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ETF de Renda Fixa: descubra o que é e se vale a pena investir

Os ETFs de Renda Fixa são Fundos de Investimentos de gestão passiva negociados na Bolsa de Valores que seguem índices do mercado de Renda Fixa. Ou seja, seu portfólio é aplicado em títulos públicos e privados de acordo com o índice de referência.

Já pensou em investir na Renda Fixa e na Renda Variável ao mesmo tempo? A diversificação e o surgimento de novos produtos no mercado financeiro conferem ao investidor inéditas e interessantes possibilidades, especialmente quando e Renda Fixa está mais atrativa no mercado.

Em 2021, segundo dados da Anbima, a Renda Fixa aumentou em 82% a sua captação em comparação com 2020, totalizando R$467,9 bilhões. Isso representa 78,5% da captação total do mercado de capitais.

Neste conteúdo, você conhecerá o que são os ETFs de Renda Fixa, como eles funcionam, suas vantagens, os Fundos listados na Bolsa de Valores e como investir nesse produto. Vamos lá?


O que são ETFs de Renda Fixa?

Para começar, você já deve conhecer o que são os ETFs, não é mesmo? Se não está tão familiarizado, eles são Fundos de Investimentos negociados na Bolsa que montam seus portfólios de modo a acompanhar algum índice do mercado, como o Ibovespa ou o S&P 500 por exemplo.

Dessa maneira, eles são produtos de Renda Variável e também chamados Fundos de gestão passiva, uma vez que seu intuito é replicar o desempenho do índice que toma como referência.

Então, os ETFs de Renda Fixa vão seguir a mesma lógica:

Os ETFs de Renda Fixa são Fundos de Investimentos negociados na Bolsa que tem como objetivo replicar as variações e a rentabilidade de índices de Renda Fixa.

Lembrando que os índices de Renda Fixa são carteiras teóricas que possuem, em sua composição majoritária, títulos públicos ou privados de Renda Fixa.

Ou seja, funciona como um termômetro desse mercado, já que os índices (benchmarks) existem fundamentalmente para medir o desempenho médio de uma cesta de ativos.

Normalmente, em sua maioria, esses Fundos seguem os índices da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) como referência.

⚠️ Importante: as cotas dos ETFs de Renda Fixa são compradas e vendidas na Bolsa da mesma forma que as ações e demais ETFs. Ou seja, seu código de negociação possui 4 letras seguido pelo número 11, como o IMAB11, por exemplo.


Vale a pena investir em ETFs de Renda Fixa?

Portanto, quem investe em uma cota de um ETF de Renda Fixa, está acessando um Fundo de Investimentos cujo patrimônio está alocado em uma carteira de produtos dessa categoria.

Então, ao comprar uma cota, você passa a deter, indiretamente, os títulos de Renda Fixa do portfólio do índice tomado como referência. 

Desse modo, esse tipo de investimento financeiro apresenta algumas vantagens para o investidor que busca a diversificação. 

Em resumo, as principais vantagens da Renda Fixa são:

VANTAGENS DOS ETFs DE RENDA FIXA:

  • Diversificação: não é preciso comprar cada produto de Renda Fixa separado no mercado. Uma única cota de ETF proporciona acesso a uma carteira diversificada.
  • Menor taxa de administração: segundo a B3, os ETFs normalmente tem taxas de administração menores que os tradicionais Fundos de Renda Fixa.
  • Facilidade: o investidor consegue comprar e vender cotas como as ações em um mercado com liquidez com crédito no dia útil seguinte (D+1).
  • Baixo valor inicial: as cotas são negociadas em valores acessíveis na Bolsa.
  • Praticidade: é fácil acompanhar as mudanças na composição ou proporção dos produtos na carteira do ETF. 
  • Não tem vencimento: o investidor pode ser cotista do ETF pelo tempo que desejar e fizer sentido para o que almeja no mercado.

Então, com esses produtos, o investidor ganha mais uma possibilidade de aumentar a diversificação da sua carteira de Renda Fixa com uma única aplicação.

Já sobre as desvantagens, o investidor deve estar atento aos seguintes pontos:

  1. Não há cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
  2. Há oscilações de preços nas cotas por serem negociadas como produtos de Renda Variável.
  3. O IR deve ser recolhido pela própria pessoa se vender suas cotas com lucro. Logo, o imposto não é retido na fonte.

Qual é a tributação dos ETFs de Renda Fixa?

Entre os benefícios dos ETFs de Renda Fixa, não há a cobrança do come-cotas, a tributação que incide em maio e novembro sobre os Fundos desse tipo e nos Fundos Multimercados.

Outra vantagem é que esses ETFs são tributados com a alíquota de IR de 15% sobre o rendimento, que é a menor possível, independentemente do prazo da aplicação.

Isso significa que investidor deve pagar 15% de imposto sobre o lucro quando vende suas cotas por um preço maior do que as comprou.

Nos Fundos de Renda Fixa tradicionais, a alíquota segue a tabela regressiva do Impo
sto de Renda, que começa em 22,5%. Ou seja, mais um benefício para o investidor.

Quais são ETFs de Renda Fixa listados na B3?

Agora que você conhece a mecânica de funcionamento desse produtos, vamos conhecer quais são os Fundos disponíveis para investir.

Os principais ETFs de Renda Fixa listados na Bolsa de Valores são: DEBB11, B5MB11, B5P211, FIXA11, IB5M11, IMBB11, IMAB11, IRFM11 e LFTS11.

ETFCódigo
BTG Debêntures DIDEBB11
ETF Bradesco IMA-B5+B5MB11
IT Now IMA-B5 P2B5P211
Mirae Asset Renda Fixa PréFIXA11
IT Now IMA-B5+IB5M11
ETF Bradesco IMA-BIMBB11
IT Now ID IMA-BIMAB11
IT Now IRF-M P2IRFM11
Índice Teva Tesouro SelicLFTS11
Investo Bloomberg Global Aggregate Ex-USDBNDX11
Investo Bloomberg US BondUSDB11

Entrando em detalhes, as principais características de cada um deles que merecem destaque são:

DEBB11

O DEBB11 é um ETF lançado em 2022 cujo foco é o investimento em crédito privado. Seu objetivo é replicar o índice Teva Debêntures DI, uma carteira teórica de títulos de dívidas corporativas, as populares debêntures. Portanto, sua composição se dá no investimento em uma série de debêntures selecionadas para o portfólio rebalanceado mensalmente. 

B5MB11

Este ETF teve o início de suas negociações em dezembro de 2019 e toma como referência o índice IMA-B 5+ da Anbima. Sua política de investimentos visa replicar a variação desse índice ao aplicar 95% do patrimônio nos ativos que compõem o benchmark. 

Basicamente, sua composição inclui, na maioria, títulos NTN-B, uma sigla que se refere aos títulos do Tesouro Direto com retorno atrelado à inflação medida pelo IPCA acrescida de uma taxa de juros pré-fixada com vencimento igual ou acima de 5 anos. Sua taxa de administração é de 0,20% ao ano.

B5P211

Focado em títulos de curto prazo, o B5P211 é um ETF cujo objetivo acompanhar as variações do índice IMA-B5 da Anbima. Esse Fundo está em negociação desde 2010.

Assim sendo, na sua carteira, estão títulos NTN-B do governo brasileiro com vencimentos de até 5 anos. Sua taxa de administração também é de 0,20%.

FIXA11

O FIXA11 é um Fundo que atrela seus retornos ao indicador S&P/BM&F Índice de Futuros de Taxa de Juros DI 3 anos.

Isso significa que, em sua composição, estão principalmente contratos da taxa DI futuro de 3 anos. Então, o intuito desse ativo é refletir a expectativa do mercado com a taxa Selic, oscilando de acordo com perspectiva do valor dos juros no futuro. 

Logo, ele tem uma volatilidade maior que os demais por negociar no mercado futuro. Sua taxa de administração é de 0,30%. 

IB5M11

Este ETF objetiva replicar o índice IMA-B5+ da Anbima. Esse benchmark foca em títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação com prazos iguais ou maiores do que 5 anos. 

Dessa maneira, a carteira do Fundo será direcionada a esses investimentos do tipo NTN-B e indicados principalmente para quem quer se proteger da inflação no médio e longo prazo. A taxa de administração é 0,25%.

IMAB11

O IMAB11 é o ETF de Renda Fixa mais popular e com maior liquidez no mercado. Ele visa acompanhar a variação do índice IMA-B da Anbima. 

Ou seja, sua estratégia é compor uma carteira de títulos públicos atrelados à inflação mais uma taxa de juros. Os vencimentos dos títulos na carteira do IMAB11 são variados, desde o curto (1 a 2 anos) até o longo prazo (30 a 40 anos). A taxa de administração é de 0,25% ao ano.

IMBB11

O IMBB11 é um ETF lançado em 2019 cuja política de investimentos visa aplicar ao menos 95% dos recursos dos cotistas na variação do índice IMA-B da Anbima.

Em sua composição, há majoritariamente títulos do Tesouro Direto atrelado ao IPCA com vencimentos de curto, médio e longo prazos. Sua taxa de administração é de 0,20%.

IRFM11

O IRFM11 tem como meta refletir a performance do índice IRFM P2, mantido e calculado pela Anbima. 

Na sua política de investimento, está definida a aplicação de ao menos 95% do patrimônio em títulos LTN (títulos do Tesouro Direto do tipo Prefixados) e NTN-F (títulos do Tesouro prefixados com juros semestrais). Sua taxa de administração também é de 0,20% ao ano.

LFTS11

Por fim, o ETF LFTS11 tem como objetivo acompanhar a performance dos títulos públicos pós-fixados ligados à taxa Selic. Sua composição inclui títulos do Tesouro Selic com prazo superiores a 2 anos e, dessa forma, também acompanham a variação da taxa DI.

Como ele investe em mais de um título, é uma boa oportunidade de diversificar sua carteira de Renda Fixa com uma única aplicação. A ideia aqui não é vencer o mercado, mas sim acompanhar o seu desempenho médio em termos de rentabilidade. A taxa de administração é de 0,19% ao ano. 

Quais são ETFs de Renda Fixa internacionais listados na B3?

Além da Renda Fixa brasileira, os ETFs de Renda Fixa internacional listados na B3 são uma alternativa para os investidores brasileiros diversificarem suas carteiras e acessarem mercados estrangeiros de Renda Fixa, tais como títulos globais ou do Tesouro dos EUA, dívidas corporativas de empresas europeias, entre outros.

Esses Fundos oferecem a oportunidade de investir em ativos de alta qualidade creditícia, em moedas estrangeiras, sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora internacional e se preocupar com as questões regulatórias e tributárias.

Além disso, oferecem a facilidade de negociação na B3, com alta liquidez e transparência de preços.

Entretanto, é importante lembrar que esses ETFs estão sujeitos a riscos como a variação cambial e o risco de crédito dos emissores dos títulos, sendo recomendável que os investidores conheçam bem o perfil de risco antes de investir.

Os principais ETFs de Renda Fixa internacional listados no Brasil são o BNDX11 e o USDB11:

BNDX11

O BNDX11 visa replicar o desempenho do Vanguard Total International Bond ETF (BDNX) listado nos Estados Unidos e com mais de US$ 117 bilhões sob gestão. Então, o gestor do Fundo utiliza o patrimônio dos cotistas para comprar cotas do BNDX no exterior.

Por meio desse Fundo, o investidor se expõe a uma carteira diversificada de mais de 6 mil título de Renda Fixa globais (Ex-EUA), sendo que a maioria é emitida em economias desenvolvidas, como Europa (55%), Pacífico (24%) e América do Norte (9,8%). Sua taxa de administração é de 0,25% ao ano. 

USDB11

O ETF USDB11 visa permitir ao investidor a diversificação de sua carteira com mais de 10 mil títulos de Renda Fixa americanos e com alto grau de investimento. O gestor direciona o patrimônio dos cotistas para compras do ETF BND (Vanguard Total Bond Market), listado nos EUA e com patrimônio superior a US$300 bilhões.

Trata-se de um dos ETFs de Renda Fixa mais populares para representar a Renda Fixa americana de prazo intermediário, incluindo mais de 10 mil títulos emitidos por governos e empresas de prazo superior a um ano. Sua taxa de administração também é de 0,25% ao ano. 

Como você notou, investir em um ETF pode ser uma opção vantajosa para aqueles que desejam obter uma carteira diversificada, com custos mais baixos e menos riscos em comparação com a compra direta de títulos no mercado internacional.


Como escolher e aplicar em ETF de Renda Fixa?

Com as informações apresentadas neste artigo, você já está preparado para aplicar nos ETFs de Renda Fixa, se isso fizer sentido para a sua estratégia, objetivos e perfil de investidor.

Para isso, basta seguir os passos indicados no box a seguir:

COMO INVESTIR EM ETFs DE RENDA FIXA:

✔️ Determine os objetivos: seus investimentos devem estar orientados a um objetivo específico.
✔️ Perfil de investidor: alinhe a aplicação ao seu nível de tolerância ao risco.
✔️ Analise a carteira do ETF: veja qual índice o ETF segue como referência e os produtos que fazem parte da carteira. 
✔️ Acompanhe o investimento: verifique as mudanças que ocorrem na carteira do Fundo em novos produtos e rebalanceamento das posições.
✔️ Siga os passos abaixo:
1. Abra conta na Toro
2. Transfira o valor da aplicação 
3. Busque o ETF pelo código de negociação na plataforma 
4. Configure a quantidade de cotas desejada 
5. Confira o valor total da ordem
6. Confirme o investimento.


Onde investir na Renda Fixa este ano?

Quer saber quais são os melhores investimentos de Renda Fixa dado o cenário econômico e a taxa de juros para este ano? Então confira, no link a seguir, um conteúdo especial que os nossos Analistas preparam para você.

Nesta série, você conhecerá quais são as melhores aplicações para construir sua carteira de Renda Fixa, ações, BDRs, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários e muito mais.


Como investir em Renda Fixa?

Para investir em qualquer outro produto de Renda Fixa, você também precisará de uma conta ativa em uma corretora de valores

Por isso, valorize as corretoras mais modernas do mercado como a Toro, que são totalmente digitais e com corretagem zero. Se você ainda não abriu a sua conta, faça o seu cadastro agora mesmo. 

Lembre-se sempre de realizar comparações de investimentos para calcular as melhores rentabilidades do mercado: 

Com a sua conta ativa, basta seguir os passos do vídeo-tutorial abaixo para realizar os seus investimentos em Renda Fixa.

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