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[Temporada de Balanços 1T22] JBS, BTG, Itaú, Banco do Brasil se destacam na apresentação de resultados

O Boletim da Temporada de Balanços do 1T22 da Toro Investimentos traz para você, semanalmente, quem se destacou no último trimestre contábil e quais são as perspectivas para o longo prazo destas companhias, segundo nosso time de experts.  

▶️ Opinião dos especialistas


Quer entender com mais detalhes os resultados dessas empresas no 1º trimestre de 2022, como elas abriram o ano e as perspectivas delas para o futuro? 

Os experts da Toro, Paloma Brum e João Freitas, comentaram os destaques da 3ª semana da temporada de balanços.

Confira, no vídeo a seguir, o replay da live em que os especialistas destacam os principais pontos dos números apresentados por cada empresa:

https://www.youtube.com/watch/lRWkAZ6nDmg
⭐Destaques da temporada de balanços


Todas as semanas, os Analistas da Toro Investimentos comentam os resultados trimestrais das principais empresas da Bolsa de Valores.

É a chance de se atualizar sobre as empresas das quais você é acionista/ ou encontrar boas oportunidades para investir. 

Desta vez, as empresas com balanços do 1T22 analisados são: Blau Farmacêutica, Banco do Brasil, BTG Pactual, Cyrela, Itaú, JBS, Via e Yduqs.

1. Blau Farmacêutica (BLAU3)

A Blau Farmacêutica reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido R$ 61 milhões Lucro líquido R$ 86 milhões -29%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A empresa teve dificuldade com a falta de suprimentos que ocasionou em vendas de imunoglobulina 80% menor que o mesmo período do ano passado.
  • A receita líquida bateu os R$313 milhões, queda de 3,9% ante o 1T21 e apenas 5% dessa cifra veio de novos produtos.
  • No operacional, o Ebitda retraiu 10%, totalizando R$115 milhões e as margens fecharam em 37% (Ebitda) e 20% (líquida).

Esse foi o primeiro ano da Blau após o seu IPO e companhia aponta cenário de incertezas geopolíticas internacionais, eleições presidenciais, aumento do custo de importação de insumos farmacêuticos, dificuldades logísticas e forte pressão inflacionária como os principais desafios a vencer em 2022.


2. Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido ajustado de R$ 6,6 bilhões Lucro líquido de R$ 4,226 bilhões +34,6%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • Ao comparar com o 4T21, o BB destacou o aumento de 3,6% da margem financeira bruta, 
    redução de 27,2% das despesas com PCLD e retração de 3,7% das despesas administrativas.
  • Já em relação ao 1T21, os motivos foram: crescimento de 5,6% da margem financeira bruta,  aumento de 9,4% das receitas de prestação de serviços, aumento de 20,1% no resultado de Participações em Controladas, Coligadas e JV e aumento de 6% nas despesas administrativas.
  • A carteira de crédito ampliada do banco chegou a R$883,5 bilhões, um crescimento de 16,4% contra o mesmo período de 2021.

Segundo o presidente do BB, Fausto Ribeiro, em entrevista à Agência Brasil, “o lucro recorde pelo 5º trimestre consecutivo demonstra nosso compromisso com a originação de negócios robustos, controle de custos, proximidade com nossos clientes, aceleração da nossa transformação digital e geração de impactos sociais e ambientais positivos para toda sociedade”.

3. BTG Pactual (BPAC11)

O BTG Pactual reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido ajustado R$ 2,062 bilhões Lucro líquido ajustado de R$ 1,197 bilhão +72%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A receita total do banco foi de R$ 4,351 bilhões contra os R$ 2,796 bilhões do 1º trimestre ano passado (+55,6%).
  • O segmento Corporate e SME Lending teve o seu melhor trimestre desde o IPO com receita de R$ 816,6 milhões e o Sales & Trading teve o melhor resultado desde 2016, com receita de R$1,481 bilhão.
  • No Asset Management, o crescimento da receita foi de 18,3%, totalizando R$ 313,1 milhões. Já no 

Além desses, o banco considerou como “robustos” os resultados em todos as unidades de negócios, além de celebrar o ROAE (Retorno sobre Patrimônio Médio) ajustado anualizado de 21,5%, o nível mais alto dos últimos 6 anos, com impacto direto no lucro recorde da companhia para o período. Por fim, o Índice de Basileia terminou em 15%, 2,7 p.p. abaixo do mesmo tri do ano passado.

4. Cyrela (CYRE3)

A Cyrela reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido de R$ 162 milhões Lucro líquido de R$ 192 milhões -16%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • Em lançamentos, a Cyrela registrou R$1,038 bilhão, 146% acima do 1T21. Em vendas, totalizou R$ 1,312 bilhão, 27% acima do mesmo tri do ano passado.
  • A geração de caixa da companhia foi de R$70 milhões, abaixo dos R$100 milhões do último trimestre de 2021. 
  • A margem bruta da Cyrela foi impactada pelas pressões de custos na construção civil, reduzindo o lucro de janeiro a março. 

Para 2022, a Cyrela considera que os “riscos geopolíticos, variáveis macroeconômicas menos favoráveis, pressões inflacionárias e eventos locais que podem afetar o nível de vendas estão no nosso radar”, mas espera apresentar bom desempenho no acumulado do ano. 

5. Itaú-Unibanco (ITUB4)

O Itaú reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido recorrente de R$ 7,36 bilhões Lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões +15%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • O banco aponta o mix de produtos mais rentáveis e com melhores spreads como influenciadores do resultado. 
  • O Itaú também obteve melhores receitas com cartões e aumento da margem com clientes pelo efeito da alta dos juros sobre seus passivos.  
  • A receita com serviços cresceu 9,6% no comparativo anual, totalizando R$ 11,6 bilhões, especialmente por altas de 18,6% nos cartões e 24,1% nos seguros. 

Por fim, as despesas administrativas cresceram 3,8%, abaixo da inflação, compensando o custo de crédito. Já a carteira de crédito total cresceu 13,9% entre janeiro e março, totalizando R$ 1,032 trilhão. O lucro líquido atribuível aos acionista/s controladores chegou a R$6,7 bilhões, alta de 17% na mesma base de comparação. 


6. JBS (JBSS3)

A JBS reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido de R$ 5,1 bilhões Lucro líquido de R$ 2,045 bilhões +151,4%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • Com a demanda aquecida nos EUA, a receita líquida da JBS subiu 20,8%, totalizando R$ 90,866 bilhões. No operacional, o Ebtida saltou 46,7% para chegar a R$ 10,085 bilhões. 
  • A empresa desbancou a Nestlé como a maior companhia de alimentos do mundo em termos de faturamento ao chegar a uma receita líquida de R$366 bilhões em 12 meses.
  • O grupo também celebrou a redução da alavancagem em dólares de 1,67x para 1,53x. Em reais, o movimento foi ainda mais expressivo, de 1,76x para 1,36x.

A empresa comemora o forte resultado mesmo em um momento de pressão inflacionária alta, especialmente por estar posicionada e diversificada globalmente. No mercado externo, a receita líquida foi de R$4,9 bi, aumento de 24,9% ante 2021. No trimestre, a JBS finalizou o período  com R$ 17,3 bilhões em caixa e a dívida subiu de US$10 bi para US$ 14 bi no 1T22.


7. Via (VIIA3)

A Via reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido contábil de R$ 18 milhões Lucro líquido contábil de R$ 180 milhões -90%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A receita líquida da Via caiu 2% ante o 1T21, totalizando R$ 7,399 bilhões. Já o Ebitda ajustado finalizou em R$ 758 milhões, alta de 29,8%. 
  • O GMV (volume bruto de mercadorias) subiu 3,3%, somando R$10,673 bilhões e o lucro bruto somou R$ 2,3 bilhões, redução de 2,7%.
  • No 1T22, a varejista informou R$29 milhões de incentivo de subvenção de maneira recorrente, totalizando R$ 150 milhões com os períodos anteriores.

A empresa se disse confiante, mesmo em um cenário desafiador pela inflação. De acordo com a administração, “segundo a FGV, agora em abril a confiança dos consumidores subiu 3,8% sobre março, atingindo 78.6 pontos, maior nível desde agosto de 2021, e começaram as liberações de FGTS e do 13º dos aposentados agora no 2º trimestre, quando também tivemos o dia das mães”.

8. Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22 Resultado do 1T21 Variação (%)
Lucro líquido 76 milhões Lucro líquido de R$ 43,2 milhões +75,9%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A receita líquida da companhia, entre janeiro e março, foi de R$ 1,193 bilhão (+10,2%) e o Ebitida fechou em R$ 396,2 milhões (+26,5%).
  • Em 2022, a Yduqs iniciou uma captação recorde, adicionando 254 mil alunos à sua base em todas as IES e modalidades.
  • Com o retorno do presencial, a captação nesse segmento cresceu 59% ante o 1T21, além de alta de 44% na base de alunos da graduação no digital + premium.

Por fim, sua base total de alunos saltou 77%, saindo de 718 mil no 1º tri do ano passado para 1,271 milhão no trimestre finalizado em março. A Yduqs também celebrou a conversão de caixa de 88%, os mais de R$1,7 bi em caixa e disponibilidades e a alavancagem de 1,7x DL/EBITDA ajustado.

Tear-Off Calendar on Google Agenda de balanços do 1T22
 

As seguintes empresas divulgam seus resultados do 1º trimestre do ano nos próximos dias:

Empresa Data
Omega 18/05
Ambipar 18/05
Camil 19/05

Por que acompanhar os resultados trimestrais?


Independentemente se você investe para o curto ou para o longo prazo, os resultados trimestrais das empresas listadas na Bolsa fornecem valiosos indicadores sobre o momento atual das companhias e sua expectativa de crescimento no futuro.

Se você é acionista/ de uma empresa de capital aberto e investe para o longo prazo, é o momento de avaliar o desempenho apresentado, fazer a leitura da atualização dos múltiplos na Análise Fundamentalista, estudar o crescimento da companhia e observar como ela performa frente às suas concorrentes.

Já se você opera no curto prazo, estar por dentro dos balanços trimestrais é fundamental para compreender como o mercado vai interpretar os resultados reportados, seja eles acima, em linha ou abaixo das expectativas dos investidores.


nerd-face_1f913Quem são os especialistas da Toro? 

Conheça os Analistas de Investimentos da Toro que comentam os balanços das empresas nesta temporada:
 
Foto-paloma-redondoPaloma Brum – Analista de Investimentos com certificação CNPI, formada em Economia pelo IBMEC e em Relações Internacionais pela PUC Minas. Atua com foco no mercado de capitais, especialmente em análises de ativos para longo prazo, macroeconomia e Fundos de Investimento.

 
Foto-joao-redondoJoão Freitas– Analista de Investimentos com certificação CNPI-P e PQO operações. Tem experiência na área financeira e mercado de capitais, com foco em análise e planejamento de carteiras de FIIs e mercado internacional. Formado em Administração de Empresas pela PUC Minas e em Gestão Financeira pelo UniBH, possui mais de 5 anos de experiência com investimentos e atua na Toro Investimentos desde 2018.
 

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