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A Selic vai subir, baixar ou se manter? Veja os próximos passos do BC!

A taxa Selic é definida pelo BC como uma ferramenta de política monetária para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o Banco Central a aumenta para reduzir a demanda por crédito e desacelerar a economia.

Quando a inflação está baixa, ele pode reduzir a Selic para estimular a economia e aumentar a demanda por crédito. A manutenção da taxa Selic é uma estratégia para manter a estabilidade econômica e evitar choques inflacionários ou recessões.


Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2025, o Copom alterou a taxa básica de juros 41 vezes em 62 reuniões.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para, entre outros compromissos, definir o valor da taxa básica de juros da economia. Logo, o Copom pode tomar 3 decisões possíveis: aumentar, baixar ou manter a Selic no mesmo patamar.

Neste artigo, falaremos sobre como ocorrem as alterações na taxa Selic, porque ela sobe, desce ou é mantida no mesmo patamar.

Ao final da leitura, você saberá quais fatores da conjuntura econômica observar para antecipar os movimentos dessa taxa e criar estratégias de investimento. Vamos lá?

Por que a taxa Selic sobe ou desce?

Mas, afinal, por que o Copom decide mexer ou manter a Selic? A taxa básica de juros é o principal mecanismo utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, pois ela determina, em termos leigos, o “custo do dinheiro”.

Portanto, nos períodos em que a inflação está elevada e uma de suas causas seja monetária (excesso de moeda em circulação), é de se esperar que o Copom eleve a taxa Selic.

Ao fazer isso, tomar empréstimos, fazer financiamentos, emitir títulos de dívida, por exemplo, ficam mais caros. Assim sendo, haverá menos dinheiro circulando, uma vez que os agentes econômicos (empresas, famílias etc) vão aguardar momentos mais oportunos e de crédito mais barato.

Logo, o inverso também é verdadeiro. Quando o Banco Central constata que a inflação está controlada e precisa estimular o crescimento econômico (consumo das famílias, expansão das empresas e gastos do governo), ele reduz a taxa Selic.

Histórico atualizado da taxa Selic

Confira, no gráfico a seguir, a movimentação da taxa Selic desde 2011:

O valor que o Bacen estipula é uma meta para os juros e não um valor exato. Ele realiza a aproximação ao valor da meta comprando e vendendo títulos públicos no mercado, outra forma de retirar ou colocar dinheiro em circulação.

Há outros mecanismos pelos quais o BC pode “enxugar” o volume de dinheiro na economia, mas a alteração da taxa básica de juros segue como a principal.

É importante dizer ainda que o efeito das alterações na Selic não é imediato. São necessários alguns meses para que alteração nos juros seja observada no dia a dia. Para os economistas, esse prazo varia entre 9 e 12 meses.

Então, se o Copom optar por elevar os juros hoje, apenas daqui a 3 trimestres é que vamos poder avaliar se essa ação foi suficiente para conter a elevação dos preços.

SAIBA MAIS :
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A Selic vai subir ou cair esse ano?

Com base no Boletim Focus, as expectativas indicam que a taxa Selic deve continuar a subir em 2025, antes de uma possível redução futura, dependendo da evolução da inflação e da economia.

Isso reflete a necessidade de uma política monetária mais restritiva para combater as pressões inflacionárias, conforme o cenário mais adverso observado atualmente.

Após atingir um patamar historicamente baixo (2% ao ano) em 2020/2021, quando o BC precisava colocar em prática mecanismos que estimulassem a economia a se recuperar do choque da Covid, a taxa Selic voltou a subir.

Em 2021 e 2022, o IPCA (índice oficial de inflação no Brasil) estourou a meta prevista pelo governo, um padrão que foi observado em outras grandes economias mundiais, como EUA, Alemanha, Reino Unido, zona do euro, etc.

Nesse cenário, os Bancos Centrais mundo afora começaram um movimento de elevação dos juros. Já em 2023, a inflação tanto no Brasil quanto nas economias citadas começou a dar sinais de esfriamento.

Por aqui, antes da virada do ano, o Bacen começou uma política de cortes de juros, que foi interrompida em 2024, sobretudo em virtude da necessidade de melhor controle da inflação.

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Qual a previsão/projeção da Selic para 2025?

Diante as últimas atas de política monetária, o mercado acompanha atentamente os próximos passos do Copom, do Federal Reserve (EUA), do Banco Central Europeu e de outras autoridades monetárias.

A expectativa para este ano é de que os juros sejam mantidos em patamares elevados, ou com aumentos mais moderados, como parte da estratégia de trazer a inflação para dentro da meta.

Para 2025, devido ao cenário inflacionário tanto global quanto no Brasil, o mercado espera que a taxa Selic permaneça em dois dígitos até o final do ano.

Quando a Selic vai começar a baixar?

Afinal, a Selic vai cair? Há algumas reuniões, o BC manteve a taxa Selic no nível de 13,75% ao ano. Embora tenha sinalizado que não haveria novas elevações previstas, a autoridade monetária deixou a porta aberta para seguir subindo os juros, caso a inflação dê sinais de que vai se manter forte.

Entretanto, em 20/09/23, após três anos, a taxa Selic baixou para 12,75%. Em novembro de 2023, ela caiu para 12,25%. Já em março de 2024, chegou a 10,75%.

Em seguida, foi novamente cortada, em maio, para 10,50% ao ano. Por fim, em setembro de 2024, devido à incerteza e à pressão inflacionária ainda presente, foi novamente elevada a 10,75% ao ano e, em seguida, chegou a 13,25% em janeiro de 2025, seu valor atual.

A previsão é que a taxa Selic comece a cair a partir de 2026, caso a inflação seja controlada dentro da meta estabelecida pelo Banco Central.

A expectativa é que, com a estabilização da economia e a convergência da inflação para o objetivo de 3,0%, o Comitê de Política Monetária (Copom) possa adotar uma postura mais acomodatícia, promovendo cortes na taxa de juros para estimular a atividade econômica, desde que a dinâmica inflacionária permita esse ajuste sem comprometer a estabilidade dos preços.

Previsão e projeção para a Taxa Selic até 2027

Qual é a previsão para a taxa Selic no mercado hoje? No Boletim Focus, o mercado projeta os valores para a taxa Selic até 3 anos à frente.

Em 2024, a taxa Selic termina o ano em 12,25% ao ano e, em 2025, se aproxime dos 15%, valor acima do que deve se manter em 2026 (12,50%) e 2027 (10%).

AnoTaxa Selic
202515,00% ao ano
202612,50% ao ano
202710,38% ao ano
202810,00% ao ano
Boletim Focus – 03/02/2025

Lembrando que essas previsões são atualizadas semanalmente. Então, confira os valores atualizados no site do Banco Central.

Datas das próximas reuniões do Copom em 2025

Como dissemos, o Copom se reúne a cada 45 dias para discutir os rumos da economia e definir as próximas ações na política monetária.

As próximas reuniões do Comitê serão nas seguintes datas:

ReuniãoData
268ª reunião28 e 29 de janeiro de 2025
269ª reunião18 e 19 de março de 2025
270ª reunião6 e 7 de maio de 2025
271ª reunião17 e 18 de junho de 2025
272ª reunião29 e 30 de julho de 2025
273ª reunião16 e 17 de setembro de 2025
274ª reunião4 e 5 de novembro de 2025
275ª reunião9 e 10 de dezembro de 2025

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Ata do Copom: o que o BC pensa em fazer?

Na última reunião do Copom, realizada em 28 e 29 de janeiro de 2025, o Copom elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, justificando a decisão pelo cenário de inflação acima da meta, expectativas desancoradas e pressões no mercado de trabalho.

Esta decisão reflete a preocupação com a inflação persistente, que registrou um aumento de 4,5% no acumulado de 12 meses até meados de janeiro, superando a meta de 3%.

O Copom também revisou a projeção de inflação para 2025, ajustando-a de 4,5% para 5,2%. Além disso, o comitê sinalizou a possibilidade de um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, prevista para março, caso as pressões inflacionárias continuem.

Esta foi a primeira reunião sob a liderança do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assumiu o cargo recentemente.

Ajustes adicionais na Selic, com mesma magnitude, são previstos nas próximas reuniões, dependendo da evolução da inflação, atividade econômica e projeções futuras.

➡️ Leia a ata da última reunião do Copom na íntegra

Qual a previsão/projeção da inflação para 2025?

Como você aprendeu neste artigo, a inflação é o principal indicador que o BC utiliza para monitorar possíveis alterações na taxa Selic.

Para este ano, o mercado estipulava as seguintes previsões para a inflação no início do ano:

AnoIPCA previsto
20255,51%
20264,28%
20273,90%
20283,74%
Boletim Focus – 03/02/2025

Esses números também são atualizados toda semana. Logo, sempre se lembre de conferir os valores vigentes no Boletim Focus.

Então, para saber se a Selic vai subir, baixar ou se manter, basta acompanhar as decisões e as declarações do BC sobre a inflação para ter uma ideia de qual será o próximo movimento dos juros.

Confira o comportamento da inflação nos últimos anos:

Como investir de acordo com o valor da taxa Selic?

Se a taxa básica de juros é alterada constantemente, como saber qual é a melhor decisão de investimento entre Renda Fixa e Renda Variável?

O ideal é que você converse sempre com o seu Assessor de Investimentos para que, juntos, construam uma carteira diversificada de modo a aproveitar os melhores investimentos do momento.

Via de regra, os investidores tendem a adotar a seguinte postura a diferentes valores da Selic:

Investimentos mais procurados com a Selic em alta

As aplicações mais buscadas com a Selic em alta são:

  • Tesouro Selic e demais títulos públicos.
  • Fundos de Renda Fixa.
  • CDBs que rendem próximo de 100% do CDI ou mais.
  • Renda Fixa Corporativa (CRIs, CRAs, debêntures etc).
  • FIIs de papel com carteiras expostas à taxa DI.

Investimentos mais procurados com a Selic em baixa

  • Ações.
  • Fundos Imobiliários (FIIs).
  • ETFs.
  • BDRs.
  • Fundos de Ações, Cambiais e Multimercados.
  • Operações estruturadas.

Para terminar, lembre-se de que, independentemente do valor da Selic ou se ela vai subir, descer ou não se alterar, você deve montar um portfólio de investimentos diversificado e sólido para enfrentar os diversos cenários econômicos, sempre lembrando dos seus objetivos e perfil de risco.

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