O investidor que busca ser sócio das melhores empresas da Bolsa precisa entender onde estão os negócios mais sólidos e transparentes.
Na B3, o Novo Mercado representa esse padrão de excelência: é o segmento de listagem que reúne companhias comprometidas com as melhores práticas de governança corporativa.
Conhecer esse espaço é fundamental para quem deseja investir no longo prazo com segurança, confiança e foco em crescimento sustentável. Vamos lá?
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O que é o segmento de listagem do Novo Mercado?
Criado em 2000, o Novo Mercado é o segmento mais alto de listagem da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, criado para destacar empresas que seguem as regras mais rigorosas de transparência e governança corporativa.
Isso significa que, além de divulgar informações claras e acessíveis aos investidores, essas companhias se comprometem a práticas que protegem melhor o acionista minoritário.
Para estar no Novo Mercado, a empresa precisa, por exemplo, emitir apenas ações ordinárias (com direito a voto), manter um percentual mínimo de ações em circulação no mercado e adotar conselhos de administração mais independentes.
Na prática, isso dá ao investidor mais segurança, confiança e previsibilidade, tornando o Novo Mercado um caminho natural para quem busca ser sócio de empresas sólidas e com foco no longo prazo.
Critérios: como as ações entram para o Novo Mercado?
Para uma empresa ter suas ações listadas no Novo Mercado, ela precisa aceitar um conjunto de regras que vão além do que a lei exige.
Esses critérios foram criados para aumentar a transparência e proteger o investidor.
Entre os principais, estão:
- Somente ações ordinárias (ON): a empresa não pode emitir ações preferenciais, garantindo que todos os acionistas tenham direito a voto.
- Free float mínimo: a companhia deve manter uma parcela mínima de ações em circulação no mercado, para dar liquidez e facilitar a negociação.
- Conselho de administração independente: parte dos conselheiros precisa ser independente da gestão, ajudando a fiscalizar e tomar decisões em benefício de todos os acionistas.
- Regras claras de governança: a empresa deve divulgar informações mais detalhadas, adotar políticas de transparência e respeitar direitos adicionais dos minoritários, como oferta pública em caso de saída da Bolsa.
- Transparência: necessário divulgar publicamente, de forma simultânea em português e inglês, fatos relevantes, resultados e proventos, como a distribuição de dividendos ou outros direitos aos acionistas.
- IPO já no Novo Mercado: a empresa entrar no Novo Mercado ao mesmo tempo que faz o IPO, sua oferta deve ser acima de R$ 2 bilhões ou entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, desde que cumpra algumas condições.
Além disso, há outros critérios mais técnicos relacionados à auditoria, compliance, Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA), concessão de Tag Along, entre outros. Para saber mais, visite o site da B3.
Essas exigências tornam o Novo Mercado o segmento mais confiável para quem busca investir em empresas sólidas, comprometidas com boas práticas e com maior foco em crescimento sustentável.
Quais são os outros segmentos de listagem?
Além do Novo Mercado, a B3 possui outros segmentos de listagem que exigem diferentes níveis de governança corporativa. São eles:
- Nível 2: permite ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN), mas garante mais direitos aos minoritários do que a lei prevê. Também exige conselheiros independentes e transparência reforçada.
- Nível 1: a empresa pode ter ON e PN, com menos exigências que o Nível 2, mas deve adotar algumas práticas adicionais de governança e manter um percentual mínimo de ações em circulação.
- Básico: é o nível mínimo, onde a companhia cumpre apenas o que a legislação determina, sem compromissos extras de governança ou transparência.
Dessa maneira, quanto mais alto for o segmento, maior a proteção e a confiança para o pequeno investidor. O Novo Mercado é o topo, mas Nível 2 e Nível 1 também já representam um avanço em relação ao mercado básico.
Quais empresas fazem parte do Novo mercado na B3?
O Novo Mercado é hoje o segmento mais respeitado da B3, reunindo empresas que se comprometem com transparência e boas práticas de governança corporativa.
Não por acaso, muitos dos nomes mais conhecidos da Bolsa estão lá: companhias sólidas, líderes em seus setores e que atraem investidores de longo prazo.
Alguns exemplos de empresas listadas no Novo Mercado são:
- Priner (PRNR3): serviços industriais.
- Totvs (TOTS3): software e tecnologia de gestão.
- Odontoprev (ODPV3): planos odontológicos.
- Ultrapar (UGPA3): atuação em distribuição de combustíveis, logística, etc.
- Motiva (MOTV3): concessões de rodovias, infraestrutura.
- Vale (VALE3): mineração e logística.
- Magazine Luiza (MGLU3): varejo & e-commerce.
- Raia Drogasil (RADL3): setor farmacêutico / varejo de saúde.
- Banco do Brasil (BBAS3): setor bancário.
- Fleury (FLRY3): diagnósticos médicos / saúde.
- Weg (WEGE3): setor industrial / bens de capital.
- Porto Seguro (PSSA3): seguros.
- Lojas Renner (LREN3): varejo de moda e consumo.
- EZTec (EZTC3): incorporação imobiliária.
- Multiplan (MULT3): shopping centers / varejo físico.
- Localiza (RENT3): aluguel de veículos / mobilidade.
- Cosan (CSAN3): energia, infraestrutura e logística.
- BB Seguridade (BBSE3): seguros e investimentos de aposentadoria.
- Embraer (EMBR3): setor aeroespacial / aviação.
- B3 (B3SA3): a nossa Bolsa de Valores brasileira.
Esses são apenas alguns exemplos, pois, segundo a B3, o Novo Mercado é formado por 190 empresas.
⚠️ Atenção: estar listado no Novo Mercado não garante retornos financeiros, nem que o preço das ações só vá subir ou que a empresa será sempre lucrativa e distribuir mais dividendos. Investir em Bolsa envolve riscos, e resultados passados não asseguram desempenho futuro. Tais empresas podem passar por dificuldades financeiras e, inclusive, sair da Bolsa.
Quais são os benefícios do Novo Merco para o investidor?
Investir em empresas do Novo Mercado traz vantagens importantes para quem pensa no longo prazo. Esse segmento foi criado justamente para dar mais segurança e confiança ao investidor.
Os principais benefícios são:
- Mais transparência: as empresas divulgam informações detalhadas e claras, facilitando a análise e a tomada de decisão.
- Direito a voto: todas as ações são ordinárias (ON), garantindo que o acionista participe das decisões da companhia.
- Maior proteção ao minoritário: regras exigem tratamento mais justo, inclusive em situações de venda de controle ou saída da Bolsa.
- Gestão mais profissional: presença de conselheiros independentes ajuda a fiscalizar e alinhar os interesses da empresa com os dos investidores.
- Liquidez mais alta: a exigência de free float (ações em circulação) aumenta as negociações no dia a dia, facilitando comprar e vender ações.
Portanto, Novo Mercado é sinônimo de confiança, segurança e boas práticas, tornando-se um caminho natural para quem quer ser sócio de empresas sólidas e construir patrimônio no longo prazo.
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Este material possui caráter meramente informativo/educativo. Quaisquer investimentos ou ativos financeiros aqui mencionados não configuram recomendação de compra e não refletem a opinião dos Analistas da Toro.
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