Se você busca investir em empresas que pagam bons dividendos, entender o Índice IDIV é um ótimo ponto de partida.
Criado pela B3, ele reúne as ações de companhias listadas na Bolsa que se destacam pela distribuição consistente de proventos aos acionistas.
Neste conteúdo, vamos explicar de forma simples como o IDIV funciona, quais empresas fazem parte do índice e por que ele pode ser útil na sua estratégia de investimentos.
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O que é o índice IDIV (índice de dividendos)?
O IDIV é o Índice de Dividendos da B3, criado para acompanhar o desempenho das ações de empresas que mais distribuem dividendos e juros sobre o capital próprio aos seus acionistas.
Na prática, ele funciona como uma espécie de termômetro: mostra como está o grupo de companhias que paga bons proventos em relação ao mercado.
Para o investidor, o IDIV serve como referência (benchmark) para comparar carteiras focadas em dividendos, analisar o comportamento dessas ações ao longo do tempo e até como base para Fundos e ETFs que seguem a mesma estratégia.
Ou seja, ajuda quem busca renda passiva a entender onde estão as empresas mais consistentes nesse quesito.
SAIBA MAIS:
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Composição: quais empresas fazem parte do IDIV?
Para integrar o IDIV, uma ação precisa cumprir três requisitos principais:
- Dividend Yield elevado: estar entre o top 33% das ações com maior Dividend Yield nos últimos 36 meses.
- Histórico consistente de pagamentos: ter feito pagamentos regulares de proventos (dividendos ou JCP) nos últimos 12 meses.
- Alta liquidez: estar presente em pelo menos 95% dos pregões nos três períodos de formação das carteiras teóricas.
Entre as principais empresas estão Petrobras, Vale, Bradesco, Copel, Cemig, BB Seguridade, Banco do Brasil e Engie, todas com peso relevante no índice.
A composição varia ao longo do tempo, mas o objetivo permanece o mesmo: refletir o desempenho das ações mais fiéis aos investidores de proventos.
Veja a lista atual de composição:
| Código | Ação | Part. (%) |
|---|---|---|
| CMIG4 | Cemig | 5,855 |
| BBSE3 | BB Seguridade | 5,621 |
| PETR4 | Petrobras | 5,159 |
| PETR3 | Petrobras | 4,877 |
| BBAS3 | Brasil | 4,804 |
| BBDC3 | Bradesco | 4,520 |
| BBDC4 | Bradesco | 4,410 |
| VALE3 | Vale | 4,378 |
| ITSA4 | Itaúsa | 4,234 |
| ITUB3 | Itaú Unibanco | 4,275 |
| ITUB4 | Itaú Unibanco | 3,967 |
| TIMS3 | Tim | 3,629 |
| KLBN11 | Klabin | 3,170 |
| EGIE3 | Engie Brasil | 2,778 |
| ISAE4 | Isa Energia | 2,545 |
| CXSE3 | Caixa Seguri | 2,386 |
| CMIN3 | CSN Mineração | 2,375 |
| CPFE3 | CPFL Energia | 2,032 |
| FLRY3 | Fleury | 1,918 |
| SAPR11 | Sanepar | 1,894 |
| POMO4 | Marcopolo | 1,702 |
| GOAU4 | Gerdau Met | 1,652 |
| STBP3 | Santos BRP | 1,625 |
| CSMG3 | Copasa | 1,546 |
| CSNA3 | Sid Nacional | 1,532 |
| DIRR3 | Direcional | 1,378 |
| MRFG3 | Marfrig | 1,276 |
| CURY3 | Cury | 1,274 |
| BRAP4 | Bradespar | 1,151 |
| RECV3 | Petrorecsa | 1,007 |
| AURE3 | Auren | 0,935 |
| ODPV3 | Odontoprev | 0,924 |
| UNIP6 | Unipar | 0,902 |
| BRSR6 | Banrisul | 0,649 |
| VULC3 | Vulcabras | 0,567 |
| ABCB4 | ABC Brasil | 0,467 |
| VLID3 | Valid | 0,445 |
| JHSF3 | JHSF | 0,439 |
| LEVE3 | Metal Leve | 0,413 |
| GRND3 | Grendene | 0,404 |
| EVEN3 | Even | 0,396 |
| AGRO3 | Brasilagro | 0,375 |
| KEPL3 | Kepler Weber | 0,375 |
| TGMA3 | Tegma | 0,329 |
| FESA4 | Ferbasa | 0,288 |
| LAVV3 | Lavvi | 0,272 |
| RANI3 | Irani | 0,229 |
| BRBI11 | BR Partners | 0,219 |
| PGMN3 | Pague Menos | 0,182 |
| SYNE3 | Syn Prop Tec | 0,111 |
Setorialmente, há forte representatividade de finanças (bancos e seguradoras), utilities (energia e saneamento), além de empresas de setores como siderurgia, mineração e petróleo, que tradicionalmente distribuem bons proventos.
Gráfico: qual é o valor do índice dos dividendos (IDIV) hoje?
Recentemente, o IDIV alcançou recentemente seu maior patamar histórico, ultrapassando os 10 mil pontos em 2025.
Desde 2005, o índice mostrou grande resiliência, registrando alta expressiva de cerca de 60% em 2016, apesar de quedas pontuais em anos desafiadores como 2015 e 2020.
Observe sua variação histórica, tendo em mente que o retorno do passado não garante o mesmo no futuro:
Como posso investir no IDIV?
O investidor pode ter exposição ao IDIV de três formas principais, cada uma com características diferentes:
1. Ações livres
Você pode comprar diretamente as ações que fazem parte do IDIV na B3. Essa alternativa permite maior controle da carteira, já que o investidor escolhe quais empresas e quanto investir em cada uma.
No entanto, exige mais tempo, análise e pode gerar custos maiores com corretagem e rebalanceamentos.
2. DIVO11
O DIVO11 é um ETF (Fundo de Índice) que replica a composição do IDIV. Ao comprar uma única cota, o investidor já tem exposição indireta a todas as ações do índice, de forma simples, diversificada e com baixo custo de administração.
Resumidamente:
- Objetivo: replica o desempenho do Índice de Dividendos (IDIV).
- Início: janeiro de 2012.
- Taxa: 0,50% ao ano.
- Liquidez e porte: alto volume de negociação e patrimônio líquido de mais de R$ 1 bilhão.
- Distribuição de dividendos: zero, ou seja, não paga dividendos diretamente aos cotistas, pois reinveste automaticamente os proventos no próprio Fundo.
- Tributação: sujeito a 15% de IR sobre ganho de capital na venda das cotas, logo, sem isenção de até R$ 20 mil como ocorre com ações.
3. DIVD11
O DIVD11 é outro ETF atrelado ao IDIV, mas com gestão diferente do DIVO11. Ele também busca acompanhar o desempenho do índice de dividendos, oferecendo praticidade e custo acessível, sendo ideal para quem quer investir sem precisar escolher ações individualmente.
As principais informações são:
- Objetivo: replica o IDIV com uma vantagem: distribui os dividendos mensalmente aos cotistas.
- Início: junho de 2024.
- Taxa: também 0,50% ao ano.
- Liquidez e patrimônio: liquidez menor que o DIVO11, pois seu lançamento foi mais recente. Patrimônio líquido está na casa dos R$ 100 milhões.
- Distribuição de dividendos: sim, os pagamentos mensais ocorrem no 10º dia útil do mês subsequente.
- Renda extra possível: permite aluguel de até 70% do portifólio, gerando renda adicional para o Fundo e, indiretamente, para o cotista.
- Tributação: Recebe os dividendos com incidência de IR de 15%.
Dessa maneira, quem quer investir pensando em crescimento de patrimônio a longo prazo, com simplicidade e sem precisar reinvestir manualmente, busca geralmente o DIVO11.
Agora, outros investidores preferem renda mensal diretamente na sua conta, com exposição diversificada e ainda querer uma renda extra via aluguel de ações. Então, recorrem ao DIVD11.
⚠️ Importante: os investimentos e ativos citados nesse conteúdo não representam recomendação de compra nem necessariamente expressam a opinião dos analistas da Toro. Consulte sempre um Assessor ou Analista de Investimentos qualificado para receber orientações da melhor diversificação e quais ativos mais indicados para o seu perfil e objetivos.
Diversifique seus investimentos e alcance seus objetivos com a Recomendação Mensal de Investimentos da Toro em parceria com o Santander.
Nossas recomendações são personalizadas para todos os perfis, considerando seu nível e tolerância ao risco.
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