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Rebalanceamento de carteira de investimentos: veja porque e como fazer

O rebalanceamento de uma carteira de investimentos é um processo de ajuste periódico das alocações de ativos para restaurar os pesos-alvo originais. Isso é feito vendendo ou comprando ativos, para manter o equilíbrio da carteira, reduzir riscos e maximizar o retorno esperado.


Construir uma carteira de investimentos é um constante exercício de equilibrar o risco com o retorno das aplicações, seguindo o seu perfil e objetivos ao entrar no mercado financeiro. 

Um dos erros mais comuns ao investir é mal dimensionar a tolerância ao risco com a escolha dos ativos na construção de um portfólio.

Para quem investe focando no longo prazo, perceberá que a característica de uma carteira vai mudando ao longo do tempo com a valorização ou desvalorização dos ativos.

Nesse artigo, falaremos sobre o rebalanceamento da carteira, isto é, como, durante a gestão do seu portfólio, reequilibrar a proporção dos ativos em relação ao total sem correr riscos desnecessários. Vamos lá?

O que é rebalanceamento de carteira?

Inicialmente, antes de começar a investir, é essencial que você pense nas macro-alocações (em quais classes de ativos) e nas micro-alocações (os ativos específicos que vão compor essas classes) dentro da sua carteira.

Por exemplo: um investidor moderado pode construir uma carteira com 20% de Fundos de Investimentos, 20% de produtos de Renda Fixa, 20% de ações e 20% BDRs, FIIs e ETFs. Claro que esses percentuais vão variar de pessoa para pessoa. 


Durante o tempo, algumas ações vão se valorizar ou se desvalorizar muito e o mesmo pode acontecer com os demais ativos.

Então, rebalanceamento de carteira é executar uma estratégia para reequilibrar a divisão percentual dos ativos no seu portfólio de acordo com o nível de risco originalmente planejado. 

O objetivo do rebalanceamento de carteira é proteger o seu patrimônio de riscos desnecessários ou incompatíveis com o seu perfil de investidor, o que pode comprometer os seus ganhos ou dificultar que você alcance os objetivos propostos.

Outra vantagem é impedir que você fique muito exposto a um único ativo ou classe de investimentos de modo desequilibrado, o que normalmente quando um grupo de ativos se valoriza mais do que os outros na carteira, concentrando uma proporção maior em relação ao total.

Como fazer o rebalanceamento de carteira?

Como vimos, o rebalanceamento é uma estratégia para retornar ou manter a proporção ideal planejada dos diferentes ativos do seu portfólio.

Essencialmente, há duas formas de rebalancear a sua carteira: comprando mais dos ativos que “ficaram para trás” ou encerrando algumas posições para aplicar em outras, ou seja, vender algumas ações ou Fundos, por exemplo, para aplicar em outras classes.

Para quem investe no longo prazo ou seguindo a metodologia do buy & hold, deve evitar vender e encerrar posições excessivamente, uma vez que o foco do investimento está décadas à frente e também visa não pagar taxas e impostos desnecessários.

Isso por que, a depender do valor, as vendas de ações, ETFs, BDRs e FIIs incluem o pagamento de tributos sobre o ganho, assim como o resgate de Fundos e produtos de Renda Fixa antes do prazo de vencimento.

Para realizar o rebalanceamento de carteira, pense nos seguintes aspectos:

⚖️ Quando: o rebalanceamento deve ser feito quando as proporções dos ativos da sua carteira mudarem de forma considerável do inicialmente planejado.

⚖️ Manejar os riscos: estudar se o risco de cada classe de ativo mudou, considerando o cenário econômico ou o seu perfil. Por exemplo: em crises econômicas, o risco de certos ativos aumenta. 

⚖️ Controlar os custos e evitar o giro excessivo: avalie qual será o custo para reequilibrar os ativos, considerando os impostos, taxas de resgate e novos aportes. Também faça o rebalanceamento em prazos fixos (6 meses ou um ano) a fim de evitar girar excessivamente o seu patrimônio.

⚖️ Aproveitar oportunidades: em momentos de queda, pode ser uma boa oportunidade para comprar seus ativos preferidos a um preço mais atrativo.

⚖️ Pensar nos objetivos e no longo prazo: não esqueça os seus objetivos de longo prazo e por que você está investindo.

Construa uma planilha de rebalanceamento ou use a tecnologia da Toro

Para ter um melhor controle, construa uma planilha de rebalanceamento ou, melhor ainda, conte com a tecnologia que a plataforma da Toro já oferece para seus clientes que investem com nossa ajuda da Assessoria para ter uma visão geral de como está a divisão dos ativos na sua carteira:

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Com isso, você poderá analisar a diversificação dos seus investimentos, entender a importância de balancear a carteira e ter à mão o contato do Assessor de Investimentos.

Então, nos meses seguintes, realize compras de ativos para que os percentuais voltem mais próximo do que você imaginou ao investir.

Lembre-se que os preços dos ativos mudam todo dia pela disputa entre compradores e vendedores, assim como pela marcação a mercado. 

Para os investidores de longo prazo, o ideal é realizar um estudo de rebalanceamento uma ou duas vezes ao ano para evitar giro excessivo dos ativos.

Como equilibrar a carteira de ações?

No caso de uma carteira de ações, os cuidados devem ser ainda mais atenciosos, uma vez que grandes valorizações e desvalorizações ocorrem em curtos intervalos de tempo.

Aqui, é preciso, antes de vender uma ação para comprar outra, avaliar os se fundamentos daquele investimento mudaram.

Então, você pode tomar duas atitudes para rebalancear:

  • Se uma ação da sua carteira se valorizou muito, você pode parar de comprar mais papéis por um tempo e comprar outras que não se valorizaram para equilibrar a proporção geral.
  • Agora, se uma ação perdeu muito valor de mercado, mas os fundamentos de longo prazo que fizeram você investir não mudaram, pode aproveitar os preços descontados para reequilibrar sua posição.

Portanto, em carteiras de ações de longo prazo, o rebalanceamento é mais eficiente quando feito por meio de compras do que pelas vendas.

Lembre-se que, se realizar vendas de ações a partir de R$ 20 mil em um mês, deve pagar impostos sobre o ganho de capital. Logo, tome cuidado para que os impostos não afetem a sua rentabilidade de modo considerável pelo giro excessivo. 

Como rebalancear a carteira de acordo com a idade?

Como você percebeu, o rebalanceamento tem como principal objetivo o equilíbrio da carteira de acordo com o nível de risco. Mas e se o seu perfil de investidor mudar?

O seu nível de tolerância ao risco não será o mesmo a vida inteira. Via de regra, corremos mais riscos nos investimentos quando somos mais jovens ou estamos construindo patrimônio.

Essencialmente, passamos por 3 grandes fases na nossa jornada como investidores:

1) Fase de acumulação: nesse momento, suas reservas são pequenas ou inexistentes. Aqui, o intuito é acumular recursos. Normalmente, nessa fase, os investidores, ainda jovens, devem buscar a diversificação e têm maior tolerância ao risco e seus investimentos, mesmo que visem o longo prazo.

2) Fase da multiplicação: com algum bom volume de patrimônio acumulado e idade intermediária, o investidor está no momento de multiplicá-lo para ganhar corpo ao mesmo tempo em que pensa em estratégias de como preservar o que foi guardado até então. 

3) Fase da preservação e fruição: com o objetivo estabelecido para a renda passiva alcançado, é hora de o investidor trabalhar exclusivamente nas formas de proteger, manter e desfrutar do seu patrimônio e portfólio de investimentos.


Com o enriquecimento e a construção de uma boa carteira, seu perfil de risco pode mudar para um mais conservador, a fim de proteger o que você acumulou ou viver de renda passiva dos seus investimentos.

Com isso, pelo menos a cada 5 anos, avalie quais são os seus objetivos nos investimentos e como está o seu apetite por risco. 

Você notará que seus objetivos vão mudar por diversas situações, tais como: casamento, nascimento de filhos, mudança de profissão, proximidade da aposentadoria, entre outros.

Nesse caso, avalie as macro-alocações que dissemos antes, ou seja, qual percentual da sua carteira estará em cada classe de ativo de Renda Fixa ou Renda Variável.

Como equilibrar sua carteira de acordo com o patrimônio?

Ao longo dos anos, conforme o seu patrimônio for crescendo, também será preciso rebalancear a carteira a fim de proteger aquilo que você construiu.

Em outras palavras, com mais idade e uma carteira mais robusta, é natural adotar posturas mais defensivas, pois provavelmente você estará perto da fase de fruição, isto é, de quando vai poder (se quiser) parar de trabalhar e viver daquilo que seus investimentos geram. 

Então, de tempos em tempos, estude como está a participação e a performance de cada ativo em relação ao total da sua carteira.

Caso algum ativo esteja adicionando um risco desnecessário, faça os ajustes nos demais produtos para que o equilíbrio seja alcançado.

Por exemplo: se suas ações se valorizarem muito a ponto de chegar a 40% do seu patrimônio, sendo que o planejado era 20%, faça aportes em outros produtos que “ficaram para trás” até alcançar o equilíbrio ideal. 

Portanto, realizar o rebalanceamento de carteira de investimentos é uma estratégia simples e necessária para os investidores de longo prazo para que, dessa forma, você ganhe mais no mercado, atinja a liberdade financeira e conquiste seus objetivos de modo mais rápido e com o risco adequado. 

 

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