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Juros rotativos: conheça os riscos e como fugir das armadilhas

Juros rotativos são a taxa de juros cobrada pelos bancos quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão de crédito. Essa modalidade de crédito tem uma das taxas de juros mais altas do mercado financeiro e pode levar o consumidor a uma dívida impagável se não for tratada com responsabilidade.


Os juros estão presentes na sociedade há muito tempo e hoje são motivos de alegria para os investidores. Entretanto, nem tudo são flores, principalmente para quem faz uso dos cartões de crédito.

Os juros rotativos são uma das principais dores de cabeça para os consumidores que utilizam essa modalidade de crédito e podem ser extremamente prejudiciais para a saúde das suas finanças.

Se você quer saber o que é juros rotativos, vamos explicar tudo sobre o tema e mostrar como eles podem te atrapalhar a alcançar seus sonhos.

O que são juros rotativos? Entenda por que você deve fugir deles

Antes de entender o que é juros rotativos, você precisa compreender como funciona um cartão de crédito. Diferentemente dos cartões de débito, nos quais as compras são descontadas do seu saldo bancário imediatamente, o cartão de crédito funciona como uma espécie de “empréstimo”, que vai ser pago só no próximo mês.

A partir do momento em que você faz uma compra no crédito, o valor gasto é somado à sua fatura e, quando chegar o dia do pagamento, você deverá quitar todas as movimentações realizadas no período de uma só vez.

Entretanto, para aquelas pessoas que não têm tanto controle financeiro e acabam gastando mais do que conseguem pagar, os bancos oferecem uma alternativa extremamente tentadora: o pagamento mínimo, que é apenas uma fração do valor total gasto no mês.

Você acha mesmo que os bancos fazem isso apenas por serem bonzinhos com os seus clientes?

Ledo engano. Quando você paga apenas o valor mínimo da sua fatura de cartão de crédito, os bancos transferem o valor restante para a próxima fatura e além disso cobram uma taxa extremamente alta por isso: os juros rotativos.

Portanto, na fatura seguinte você terá pagar o que gastou no mês, mais o valor que sobrou da fatura anterior e também os juros de uso do crédito rotativo.

O final dessa história é trágico para a grande maioria dos brasileiros, que se veem em uma verdadeira bola de neve de dívidas com a instituição financeira e têm de buscar uma saída para limpar o nome.

Não é à toa que, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 77% das famílias brasileiras têm dívidas com juros rotativos de cartão de crédito.

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O que mudou com a nova regra dos juros rotativos?

A boa notícia é que, desde abril de 2017, novas regras passaram a vigorar para os juros rotativos. Anteriormente, para evitar a inadimplência, você deveria pagar ao menos 15% do valor da fatura de seu cartão de crédito, que representava o pagamento mínimo, até a data do vencimento da fatura.

O valor que sobrava da dívida era repassado ao mês seguinte e sobre ele incidiam os juros rotativos.

Caso você não conseguisse quitar o valor integral da fatura novamente (que estaria acrescido dos juros e do valor restante da fatura passada), poderia refazer o pagamento mínimo e repetir o processo por diversas vezes.

Mas enquanto isso, os juros estariam incidindo não só sobre o que você devia desde o início, mas também sobre os juros que já acumularam no período. Daí vem a metáfora da “bola de neve de dívidas”, que só vai crescendo à medida em que continua rolando.

Agora, com a nova regra, na próxima fatura você poderá fazer o pagamento mínimo somente uma vez.

Caso não consiga quitá-la de maneira integral novamente, não poderá repetir o processo e seu banco é obrigado a oferecer uma linha de crédito para parcelamento da dívida.

A ideia com essa mudança é que o consumidor tenha opções com taxa de juros menos agressivas e consiga quitar os valores devidos, sem se enrolar e cair na inadimplência.

3 dicas para fugir do crédito rotativo

Como falamos, usar a fatura mínima e passar a pagar os juros rotativos pode ser um desastre para o seu orçamento. Para fugir desse cenário, confira 3 dicas para evitar o crédito rotativo:

1. Planeje seus gastos

Planejar os gastos é uma etapa praticamente imprescindível para fugir do crédito rotativo. Atualmente, os bancos oferecem limites exorbitantes aos clientes e isso é muito perigoso. De compra em compra, sua fatura vai aumentando sem você perceber.

Portanto, para que você consiga quitá-la integralmente, planeje seus gastos e não deixe que ela se torne mais cara do que você realmente consegue pagar.

2. Tenha controle financeiro

No mundo em que vivemos, todo dia aparecem novas tentações em forma de descontos e liquidações. Entretanto, para evitar cair nos juros do crédito rotativo, faça um controle de gastos e se organize para gastar apenas o que você conseguirá pagar ao final do mês, de acordo com seu orçamento mensal.

3. Evite compras parceladas

As compras parceladas são grandes inimigas do controle financeiro e comprometem seu orçamento profundamente ao longo do tempo. Quanto mais parcelas você tiver para pagar, menos dinheiro terá para as coisas realmente importantes.

Sem contar que dividir sua compra em várias parcelas a perder de vista pode parecer algo inofensivo, mas de parcela em parcela você pode estourar seu limite e ficar com uma dívida pesada para pagar.

E com dívidas em aberto, fica difícil planejar seu futuro e da sua família em busca de mais qualidade de vida, certo?

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Controle financeiro: como cuidar melhor do seu dinheiro

Cuidar melhor do seu dinheiro é o objetivo principal de quem começa a fazer um controle financeiro consistente. Confira o passo a passo e descubra o que fazer para melhorar as suas finanças:

Organize as suas finanças

Caso você tenha dívidas, renegocie-as.

É possível que você consiga conversar com seu credor e conseguir juros bem mais amigáveis. Além disso, comece a planejar sua vida financeira. Conheça suas receitas, liste as suas despesas fixas e perceba em quais áreas os gastos estão maiores do que deveriam.

Corte gastos desnecessários

Ao organizar suas finanças, você se surpreenderá com o potencial para economizar dinheiro cortando gastos supérfluos.

Sabe aquele café à tarde? E a cerveja? Obviamente, eles não fazem mal algum caso sejam feitos dentro de um planejamento maior.

Entretanto, por serem gastos pequenos, a maioria das pessoas não dá a devida importância e acaba repetindo várias vezes sem compreender o impacto que eles têm no orçamento do mês.

Troque seus hábitos

Mudar hábitos pode não ser uma tarefa muito fácil, mas é possível começar com pequenas mudanças. Comece a comparar preços nos supermercados onde faz compra, ou nos postos de gasolina em que abastece o seu carro.

Isso não significa que você precise abrir mão do carro ou de curtir uma bela refeição fora de casa.

Mas é importante mudar algumas coisas na sua rotina se você quiser organizar as finanças e, principalmente, se livrar das dívidas.

Para quem já está com o controle financeiro em dia, vale repensar algumas atitudes também. Por exemplo: tomar o café da manhã ou da tarde em lugares mais em conta, ou combinar um jantar a dois uma vez no mês, ou ainda diminuir o plano da TV por assinatura.

Faça o seu dinheiro trabalhar por você

Cuidar das finanças é planejar o futuro e você já sabe que dinheiro parado na conta corrente não vale a pena. Portanto, invista o dinheiro que você conseguir poupar evitando os juros rotativos. Faça-o trabalhar para você e pense na sua aposentadoria ou na faculdade dos seus filhos.

No fim das contas, você deve ter percebido que os juros rotativos são extremamente tóxicos para o seu bolso.

Então, cabe a você se preparar para evitar que eles corroam as suas economias ao longo do tempo.

E mais: vale utilizar a mesma lógica dos juros compostos, que estão presentes nos juros rotativos de cartão de crédito e que causa tantos danos, a favor do seu dinheiro na hora de investir.

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