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ETFs de Small Caps: o que preciso saber antes de investir?

Alguns dos ETFs de Small Caps disponíveis na Bolsa de Valores do Brasil são o SMAL11, TRIG11, XMAL11 e SMAB11. Todos têm como objetivo refletir o desempenho do Índice de Small Caps (SMLL) elaborado pela B3. Esses ETFs de Small Caps buscam acompanhar o desempenho de empresas com menor capitalização de mercado, oferecendo aos investidores exposição diversificada a setores emergentes e potencial de crescimento.


A indústria de ETFs no Brasil nunca esteve tão forte e sólida.

O aumento das possibilidades de investimento em ETFs com novos Fundos sendo lançados constantemente só favorece o investidor que vê as gestoras reduzindo as taxas de administração e as corretoras zerando as taxas de corretagem.

Entre os mais procurados estão os ETFs de Small Caps, aqueles que seguem o Índice das empresas com menor capitalização listadas no Brasil. 

É sobre eles que vamos falar hoje. Você vai conhecer quais são os principais ETFs de Small Caps, como eles funcionam, suas taxas, custos e o desempenho histórico. Vamos lá?

O que são as Small Caps?

As Small Caps são as empresas listadas na Bolsa de Valores que possuem menor capitalização de mercado em relação às blue chips.

Há várias faixas de classificação para esse tipo de empresa, mas normalmente toma-se o valor de mercado como a referência. Esse indicador, por sua vez, é calculado pela cotação da ação multiplicada pelo total de ações da empresa.

É importante destacar ainda que, apesar do adjetivo Small, as empresas muito menores, isto é, com valor extremamente baixo, não são consideradas pequenas e entram em categorias diferentes, como as microcaps e/ou penny stocks.

Os BDRs e as empresas em recuperação judicial também não entram no Índice de Small Caps que conheceremos a seguir.

Ainda não há um consenso sobre qual o número exato do valor de mercado para que uma empresa seja chamada de Small Cap. Por isso, é comum se deparar com diversas classificações a esse respeito, especialmente em países emergentes e outras Bolsas de Valores.

A B3 considera, nessa categoria, as ações que estejam fora dos 85% do valor de mercado de todas as empresas listadas para compor o Índice de Small Caps.

Confira um vídeo especial do Analista da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, explicando em detalhes o que são as Small Caps, como encontrar boas empresas e por que investir nelas:

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O que é o Índice de Small Caps (SMLL)?

O Índice de Small Caps (SMLL) é um indicador que mede o desempenho das ações de empresas menores da bolsa brasileira, chamadas de Small Caps.

Esse índice, assim como o Ibovespa, representa o resultado de uma carteira teórica de ações cujo objetivo é acompanhar o desempenho médio das cotações de determinado grupo de empresas. Nesse caso, as Small Caps da Bolsa de Valores do Brasil (B3).

Essas empresas são menores em valor de mercado, mas podem ter grande potencial de crescimento no longo prazo.

A B3 elabora, seguindo metodologia própria, uma carteira hipotética com as empresas de menor valor de mercado mais negociadas como uma espécie de “termômetro” que indica como está a valorização geral delas.

Esse índice é que será a base do trabalho e da existência dos ETFs de Small Caps. Por sinal, confira um conteúdo especial e completo sobre esse índice e o seu desempenho ao longo dos anos:

ARTIGO ESPECIAL • O que é o índice SMLL das Small Caps? Simplificamos para você

Lista de ações que compõem o Índice de Small Caps (SMLL) da B3

Geralmente, empresas do SMLL são menos conhecidas, possuem menor liquidez e mais volatilidade, mas podem oferecer mais oportunidade de valorização, além de mais risco.

As ações que fazem parte da carteira do Índice de Small Caps atualmente são:

CódigoAçãoPart. (%)
TTEN33TENTOS0,496
ABCB4ABC BRASIL0,484
AERI3AERIS0,047
ALOS3ALLOS3,182
ALPA4ALPARGATAS0,437
ALUP11ALUPAR1,460
ANIM3ANIMA0,312
ARML3ARMAC0,240
ASAI3ASSAI3,990
AURE3AUREN0,932
AZUL4AZUL0,288
AZZA3AZZAS 21541,802
BPAN4BANCO PAN0,683
BRSR6BANRISUL0,765
BMOB3BEMOBI TECH0,454
BLAU3BLAU0,127
SOJA3BOA SAFRA0,164
BRBI11BR PARTNERS0,217
BRAP4BRADESPAR1,277
AGRO3BRASILAGRO0,406
BRKM5BRASKEM0,855
BRAV3BRAVA2,524
CAML3CAMIL0,137
BHIA3CASAS BAHIA0,128
CBAV3CBA0,293
CEAB3CEA MODAS0,536
COGN3COGNA ON1,599
CSMG3COPASA1,394
CSAN3COSAN2,644
CURY3CURY S/A1,197
CVCB3CVC BRASIL0,312
CYRE3CYRELA REALT2,068
DASA3DASA0,097
DXCO3DEXCO0,497
PNVL3DIMED0,191
DIRR3DIRECIONAL1,265
ECOR3ECORODOVIAS0,676
EVEN3EVEN0,379
EZTC3EZTEC0,391
FESA4FERBASA0,334
FLRY3FLEURY1,748
FRAS3FRAS-LE0,731
GFSA3GAFISA0,044
GOAU4GERDAU MET1,613
GGPS3GPS1,852
GRND3GRENDENE0,436
NTCO3GRUPO NATURA2,642
SBFG3GRUPO SBF0,468
GUAR3GUARARAPES0,204
HBSA3HIDROVIAS1,169
HYPE3HYPERA2,679
IGTI11IGUATEMI S.A1,340
INTB3INTELBRAS0,489
MYPK3IOCHP-MAXION0,486
RANI3IRANI0,248
IRBR3IRBBRASIL RE1,168
JALL3JALLESMACHAD0,124
JHSF3JHSF PART0,454
JSLG3JSL0,129
KEPL3KEPLER WEBER0,404
LAVV3LAVVI0,255
LOGG3LOG COM PROP0,317
LREN3LOJAS RENNER5,671
LWSA3LWSA0,449
MDIA3M.DIASBRANCO0,487
MGLU3MAGAZ LUIZA1,020
POMO4MARCOPOLO1,442
MRFG3MARFRIG1,748
CASH3MELIUZ0,148
LEVE3METAL LEVE0,457
MILS3MILLS0,547
BEEF3MINERVA0,681
MDNE3MOURA DUBEUX0,309
MOVI3MOVIDA0,258
MRVE3MRV0,610
MLAS3MULTILASER0,124
MULT3MULTIPLAN2,503
OPCT3OCEANPACT0,230
ODPV3ODONTOPREV0,843
ONCO3ONCOCLINICAS0,841
ORVR3ORIZON0,722
PCAR3P.ACUCAR-CBD0,430
PGMN3PAGUE MENOS0,198
RECV3PETRORECSA1,166
PETZ3PETZ0,389
PLPL3PLANOEPLANO0,244
POSI3POSITIVO TEC0,115
PRNR3PRINER0,234
QUAL3QUALICORP0,190
LJQQ3QUERO-QUERO0,188
RAPT4RANDON PART0,457
RCSL3RECRUSUL0,001
SAPR11SANEPAR1,910
STBP3SANTOS BRP1,678
SMTO3SAO MARTINHO0,807
SEER3SER EDUCA0,145
SRNA3SERENA1,432
CSNA3SID NACIONAL1,990
SIMH3SIMPAR0,339
SLCE3SLC AGRICOLA1,104
SMFT3SMART FIT2,376
SYNE3SYN PROP TEC0,108
TAEE11TAESA2,357
TGMA3TEGMA0,340
TEND3TENDA0,789
TUPY3TUPY0,820
UNIP6UNIPAR0,942
USIM5USIMINAS0,844
VLID3VALID0,618
VAMO3VAMOS0,686
VIVA3VIVARA S.A.0,921
VVEO3VIVEO0,076
VULC3VULCABRAS0,597
PORT3WILSON SONS0,967
YDUQ3YDUQS PART1,172

Para terminar esse tópico, é relevante destacar que, além dos ETFs, é essencial investir também diretamente nas ações livres, em Fundos Imobiliários e outros ativos para ter um portfólio completo e diversificado.

Quais são os ETFs de Small Caps no Brasil?

Agora que conhecemos quais são as ações que fazem parte do Índice de Small Caps, vamos falar dos principais ETFs para acessar o investimento nessa categoria de empresa de uma única vez.

Como você pôde perceber no tópico anterior, o índice engloba muitas ações, o que demandaria muito trabalho e esforço de análise do investidor para adquirir cada uma delas em separado.

Por isso, o intuito do ETF é viabilizar o acesso a essa carteira de ações por meio de um único veículo de investimento: a cota do Fundo negociado em Bolsa.

Esse tipo de investimento é também chamado de gestão passiva, uma vez que a meta é simplesmente acompanhar e ganhar a valorização geral do mercado. No caso das Small Caps, hoje, existem quatro ETFs para isso. São eles:

1. ETF SMAL11

O ETF SMAL11 (iShares BM&FBOVESPA Small Cap) é um Fundo de Índice administrado pela gestora BlackRock que visa aplicar os recursos dos seus cotistas em uma carteira cujo objetivo é acompanhar a performance do Índice de Small Caps brasileiras (SMLL). 

Em outras palavras, quando o investidor compra uma cota deste ETF, está adquirindo uma parcela do patrimônio de cerca de R$3,4 bilhões do Fundo que investe nas ações que fazem parte da carteira de Small Caps em proporções similares ao índice.

Logo, é como se você investisse em várias empresas comprando uma única cota do Fundo.

Porém, as ações compradas pelo ETF não ficam no seu nome e CPF, mas são registradas tendo o Fundo como dono delas e isso vai fazer diferença quando as empresas distribuírem os proventos, como aprenderemos a seguir.

Na Bolsa, haverá o seu registro como cotista do ETF e, portanto, proprietário de uma fração do patrimônio total do Fundo.

Ações que fazem a composição da carteira do SMAL11

As ações que fazem parte da carteira do ETF SMAL11 são as mesmas que compõem o Índice Small Caps, como mencionado anteriormente.

Três vezes por ano, a B3 realiza o rebalanceamento do índice. Nessas ocasiões, a Bolsa revê as posições, o peso de cada ativo, inclui e/ou retira ações do SMLL.

Dessa maneira, a gestora fica de olho nesses rebalanceamentos para realizar as compras de ações, os ajustes nas posições do Fundo e manter o objetivo principal: refletir de perto o desempenho geral do índice.

Qual é o valor da taxa de administração do SMAL11?

A taxa de administração cobrada pela gestora do ETF SMAL11 é de 0,50% ao ano. Além disso, em relação aos custos de ter um ETF na carteira, você deve declará-los anualmente no Imposto de Renda.

Ademais, também deve pagar 15% sobre o valor do ganho de capital, caso você venda suas cotas com algum lucro, independentemente de quantas forem.

O SMAL11 paga dividendos?

Como todo ETF em negociação no Brasil, o SMAL11 não transfere os dividendos recebidos pelas empresas aos cotistas. 

Quando uma empresa paga os proventos, a gestora do ETF os reinveste nas ações que o Fundo tem no portfólio, realizando o rebalanceamento e reforço das posições. 

Então, mesmo que os dividendos não cheguem diretamente ao seu bolso, você não está perdendo, pois, quando o ETF reaplica esses proventos, o preço de suas cotas negociadas em Bolsa se valoriza.

Sobre essa questão, preparamos um artigo completo também publicado aqui no blog da Toro, confira:

ARTIGO ESPECIAL • Os ETFs pagam dividendos? Entenda tudo sobre o assunto!

2. ETF XMAL11

Além do SMAL11, há ainda mais uma opção de ETF de Small Caps na Bolsa de Valores: o XMAL11. Assim como o anterior, esse Fundo também tem como objetivo acompanhar o desempenho do Índice de Small Caps e adota a mesma estratégia.

A diferença é que este ETF é administrado por outra gestora e a sua taxa de administração é um pouco menor: 0,30% ao ano. 

O XMAL11 é uma alternativa interessante para investidores que buscam diversificação e exposição a empresas menores, com potencial de crescimento elevado.

A composição do índice inclui uma variedade de setores, oferecendo uma forma de mitigar riscos específicos.

Comparado ao SMAL11, o XMAL11 pode apresentar diferenças no volume de negociação e na liquidez, fatores importantes a serem considerados na escolha do ETF mais adequado para o seu portfólio.

3. ETF SMAB11

A terceira alternativa entre os ETFs de Small Caps disponíveis na B3 é o SMAB11. Este ETF começou a ser negociado em setembro de 2021 e é administrado pelo banco BTG Pactual. 

Sua taxa de administração é de 0,40% ao ano e também visa seguir de perto a variação do desempenho geral do Índice de Small Caps. 

O SMAB11 se destaca por sua gestão ativa e a experiência do BTG Pactual no mercado financeiro, o que pode trazer benefícios adicionais em termos de análise e seleção de ativos.

Além disso, o fundo tem uma abordagem de diversificação setorial robusta, incluindo empresas de tecnologia, saúde, consumo e industrial, entre outras. Isso oferece uma proteção adicional contra a volatilidade de setores específicos.

4. ETF SMAC11

Além dos anteriores, há ainda o SMAC11, gerido pelo Itaú Asset. Ele também permite investir em uma carteira diversificada de Small Caps por meio de uma única compra.

Assim como os demais, busca replicar o desempenho de empresas relacionadas a tecnologia, mídia, telecomunicações e comércio eletrônico.

Portanto, também expõe sua carteira aos principais setores em desenvolvimento. A taxa de administração desse ETF é de 0,50% ao ano  

5. ETF TRIG11

TRIG11 é gerenciado pela Trígono Capital e é constituído de micro e small caps. Na sua estreia em novembro de 2021, a composição alcançava mais de 90 empresas de 16 setores diferentes. Esse ETF leva como referência o índice Teva Ações Micro Caps. A taxa de administração é de 0,60% ao ano. 

Lembrando que os ETFs citados neste conteúdo não são recomendações de compra nem necessariamente expressam a opinião dos experts da Toro.

Por fim, lembre-se que os ativos/alocação usados como exemplo no texto não são recomendações de compra ou de investimento. A decisão final de onde investir é sempre do investidor e deve considerar seu perfil e objetivos.

Como investir em ETFs de Small Caps?

Antes de terminarmos esse artigo, vamos falar rapidamente sobre como você pode comprar suas cotas dos ETFs de Small Caps. Inicialmente, você precisa de uma conta aberta em uma corretora de valores.

A Toro Investimentos não cobra taxas de corretagem para a maioria dos investimentos em Renda Variável, incluindo os ETFs.

Em seguida, basta transferir o dinheiro da sua conta no banco para a corretora. Daí, busque o ETF na plataforma da Toro pelo código de negociação (SMAL11 ou XMAL11, por exemplo).

Por fim, é só configurar a quantidade, conferir o valor e confirmar o investimento.

Para saber ainda mais sobre as melhores Small Caps para investir, acesse o relatório gratuito clicando abaixo:


⚠️ Importante: os investimentos e ativos citados nesse conteúdo não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos analistas da Toro.  Consulte sempre um Assessor ou Analista de investimentos qualificado para receber orientações da melhor diversificação e quais ativos mais indicados para o seu perfil e objetivos.

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