Cadastre-se grátis

Opep: países membros, objetivos, características e mais neste resumo completo

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma peça-chave no mercado global de energia, influencia diretamente o preço do petróleo e, por consequência, impacta desde o custo de vida até os investimentos em Bolsa.

Neste resumo completo, você vai entender de forma simples quem são os países que compõem a Opep, quais são seus principais objetivos, como ela atua e por que investidores atentos ao mercado financeiro precisam acompanhar seus movimentos.

O que é a Opep e qual é a sua importância?

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é um grupo formado por nações que produzem e exportam grandes quantidades de petróleo.

Esses países se unem para coordenar quanto petróleo vão produzir e vender no mercado mundial.

O principal objetivo da Opep é equilibrar a oferta e a demanda, tentando manter os preços do petróleo estáveis e vantajosos para seus membros.

Isso é importante para os investidores porque o petróleo afeta diretamente os preços de combustíveis, energia, transportes e até a inflação.

Quando a Opep decide cortar ou aumentar a produção, os preços do barril podem subir ou cair e isso movimenta Bolsas, moedas, ações de empresas ligadas ao setor e o mercado global.

Objetivos: para o que foi criada a Opep?

A Opep foi criada em 1960, no Iraque, com um objetivo claro: dar mais poder de negociação aos países produtores de petróleo.

Na época, quem controlava os preços eram grandes empresas estrangeiras. A Opep surgiu para que esses países tivessem voz ativa e pudessem defender seus interesses econômicos.

Assim sendo, os principais objetivos são:

  • Garantir preços justos e estáveis para o petróleo.
  • Evitar oscilações bruscas no mercado.
  • Assegurar receita para os países membros.
  • Manter o equilíbrio entre oferta e demanda global.

Mas como ela faz isso na prática? Basicamente, ela se reúne regularmente para avaliar o cenário global.

Se há excesso de petróleo no mercado (o que derruba os preços), o grupo pode decidir reduzir a produção. Se há escassez (o que pressiona os preços para cima), pode optar por aumentar a oferta.

Essas decisões são estratégicas e impactam diretamente o preço do barril.

Para quem investe, entender essas movimentações é essencial, já que afetam ações de petroleiras, custos logísticos, inflação e até decisões de Bancos Centrais.

Quais são os países-membros da Opep hoje?

Os países-membros respondem por cerca de 38% da produção global de petróleo e detêm quase 80% das reservas comprovadas.

As decisões internas desses governos (sobre produção, cortes ou limitação de oferta) afetam diretamente o preço do barril e, consequentemente, o desempenho de ações de petroleiras, moedas de países exportadores e a inflação global.

A lista atualizada dos países membros da Opep é:

  1. Argélia
  2. República do Congo
  3. Guiné Equatorial
  4. Gabão
  5. Irã
  6. Iraque
  7. Kuwait
  8. Líbia
  9. Nigéria
  10. Arábia Saudita
  11. Emirados Árabes Unidos
  12. Venezuela

Esses 12 países são os membros plenos da organização desde as saídas recentes de:

  • Angola deixou a Opep 2024.
  • Equador foi removido em 2020.
  • Catar encerrou sua filiação em 2019.

Lembrando que, na década de 1960, a organização foi fundada por 5 nações: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela, os chamados membros-fundadores.

Qual a diferença entre Opep e Opep+?

A diferença entre Opep e Opep+ está no grupo de países que participa das decisões e no alcance das negociações sobre produção de petróleo.

A Opep decide sozinha até certo ponto, pois a Opep+ tem mais peso no mercado, pois envolve países que juntos produzem mais de 50% do petróleo mundial.

Quando a Opep+ anuncia cortes ou aumentos na produção, o impacto nos preços do barril e nos ativos relacionados (ações, moedas, inflação) costuma ser ainda maior.

Opep+

Outros países formam a Opep+, um grupo responsável por coordenar cerca de 50% da produção mundial de petróleo, com enorme influência sobre os preços globais.

Asim sendo, as decisões da Opep+ são acompanhadas de perto por investidores e governos, especialmente em momentos de crise, guerra ou mudanças de demanda.

Portanto, é uma aliança ampliada que inclui os 12 membros Opep “tradicional” e outros grandes produtores, como:

  1. Rússia
  2. México
  3. Cazaquistão
  4. Omã
  5. Azerbaijão
  6. Bahrein
  7. Sudão
  8. Sudão do Sul
  9. Malásia
  10. Brunei

Foi criada em 2016, principalmente para melhorar o controle da produção global e equilibrar o mercado em tempos de crise (como na pandemia e em choques de oferta).

Por que a Opep é chamada de cartel?

A Opep é chamada de “cartel” porque funciona como uma aliança entre países produtores de petróleo que coordenam a produção e influenciam os preços da commodity no mercado internacional, exatamente o que caracteriza um cartel no sentido econômico.

No mercado, um cartel é quando empresas ou países se unem para controlar preços, limitar oferta ou dividir mercado, o que reduz a concorrência e pode manter os preços artificialmente altos.

Lembrando que a Opep não é ilegal, pois é formada por Estados soberanos, não empresas privadas. Então, o termo “cartel” é informal e não tem sentido de atestar criminalidade no bloco.

A Opep é assim caracterizada porque atua como um bloco econômico poderoso que influencia a oferta de petróleo e, por consequência, os preços e os mercados.

O Brasil faz parte da Opep?

Não, o Brasil nunca fez parte da Opep e não é membro da Opep+.

No entanto, o país já recebeu o convite para participar como observador das reuniões do grupo, especialmente nos últimos anos, devido ao crescimento da produção de petróleo no pré-sal.

Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o Brasil prefere manter uma postura independente.

Entrar na Opep ou na Opep+ significaria seguir metas de produção definidas pelo grupo, o que poderia limitar a estratégia da Petrobras e a política energética do governo.

Mesmo fora, o Brasil pode ser afetado indiretamente pelas decisões da organização. Se a Opep+ corta a produção e o preço do petróleo sobe, ações da Petrobras e empresas do setor podem se valorizar.

Por outro lado, decisões que pressionam o preço para baixo também impactam o país, principalmente nas exportações.

Como a Opep afeta o seu dia a dia?

A Opep afeta o dia a dia das pessoas porque influencia diretamente o preço do petróleo, que está presente em praticamente tudo: combustível, energia, transporte, alimentos, embalagens e até remédios.

Veja como isso acontece na prática:

⛽ Combustíveis mais caros ou mais baratos

Quando a Opep reduz a produção, o preço do barril sobe. Isso pode deixar gasolina, diesel e gás de cozinha mais caros, afetando o bolso das famílias.

🍞 Alimentos e produtos sobem de preço

O transporte de alimentos e mercadorias depende de combustíveis. Se o petróleo sobe, o frete fica mais caro e os preços nos mercados tendem a aumentar, ou seja, a inflação sente o impacto.

💡 Custo da energia

Em países que usam petróleo para gerar energia elétrica, decisões da Opep podem impactar a conta de luz.

💰 Poder de compra

Com mais inflação, o poder de compra das pessoas diminui, já que o salário passa a render menos. Isso afeta o consumo e o ritmo da economia em geral.

Então, mesmo sem perceber, todos nós sentimos os reflexos das decisões da Opep, seja no posto de gasolina, no mercado ou nos seus investimentos.

Como a Opep influencia os seus investimentos?

A Opep influencia diretamente os investimentos e os portfólios porque suas decisões impactam o preço do petróleo, uma commodity estratégica que afeta empresas, setores inteiros da economia e até políticas monetárias.

Veja os principais efeitos no mercado financeiro:

  • Ações de petroleiras: empresas como Petrobras, ExxonMobil e Shell sobem ou caem conforme o preço do barril. Se a organização decide cortar produção, o preço tende a subir, o que pode valorizar essas ações.
  • Mercados emergentes e moedas: países exportadores de petróleo (como Brasil, Rússia, México) se beneficiam com preços mais altos. Isso pode fortalecer suas moedas, atrair investimentos e valorizar Bolsas locais.
  • Inflação e juros: se o petróleo sobe muito, isso pressiona a inflação global. Com isso, Bancos Centrais podem elevar os juros, o que afeta títulos de Renda Fixa, ações e o apetite por risco dos investidores.
  • Commodities e diversificação: investidores expostos a commodities (diretamente via ETFs, fundos ou ações) sentem os impactos das decisões. Por isso, ela é um fator importante na diversificação e gestão de risco.

Dessa maneira, quem investe no mercado financeiro precisa acompanhar os movimentos da Opep porque eles afetam preços, setores e até decisões macroeconômicas.

Entender esse cenário ajuda a tomar decisões mais estratégicas, seja na escolha de ações, proteção de carteira ou ajuste de alocação.

Notícias sobre a Opep: como acompanhar?

Acompanhar a Opep é essencial para quem investe, especialmente em ações de petroleiras, commodities ou mercados emergentes. Veja onde e como se manter atualizado de forma prática:

  • Site da Opep: na página oficial da Opep, você acompanha relevantes divulgações e calendário de reuniões oficiais do grupo.
  • Sites de notícias financeiras: Bloomberg, Reuters, CNBC, Investing.com, Valor Econômico e Exame Invest costumam cobrir os eventos e números.
  • Morning Call da Toro: diariamente, nossos Analistas comentam os principais dados do mercado, incluindo os movimentos das commodities.

Lembre-se que não basta saber o que a organização decidiu, pois também é importante entender como o mercado reagiu.

Frequentemente, os Analistas da Toro costumam publicar relatórios e comentar em nossas lives os impactos esperados no petróleo, nos juros e nas Bolsas.

Pronto para começar? Fale com a Toro pelo WhatsApp.