Uma dúvida comum entre muitos brasileiros é sobre a rentabilidade da Poupança. E para acabar com esses questionamentos, preparamos este artigo sobre quanto rende 30 milhões na Poupança.
Ter dúvidas sobre quanto rende um determinado valor na caderneta é mais comum do que se imagina, principalmente porque este é o ativo mais conhecido entre os brasileiros.
Porém, a grande questão é se vale a pena deixar uma quantia de alto valor, como 30 milhões de reais, rendendo na Poupança ou não.
Ao longo deste artigo vamos te responder isso e muito mais. Continue a leitura.
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Como funciona a Poupança?
Em primeiro lugar, quem busca saber quanto rende 30 milhões na Poupança é porque tem o interesse de investir nela.
Mas, para isso, é preciso entender como essa aplicação financeira funciona. Até porque ela é amplamente utilizada no país devido à sua simplicidade, segurança e isenção de impostos sobre os rendimentos para pessoas físicas.
No entanto, os rendimentos da Poupança não são fixos e variam conforme a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Além disso, a simplicidade da Poupança a torna acessível a qualquer pessoa, sem a necessidade de um conhecimento aprofundado sobre investimentos.
A caderneta também oferece a vantagem da liquidez, onde o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento, sem perda de rendimento acumulado até a data do saque.
Isso, é claro, desde que respeitado o “aniversário” da Poupança, que é a data mensal de depósito inicial ou posterior, em que os rendimentos são creditados.
Por exemplo, se o depósito foi feito no dia 10, os rendimentos serão creditados todo dia 10 do mês seguinte. Caso faça saques antes dessa data, o dinheiro não terá rendido proporcionalmente aos dias decorridos.
Outro aspecto importante é a segurança. Os depósitos em Poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$250 mil por CPF e por instituição financeira.
Isso significa que, mesmo em casos de falência do banco, os valores até esse limite são reembolsados pelo FGC, oferecendo uma camada adicional de proteção ao investidor.
Quais são as regras da rentabilidade da Poupança?
A fórmula de cálculo dos rendimentos da Poupança depende do nível da taxa Selic.
Quando a Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, a Poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). A TR, nos últimos anos, tem sido praticamente nula, mas ainda pode influenciar o rendimento.
Assim, se a Selic for de 6% ao ano, por exemplo, o rendimento anual da poupança seria 4,2% (70% de 6%), mais a TR.
Por outro lado, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a regra de rendimento da Poupança muda. Nesses casos, ela rende 0,5% ao mês mais a TR.
Anualmente, isso equivale a um rendimento de aproximadamente 6,17% (0,5% multiplicado por 12 meses), além da TR.
Portanto, se a Selic estiver em 13% ao ano, a Poupança renderá 0,5% ao mês, independentemente do valor da Selic acima desse patamar, mais a TR.
Essas regras fazem com que o rendimento da Poupança seja mais atrativo quando a Selic está alta, mas ainda assim, o rendimento pode ser inferior a outras opções de investimento.
Quanto rende 30 milhões na Poupança?
Para calcular o rendimento da Poupança, é necessário considerar a taxa Selic, que influencia diretamente o desempenho dessa aplicação.
E como já foi dito, a fórmula para calcular o rendimento da Poupança varia conforme a Selic esteja abaixo ou acima de 8,5% ao ano.
Abaixo vamos te contar quanto rende 30 milhões na Poupança em dois cenários diferentes.
Cenário 1: Selic igual ou inferior a 8,5% ao ano
Quando a taxa Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, a Poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Para ilustrar, suponha que a Selic esteja em 6% ao ano. O rendimento da caderneta seria calculado da seguinte forma:
- 70% da Selic + TR
- 70% de 6% + 0% (considerando TR zero) = 4,2%.
Portanto, com 30 milhões de reais investidos, o rendimento anual seria:
30.000.000 x 4,2% = 1.260.000 reais.
O rendimento mensal, por sua vez, seria aproximadamente de:
1.260.000 ÷ 12 = 105.000 reais.
Cenário 2: Selic acima de 8,5% ao ano
Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a regra de rendimento da Poupança muda. Nesse caso, ela rende 0,5% ao mês mais a TR.
Anualmente, isso equivale a um rendimento de aproximadamente 6,17% (0,5% multiplicado por 12 meses), além da TR.
Para exemplificar, vamos considerar que a Selic está em 13% ao ano. O cálculo do rendimento seria:
- 0,5% + TR = 0,5% (considerando TR zero).
- 0,5% x 12 meses = 6,17%.
Assim, com 30 milhões de reais investidos, o rendimento anual seria:
30.000.000 x 6,17% = 1.851.000 reais.
O rendimento mensal, então, seria aproximadamente:
1.851.000 ÷ 12 = 154.250 reais.
SAIBA MAIS
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Existem investimentos com rentabilidade melhor do que a Poupança?
Embora a Poupança seja uma opção popular devido à sua segurança e simplicidade, é importante compará-la com outras alternativas de investimento que podem oferecer rendimentos mais atraentes.
Abaixo separamos algumas opções de investimentos que são mais rentáveis e podem ser tão seguras quanto a Poupança. Confira!
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma plataforma do Governo Federal que permite a compra de títulos públicos. Existem diferentes tipos de títulos, cada um com características e rendimentos distintos.
- Tesouro Selic: acompanha a taxa Selic, oferecendo rendimentos geralmente superiores à Poupança. É ideal para quem busca segurança e liquidez, pois pode ser resgatado a qualquer momento sem grandes perdas.
- Tesouro IPCA+: este título é corrigido pela inflação (IPCA) mais uma taxa de juros prefixada. Ele é uma excelente opção para proteger o poder de compra a longo prazo, garantindo rendimentos reais acima da inflação.
Com a Selic em níveis elevados, títulos como o Tesouro Selic podem oferecer rendimentos significativamente maiores que a Poupança.
Por exemplo, com a Selic a 13% ao ano, um investimento no Tesouro Selic renderia próximo a essa taxa, descontadas as taxas de administração e impostos.
Fundos de Investimento
Os Fundos de Investimento são opções diversificadas que podem oferecer rendimentos maiores, embora com riscos variados.
Existem diferentes tipos de Fundos, como renda fixa, multimercado e imobiliário.
- Fundos de Renda Fixa: investem principalmente em títulos públicos e privados de baixo risco. Geralmente, oferecem rendimentos superiores à poupança, especialmente em períodos de alta da taxa de juros.
- Fundos Multimercado: diversificam em uma ampla gama de ativos, incluindo ações, moedas e derivativos. Podem proporcionar rendimentos altos, mas também envolvem maiores riscos.
- Fundos Imobiliários (FIIs): investem em imóveis ou títulos relacionados ao setor imobiliário. Oferecem rendimentos regulares, muitas vezes isentos de imposto de renda para pessoa física, e podem ser uma boa alternativa para quem busca renda passiva.
A escolha de um Fundo de Investimento deve considerar o perfil de risco do investidor e os objetivos financeiros.
Ações e dividendos
Investir em ações de empresas sólidas pode oferecer rendimentos interessantes a longo prazo, tanto por meio da valorização das ações quanto pelo recebimento de dividendos.
Empresas estabelecidas, como Petrobras, Vale e grandes bancos, costumam distribuir parte de seus lucros aos acionistas sob a forma de dividendos.
- Valorização de Capital: o preço das ações pode subir ao longo do tempo, proporcionando ganhos de capital.
- Dividendos: empresas lucrativas distribuem parte de seus lucros aos acionistas regularmente. Dividendos podem representar uma fonte consistente de renda, muitas vezes superior aos rendimentos da Poupança.
Investir em ações, contudo, exige uma maior tolerância ao risco, pois o mercado de ações é volátil e os preços podem flutuar em curtos períodos.
Vale a pena investir 30 milhões de reais na Poupança?
Investir R$30 milhões na Poupança pode oferecer uma série de vantagens, como segurança, simplicidade e liquidez, além da isenção de imposto de renda para pessoas físicas.
No entanto, é fundamental reconhecer que o rendimento da Poupança é inferior a outras opções de investimento disponíveis no mercado.
Em um cenário onde a taxa Selic está baixa, os retornos da Poupança podem não acompanhar a inflação, resultando em perda de poder de compra ao longo do tempo.
Em suma, a diversificação inteligente dos investimentos é a chave para proteger e aumentar o patrimônio de forma eficaz.
Ao distribuir os recursos entre diferentes ativos e estratégias, os investidores podem diminuir os riscos, aproveitar oportunidades de mercado e construir um portfólio robusto e resiliente que atenda às suas necessidades e aspirações financeiras.