Os ETFs da Bolsa de Valores do Brasil não pagam dividendos. Eles adotam a política de reinvestir os proventos recebidos das empresas nas próprias posições do Fundo, fazendo assim com que o preço da cota negociada na B3 se valorize.
Desde 30 de janeiro de 2023, a B3 passou a permitir a listagem de ETFs que pagam dividendos na Bolsa. Contudo, o pagamento dos proventos só valerá para os Fundos listados a partir dessa data e não muda para os anteriores.
Investir em ETFs é uma ótima maneira de se expor de modo passivo à valorização geral do mercado ou de determinado índice, uma vez que esses Fundos oferecem acesso a uma carteira diversificada de ativos por meio da compra de uma única cota. Essa facilidade tem tornado os ETFs entre as modalidades mais populares no Brasil.
De acordo com a S&P Global, em 2023, as seguradoras americanas mantiveram US$34,4 bilhões em fundos negociados em Bolsa (ETFs).
Porém, assim como as empresas e os Fundos Imobiliários, os ETFs distribuem proventos para os seus cotistas? É justamente essa questão que responderemos no artigo de hoje.
Leia até o final e confira os detalhes sobre a relação entre dividendos e ETFs e como eles se valorizam. Vamos lá?
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Os ETFs pagam dividendos?
Como os ETFs são negociados em Bolsa, possuem tickers próprios como as empresas e têm bastante liquidez, sempre surge a dúvida se eles pagam aos cotistas dividendos das empresas que fazem parte da carteira do Fundo.
Lembre-se que o ETF é um Fundo de Investimento que compra as ações para você e monta uma carteira específica para acompanhar determinado índice.
Contudo, ele não compra as ações no seu CPF, mas sim com a conta do Fundo. Então, os proventos são somados ao patrimônio do ETF, que está registrado como dono daquelas ações e, na Bolsa brasileira, não os repassa proporcionalmente aos cotistas.
No Brasil, os ETFs não pagam dividendos. Os proventos das empresas vão para a conta do ETF que os reinveste e rebalanceia as posições do Fundo, valorizando as cotas.
Portanto, os dividendos existem e são pagos, mas são reaplicados no próprio Fundo na proporção do índice que ele segue.
Não existe legislação ou regra que obriga os ETFs a transferir os dividendos aos cotistas. Dessa maneira, todos eles optam por reaplicar os proventos recebidos, o que acaba refletido com as cotas ficando mais caras na Bolsa.
Ou seja, o dinheiro dos dividendos não ficam parados e os cotistas ganham com essa distribuição, mas de maneira indireta, visto que o preço das cotas se valoriza com essa política de reinvestimento.
ETFs que pagam dividendos chegaram à B3 em 2023
Desde 30 de janeiro de 2023, a B3 passou a permitir a listagem de ETFs que pagam dividendos na Bolsa. Contudo, o pagamento dos proventos só valerá para os Fundos listados a partir dessa data e não muda para os anteriores.
Esses ETFs poderão montar suas carteiras de ações locais e internacionais e o pagamento deve ser, no mínimo, mensalmente, desde que obedecendo o regulamento do Fundo.
Sobre a tributação, esses proventos terão a incidência do Imposto de Renda de 15% sobre os ganhos.
Veja um conteúdo em vídeo especial que ajuda a compreender o conceito de ETF e como investir em ETFs pela plataforma da Toro:
Como se ganha dinheiro com ETFs?
Então, como os ETFs se valorizam e como é possível ganhar dinheiro com eles? Uma vez que o investidor entende que eles são Fundos que replicam determinado índice de mercado, as cotas do ETF vão se valorizar, ou seja, ficar mais caras se as empresas que compõem o índice apresentarem bons resultados e crescerem ao longo dos anos.
Isso é mais provável de ocorrer no longo prazo, isto é, quando se detém a cota do ETF por mais tempo.
Outra maneira de ganhar com os ETFs é realizando operações de trading, comprando quando eles estiverem em baixa e vender quando estiverem em alta. Atente-se que a Análise Técnica é extremamente necessária para determinar esses pontos de entrada e saída.
Portanto, existem basicamente duas formas de ganhar comprando ETFs: com a valorização das cotas no longo prazo e ao comprar barato para vender mais caro.
Porém, ao contrário das ações, os ETFs não possuem isenção de Imposto de Renda quando você vende as cotas. Se o investidor comprar cotas de determinado ETF e as vender com lucro, deve apurar a tributação de 15% sobre o ganho de capital independentemente do valor da negociação.
O BOVA11 paga dividendos?
O BOVA11 é um dos ETFs mais populares do mercado e, por várias vezes, aparece nas listagens dos Fundos com maior número de cotistas.
Este é um ETF administrado pela gestora BlackRock que visa acompanhar o desempenho do principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa.
Por ser tão popular, também surge a dúvida de quando o BOVA11 paga dividendos. Assim como outros ETFs da B3, este Fundo igualmente não distribui proventos, mas os reinveste nas suas posições, isto é, comprando mais ações de acordo com o rebalanceamento do índice. As cotas então se valorizam com isso.
O XFIX11 paga dividendos mensais?
Hoje, há apenas um ETF do IFIX na Bolsa de Valores: o XFIX11. Ele tem o intuito de funcionar como os ETFs do Ibovespa, ou seja, seu dinheiro se valoriza se o índice subir. Além disso, ele tem taxa de administração de 0,30% ao ano.
Ele funciona assim: o patrimônio do Fundo é usado para montar uma carteira de FIIs semelhante ao índice dos Fundos Imobiliários, na mesma proporção.
Contudo, o XFIX11 não paga dividendos aos seus cotistas. Como nos demais ETFs, os dividendos pagos mensalmente pelos FIIs ao XFIX11 são reinvestidos nas posições do ETF, não sendo direcionado aos cotistas. Assim, a cota do ETF se valoriza.
Então, o XFIX11 é um bom ETF para acompanhar a valorização das cotações dos FIIs que compõem o IFIX, mas não é um bom instrumento para receber proventos.
Os ETFs americanos pagam dividendos?
Aqui, devemos ter um pouco de cuidado ao responder esta pergunta. Por um lado, os ETFs americanos negociados na B3 seguem a mesma regra dos demais Fundos: não pagam dividendos e reinvestem nas posições do próprio ETFs.
Por outro lado, os ETFs americanos negociados nas Bolsas do Estados Unidos (Nasdaq, New York Stock Exchange, por exemplo) adotam a política de repassar os proventos pagos pelas empresas de modo proporcional aos cotistas.
Perceba que não há pior nem melhor cenário. Isso varia de acordo com os seus objetivos e perfil de investidor, uma vez que é possível ganhar das duas maneiras, seja com os proventos, seja com a valorização da cotação pelo reinvestimento dos dividendos.
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