Fundos de Ações (FIA) são um tipo de Fundo de Investimentos dedicados a captar recursos de cotistas para a elaborar estratégias no mercado acionário e entregar rentabilidades que acompanham ou superam um índice de referência.
Os Fundos de Ações são aplicações que se adequam a variadas estratégias de investimento, considerando o adaptação ao perfil e objetivos de cada pessoa, desde os que estão começando sua jornada até os mais experientes do mercado.
É possível começar com pouco e investir em diferentes tipos de gestão de ativos. Por serem tão democráticos e atrativos, eles têm ganhado mais espaço nas carteiras de investimento dos brasileiros.
Fundos de Ações estão no top 3 dos tipos de investimento mais procurados pelos brasileiros, aponta pesquisa.
A referida pesquisa do Yubb montou um top 10 dos investimentos preferidos no Brasil em 2021. Foram eles, nessa ordem:
1º: Ações livres
2º: CDBs
3º: Fundos de Ações
4º: Fundos Multimercados
5º: Tesouro Direto
6º: ETFs
7º: LCI e LCA
8º: FIIs
9º: Criptoativos
10º: Letras de crédito (LC)
Já que o assunto está em alta, no artigo de hoje, listamos as 15 perguntas mais comuns sobre os Fundos de Ações para você compreendê-los e começar a investir nos melhores do mercado.
Navegação Rápida
1. O que são Fundos de Investimentos de Ações (FIAs)?
Os Fundos de Ações são um tipo de Fundos de Investimentos que se dedicam exclusivamente a traçar e investir os recursos dos seus cotistas em estratégias com ativos no mercado acionário, seja no Brasil ou no exterior.
Em outras palavras, é uma entidade que capta recursos de pessoas físicas e investidores institucionais com o objetivo de montar e administrar uma carteira de ações a fim de trazer a melhor rentabilidade para os cotistas.
Antes de continuar, que tal tirar suas principais dúvidas sobre os Fundos de Investimento? Dê play no vídeo e confira:
2. O que faz um gestor de Fundo de Ações?
Conforme a política e o regulamento do Fundo, o gestor é responsável por selecionar os ativos que vão compor a carteira, emitindo ordens de compra e venda. O gestor também pode exercer o direito a voto nas assembleias das empresas representando os cotistas.
No seu cotidiano, ele estuda o mercado e as tendências econômicas para buscar novas oportunidades de ganhos para o Fundo. Logo, também pode determinar quando um ativo será retirado da carteira ou se expor a uma nova ação, conforme o tipo de gestão (ver abaixo).
Antes de passar ao próximo tópico, confira, no infográfico abaixo, como os gestores alocam o capital nos outros tipos de Fundos:
3. Qual a diferença entre ações livres e Fundos de Ações?
Outra dúvida que surge entre os investidores iniciantes é quanto à diferença entre ações livres e Fundos de Ações. É algo bastante simples e uma estratégia não necessariamente anula a outra.
As ações livres são aquelas que você compra diretamente na plataforma da sua corretora. Por exemplo, quando você quer se tornar sócio das Lojas Renner e adquire ações pelo código de negociação LREN3 na quantidade desejada.
Nos Fundos de Ações, você compra uma cota de participação. Seu dinheiro e o de muitos outros investidores serão investidos nas ações que o gestor escolher. Ou seja, você não opera (compra e venda) diretamente no pregão.
Uma maneira de também investir em ações livres é seguir as carteiras mensais recomendadas pelas corretoras. No início de todos os meses, os analistas escolhem os papeis com maior potencial de valorização.
Por fim, se você quer saber como investir em ações livres com a ajuda de especialistas, veja o vídeo abaixo:
4. Quais são as vantagens dos Fundos de Ações?
Quem aplica em Fundos de Investimentos em Ações (FIAs) visa principalmente as vantagens que obtém com esse tipo de investimento. Entre elas, podemos listar:
- Diversificação da carteira, uma vez que o Fundo investe em diversas empresas.
- Ficar menos exposto às variações de preços de ações específicas e isoladas.
- Não ter trabalho para analisar e escolher as ações para investir.
- Contar com um gestor profissional para escolher e administrar as melhores ações.
- Boa rentabilidade, sobretudo acima da Poupança e outros investimentos de Renda Fixa.
- Custos operacionais reduzidos por ter um grande número de investidores.
- Possibilidade de entrar ou resgatar os recursos a qualquer momento nos Fundos abertos.
5. Como funcionam os Fundos de Ações?
A maioria dos Fundos de Ações é constituída sob a forma de “condomínio aberto”, isto é, em que os cotistas podem comprar ou resgatar as suas cotas livremente a qualquer momento. Mais raros, eles também podem ser do tipo fechado, ou seja, o resgate só ocorre ao final do prazo de duração do Fundo ou na sua liquidação.
Um Fundo de Ações, ao ser criado, define o valor das cotas que serão vendidas aos participantes. O somatório de todas as cotas corresponde ao patrimônio total do FIA que será usado na compra dos ativos. Todo Fundo de Ações também deve elaborar um regulamento e a sua estratégia para a composição e administração de portfólio, além de outras regras de funcionamento.
O gestor, a partir daí, montará a carteira de ações e administrá-la no dia a dia. O cotista, então, ganhará com a rentabilidade dessa estratégia e com a valorização da cota do Fundo.
Os FIAs são investimentos de maior risco, pois aplicam ao menos 67% recursos no mercado de ações (ações livres, bônus ou recibos de subscrição, cotas de outros Fundos, BDRs, Fundos de Índices e outros).
Os 33% restantes podem ser investidos em outras classes de ativos financeiros. Contudo, se estiver definido no regulamento, esses limites podem ser modificados.
É comum, no mercado, que os Fundos limitem os investimentos a, no máximo, 20% do patrimônio dos cotistas em produtos de uma única instituição. Podem ainda determinar um limite também máximo de 5% ou 10% para ações de empresas ou cotas de outros Fundos para minimizar o risco.
6. Quais são os tipos de Fundos de Ações?
Para classificar os Fundos de Ações quanto ao tipo, podemos usar as regras da Anbima que os divide em níveis de acordo com a estratégia que adotam. São eles:
- Fundos de valor/crescimento: aqueles que buscam empresas que estejam “baratas” ou “abaixo do preço justo” para ter melhores retornos.
- Fundos setoriais: são os que se destinam a comprar ações de empresas de um único setor ou conjunto de setores.
- Fundos de dividendos: composto por papéis de empresas com histórico de dividend yield consistente.
- Fundos de Small Caps: são os Fundos em que o gestor orienta a estratégia para ter, no mínimo, 85% de empresas que não estão na lista das 25 maiores participações do IBr-X.
- Fundos de sustentabilidade/governança: aqueles que elaboram uma carteira com empresas reconhecidas por bons níveis de sustentabilidade, governança corporativa e práticas de ESG.
- Fundos de índice ativo: são os Fundos em que os gestores têm como meta superar algum índice de referência do mercado de ações, como o Ibovespa.
- Fundos livres: esses Fundos atuam sem o compromisso de concentração em uma única estratégia específica. Ou seja, o gestor monta as posições como desejar.
Antes de encerrarmos este tópico, confira abaixo como é simples investir em Fundos de Investimentos com poucos cliques:
7. Gestão ativa x gestão passiva em Fundos: o que é isso?
Como os FIAs investem em empresas listadas em Bolsa, o desempenho tende a seguir o desempenho delas no dia a dia, de acordo com o tipo de gestão aplicada no Fundo: ativa ou passiva.
A gestão passiva ocorre quando a estratégia do Fundo visa somente acompanhar o desempenho de um índice do mercado acionário ou uma ação específica, como o Ibovespa − principal indicador da Bolsa brasileira. Os ETFs são exemplos de Fundos de gestão passiva.
A gestão ativa é aquela em que o gestor tenta, com a sua estratégia, superar um índice (benchmarking) do mercado, como o IBr-X 50 ou o Índice Small Caps, por exemplo.
Portanto, para saber se um Fundo de Ações está indo bem ou mal, é preciso verificar o tipo de gestão e comparar a sua rentabilidade e retornos históricos com a do índice que ele toma como referência, sobretudo no longo prazo, uma vez que em períodos mais cursos, os FIAs também podem sofrer com a volatilidade do mercado.
Aprenda mais sobre os diferentes tipos de gestão no vídeo abaixo:
8. Quais são as taxas e custos de um Fundo de Ações?
Inicialmente, é preciso compreender que as taxas dos Fundos de Ações normalmente são mais baixas em FIAs de gestão passiva e mais altas nos de gestão ativa, dado o prêmio de risco e o trabalho mais ou menos criterioso para escolher os ativos. Além disso, os custos para ser cotista do Fundo normalmente incluem a taxa de administração e a taxa de performance.
9. Fundos de Ações têm Imposto de Renda, IOF e come-cotas?
Os Fundos de Ações também ficam sujeitos à cobrança de Imposto de Renda, independente do prazo. A alíquota aplicada é de 15% sobre o rendimento bruto e é cobrada no momento do resgate com o desconto na fonte.
A boa notícia é que os Fundos de Ações não estão sujeitos ao Imposto de Operações Financeiras (IOF) para aplicações em que o resgate ocorre após 30 dias do investimento.
Por fim, come-cotas – a antecipação da cobrança do recolhimento do Imposto de Renda dos ganhos em Fundos – ocorre no último dia útil de maio e novembro, desde que haja lucro. Nos Fundos de curto prazo, a alíquota é de 20% e, nos de longo prazo, 15%.
10. Fundos de Ações pagam dividendos?
Outro questionamento que deve surgir na sua cabeça é sobre o que os Fundos de Ações fazem com os dividendos recebidos das empresas, uma vez que o investidor não está aplicando nelas diretamente.
No Brasil, os Fundos de Ações normalmente reinvestem o valor dos dividendos nas posições do Fundo ou em novas ações para aumentar o efeito positivo na valorização das cotas.
Portanto, o dividendo recebido vai para o patrimônio líquido do Fundo, o que aumenta o valor da sua cota no mercado e o volume aplicado por cada um dos cotistas. Logo, também é uma possibilidade de aumentar seus ganhos nos FIAs, uma vez que é reconhecido pelo mercado que o bom desempenho de carteiras melhoram ao reinvestir os dividendos.
11. Fundos de Ações têm cobertura do FGC?
Por regra, nenhum tipo de Fundo de Investimento tem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso não significa que eles não sejam investimentos seguros. Como foi explicado em outro artig sobre Fundos de Investimentos aqui no blog, os FIAs são regulados pela CVM e pelo Banco Central, de acordo com a sua natureza.
Além do mais, todos eles devem ter um auditor independente que irá fiscalizar a as demonstrações contábeis e garantir que o gestor está seguindo as normas adequadas.
12. Como escolher os melhores Fundos de Ações?
Para escolher o melhor Fundo de Ações para investir, alguns fatores podem ser considerados para decidir com mais facilidade. O investidor deve ponderar principalmente sobre:
- Risco: o ideal é que o investidor aplique em Fundos compatíveis com a sua tolerância ao risco e, para isso, é preciso conhecer a estratégia e a carteira do Fundo.
- Aplicação mínima: o valor inicial para participar de um Fundo. Essa número é bastante variável no mercado, de acordo com o nível de sofisticação e de risco. Para os investidores de varejo, há Fundos com aplicação incial bem em conta.
- Liquidez e prazo de resgate: em quanto tempo o seu dinheiro chega até você em caso de um pedido de saque dos recursos. Isso está descrito no regulamento do Fundo.
- Rating: as avaliações externas sobre a qualidade do Fundo seguindo critérios como rentabilidade, gestão e nível de risco.
- Qualidade da gestão: conhecer quem é o gestor do Fundo, sua reputação e como pensa as estratégias, bem como ele enxerga o mercado.
- Taxas e custos: quanto o Fundo cobra pelo seu trabalho administrativo e/ou performance.
- Rentabilidade e performance: o desempenho histórico do FIA e comparar aos Índices de referência.
13. Como interpretar a rentabilidade dos Fundos de Ações?
A rentabilidade de um Fundo de Ações deve ser comparada com o índice de referência do mercado, sobretudo descontando as taxas de administração e performance.
O investidor também deve analisar o resultado em períodos de tempo maiores, uma vez que, no curto prazo, os Fundos são impactados pela volatilidade do mercado.
Além disso, é preciso colocar a rentabilidade entregue pelo Fundo em perspectiva do nível de risco que ele assume na estratégia. Por isso, o longo prazo entra mais uma vez na análise ao permitir compreender como o FIA performou em diferentes momentos econômicos.
14. Como investir em Fundos de Ações?
Para terminar, para investir em Fundos de Ações, você deve ter uma conta ativa em uma corretora. Então, deve transferir os recursos para essa conta e fazer a compra das cotas do FIA desejado, após a análise conforme os critérios acima, seus objetivos de investimento e perfil de investidor.
Na plataforma da Toro Investimentos, é possível buscar os melhores Fundos de Ações filtrando-os por nível de risco, rentabilidade, prazo de resgate e aplicação mínima. Além disso, a Toro oferece Cashback da taxa de administração. Ou seja, parte do dinheiro que ia para o Fundo como custo administrativo retorna para você.
Antes de fechar essa página, confira abaixo um vídeo de como investir nos melhores Fundos de Ações do mercado com a plataforma da Toro:
Quais são os melhores Fundos de Ações para investir este ano?
Quer saber em quais ativos investir neste ano? Então confira, no link abaixo, um conteúdo especial que nosso time de Analistas preparou para você com as recomendações de BDRs, ações, FIIs, Fundos de Investimentos, Renda Fixa e outros ativos para investir nos próximos 365 dias em diante.
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