considerados rendimentos tributáveis e devem ser declarados no seu Imposto de Renda anual. A tributação ocorre com uma alíquota de 15% retida diretamente na fonte pela gestora do Fundo. Portanto, o valor que você recebe na sua conta já está líquido, mas ainda assim precisa ser informado na sua declaração para fins de controle da Receita Federal.

Os ETFs de dividendos são Renda Fixa ou Renda Variável?

ETFs, incluindo os que pagam dividendos, são classificados como investimentos de Renda Variável. Isso porque suas cotas são negociadas na Bolsa de Valores e seu preço oscila de acordo com o mercado, assim como as ações que compõem sua carteira.

Para quem os ETFs de dividendos são recomendados?

Eles são mais indicados para investidores que buscam construir uma fonte de renda passiva para complementar o orçamento ou para reinvestir. São uma boa opção para quem deseja diversificar a carteira com um único ativo e não quer se preocupar em escolher individualmente as ações pagadoras de dividendos.

Qual a vantagem de receber dividendos em dólar por meio de um ETF na B3?

A principal vantagem é a combinação de praticidade e proteção cambial. Você investe em reais, sem a necessidade de abrir uma conta no exterior ou lidar com processos de câmbio, mas seus rendimentos estão atrelados à moeda americana. Isso pode ser uma excelente estratégia para diversificar e proteger seu patrimônio das oscilações da economia local.

É possível fazer Day Trade com ETFs que pagam dividendos?

Sim, é possível. Assim como qualquer outro ETF ou ação listada na Bolsa, você pode comprar e vender cotas de ETFs de dividendos no mesmo dia, realizando operações de Day Trade. Contudo, é importante lembrar que o foco principal desses ativos é o recebimento de proventos no longo prazo.

Fale com a Toro pelo WhatsApp.