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Confira agora mesmo o histórico de dividendos da Cielo (CIEL3)

Quando pensamos em investimentos de longo prazo na Bolsa de Valores, existem
duas possíveis fontes de ganho para o investidor: a valorização das ações e a
distribuição de proventos, ou seja, empresas que pagam dividendos e lucros aos
acionista/s.

Esses proventos são uma distribuição dos lucros gerados pela operação da
companhia e podem ser de duas naturezas: dividendos ou juros sobre capital próprio
(JCP)

Até pouco tempo, uma das empresas que chamavam a atenção na distribuição de vultuosos proventos era a Cielo. Nesse artigo falaremos um pouco sobre suas ações CIEL3, dividendos e JCP distribuídos pela empresa nos últimos anos, assim como a diferença entre esses dois
tipos de proventos.

Qual é o histórico de dividendos da Cielo?

Há alguns anos, a Cielo vem sofrendo com o aumento da concorrência no que já ficou
conhecido como a “guerra das maquininhas”, com a entrada de diversas novas
máquinas de cartão que não pertencem à companhia.

Mesmo sendo a líder no setor, a empresa optou por buscar um aumento do market
share, a porcentagem do mercado que a empresa controla, ao invés de priorizar o
crescimento dos lucros.

Confira, na tabela a seguir, como foi a distribuição de proventos da companhia nos últimos anos:

AnoProventosPayout
2022R$ 677,19 milhões47,98%
2021R$ 374,24 milhões38,56%
2020R$ 251,57 milhões51,32%
2019R$ 709,44 milhões45,84%
2018R$ 3,5 bilhões111,46%
2017R$ 2,70 bilhões66,67%
2016R$ 1,24 bilhão30,89%
2015R$ 1,06 bilhão30,35%
2014R$ 1,83 bilhão56,94%
2013R$ 1,80 bilhão67,38%

 

Lembre-se que o pagamento de dividendos não deve ser o único motivo para se investir em uma ação.

Para fazer investimentos inteligentes, é essencial acompanhar outros indicadores e análises de especialistas do mercado.

Assim, você tem menos chances de cair em armadilhas e mais chances de lucrar tanto com o recebimento de dividendos CIEL3, quanto com a valorização das suas ações, sabendo o momento certo e se vale a pena comprar ou vender.

Observando este histórico de JCP e dividendos da CIEL3 a empresa pode parecer um investimento muito interessante, mas é importante lembrar que isso não necessariamente quer dizer que ela seja uma boa empresa para investir em dividendos.

Para montar uma carteira com este objetivo, é necessário observar diversos fatores e se basear em análises mais detalhadas sobre a saúde da companhia e a própria distribuição de proventos.

Na Toro, você pode fazer essa avaliação de uma forma mais fácil. Entrando em nossa plataforma, você encontra uma seleção já pronta, e separada pelos nossos analistas, das ações mais recomendadas para investir em dividendos.

Dividend yield histórico da Cielo

Uma outra forma de analisar o pagamento de proventos feito por uma empresa é olhar o dividend yield, calculado como: o total de dividendos pago no período dividido pelo preço da ação.

dividend-yield

Esse cálculo busca medir quanto o investidor recebe em proventos em relação ao que pagou pela ação. Ou seja, qual é o percentual de retorno em proventos que cada ação proporcionou.

De acordo com esta lógica, veja abaixo como foi o desempenho da CIEL3:

AnoDividend yield
20224,80%
20217,70%
20201,62%
20196,14%
201815,95%
20173,75%
20162,00%
20152,29%
20144,57%
20133,58%

 

Um investidor destreinado pode achar que o alto dividend yield de CIEL3 em 2018 era um bom sinal à época. Mas observando os dados relacionados, nós podemos ver que a alta desse indicador aconteceu graças à queda expressiva do valor da ação, e não pelo aumento do pagamento de proventos.

Em 2019, já é possível perceber que o Dividend Yield começou a voltar ao seu nível usual para CIEL3.

Isso mostra como uma informação mal interpretada pode levar a uma decisão errada. Quem comprou CIEL3 em 2018 esperando um alto Dividend Yield, provavelmente não conseguiu os retornos que esperava.

Para realizar um bom investimento, é essencial saber o momento certo de comprar e vender as ações. E isso quer dizer tomar decisões de investimento baseadas em análises bem fundamentadas e feitas por profissionais.

Na Toro, você pode acessar a análise completa das ações da Cielo, e conferir ainda uma seleção específica para investir em dividendos, com a indicação dos melhores ativos para receber proventos neste momento.

Dividendos x Juros sobre Capital Próprio: entenda as diferenças

Segundo a Lei das Sociedades por Ações, as empresas brasileiras de capital aberto devem definir em estatuto qual será a proporção do lucro que vão distribuir aos acionista/s.

Essa distribuição pode ser na forma de dividendos ou de juros sobre o capital próprio. A maior diferença entre os dois está na forma como eles são tributados.

O investidor não paga nenhum imposto sobre dividendos, mas deve pagar 15% de Imposto de Renda retido na fonte quando receber JCP.

Isso acontece porque, no Brasil, a bitributação é inconstitucional, e, no caso de dividendos, o valor é distribuído aos acionista/s depois que a empresa já pagou os tributos (IR, CSLL, entre outros). Sendo assim, o investidor não deve pagar nada.

Já no caso de juros sobre capital próprio, o pagamento é classificado como uma despesa financeira, antes do pagamento de impostos pela empresa. Dessa forma, o acionista/ é quem deve arcar com os impostos.

Devido a essa isenção fiscal para a empresa, o valor total distribuído em juros sobre capital  próprio pode ser, no máximo, igual à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que é uma taxa referência utilizada no mercado para financiamentos de longo prazo.

Para entender melhor a dinâmica entre as duas formas de distribuir proventos, imagine que uma empresa tenha R$1.000,00 de lucro e vá distribuir todo esse valor. Se ela decidir pagar dividendos, deve pagar os impostos devidos primeiro (IRR, CSLL, etc), que ficam em média em 25%. Portanto, se a empresa tiver 10.000 ações, cada uma receberá:

(1.000 – 25% x 1.000) / 10.000 = R$0.075

Se a empresa decidir pagar JCP, todo o valor de R$1.000,00 será distribuído diretamente, mas o investidor terá 15% retido pela Receita Federal. Mais uma vez, assumindo que a empresa tem 10.000 ações, cada uma receberá:

(1.000 – 15% x 1.000) / 10.000 = R$0.085

Por isso, é importante estar atento ao valor bruto distribuído e o líquido (valor efetivo recebido após o pagamento de tributos).

De qualquer forma, para investir com o objetivo de receber proventos, é importante acompanhar diversos fatores que indiquem se uma companhia é um bom investimento ou não, e se basear em análises de profissionais pode ser a chave para o sucesso dessa estratégia.

Antes de fechar esta página, confira um vídeo especial de como encontrar as melhores  pagadoras de dividendos da Bolsa:

 

 

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