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Qual é o rating do Brasil nas agências de classificação de risco?

Entender o rating do Brasil nas agências de classificação de risco é fundamental para qualquer investidor, seja ele iniciante ou experiente.

Essas classificações, atribuídas por agências como Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch, indicam a capacidade do país de honrar suas dívidas.

Um bom rating geralmente significa menor risco e, consequentemente, maior confiança dos investidores.

Neste conteúdo, explicaremos de forma simples e direta o que significam esses ratings, como são determinados e por que são tão importantes para as suas decisões de investimento.

O que é nota de classificação de risco de um país?

Uma nota de classificação de risco de um país, também conhecida como rating de crédito soberano, é uma avaliação independente da capacidade e da vontade de um governo nacional de cumprir suas obrigações financeiras, especialmente no que diz respeito ao pagamento de sua dívida.

Essas notas são emitidas por agências de classificação de risco, como a Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings, que analisam diversos fatores econômicos, políticos e financeiros do país para determinar seu nível de risco.

A classificação de risco de um país é crucial para os investidores estrangeiros e domésticos, pois fornece uma indicação da saúde econômica e da estabilidade política do país.

Uma boa classificação pode atrair mais investimentos, enquanto uma má classificação pode afastar os investidores e levar a dificuldades financeiras para o governo.

Além disso, essas notas também afetam a capacidade do país de obter empréstimos no mercado internacional e influenciam a confiança do mercado na economia nacional.

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Qual é o rating do Brasil atualmente?

Atualmente, podemos averiguar o rating do Brasil nas três principais agências:

  • Fitch: nota BB, perspectiva estável.
  • Moody’s: nota Ba1, perspectiva estável
  • Standard & Poor’s: nota BB, perspectiva estável.

As notas são expressas em uma escala que varia de notas altas, indicando um risco muito baixo de inadimplência, a notas baixas, que sinalizam um alto risco.

Então, os países com notas altas são considerados investimentos mais seguros, o que geralmente resulta em custos de empréstimo mais baixos, pois os investidores exigem menos retorno para compensar o risco percebido.

Por outro lado, países com notas baixas enfrentam custos de empréstimo mais altos, pois são vistos como investimentos mais arriscados, isto é, não tem o famoso “selo de bom pagador”.

Confira onde cada nota de risco se encaixa no ranking das agências:

FitchMoody’sStandard & Poor’s
AAAAaaAAA
AA+Aa1AA+
AAAa2AA
AA-Aa3AA-
A+A1A+
AA2A
A-A3A-
BBB+Baa1BBB+
BBBBaa2BBB
BBB-Baa3BBB-
BB+Ba1 (nota do Brasil)BB+
BB (nota do Brasil)Ba2BB (nota do Brasil)
BB-Ba3BB-
B+B1B+
BB2B
B-B3B-
CCCCaa1CCC+
CCCaa2CCC
CCaa3CCC-
RDCaCC
DCC

Lembrando que:

  • Notas A: grau de investimento com qualidade alta e baixo risco.
  • Notas BBB ou Baa: grau de investimento, qualidade média.
  • Notas BB: categoria de especulação, baixa classificação.
  • Notas C: risco alto de inadimplência.

Moody’s

No final de maio de 2025, a Moody’s manteve a nota do Brasil em Ba1 alterou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável” devido ao aumento dos juros, rigidez nos gastos e dificuldade do governo em diminuir a dívida.

Apesar de reconhecer avanços fiscais e potencial de crescimento, a agência notou deterioração no endividamento.

A Moody’s mudou a perspectiva do Brasil para “estável” devido ao enfraquecimento da capacidade de pagar a dívida e à lentidão em conter gastos obrigatórios. Além disso, os juros altos e dívida sensível à inflação manterão o endividamento em alta.

Portanto, a rigidez orçamentária e custos de financiamento limitam a margem do governo. Por isso, as reformas estruturais dependem de mobilização política ampla.

Por outro lado, os avanços fiscais e reformas podem elevar o rating; reversão ou baixo crescimento podem levar a revisão negativa.

Fitch

A atual nota do Brasil na Fitch é BB, duas posições abaixo do grau de investimento. A perspectiva é estável, indicando que a percepção do país não deve se alterar nos próximos meses.

Em julho de 2023, a Fitch elevou a nota do Brasil de BB- para BB, marcando sua última ação nesse sentido. A agência optou por manter essa classificação e perspectiva em dezembro. Em 2024, manteve a nota.

A agência Fitch manteve a nota do Brasil devido à diversificação econômica, alta renda per capita, finanças externas fortes e baixa dívida em moeda estrangeira.

No entanto, alertou que a nota é limitada pelo fraco crescimento econômico, rigidez orçamentária e dívida pública elevada.

A agência enfatiza a necessidade de reformas para reduzir o déficit público, mesmo com o novo arcabouço fiscal, e adverte sobre a vulnerabilidade macroeconômica e seus impactos na confiança do mercado e política monetária.

Standard & Poor’s

Por fim, em 2023, a S&P Global Ratings elevou a classificação de crédito de longo prazo do Brasil de “BB-” para “BB, com perspectiva estável.

Essa atualização, conforme comunicado pela agência, foi motivada pela aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional, antecipando ganhos de produtividade.

A perspectiva estável é sustentada pela forte posição externa do Brasil e necessidades limitadas de financiamento.

Por outro lado, um aumento na classificação é possível com mais reformas, enquanto a não implementação adequada das medidas pode levar à deterioração fiscal, aumento da dívida e consequente diminuição da classificação.

Assim sendo, os sinais políticos negativos também podem reduzir investimentos e prejudicar a posição externa do país.

Por que o rating do Brasil é importante para os investidores?

Essa nota avalia a capacidade do Brasil de pagar suas dívidas. Para investidores, essa nota é crucial porque indica o nível de risco de investir no Brasil.

Via de regra, os principais motivos são:

  • Decisão de investimento: investidores usam o rating para decidir se vale a pena investir no Brasil. Um rating alto atrai mais investidores, pois sinaliza um ambiente mais estável.
  • Custos de empréstimo: o rating afeta os juros que o Brasil precisa pagar para tomar dinheiro emprestado. Um rating baixo significa juros mais altos, o que pode impactar a economia e, consequentemente, os investimentos.
  • Confiança no mercado: um bom rating aumenta a confiança dos investidores no mercado brasileiro, o que pode levar a mais investimentos e crescimento econômico.
  • Comparação com outros países: o rating permite comparar o Brasil com outros países. Isso ajuda os investidores a diversificar seus investimentos e escolher os mercados mais seguros e promissores.

Portanto, o rating do Brasil é um indicador chave do risco de investimento. Ele influencia a decisão de investir, os custos de empréstimo e a confiança no mercado.

Para investidores de todos os níveis, entender o rating é fundamental para tomar decisões informadas e proteger seus investimentos.

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