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Blockchain: o que é a tecnologia por trás dos Bitcoins?

Blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que permite registrar transações de forma segura, transparente e descentralizada. Ela serve como um livro contábil digital para transações financeiras, registros de propriedade, votações eletrônicas e outras aplicações.

Sua principal característica é a segurança criptográfica, que impede a alteração ou fraude dos registros, além de dispensar a necessidade de intermediários, tornando as transações mais rápidas e econômicas.


Bitcoin, criptomoedas, ativos virtuais, blockchain… se você tem interesse em mercado financeiro, certamente escutou alguns desses termos nos últimos anos. O assunto já tomou as manchetes dos principais jornais e portais do mundo todo. As criptomoedas vieram com tudo e os Bitcoins são o carro-chefe do tema do momento.

No início de novembro de 2021, a capitalização de mercado combinada de todos os tokens de criptoativos no mundo ultrapassou, pela primeira vez, US$3 trilhões (mais de R$16 trilhões).

Entretanto, apesar de todo alvoroço em volta das moedas digitais, muitas pessoas não entendem ao certo como esse universo funciona.

Dúvidas como “qual a cotação do Bitcoin hoje” e “como investir em Bitcoins” são frequentes. Outro engano comum é acreditar que Bitcoin e blockchain são sinônimos. Na verdade, não são e você vai entender a diferença entre esses termos logo mais neste artigo.

Já adiantamos que a relação entre eles pode ser comparada ao surgimento da escrita. Os sumérios começaram a escrever para contar dinheiro. Porém, como vemos hoje em dia, a escrita é usada para outros fins, além da matemática.

No caso de Bitcoin e blockchain, a ideia é a mesma:

A blockchain é uma espécie de banco de dados em que as negociações de Bitcoins e outros ativos digitais ficam gravadas.

Mas a tecnologia blockchain não necessariamente se resume à compra ou venda de Bitcoins ou de outras criptomoedas, sabia? Além de aprender mais sobre essa diferença, você também vai descobrir:

  • O que é Bitcoin?
  • Blockchain: o que é e como funciona?
  • Qual é a relação entre Bitcoin e blockchain?
  • Blockchain é seguro?
  • Quais outras aplicações para a tecnologia blockchain?

Qual a relação entre blockchain e criptomoedas? 

Antes de entender a tecnologia por trás de uma das criptomoedas mais desejadas do mundo, é preciso compreender o que é Bitcoin.

Acredita-se que o Bitcoin foi desenvolvido por Satoshi Nakamoto em 2009 e isso é basicamente tudo que se sabe sobre seu criador. Há quem acredite que Sakamoto não seja uma pessoa, mas várias. E tem até quem prefira crer que, na verdade, a ideia surgiu de um conjunto de empresas.

No fim das contas, a verdadeira história sobre o criador da criptomoeda é ainda um mistério. Mas o mais importante é entender que esse nome está ligado à criação de um código que dá suporte a todo o sistema Bitcoin como conhecemos hoje.

Você sabe dizer qual é o diferencial que faz com que essa criptomoeda seja tão irreverente? Se pensou na palavra “digital”, acertou.

Os Bitcoins não são encontrados em carteiras físicas, em forma de notas ou moedas. Eles só existem virtualmente.

Isso significa que, para guardar seus Bitcoins, não é preciso pôr a mão no bolso. As informações sobre quanto você tem podem ser armazenadas em um hardware ou até mesmo no celular. Isto é, em uma carteira virtual, que alguns já chamam de carteira Bitcoin.

Outro diferencial dos Bitcoins é que eles são descentralizados, ou seja, não têm vínculo com nenhum governo, empresa ou banco.

Pensado para ser um sistema econômico alternativo, tudo é controlado e verificado pelos próprios usuários através da tecnologia blockchain.

⚠️ Falando em criptoativos, você sabia que é possível investir nesse mercado na Bolsa de Valores? Estamos falando de ETFs de criptomoedas, como o HASH11, que replica o rendimentos das principais moedas digitais do mercado. 

O que é blockchain?

A blockchain é uma espécie de banco de dados, onde ficam armazenadas todas as informações sobre as transações de Bitcoins. O mais legal é que este grande arquivo é acessível a todos os usuários.

Dessa forma, você pode acessar essa base de dados pelo seu computador e ver uma negociação que ocorreu entre duas pessoas: uma na China e outra na Alemanha, por exemplo.

Os detalhes sobre quem são os envolvidos não é possível saber, pois tudo é criptografado. Mas você sabe que aquela transação ocorreu e que ela está gravada na blockchain para sempre.

E falamos para sempre no sentido literal. Afinal, não é possível desfazer ou alterar uma transação após ela ser inserida no sistema. Ou seja, não dá para voltar atrás caso tenha se arrependido de vender seus Bitcoins. Ficou mais claro agora o que é blockchain?

Em resumo, blockchain é uma cadeia de blocos (daí o nome) que fazem parte de um sistema de registro coletivo. Isso quer dizer que as informações não estão guardadas em um lugar só, pois em vez de estarem armazenadas em um único computador, todas as informações da blockchain estão distribuídas entre os diversos computadores ligados a ela.

 

Agora que você já sabe o que é, que tal seguir adiante e entender como funciona essa tecnologia?

Como funcionam o Bitcoin e a blockchain?

Pode parecer muito complexo à primeira vista, mas entender como funciona a blockchain não é algo tão difícil. A tecnologia é bastante inovadora e é uma das razões pelas quais o Bitcoin ganhou as graças dos investidores mundo afora.

A palavra blockchain já entrega parte do processo: como dissemos, ela é uma cadeia de blocos. Cada bloco é formado por várias informações sobre as diversas transações e possui uma assinatura digital única, chamada de hash ou proof of work. Essa assinatura funciona como uma impressão digital do bloco e ajuda a dar mais segurança ao processo, já que tudo é criptografado.

Essa hash funciona como um elo de ligação entre os blocos, já que um bloco carrega sua própria hash e também a hash do bloco anterior. Com isso, vai se formando a cadeia, ou corrente, que liga vários blocos de informação entre si.

Os responsáveis por reunir as informações em blocos e juntar um bloco ao outro são os mineradores.

É provável que você já tenha ouvido falar deles, não é? Essas pessoas reúnem as transações que ainda não foram inseridas em um bloco e as adicionam à blockchain com a hash certa.

No entanto, para fazer isso, é preciso realizar cálculos complexos, que hoje em dia só são feitos por diversos computadores potentes. Como contrapartida, os mineradores recebem uma recompensa em Bitcoins pelo serviço prestado validando as informações.

Cada bloco possui uma capacidade máxima e é criado em um ritmo constante, como uma batida de uma música ou de um coração. No caso do Bitcoin, são adicionados novos blocos à rede a cada 10 minutos aproximadamente.

Assim, nesse período, são verificadas e adicionadas à blockchain diversas transações de compra ou venda de Bitcoins entre usuários. Só depois de um bloco inteiro ser preenchido e verificado é que uma quantidade da moeda pode sair da carteira virtual do usuário que vendeu e passar para a carteira de quem comprou.

Quem está logado na rede, pode ver a criptografia referente a uma transação. Porém, sem conseguir ver a identidade dos envolvidos nem alterar esse processo.

Como esses blocos são selados por códigos criptográficos bastante complexos, é praticamente impossível violá-los e adulterar as informações contida neles.

A seguir, vamos falar sobre segurança da blockchain. Continue a leitura para saber mais.

O blockchain é seguro?

Se você se preocupa em saber se a tecnologia da blockchain é realmente segura, saiba que esta é uma tendência natural. Afinal, um sistema falho pode abrir brechas para ataque de hackers e, consequentemente, trazer muita dor de cabeça.

Para falar de segurança em relação a esse tema, precisamos relembrar o que falamos agora pouco. Cada uma das transações realizadas possui um código único, isto é, uma assinatura digital. Esse código é verificado pelos próprios usuários e a transação precisa ser aprovada para, então, ser incorporada à blockchain por meio de um bloco.

A vigilância e a verificação de todas essas informações são feitas pelos próprios usuários logados à rede, os chamados mineradores. Essa verificação é uma etapa extremamente importante para evitar fraudes.

Outro fator que colabora para a segurança desse processo são as hashs. Cada bloco tem uma hash própria, ou seja, uma assinatura criptográfica específica.

Como você já sabe, além de carregar sua própria assinatura, o bloco também tem gravado a hash do bloco anterior. É isso que deixa o trabalho dos hackers bem mais complicado.

Afinal, para acessar as informações contidas em um bloco, será preciso decifrar a criptografia da hash dele e também do bloco anterior. Como tudo está ligado como uma corrente, esse processo teria que ser feito sucessivamente e praticamente não teria fim.

Além disso, para fraudar a blockchain seria preciso alterar os dados registrados em cada um dos diversos computadores ligados à rede. Essa fraude exigiria que o computador do hacker tivesse uma capacidade de processamento maior do que o total de todos os computadores existentes hoje. Algo impraticável atualmente, concorda?

A segurança que o sistema blockchain oferece é tão relevante que empresas e até instituições governamentais estão demonstrando interesse em utilizar a tecnologia. Isso porque a ideia permite não apenas proteger dados, mas também compartilhá-los com quem quiser sem abrir mão do controle sobre aquela informação.

Quer saber sobre como essa tecnologia pode deixar de ser algo exclusivo dos Bitcoins e passar a ser incorporada ao nosso dia a dia? Saiba mais no tópico seguinte.

Quais são as possibilidades do blockchain além dos Bitcoins?

A blockchain hoje em dia está diretamente ligada aos Bitcoins, desde que a moeda foi criada há quase uma década. Apesar do forte vínculo, não significa que tudo vá continuar assim para sempre.

Muitos entusiastas acreditam que essa tecnologia pode ser a peça-chave para uma nova forma de armazenar e acessar informações. Quando pensamos nessa nova proposta de compartilhamento e validação de informações, as possibilidades podem ser inúmeras.

Não é à toa que, entre aqueles que estudam novas tecnologias, a blockchain já virou até capa de livro. A visão é que a criação de redes de informação descentralizadas pode transformar por completo a forma com que negócios serão feitos daqui para frente.

Se hoje consideramos a internet a forma mais eficiente de compartilhar informação com pessoas do mundo todo em questão de segundos, a blockchain pode oferecer uma nova proposta.

No sistema financeiro, por exemplo, já estamos vendo a blockchain mudando o panorama. A expectativa é que essa tecnologia ajude a simplificar os sistemas operacionais e mantenha um ambiente mais seguro, livre de fraudes.

E não necessariamente precisamos nos ater às transações que envolvem dinheiro e ativos financeiros. Acredita-se ser possível utilizar esse novo sistema para arquivar e compartilhar outras coisas, como música, arte, votos e documentos, por exemplo.

Além da praticidade e segurança, a tecnologia do momento oferece outra vantagem: dispensar intermediários. Num futuro próximo, há chances de podermos compartilhar dados ou fazer uma compra diretamente de pessoas do mundo todo, sem ter que pagar tarifas para empresas, lojas ou bancos.

Com isso, abre-se um leque de possibilidades onde a blockchain pode ser usada. Por exemplo:

  • Créditos de carbono.
  • Prontuários médicos.
  • Históricos escolares.
  • Diplomas.
  • Documentos de identificação, como passaporte.
  • Registros de automóveis.
  • Registros de imóveis.

Os entusiastas acreditam que utilizando essa tecnologia será possível catalogar, rastrear, certificar e autenticar informações e objetos de valor de uma forma totalmente nova. E melhor: sem ficar à mercê de taxas e burocracia.

Com a vantagem de oferecer segurança e de ser acessível a qualquer usuário, uma vez que tudo ficará registrado em um grande banco de dados compartilhado com usuários do mundo todo.

Apesar da grande expectativa em volta da blockchain, ainda não é certeza que ela será mesmo incorporada ao nosso dia a dia. Mas é sempre bom ficar de olho nas mudanças que podem ocorrer em breve.

Depois de tudo que apresentamos neste artigo, chegamos à pergunta final:

Vale a pena investir em criptomoedas?

Devido à grande comoção em relação às criptomoedas, em especial ao Bitcoin, muitas pessoas demonstraram interesse em investir e lucrar com estes ativos digitais. 

No entanto, existem formas mais interessantes de fazer isso e comprar estes ativos diretamente não é o melhor caminho.

Isso porque, ao investir em criptomoedas diretamente, esta pessoa está se expondo a muitos riscos.

Os principais riscos de investir em criptoativos de forma direta são:

  • Bolha Financeira: algumas pessoas dizem que a grande quantidade de pessoas interessadas em investir em criptoativos pode dar início a uma bolha financeira e, caso estoure, muitos podem sofrer grandes prejuízos.
  • As perdas não são garantidas pelo FGC: caso a empresa que disponibilizou as criptomoedas anuncie a sua falência, então o investidor não consegue o seu dinheiro de volta pois não existe nenhum órgão, como o FGC.
  • Falta de lastro: como o Bitcoin é uma criptomoeda que existe apenas no meio digital, não é possível comprovar o seu real valor. Igual acontece com a moeda tradicional que o seu valor é medido perante as atividades econômicas, por exemplo.

Mas não precisa se preocupar. É possível sim investir em criptomoedas de forma mais segura. Atualmente, pode-se investir nestes ativos através de ETFs de criptomoedas que já estão disponíveis na Bolsa de Valores brasileira, a B3.

Ainda não conhece um ETF? Esta sigla significa Exchange Traded Fund, uma espécie de Fundo de Investimento em que a gestora tem como referência um índice do mercado, por exemplo o Ibovespa, o S&P 500 ou então o Nasdaq Crypto Index (NCI).

Entenda mais sobre os ETFs no vídeo a seguir:

 

 

Entre os pontos positivos de investir em criptomoedas através de ETFs estão:

  • Praticidade: é possível investir a partir da sua conta em uma corretora de valores.
  • Liquidez: facilidade para comprar e vender cotas no mercado diariamente. 
  • Valor mínimo acessível: para comprar cada cota de ETF o valor mínimo está ao alcance de investidores de todos os bolsos.
  • Imposto de Renda: quem investe em criptoativos por meio de ETFs pode compensar ganhos e perdas dentro da Renda Variável. Isso não é possível para quem investe em ativos digitais de forma direta.
  • Diversificação: como já falamos aqui, por se tratar de um tipo de Fundo que aplica recursos em diferentes ativos, é possível investir em mais de um ativo com uma única cota de ETF.

Quando falamos sobre investimentos, seja em criptoativos ou não, um dos mercados mais seguros é a Bolsa de Valores. Mesmo com toda volatilidade, você encontra regulamentações, técnicas e ferramentas para investir seu dinheiro com mais segurança. 

Gostou de aprender um pouco mais sobre essa tecnologia que ganhou os holofotes? Agora que já entende a relação entre Bitcoin e blockchain, que tal aprender mais sobre outros investimentos? Acesse nossa página de conteúdos e encontre cursos, materiais, artigos, aulas e tudo que você precisa para saber onde investir seu dinheiro

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