A soja é uma das commodities agrícolas mais importantes do mundo. Usada na alimentação humana, na produção de ração animal e até como matéria-prima para biocombustíveis, ela tem papel central na economia global.
O Brasil, ao lado dos Estados Unidos, está entre os maiores produtores e exportadores, o que faz da soja um ativo estratégico não apenas para o agronegócio, mas também para investidores que buscam diversificação.
Nesse contexto, os contratos futuros de soja surgem como instrumentos fundamentais.
Eles servem tanto para produtores e indústrias que desejam proteção contra oscilações de preço quanto para traders que buscam lucrar com a volatilidade do mercado.
Por isso, a seguir, saiba o que são contratos futuros de soja, como funcionam e como investir. Boa leitura!
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O que são contratos futuros de soja?
Um contrato futuro de soja é um acordo padronizado, negociado em Bolsa, que estabelece a compra ou a venda de uma quantidade específica da commodity em uma data futura, a um preço previamente definido.
Esse tipo de contrato permite que produtores, indústrias e investidores se antecipem às variações de preço, garantindo previsibilidade ou buscando ganhos especulativos.
Assim como acontece com o petróleo, esses contratos têm papel duplo: funcionam como instrumento de proteção (hedge) e também de especulação.
A soja negociada em contratos futuros segue padrões de qualidade e quantidade pré-determinados, o que garante transparência entre compradores e vendedores.
No Brasil, a negociação ocorre na B3, Bolsa de Valores brasileira, enquanto nos Estados Unidos o mercado é centralizado na CME Group, especialmente na tradicional Chicago Board of Trade (CBOT), referência global para o setor agrícola.
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Como funcionam os contratos futuros de soja?
O funcionamento desses contratos segue regras padronizadas que tornam o processo mais eficiente e transparente.
Cada contrato futuro de soja, por sua vez, especifica detalhes como a quantidade da commodity, o padrão de qualidade, o local de entrega e a data de vencimento.
Isso garante que ambas as partes estejam de acordo em relação às condições do negócio.
No Brasil, um contrato futuro de soja na B3 corresponde a 450 sacas de 60 quilos cada, enquanto nos Estados Unidos o contrato padrão da CBOT equivale a 5.000 bushels (aproximadamente 136 toneladas).
Essa padronização facilita as negociações e torna os contratos comparáveis no mercado internacional. Alguns pontos fundamentais para entender o funcionamento são:
- Margem de garantia: para negociar, o investidor deposita apenas uma fração do valor total do contrato.
- Alavancagem: a margem permite movimentar valores muito superiores ao capital investido, aumentando ganhos e riscos.
- Liquidação financeira: ocorre quando a diferença entre o preço contratado e o preço de mercado é ajustada financeiramente.
- Liquidação física: envolve a entrega real da soja, algo mais comum entre produtores, tradings e indústrias que necessitam da commodity.
Essa dinâmica torna os contratos futuros de soja atrativos não apenas para agentes ligados ao agronegócio, mas também para investidores que desejam diversificar sua carteira.
Para que servem?
Os contratos futuros de soja têm diferentes utilidades, que dependem do perfil de quem os negocia.
Como dito anteriormente, para produtores rurais e indústrias, a principal função é a proteção (hedge). Eles usam os contratos para se proteger contra a queda de preços, garantindo sua rentabilidade e estabilidade.
Para traders, o objetivo é a especulação, buscando lucrar com a volatilidade do mercado. Já para os investidores, esses contratos são uma forma de diversificar a carteira, incluindo uma commodity estratégica no portfólio.
Fatores que influenciam o preço da soja
O preço da soja é extremamente sensível a diferentes variáveis econômicas, climáticas e políticas. Entender esses fatores é essencial para quem deseja negociar contratos futuros. Entre os mais relevantes estão:
- Oferta e demanda global: em períodos de alta demanda por alimentos e ração animal, a procura por soja aumenta, elevando os preços. Já em momentos de excesso de produção, as cotações tendem a cair.
- Safras brasileiras e americanas: como Brasil e EUA são os maiores produtores, a produtividade de suas safras exerce enorme impacto sobre os preços internacionais.
- Clima: secas, geadas ou excesso de chuvas podem prejudicar a colheita, reduzindo a oferta e pressionando os preços para cima.
- Câmbio: a soja é cotada em dólar. Assim, variações cambiais afetam diretamente a competitividade das exportações e o preço interno.
- Estoques mundiais: níveis elevados de estoque funcionam como colchão contra choques de oferta; já estoques baixos aumentam a volatilidade.
- Políticas comerciais: tarifas, subsídios e restrições à exportação ou importação influenciam o fluxo global da commodity.
- Uso para biocombustíveis: a demanda por biodiesel à base de soja também tem impacto crescente sobre os preços.
Como investir em contratos futuros de soja?
Existem diferentes caminhos para acessar esse mercado, dependendo do perfil de investidor e da experiência do investidor.
Na B3, é possível negociar contratos futuros de soja por meio de corretoras de valores autorizadas. Para isso, o investidor precisa ter conta em uma corretora, depositar a margem de garantia e acompanhar diariamente os ajustes.
Na CBOT, nos Estados Unidos, os contratos têm liquidez ainda maior e atraem investidores do mundo todo. Embora o acesso direto seja mais complexo para o investidor brasileiro, há corretoras que oferecem plataformas integradas para negociação internacional.
Para começar a investir em contratos futuros de soja, siga estes passos:
- Crie sua conta na Toro: o primeiro passo é ter um cadastro ativo em uma corretora que ofereça acesso ao Mercado Futuro. A Toro, plataforma oficial do Banco Santander, é uma excelente alternativa, combinando a segurança de um grande banco com ferramentas de negociação intuitivas.
- Envie os fundos: transfira para sua conta o capital que será usado como margem de garantia. Esse valor é uma fração do total do contrato, permitindo que você negocie um volume financeiro maior.
- Acesse a plataforma: entre na plataforma de negociação da corretora. Clientes da Toro, por exemplo, têm acesso gratuito ao Profit Toro Trader para suas operações.
- Ajuste a garantia: dentro da plataforma, separe o montante necessário para cobrir a margem de garantia do contrato de soja (SJC).
- Negocie: localize o contrato pelo seu código (ex: SJC26, em que “26” indica o ano de vencimento). Em seguida, decida se irá comprar ou vender o contrato, de acordo com a sua análise sobre a futura direção do preço da commodity.
Importante: o investimento em Renda Variável e as operações de trading na Bolsa de Valores envolvem riscos significativos e são recomendadas exclusivamente para investidores com perfil arrojado, que compreendem a volatilidade do mercado e estão cientes das possíveis perdas financeiras. Se você ainda não respondeu aoteste de perfil de investidor (questionário de suitability), acesse sua conta na Toro e descubra o seu nível de tolerância ao risco.