O que as ações em tesouraria significam para o investidor?

Ações em tesouraria são papéis emitidos por uma empresa que foram compradas e mantidas por ela própria. Algumas empresas as usam para reduzir o número de ações em circulação, aumentando o valor das ações remanescentes. Outras as utilizam para compensação de funcionários ou como parte de estratégias de fusões e aquisições.

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As ações em tesouraria mudam alguma coisa na vida de quem é sócio das companhias listadas na Bolsa de Valores? Alguns conceitos do mercado, como este, contribuem para compreender como as empresas se posicionam no mercado em termos de governança.

Ações em tesouraria representam ações de uma empresa que ela mesma comprou de seus acionistas, retirando-as do mercado.

Este conteúdo explora o que essas ações realmente significam para os investidores. Descubra como elas impactam os preços das ações, os ganhos dos acionistas e por que as empresas optam por mantê-las. Compreender esse conceito ajuda a entender como as companhias buscam valorizar os seus sócios. Leia até o final e fique por dentro de forma clara e acessível.

O que são ações em tesouraria?

Ações em tesouraria, também conhecidas como “ações recompradas”, são ações emitidas por uma empresa que foram compradas de volta e mantidas por ela própria.

Essas ações não estão disponíveis para negociação no mercado de ações. Em vez disso, elas são mantidas no patrimônio da companhia.

Na lei, há o limite de 10% como teto do total de ações que podem ser retiradas de circulação para entesouramento. Acima desse número, a diretoria deve pensar se um fechamento de capital não seria um movimento mais adequado. Em resumo, ações em tesouraria são ações que estão fora do mercado aberto, ou seja, não fazem parte do seu free float, e não representam participação acionária ativa ou majoritária.

As ações que ficam “estocadas” na tesouraria não entram na conta dos dividendos ou exercem direito a voto nas assembleias.

Lembrando que a tesouraria é o departamento responsável pela gestão de seus recursos financeiros, incluindo o controle de caixa, gerenciamento de contas bancárias, investimentos de curto prazo e estratégias de financiamento. Este departamento desempenha um papel fundamental na garantia da liquidez e na tomada de decisões financeiras estratégicas, como investimentos, empréstimos e recompra de ações. Em resumo, a tesouraria é o “guardião” das finanças da empresa, garantindo que haja fundos suficientes para operações diárias e estratégias de crescimento. As ações em tesouraria são consideradas um ativo no balanço patrimonial de uma empresa. Elas representam uma parte do patrimônio que foi comprada e mantida pela própria companhia.

Quando a diretoria opta por recomprar suas próprias ações e as manter em tesouraria, essas ações são registradas no ativo como um ativo não circulante.

Ademais, como diz a Lei 6.404/1976, as “ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição”. Assim, esses papéis são normalmente apresentados no balanço como um subitem do patrimônio líquido, deduzido do montante total das ações emitidas. Isso reflete que essas ações não estão em circulação e não têm direitos de voto, mas ainda fazem parte dos recursos da empresa.

O que as ações em tesouraria significam para o investidor?

As ações em tesouraria têm significados diferentes para investidores majoritários e minoritários:

Em geral, as ações em tesouraria são um indicativo positivo para os acionistas, que são os principais favorecidos por essa estratégia contábil.

Essa situação coloca a firma em uma posição favorável no mercado, indicando seu compromisso em criar valor para quem é sócio, desde que atendidos os limites legais. Geralmente, o total das ações em tesouraria nas empresas da Bolsa é muito pequeno, não chegando a 1% da composição acionária na maioria dos casos. Em suma, o impacto das ações em tesouraria depende da perspectiva do investidor. Investidores majoritários podem usá-las para manter o controle e aumentar o valor das ações, enquanto investidores minoritários precisam avaliar como a recompra afeta sua participação e o potencial de retorno.