Quem está começando a investir pode se perguntar como montar uma carteira de investimentos mesmo sendo iniciante. Isso porque o mundo dos investimentos é desafiador, e se alguns cuidados não forem tomados, o prejuízo pode ser grande.
Apesar disso, existem alguns princípios que se observados, farão com que o investidor iniciante comece da maneira certa, minimizando seus riscos e tendo tranquilidade.
Por isso, se você está começando a investir e quer descobrir como montar uma carteira de investimentos, continue lendo esse artigo para descobrir.
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Por que investir e quando começar?
Quando se fala em investimento no Brasil, ainda há muito desconhecimento e resistência. Uma pesquisa realizada em 2024 mostrou que metade da população brasileira não investe. E, dos que investem, 60% aplicam na Poupança.
Ou seja, investir ainda não é uma prática para muitos brasileiros. Isso faz com que muitos deixem de aproveitar os benefícios de se investir.
O primeiro deles é que investir traz mais saúde financeira para você. Isso porque você irá construir um colchão financeiro que poderá ser utilizado em momentos de dificuldade, além de fazer o seu dinheiro trabalhar para você.
Outro benefício é que o seu dinheiro investido da forma correta não perde valor ao longo do tempo por conta da inflação, garantindo o seu poder de compra ao longo do tempo.
Além desses, outros benefícios de investir são:
- Atingir objetivos financeiros.
- Construir um patrimônio que poderá ser usufruído no futuro.
- Usar os juros compostos a seu favor.
- Conquistar a liberdade financeira.
- Ter uma aposentadoria mais tranquila.
- Deixar para seus filhos uma situação financeira mais saudável.
Se você está se perguntando qual o melhor momento para começar a investir, a resposta é simples: agora.
Quanto antes o investidor começa a fazer seus aportes, mais os juros compostos atuam ao seu favor, trazendo mais rentabilidade para seu investimento.
Por isso, o maior erro do investidor iniciante é esperar muito para começar, perdendo a oportunidade de usufruir do juros composto.
Apesar disso, alguns cuidados são necessários para saber onde e em que investir. Agora, chegou o momento de entender como montar uma carteira de investimentos para iniciantes.
Como montar uma carteira de investimentos para iniciantes
Para os iniciantes no mundo dos investimentos, é preciso muito cuidado para escolher os tipos de ativos e obedecer a alguns princípios importantes para proteger o seu patrimônio e evitar riscos desnecessários.
Por isso, a principal forma de um investidor iniciante começar a investir, não é tentar encontrar o melhor investimento do momento, mas obedecer a princípios fundamentais para proteger o seu patrimônio, aproveitar a rentabilidade do mercado e ter tranquilidade nesse processo.
Confira agora quais são esses princípios que guiarão todo investidor iniciante.
- Comece com pouco: Não tente começar investindo uma grande quantia logo de início, mas comece com pouco para entender como funciona e adquirir experiência. Isso irá fazer com que você adquira o hábito de investir e já começará a ver os frutos das suas escolhas, sem correr o risco de ter investido um valor muito alto.
- Invista todos os meses: A constância e a paciência são fundamentais para o investidor, por isso é importante que o iniciante invista todos os meses, mesmo que seja um valor módico. Ter esse hábito gerará resultados importantes no longo prazo.
- Diversifique seu investimento: O erro de muito investidor iniciante é achar que, por investir pouco, ele não precisa diversificar seus ativos. A diversificação protege o seu patrimônio, diminuindo o risco e gerando tranquilidade. Por isso, é fundamental que você diversifique seus investimentos.
- Comece simples: No início, escolha investimentos simples e que possuam uma segurança relativamente maior, como Tesouro Direto, LCI, LCA e outros.
- Respeite seu perfil: Não há um perfil certo para investir. Existem investidores mais arrojados e mais conservadores e investimentos indicados para cada um deles
- Defina seu objetivo: Antes de investir, saiba onde quer chegar com o seu investimento. Existem diversas razões para investir: comprar uma casa, se aposentar mais cedo, construir uma carteira de renda passiva, proteger seu dinheiro da inflação, entre outros.
Entenda o que você quer para tomar as melhores decisões para atingir suas metas.
Tipos de investimentos para iniciantes
Agora que você já sabe como montar uma carteira de investimentos e os cuidados que deve tomar ao fazer isso, chegou o momento de conhecer alguns tipos de investimentos para começar a montar seu portfólio de investimentos.
Para que você entenda melhor, vamos separar a nossa explicação com base no tipo de rentabilidade, renda fixa e renda variável, e então explicaremos cada investimento que se enquadra em cada caso.
Investimentos em renda fixa
Os investimentos em renda fixa recebem esse nome porque a rentabilidade já é determinada no momento da contratação do título, podendo ser uma taxa prefixada, pós-fixada ou mista.
Nos títulos prefixados, o investidor sabe exatamente quanto o título renderá se mantido até o seu vencimento.
Por exemplo, se a rentabilidade for fixada em 8% ao ano, esse será o retorno ao investidor, independentemente se a taxa de juros sobe ou desce no período.
No pós-fixado, o título rende com base em algum índice do mercado, podendo ser a Selic, o CDI ou o IPCA, por exemplo.
Assim, apesar de esses índices variarem ao longo do tempo, a rentabilidade dos títulos é fixa em relação a eles.
Por fim, os títulos mistos são aqueles que combinam uma taxa fixa com outro índice, como o IPCA.
Por exemplo, essa rentabilidade é indicada como IPCA +5%. Isso indica que o investidor terá como rentabilidade a variação do IPCA acrescido de 5%.
Esses são os tipos de rentabilidade que o investidor poderá encontrar na categoria de renda fixa.
Agora, como esse investimento funciona? De maneira simples, as instituições financeiras ou o Erário emitem títulos para captar recursos e financiar suas atividades. Em troca, eles oferecem um retorno sobre o valor.
Ou seja, investir em renda fixa é como emprestar o seu dinheiro para essas instituições em troca de uma rentabilidade. Confira abaixo como isso acontece:

Agora que você já entendeu como é a rentabilidade da renda fixa e como esse investimento funciona, conheça quais são os investimentos que se encaixam nessa categoria:
- Tesouro Direto: o governo emite títulos de dívida pública para financiar suas atividades.
- LCI e LCA: emitidos por instituições bancárias para financiar o desenvolvimento imobiliário e agrário, respectivamente.
- CDB: títulos emitidos por bancos para captar recursos e financiar suas atividades.
- Fundos de renda fixa: o investidor adquire cotas do Fundo que é gerido por alguma administradora. Ela escolhe os títulos que serão comprados de acordo com a estratégia.
Investimentos em renda variável
Quando se fala em renda variável, o investidor não sabe qual será a rentabilidade do seu investimento podendo, inclusive, ter prejuízo na operação.
Ou seja, nesse tipo de rentabilidade é onde se encontra o maior potencial de ganhos para o investidor, mas é também o mais arriscado.
Por isso, é preciso muita cautela para o investidor, principalmente se é iniciante. Principalmente porque a esperança de ganhos rápidos e altos pode colocar o investidor em um risco desnecessário.
Se você é um investidor iniciante e tem o perfil adequado para investir em renda variável, comece com pouco, diversifique seus investimentos, e tome suas decisões com base em estudos e análises, e não com base na sua esperança de que algo irá acontecer.
O retorno do investimento variará conforme a oferta e demanda, cenário econômico, decisões empresariais, mudanças políticas e conflitos internacionais.
Os principais exemplos de investimentos em renda variável são:
- Ações: correspondem a pequenas frações do capital de uma empresa. Ao adquirir uma ação, o investidor compra uma pequena parte da empresa.
- Fundos Imobiliários: fundos que investem no mercado imobiliário que costumam gerar rentabilidade pela sua valorização e seus aluguéis.
- ETFs: Fundos de índices negociados na Bolsa de Valores que acompanham o desempenho de determinado índice, como o Ibovespa ou o S&P 500, por exemplo.
- BDRs: são certificados que representam ações estrangeiras, permitindo ao investidor investir em empresas internacionais por meio da B3.
Essas são algumas das possibilidades que o investidor iniciante com o perfil adequado encontra para investir em renda variável.
Mas lembre-se, o mercado de renda variável, embora acessível ao investidor iniciante, envolve riscos e, por isso, o cuidado ao investir nele é fundamental.
Qual o melhor investimento para iniciantes?
Para quem está começando a investir, a principal dúvida é: qual o melhor investimento? E a resposta depende de diversos fatores.
Primeiramente, deve-se analisar o perfil do investidor. Depois disso, os objetivos que ele tem para o investimento, além de também ser levado em conta o conhecimento que o investidor tem de cada tipo de ativo.
Uma escolha que o investidor iniciante tem é receber recomendações de investimentos elaboradas por especialistas no mercado, que vivem diariamente analisando as melhores oportunidades.
Mas mesmo assim, todo investimento é de responsabilidade do investidor. Por isso, mesmo iniciante, não baseie toda a sua carteira de investimento em recomendações sem estudar o assunto.